segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Avatar FiliPêra

Disney compra a Marvel… ou o Mickey pode começar a soltar teias

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Em tempos de internet, com todo o mundo (supostamente) sabendo pensamentos dos outros com horas de antecedência, algumas notícias bombásticas e inesperadas ainda podem cair por aí, sem ninguém se dar conta. Foi o caso do anúncio da compra da Marvel Entertainment Inc - com tudo o que ela tem, como filmes, séries, personagens, TUDO - por parte da Disney, que tem o histórico de ser infantilóide e pouco criativa. A grana envolvida na jogada chega a 4 bilhões de verdinhas americanas e a transação só precisa ser aprovada pelos acionistas da Marvel e por órgãos reguladores americanos.

Com isso as especulações sobre o futuro da maior editora de quadrinhos americana começou, assim como o destino dos seus personagens. De imediato não deve mudar muita coisa, assim como a compra da Pixar não ferrou de vez o estúdio que era de Steve Jobs. Mas, obviamente, a Pixar pode valer hoje quase tanto quanto a Marvel, mas a Casa das Idéias é multitentacular e trabalha com muito mais negócios, e com um público bem diferente do Disney/Pixar (embora Eu e você vejamos desenhos Pixar e lemos Marvel). E isso deve trazer interferências dos pais do Mickey, que sempre visam exacerbadamente o lucro, não se importando em lançar múltiplas sequências desnecessárias (Rei Leão II, O Corcunda de Notre Dame II… alguém?). Não que a Marvel e suas múltiplas invasões e guerras seja exceção…

Mas ultimamente a Disney tem melhorado, principalmente na sua divisão de cinema, chamada de Buena Vista International. Até mesmo suas desgastadas animações clássicas foram abandonadas, deixando tudo a cargo da galera da Pixar (depois de parir Irmão Urso… o que nos isenta de precisar explicar algum motivo pra isso) e sua magia em 3D. Parte disso flui da compra da perda de parte do time criativo pra Dreamworks assim que a companhia de Spielberg foi criada.

Olhando esse curto retrospecto é de se imaginar que a divisão de cinema da Marvel melhore bastante, simplesmente com a adição de grana, coisa que a Disney tem. Mas para isso se consolidar, é necessário que Mickey & Cia. jamais encontrem Homem-Aranha, nem em sonhos, e as duas casas permaneçam com times criativos que nunca se vejam e tenham idéias conjuntas, o que poderia solapar a força dos dois grupos de personagens. E essa união de personagens, coisas que as duas empresas gostam de fazer é uma preocupação que todo o fã deve ter.

Minha maior preocupação é com os quadrinhos, que devem sofrer, afinal são uma multidão de produtos que dão lucros que nem de longe se aproximam dos de um filme. Mas como eles são a base da força da Marvel, é indispensável que a Disney demita Quesada mude algumas coisas por lá, mesmo com vendas em alta (para os padrões de hoje, logicamente). A Marvel é popular por ter um grande público, apesar das histórias da DC serem muitíssimo mais cultuadas. E manter esse público - e amplia-lo, pois quadrinhos estão numa crise de público, mesmo com o sucesso dos filmes de herói - deve ser a meta da nova administração.

No fim das contas a compra por parte da Disney não deve significar a morte da Marvel como ela é hoje, mas provavelmente trará mudanças profundas em sua estrutura de negócios, principalmente na área de quadrinhos. A compra pode ser benéfica para as duas partes, mesmo com a ojeriza geral dos leitores pra cima da marca Disney, mas a grana deles deve ajudar bastante a encher os cofres da Marvel… Só tenho medo do Mickey Lançador de Teias!

 

[Com informações do Speakorama]

Avatar Felipe

Se Beber Não Case

 

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Quando saiu o primeiro trailer de Se Beber, Não Case, eu já achei que o filme seria muito engraçado, mas não pensei que fosse uma das melhores comédias do ano. O filme já faz rir desde a primeira cena, quando Phil (Bradley Cooper) avisa à noiva de Doug (Justin Bartha) que não vai mais ter casamento porque eles simplesmente perderam o noivo.

Sempre que a cidade de Las Vegas aparece em algum filme ou seriado americano, são repetidas frases do tipo "o que acontece em Vegas fica em Vegas" ou "Las Vegas é a cidade do pecado". E os quatro protagonistas de Se Beber, Não Case levam essas definições até as últimas consequências. Na história, Doug está prestes a se casar e seus melhores amigos - Phil, Stu (Ed Helmes) e Alan (Zach Galifianakis) - resolvem dar a ele uma das melhores despedidas de solteiro já vistas. O problema é que no dia seguinte os três acordam com uma baita ressaca e não se lembram de absolutamente nada da noite anterior. O quarto onde eles estão hospedados está totalmente arrasado e, pra piorar, eles não sabem onde está o noivo. Agora eles têm apenas um dia para encontra-lo, seguindo algumas pistas: um tigre de bengala dentro do banheiro do quarto, um bebê dentro do armário, um dente quebrado e uma galinha.

O grande trunfo do filme é justamente usar a bebedeira como desculpa para todas as situações bizarras do filme, afinal, uma ressaca dessas pode acontecer na vida de qualquer um. Os atores também estão excelentes, nenhum deles têm atuação exagerada e caricata, fazendo com que a gente acredite que esses personagens realmente poderiam existir. E por falar em personagens, tem um coadjuvante que merece destaque: Mr. Chow (Ken Jeong). A primeira cena em que ele aparece, pulando e metendo a porrada nos três amigos, é de chorar de rir. O elenco conta ainda com a participação de Heather Graham, como uma simpática prostituta, e com Mike Tyson, que canta em uma das cenas.

 

(L-r) Alan (ZACH GALIFIANAKIS), Stu (ED HELMS), Doug (JUSTIN BARTHA) and Phil (BRADLEY COOPER) raise a toast on the rooftop to commence Doug's bachelor party in Warner Bros. Pictures' and Legendary Pictures' comedy "The Hangover," a Warner Bros. Pictures release.
PHOTOGRAPHS TO BE USED SOLELY FOR ADVERTISING, PROMOTIONAL, PUBLICITY OR REVIEWS OF THIS SPECIFIC MOTION PICTURE AND TO REMAIN THE PROPERTY OF THE STUDIO. NOT FOR SALE OR REDISTRIBUTION.

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Eu até gostaria de falar sobe algumas cenas, mas em um filme que se baseia em desvendar as pistas, isso poderia estragar certas surpresas. Mas pra quem gosta de uma boa comédia sobre amigos, vale muito a pena assistir Se Beber Não Case. E não deixe de conferir, durante os créditos do filme, algumas fotos bizarras!

 

The Hangover (EUA, 2009)

Diretor: Todd Pillips

Duração: 100 min

Nota: 10

domingo, 30 de agosto de 2009

Avatar Voz do Além

X-Guarda-Chuva

 

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Para mim, o guarda-chuva é uma das piores invenções já feitas. Não é como o lápis, que é simples e perfeito. É ruim de doer, e geralmente te deixa na mão sem problema algum. O jeito é ter algum estilo no guarda-chuva então, como esse da Umbrella e esse para mandar satélites espiões enfiarem algo nos orifícios deles. 

O guarda-chuva acima, com certeza, é o mais bonito. O diferencial dele são os vários ossos expostos por raios-x, além de seu tamanho avantajado, o que o faz, aparentemente, proteger mais que o seu nariz.

Se não gostou, é melhor usar uma capa de chuva…

 

[Via Geekologie]

Avatar Voz do Além

Como deixar de ser um noob e se tornar um expert em informática com apenas uma imagem

 

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Parece babaquice, mas se você é o “cara das dicas de computador”, como é o meu status na família, sabe que são perfeitamente verdadeiras todas as palavras da imagem. Simples, fácil, e legal o suficiente para tirar onda com os noobs que o rodeia. Só não caia na armadilha de virar cachorrinho daquela amiga que você quer “algo a mais” e ajudar ela sempre que pedir…

XKCD [Via Gizmodo]

Avatar FiliPêra

A arte gastronômica de Laura Bento

 

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A artista Laura Bento é especialista em arte com comida, e mostrou bem isso ao fazer esse joystick de Xbox 360 com arroz e outros ingredientes que nunca serão encontrados em um aparelho eletrônico; tudo para agradar ao marido viciado em videogame. Ela é do tipo que não deve ter ouvido a mãe dela dizer para não brincar com comida e virou especialista nisso, como bem mostra o Flickr dela.

 

[Via LikeCool]

sábado, 29 de agosto de 2009

Avatar FiliPêra

A arte dos tapetes de guerra

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Mesmo com a mídia em geral só citando o Afeganistão quando alguém morre por lá num atentado sangrento, ou quando Talibans conseguem avançar novamente em algum lado do país - principalmente agora que controlam parte do Paquistão - o país é mais do que isso. Caso parecido ocorreu no Vietnã…

O país tem uma tradição riquíssima, que geralmente se mistura com o momento geopolítico do país. A verdade é que o fato desse país ser bastante fechado no estilo norte coreano, impede a muitos de conhecerem o que ele possui. Em meados dos anos 80, em plena invasão soviética, alguns artistas escaparam do país e foram para o Paquistão. Lá eles estabeleceram um centro de ajuda a refugiados através das artes.

E como era de se esperar, a guerra, que sempre marcou a história do país, é um dos temas da forma de arte escolhida: fabricação de tapetes. Com o tempo esses artesãos voltaram para o país e estabeleceram a fabricação desses tapetes como um mercado altamente lucrativo, e produtivo.

Basicamente se pode perceber três fases temáticas nos tapetes, que correspondem a três guerras principais pelo qual o país passou em tempos recentes. Primeiro foi a guerra contra os soviéticos, depois a guerra civil - durante o regime Taliban, necas de tapetes, por motivos que você deve imaginar - e agora os bombardeios americanos na região estão inspirando os artistas. Hoje, esses produtos são importante fonte de exportação e se você der uma boa fuçada, acha alguns no eBay, geralmente tirados do país por soldados americanos.

Abaixo você vê uma mostra dessas três fases distintas. Destaque para o tapete com Ahmad Shah Massoud (lá em cima), herói da resistência afegã, morto por um terrorista disfarçado de repórter.

 

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[Via revista Vice]

Avatar Voz do Além

Webcam perfeita para sexo virtual

 

lifecam Cinema - webcam com alta definição

Uma das coisas mais frustrantes no mundo negro do sexo virtual (e de todos os que upam esse tipo todo especial de vídeo na internet) é a qualidade das imagens. O povo que faz as filmagens é meio sem noção e não coloca como prioridade fazer uma boa gravação. Fora que não pensam nos cyber-voyeurs que engordam as audiências dos vídeos deles, caso eles decidam ser famosos e expor-se para o mundo. Parte do problema está nas webcams (a outra nos celulares), que geralmente são os únicos objetos com capacidades para filmar - e consequentemente perpetrar - o ato vindouro.

A Microsoft pensou no problema e lançou a LifeCam Cinema, que faz imagens de alta definição (com 720 px), para delírio dos frequentadores do RedTube e afins.  Além disso, ela tem o formato widescreen, o que vai deixar todas aquelas cenas geralmente mais pixeladas que gráficos de Atari 8-bits, com um belo formato de cinema 16x9; possui também auto-focus, sistema anti-granulação e 30 quadros por segundo.

Tudo isso por US$ 79,95. Pode parecer caro, mas pense no seu companheiro do outro lado do país querendo ver você melhor (geralmente pra ver se vale a pena viajar uns 2000 Km pra te encontrar) e pense em você mesmo, e de como será valorizado com uma qualidade tão vasta assim! No fim das contas, vale a pena. Não que eu compraria, mas vale a pena…

 

PS: ela somente grava vídeos em alta definição caso seja para guarda-los no HD, pois em vídeo-conferências ela não passa de 7,5 quadros por segundo. Se fosse diferente, sua conexão ia pra vala…

 

Photography Blog [Via Meio Bit]

Avatar Voz do Além

MiniNova recebe ultimato de tribunal holandês

 

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De todos os sites de torrent, o MiniNova é o que mais próximo chegou de ser tão popular quanto o Pirate Bay, além de contar com uma miríade de torrents muito bem avaliados e populares. A única coisa que falta ao site, a meu ver - e ele tem condições para isso, é um tracker decente, o que o tornaria praticamente independente.

Pois bem, mas parece que os dias de tranquilidade do site chegaram ao fim. A BREIN, uma dessas entidades de direitos autorais que acham que podem intimidar alguém com uma sigla, moveu um processo contra o site… e ganhou. Mas, diferente de outros países, na Holanda, país onde está hospedado o MiniNova, as leis não estabelecem como ilegal baixar conteúdo com copyright, é ilegal fazer upload.

E é aí que a coisa pegou pro lado do site. O juiz acusou os administradores de não estarem tomando medidas contra os que upam conteúdo ilegal para a base de dados do site, e deu um ultimato para que eles retirem todo o conteúdo protegido por lei em 90 dias, ou tomarão uma multa de mil euros por link, podendo o valor chegar a no máximo cinco milhões de euros.

Para ajudar Erik Dubbelboer e os outros que mandam no Mini, existe um filtro que trata de eliminar conteúdos como pornografia infantil, vírus e torrents vazios disponibilizados por gente da corja da RIAA e MPAA. Por esse motivo o juiz achou que não seria difícil para eles retirarem tudo que tem uma lei impedindo de ser compartilhado.

Os donos do MiniNova estão considerando recorrer da decisão do juiz…

 

[Via TorrentFreak]

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Dexter 4ª temporada

 

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Como já é de costume “vazou” o primeiro episódio da nova temporada de Dexter (a quarta), e, como também já é de costume, ele é surpreendente e dá uma boa idéia de como será o resto da temporada.

Nele vemos o serial killer mais gente fina da televisão tentando lidar com a sua nova vida como paizão, detetive, marido e ainda conseguir arrumar tempo pra deixar seu “Dark passenger” fatiar umas carnes. Fora isso vemos o retorno de um velho amigo lá da 2ª temporada e também somos apresentados ao que parece ser o grande inimigo dessa temporada, que é nada mais nada menos que o serial killer mais bem sucedido da história e que está na ativa a mais de 30 anos.

Pelo jeito a temporada promete, por isso fiquem espertos que ela começa oficialmente dia 27 de setembro lá nos EUA.

Avatar Colaborador Nerd

O Estado contra os fumantes

Por Angélica Lara*

 

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A lei eleitoreira do Sr. Serra, por mais inconstitucional que seja, deu poder a uma parcela da população que, normalmente, só se dá mal. Agora estão na maior felicidade os porteiros, os faxineiros, e também os não fumantes, oprimidos, reprimidos e castrados em geral, que têm uma oportunidade única de vingarem-se dos seus opressores, repressores e castradores, ora projetados na figura dos fumantes. Eles, hoje, têm autoridade para proibir (que alegria!!!) e reprimir (que euforia!!!) os condôminos fumantes com o respaldo da lei antifumo, e, sempre que não tenham autoridade, têm o poder de denunciar os fumantes ao Estado. Ok, a denúncia não traz a satisfação imediata da proibição e da repressão, mas faz o sujeito cumprir um dever de cidadão!!! Melhor sensação, só no feriado de eleição, em que cumprem seu dever cívico votando, quase sempre nos mesmos que inventam e sancionam leis do tipo desta uma, a lei antifumo do Sr. Serra.

Os fumantes, então, empurrados para a rua, vão fumar nas calçadas. Lá, apesar de sujeitos a assaltos, intempérie e etc., fumam seus cigarros e, ao terminar de fumá-los, pensam: o que faço com a bituca? A pergunta é válida, porque as (poucas) lixeiras da Prefeitura de São Paulo, não são adequadas para jogar-se bitucas, para apagá-las o cidadão (é, o fumante é um cidadão) teria que colocar a mão praticamente dentro da lixeira – quase sempre cheia – e ainda assim, poderia causar um incêndio com a brasa. O fumante então pensa: “vou apagar meu cigarro e jogar a bituca no lixo do prédio.” “Não vai não”, diz o faxineiro, o porteiro. Pela lei do Sr. Serra, se encontrarem bitucas no local, ele também é multado. O fumante, que não vai engolir a bituca, sem opção, arremessa a prova do crime ao chão... ficando sujeito a uma outra lei, aquela do lixo no chão...

Esta lei antifumo, inconveniente que é, esbarra também na lei do silêncio, porque os fumantes lançam-se às calçadas defronte às casas noturnas, bares, restaurantes, etc., e, conversando, rindo, etc., atrapalham o sono dos vizinhos... Assim, em breve, o Sr. Serra, ou algum outro inventor de leis que lhes dê a visibilidade que tanto desejam, vai criar uma lei que proíba a conversa nas ruas...

Naturalmente que o “bem maior” é a justificativa da lei antifumo. Aquele mesmo “bem maior” que ensejou a criação do rodízio dos automóveis. O cidadão paga anualmente o IPVA e fica impedido de circular com seu veículo durante quase dois meses ao ano, sujeito a multa, e sem desconto de 1/6 proporcional do imposto. O “bem maior”, também justificou a lei municipal que impede a circulação dos fretados justamente onde são necessários. E o cidadão que, desamparado pelo governo na questão do transporte público, ou que impedido de circular com seu veículo buscou um serviço pelo qual pode pagar, agora tem que se digladiar por espaço no transporte público, sendo obrigado a partilhar o ar, o espaço e adquirir paciência zen para não enlouquecer com o empurra-empurra diário. No caso da lei antifumo, a coletividade seria beneficiada (em teoria) com menores gastos do setor público com os fumantes indiretos. Da cachaça, ninguém fala.

Os governantes têm como objetivo fazer com que os fumantes deixem o hábito. Na verdade, não é hábito, é vício, só que a palavra é feia... Eu fumo há 20 anos, e já foi provado, tanto que hoje é proibido, que as propagandas e filmes influenciam principalmente as crianças. Eu tenho até uma coletânea das músicas dos comerciais do cigarro Hollywood, que sempre foram os mais bacanas. Sou fumante de Marlboro desde sempre. Adorava assistir as McLarens da F-1 nas cores branco e vermelho, inconscientemente, talvez isto até ensejasse um ou dois cigarros a mais nos meus domingos. Os fabricantes de cigarros sempre tiveram como objetivo aliciar os fumantes no final da infância e início da adolescência e o governo sempre arrecadou toneladas de impostos sobre o produto IPI (330%), PIS/PASEP e COFINS (9,25%), ICMS (25%), e, creio, sobre o transporte do produto, sobre a publicidade do produto, sobre toda a cadeia logística. Enfim, o governo ajudou a indústria do tabaco a me viciar, e agora, quer me forçar a parar por força de Lei.

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*Angélica Lara está indignada com o a Lei Antifumo do estado de São Paulo, que está sendo copiada em outros lugares.

Nós, do NSN, não fumamos, mas somos contra o cerco a liberdade que está sendo feito em São Paulo, capitaneado por um possível candidato a presidência da República.

Avatar FiliPêra

Video Games Live pela primeira vez em Belo Horizonte

 

Video Games Live Foto Jeff Vanelle  

Bom, o BruNêra foi ano passado, e o evento mudou a vida dele quase tanto o show do Radiohead mudou a minha. Então, vamos quebrar nosso protocolo e publicar o release do evento, e sua chegada na capital na mineira, na íntegra, como você confere abaixo!

Se algum nerd mineiro for, e quiser mandar um texto e fotos, fique à vontade!

 

O mega-espetáculo que já conquistou milhares de jovens de diversos países — Estados Unidos, Canadá, Taiwan, Inglaterra, Nova Zelândia e Coréia — finalmente chega à capital mineira. É o Video Games Live, maior evento de game music do mundo, que acontece na quarta-feira, dia 30 de setembro, no Grande Teatro do Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1537 – Centro).

O Video Games Live tem o impacto de um concerto, com direito a orquestra e coral, mas com a vibração de um show de rock, com laser e projeção sincronizada de cenas dos jogos mais famosos da história. O evento terá início às 18 horas com a abertura do Espaço VGL, no Foyer do Grande Teatro – onde o público terá acesso a uma área especial de freeplay, com jogos e concurso de Guitar Hero, entre outras atrações. O espetáculo musical, ponto culminante do Video Games Live, acontece às 20 horas. Os ingressos estarão à venda na bilheteira do Palácio das Artes a partir do dia 21 de agosto. Outras informações pelo telefone: 3236-7400.

O espetáculo é interativo desde a escolha do repertório. Os amantes de game music e jogos eletrônicos de todo o mundo votam em suas músicas favoritas no site oficial americano do projeto - www.videogameslive.com. Quando ocorrem das turnês internacionais, são selecionadas as trilhas mais votadas, além de outras já consagradas, para garantir a presença de jogos cultuados pelos jogadores brasileiros. E na apresentação na capital mineira, não foi diferente. No repertório, estarão trilhas sonoras de jogos como Castlevania, Kingdom Hearts, Metal Gear Solid, Sonic, Legend Of Zelda, God of War, Warcraft e Halo, entre outros.

Além disso, em cada país, o Video Games Live conta com a participação de uma orquestra local. Em 2009, a turnê brasileira trará a Orquestra Simphonica Villa Lobos sob a direção do Maestro Adriano Machado. Em Belo Horizonte, o show de abertura fica por conta da banda Abreu Project. Em seguida, acontece o Concurso de Cosplay, onde os concorrentes realizam uma breve apresentação caracterizados como seus personagens de games favoritos.

Video Games Live 3 Foto Jeff Vanelle

O Video Games Live transporta o público ao mundo mágico e grandioso dos jogos eletrônicos. Um cenário fantástico, elaborado por profissionais envolvidos no desenvolvimento e criação dos games, cria um clima virtual e futurístico. Durante o espetáculo são apresentadas trilhas sonoras dos mais famosos jogos eletrônicos. Os games são exibidos no telão com suas músicas, efeitos visuais e sonoros interpretados por músicos, coristas e cantores brasileiros regidos pelo Maestro Jack Wall e apresentados por Tommy Tallarico.

Além do lado musical, o Video Games Live possui segmentos multimídia e interativos. Durante o espetáculo, acontecem interações com a platéia quando alguns espectadores são convidados ao palco e participam dos games exibidos ao vivo no telão, enquanto a orquestra executa a trilha em sincronia com o jogo. Nesta apresentação, um segmento interativo será dedicado ao game Donkey Kong. Após o intervalo, será a vez do segmento de Guitar Hero. Os jogadores que alcançarem as melhores pontuações serão premiados.

A produção local da turnê do Video Games Live é da ArtBhz Produtora, respeitada empresa mineira especializada em produção cultural e também do segmento conhecido como family entertainment. Já promoveu turnês em diversos estados brasileiros de grandes espetáculos internacionais como Holiday on Ice, Backyardigans, Lazytown, Circo da China, Disney no Gelo e a exposição itinerante Mundo Jurássico.

Histórico do evento…

O Video Games Live estreou nos EUA em 6 de julho de 2005, no Hollywood Bowl, com a Orquestra Filarmônica de Los Angeles, sendo, até hoje, o maior concerto de videogames da história, com um público de 11 mil pessoas na Arena de San Diego (CA) durante a turnê de 2005/2006. Idealizado pelos compositores norte-americanos de game music Jack Wall e Tommy Tallarico, o evento pretende aproximar a música eletro-sinfônica da nova geração. O Video Games Live já foi visto por mais de 300 mil pessoas em todo o mundo, e realizou grandiosas turnês por Estados Unidos, Canadá, Taiwan, China, Coréia, Inglaterra, Escócia, França, Alemanha, Portugal, Nova Zelândia, entre outros países.

Tommy Tallarico (www.tallarico.com): É o maior compositor de game music do mundo (compôs trilha para 275 games, como Tony Hawk Pro Skater, Spider Man, Earth worm Jim, Unreal, Mortal Kombat, e Time Crisis) e está no Guiness Book of World Records – Gamer´s Edition. Tommy também é o fundador e presidente da Game Áudio Network Guild – G.A.N.G, organização sem fins lucrativos que tem o objetivo de promover a excelência nas trilhas dos jogos eletrônicos.

Jack Wall: Maestro do Vídeo Games Live, Jack Wall é um dos principais compositores de música em jogos eletrônicos desde 1996. Já produziu mais de trinta trilhas de games, incluindo os sucessos Myst, Splinter Cell e Jade Empire. Wall é também vice-presidente e co-fundador da Game Audio Network Guild - G.A.N.G. Antes de ingressar no mundo dos games, Wall trabalhou como produtor de nomes como Patti Smith e David Byrne, entre outros.

Laura Intravia – Musicista norte-americana, graduada em Composição e Performance Vocal pela Ithaca College. Ainda na infância, fazia transcrições das trilhas sonoras de seus games favoritos. Em 2007, realizou sua primeira performance em aclamada apresentação na convenção de anime e games Otakon. No evento, interpretou com a flauta uma música do jogo Legend Of Zelda. No ano seguinte, nova apresentação também de enorme sucesso, inclusive na internet. E foi através do You Tube que Tommy Tallarico conheceu o talento de Laura, e a convidou para participar do Video Games Live, em San Diego ainda em 2008. Laura é uma das artistas que vai apresentar performance solo na turnê brasileira do Video Games Live.

Norihiko Hibino – O músico japonês é conhecido internacionalmente como compositor, arranjador e saxofonista, particularmente por seu brilhante trabalho na trilha sonora da famosa série de games Metal Gear Solid. O jogo vendeu mais de 22 milhões de cópias em todo o mundo. Hibino tem uma imensa legião de fãs nos Estados Unidos. Ele também atua como produtor de pop stars japoneses como Yuki Koyanagi, Chihiro Yonekura, e muitos outros. Hibino é ainda um empresário bem sucedido no comando de sua companhia de produção musical, a “Gem Impact”. Hibino é solista convidado para a turnê brasileira do Video Games Live.

Dia 30 de setembro, quarta-feira, a partir das 18 horas.
Ingressos para todos os setores: R$120,00 inteira / R$60,00 – meia-entrada
Classificação Etária: 12 anos
Meia-entrada para maiores de 60 anos e estudantes, conforme a lei.

Avatar Felipe

Biblioteca Histórica Marvel: Homem-Aranha – Vol. 1

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Em agosto de 1962, surgia, na revista Amazing Fantasy 15, o super-herói que viria a ser o mais popular personagem da editora Marvel Comics, o Homem-Aranha. Depois de estrelar a última edição de Amazing Fantasy, a Marvel recebeu centenas de cartas querendo saber mais sobre aquele estranho herói aracnídeo. Foi então que, em maio de 1963, era lançada a revista The Amazing Spider-Man, com roteiros do mestre Stan Lee e desenhos de Steve Ditko. E são essas primeiras histórias que estão reunidas no luxuoso encadernado Biblioteca Histórica Marvel: Homem-Aranha - Volume 1.

Essa coletânea reúne as histórias publicadas em Amazing Fantasy 15 e The Amazing Spider-Man edições 1 a 10. A edição brasileira não deve nada à original americana: acabamento luxuoso com capa dura, papel de excelente qualidade e lombada quadrada costurada. Além de tudo isso, todas as histórias foram recoloridas digitalmente, eliminando assim as famosas retículas, que eram comuns na colorização da década de 1960.

Pra quem é fã de quadrinhos, essa coletânea já é uma excelente aquisição. Mas se você for fã da Marvel e, principalmente do Homem-Aranha, essa publicação é simplesmente obrigatória. O preço não é dos mais generosos (53 reais), mas vale cada centavo. E apesar de já ter sido lançada há dois anos, a coletânea ainda pode ser encontrada com certa facilidade em lojas especializadas e livrarias.

E é bom lembrar que também já chegou ao Brasil o segundo volume do Homem-Aranha, além das coletâneas do Capitão América, Demolidor, Homem de Ferro, Hulk, Thor, Quarteto Fantástico, Surfista Prateado, Vingadores e os dois volumes de X-Men. Haja dinheiro pra tanta coisa boa.

Roteiro: Stan Lee

Arte: Steve Ditko (capa desenhada por Jack Kirby)

Páginas: 256

Nota: 10

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Mega Maratona de Filmes

 

filmes[3]GARRET DILLAHUNT as the evil Krug in the suspense thriller that explores how far two people will go to exact revenge on the sociopaths who harmed their child--?The Last House on the Left?. 

Por motivos que vocês já sabem, eu ando meio afastado do NSN. Com certeza não abandonei nosso amado blog, mas estou me dedicando mais ao desenho ultimamente e isso não me deixa muito tempo pra escrever. Mas nem tudo tudo está perdido, afinal de contas  eu estou de férias, e como não poderia deixar de ser, ferias = filmes, MUITOS filmes. Sendo assim aproveitei 4 dias desse meu merecido descanso e assisti a 15 filmes seguidos… tudo regado a Coca-Cola, biscoito, chips e macarrão com sardinha.

Mas, diferente do que vocês imaginam, nem só de terror vive esse nerd. Dentre os filmes resenhados abaixo você vão encontrar uma mistura um tanto eclética: desde animação, passando por comédia, ação, guerra, suspense… até chegar no meu amado terror. Não vou mentir pra vocês, se dependesse de min, só teria terror nessa lista, mas infelizmente não encontrei tantos filmes assim que preenchessem minhas “altíssimas” exigências (basicamente: ter um bom trailer e uma boa nota no IMDB), ou seja, melhor assistir vários bons filmes de todos os gêneros do que uma porrada de filmes ruins de terror, sem mais delongas, vamos aos filmes.

 

HAUNTING IN CONNECTICUT

haunting_in_connecticut

Se você pensar em The Haunting in Connecticut somente como mais um filme de suspense/terror sem grandes expectativas, uma nota 6,5 seria justa. Mas se levarmos em conta o clima “baseado em fatos reais” que criaram em volta do filme, aí essa nota cai pra no máximo uns 4,5. Acontece que “casa mal assombrada” não é lá um tema muito original, e para um filme com esse tema ter êxito, é necessário algo de diferente, algo novo. No caso desse filme o “diferente” e o bendito do “baseado em fatos reais”.

Quando você pensa em algo “baseado em fatos reais” você espera algo mais cru, mais verossímil, um suspense psicológico que fique sempre no linear entre o real e o sobrenatural, e não um festival de clichês regados a sustos baratos com uma história rasa e personagens estereotipados. Mas não se enganem, eu não me incomodo com nada do que falei aí atrás, sou fã dos filmes de terror com todos os seus clichês e estereótipos, mas quando você compra um “baseado em fatos reais”, você espera um “baseado em fatos reais”, e definitivamente The Haunting in Connecticut não convence nem um pouco nesse quesito.

A história é o mesmo padrão de sempre: uma família se muda pra um velho casarão e começa a ser assombrada por espíritos malignos. O diferencial aqui é que eles se mudam pra essa casa porque o filho mais velho do casal está com câncer e precisa ficar mais perto do hospital. Pra não dizer que nada no filme me assustou, teve uma ou duas cenas realmente assustadoras quando o casal começa a vender seus pertences para comprar remédio, ou quando falta grana para pagar a hipoteca da casa e etc. Afinal, que brasileiro nunca passou algum aperto fudido por causa de grana?

NOTA: 5.0

THE UNBORN

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Ok, admito, só assisti esse filme por causa dessa bunda ai no pôster. É um motivo vil, mas tenho que falar a verdade com meus leitores. Porém, convenhamos, todo mundo sabe que bunda vende, certo? E além da supra citada bunda, essa menina aí em cima é muito bonita por outros ângulos também… tá certo que como atriz ela é uma ótima bunda, mas isso não vem ao caso.

O motivo pra um cara distinto como eu ficar um parágrafo inteiro falando sobre a bunda no pôster é simplesmente porque essa é a única coisa boa no filme. Não posso reclamar afinal o IMDB me disse que o filme seria ruim, mas eu estava hipnotizado pela bunda, então baixei, assisti e o resultado foi exatamente o esperado: história, personagens, tomadas, sequências e enquadramentos clichês embrulhados num pacotão nada original. E é isso, se você estiver realmente sem nada pra fazer e quiser assistir um filme de suspense/terror descompromissado e um tanto previsível, The Unborn foi feito pra você.

Só pra não deixar passar direto, a historia fala sobre uma bund… garota que descobre que tinha um irmão gêmeo que morreu no parto, mas que sua alma ainda tenta se encarnar no corpo da irmã.

NOTA: 4.0

TEETH

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Antes de mais nada vamos deixar claro que esse filme fala sobre um garota que tem dentes na vagina. Eu sei que é bizarro, estranho e até engraçado,  mas confiem em min, funciona. Diferente do que o tema sugere, Teeth não apela pro terror barato, escatológico ou simplesmente de mal gosto,  a coisa é tratada de modo muito soturno e psicológico. Pra falar a verdade são poucas as vezes que vemos o a “ação” propriamente dita,  tudo fica muito sub-intendido e as explicações (que são poucas) são somente  sugeridas.

Durante o filme (especialmente no seu final) o diretor usa o mito da vagina dentada para contrapor a fragilidade feminina, exposta no filme por uma cena de estupro. Mas, ao invés de ser violada a protagonista (virgem e adolescente) acaba involuntariamente se defendendo, e assim descobrindo sua “anomalia”. Desse modo começa sua jornada de auto-descobrimento, passando pela vergonha do auto-controle, até finalmente chegar aceitação. Agora misture isso a alguns temas pesados como incesto, estupro e religião e pronto, você tem Teeth.

NOTA: 8.5

THE LAST HOUSE ON THE LEFT 

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Essa regravação do clássico de Wes Craven se saiu melhor do que eu esperava. Obviamente ela foi bem suavizada em relação ao original, mas mesmo assim conseguiu manter o impacto do primeiro filme. Digamos que ele é uma versão com mais escrúpulos e menos estilo de Rejeitados Pelo Diabo, mas, levando em conta toda essa merda de “politicamente correto” e essa maldita censura que vem castrando a indústria de cinema há um bom tempo, o diretor até que teve colhões de encarar um Rated R.

A história mostra a sanguinária vingança de um casal ao descobrir que as 4 pessoas que eles acolheram numa madrugada chuvosa e que diziam ter sofrido um acidente de carro, na verdade eram um bando de criminosos que tinham esfaqueado, espancado, estuprado, e por fim, baleado sua filha adolescente, que supostamente tinha ido dormir na casa de uma amiga.

O plot é simples e lembra muito o clássico A Fonte Da Donzela, de Ingmar Bergman, mas ele é somente um pano de fundo para chocar visualmente o expectador. E como todo filme que se propõe a isso, ele tem sucesso, pois mesmo seus personagens sendo fictícios, tudo que eles sofrem já foi sofrido por alguém  de verdade. 

 The Last House On The Left é um filme visualmente perturbador mas sem o peso emocional niilista de filmes como Funny Games, Benny’s Videos ou mesmo Eden Lake, vale a pena assistir mas definitivamente não é um clássico.

NOTA: 8.0

DEADGIRL

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Com certeza nós já falamos umas 3 vezes desse filme aqui no blog, e posso dizer que ele merece todo esse alarde. Na verdade, apesar de ser completamente diferente do que eu esperava,  ele superou minha expectativas de forma surpreendente.

Quem vê o trailer e lê a sinopse logo imagina um filme de terror cheio de sexualidade, talvez um pouco de sensualidade, e que a Deadgirl fosse algum tipo de monstro disfarçado ou algo ligado a magia ou qualquer outra coisa mais soft. Meus amigos, esqueçam tudo isso. O filme não tem NADA de sensual, e todo o seu conteúdo sexual é extremamente violento e gutural. Estou falando de sangue, pus, hematomas, vísceras, e muito, MUITO sangue. As cenas de sexo são de extrema violência e muitas vezes nauseante. Quando li o tema do filme logo fiquei preocupado de que o diretor afrouxasse, tentando pegar leve com alguma máscara de moralismo. Afinal estamos falando de dois garotos em plena puberdade que encontram uma mulher acorrentada e esquecida num prédio abandonado. Convenhamos, um plot como esse não teria como dar certo sem que o diretor fosse muito corajoso… e meus amigos, ele foi.

Eu ainda teria muitas coisa para falar sobre o filme, mas para isso eu teria que revelar a natureza da criatura acorrentada e isso certamente estragaria boa parte da diversão. Então, façam um favor a vocês mesmos e assistam Deadgirl. A única pista que vou dar é que ele é de um sub-gênero de terror que eu adoro que que teve somente um representantes nesse post, agora é com vocês.

NOTA: 9.5

DOROTHY MILLS

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Dorothy Mills é o tipo de filme que eu gosto, suspense psicológico com toques surreais e uma pitada de sobrenatural, uma mistura bem difícil de fazer funcionar, mas quando funciona é bem gratificante.

No filme você acompanha uma psicanalista que vai até uma cidadezinha no interior da Irlanda para tentar avaliar o caso de uma garota que, supostamente tentou matar um bebê. Chegando lá, além de tentar entender a intrincada mente de sua paciente, que parece conter varias personalidades diferentes, ela ainda vai ter que sobreviver a hostil e extremamente religiosa  comunidade local que parece profundamente envolvida na condição psicológica de Dorothy.

As atuações são excelentes e a fotografia é competente, o roteiro bem elaborado mas que pode ficar um pouco previsível na reta final. Nada que estrague  experiência. Em suma, um bom  filme que te prende à história, mas que dificilmente se tornaria um clássico por ser muito… na medida.

NOTA: 8.0

THE KILLING ROOM

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Logo de cara já fiquem sabendo que eu não gostei do filme e por isso não percam seu tempo, mas o mais triste nessa historia toda e que ele tinha tudo pra ser um filmaço do naipe de “O Cubo”.

Na minha opinião o que deu errado aqui foi o fator “for dummies” que permeia todo o filme. Pra começo de conversa, um filme que se passa inteiro numa única sala tem que te prender pelo mistério e pelo suspense. Mas isso já é descartado logo no começo, quando somos apresentados aos protagonistas. Ela é uma analista de comportamento humano chamada pelo governo para acompanhar um experimento militar. Nesse experimento 4 pessoas são postas numa sala onde pensam que vão responder a um questionário gigante e logo depois vão embora com 250 dólares no bolso.

Mas a coisa não é bem assim e logo eles descobrem que o que está em jogo são suas vidas, e assim o filme vai intercalando entre a análise da protagonistas e as reações das vitimas. No final a impressão que tive foi que a analista só foi introduzida na história meramente pra mastigar a informação para o espectador e garantir que todo o filme seja digerido uniformemente, ou seja, sem surpresas, mistérios ou suspense. E no final um plot que podia ter rendido um bom filme é desperdiçado numa barra de cereal cinematográfica, sem gosto, cheiro ou cor.

NOTA: 3.5

GRAN TORINO

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Antes que os chatos de plantão (tô falando com você Pêra) venham reclamar, eu já vou logo avisando, esse é mais um filme de Clint Eastwood com toda sua carga dramática no mesmo estilão badassmotherfucker sentimental de Sobre Meninos e Lobos, Menina de Ouro, Cowboys do Espaço e Um Mundo Perfeito, ou seja, quem gosta, gosta, quem não gosta não sabe o que é bom, afinal de contas o filme tem nota 8,4 no IMDB, 80 no Rotten Tomatoes e  79 no Metacritic.

O filme conta a historia de Walt Kowalski, um veterano da guerra do Vietnam que mora num bairro dominado por gangues. Ele que acaba desenvolvendo uma inusitada amizade com seus vizinhos vietnamitas (ou Hmongs, como eles dizem), especialmente com Thao Vang, um garoto muito tímido que é pressionado por seu irmão a tentar roubar o Gran Torino de Walt.

E é nesse roubo frustrado que a amizade entre os dois surge. Como a maioria dos personagens de Clint, Kowalsk é durão, rabugento, preconceituoso, mas no fundo é uma boa pessoas, e durante todo o filme ele tenta transformar Thao num homem de verdade capaz de lidar com seus problemas e se impor perante os outros, mas no meio de tudo isso estão as gangues e a violência de um bairro na periferia.

Gran Torino é um filme excelente que fala de forma simples sobre amizade, família, violência e preconceito, tudo no bom e velho estilo Clint Eastwood de fazer cinema.

NOTA: 9.0

VALKYRIE

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Valkyrie não é um filme memorável, mas creio que sua proposta também não era essa, afinal, uma conspiração tão intrincada como a que o filme mostra não deixa espaço para grandes floreios cinematográficos. Tirando uma ou duas jogadas de câmera, o diretor foi muito direto e incisivo no filme, mostrando a história como ela (possivelmente) aconteceu e, em alguns momentos até se arriscando a mostrar as verdadeiras intenções dos conspiradores. Algo do tipo “tirar o meu da reta” já que a Alemanha de Hitler estava naquela época visivelmente fadada a derrota.

Eu como fã de filmes históricos e de guerra adorei Valkyrie. Ele remonta da forma mais fiel possível (creio eu) os fatos e explica muito bem toda a intrincada trama. Tom Cruise mesmo com toda sua canastrice não consegue estragar o filme. Na minha opinião, um outro ator menos hollywoodiano poderia dar mais empatia ao personagem principal. Mas essa falta não afeta o que realmente importa no filme, que é seu conteúdo histórico. Quem gosta de II Guerra e especialmente quem gosta de historia e tem curiosidade de conhecer melhor os eventos (que foram bem maiores do que eu acreditava) que rodearam essa frustrada tentativa de assassinar o Führer com certeza vai curtir o filme, mas quem espera mais ação vai se decepcionar.

NOTA: 7.5

MONGOL

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  Mongol conta a historia de Genghis Khan antes dele se tornar “O Genghis Khan”. Quando ainda se chamava Temudjin e não passava de um escravo. O filme apesar de não ter me agradado completamente (explicarei porque mais pra frente), tem muitas qualidades, a maior delas é fugir involuntariamente dos maneirismos hollywoodianos de se fazer filmes épicos. Não que faltem ângulos edificantes e as tomadas amplas típicas desses filmes, mas você não sente aquele gosto enjoativo que produções como Alexandre ou Tróia tem, claro que é uma comparação estranha visto a grande diferença entre esses filmes, mas inevitavelmente eles permeiam o mesmo gênero. Tudo isso fora o excelente conteúdo histórico que por si só é muito interessante.

Mas, como disse lá em cima, faltou algo no filme, não é exatamente um defeito, mas se tratando de uma produção estrangeira, eu espera um pouco mas de crueza e brutalidade no filme. Afinal estamos falando do “Flagelo de Deus”,  do homem que comandou o maior império que a terra já viu e que morreu afogado no próprio sangue. Um homem como esse deveria ser retratado com mais dureza e violência. Eu entendo que muito da aura mística que envolvia Genghis Khan e que o diretor tentou passar no filme realmente existia. Todas as lendas e profecias sobre o “lobo cinzento que devoraria toda a Terra” e tudo o mais, mas convenhamos, a vida naquela época era uma coisa bruta, sangrenta e visceral, e foi isso que faltou no filme na minha opinião. Mas nada disso impede Mongol de ser um excelente filme e altamente recomendado, mas que poderia ser ainda melhor.

NOTA: 8.0

PUSH

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Ok, vocês devem estar se perguntando porque diabos eu assisti um filme desses, e eu concordo com vocês. Push definitivamente não é um filme que seria facilmente associado a minha pessoa, mas acontece que eu tenho uma queda por super-poderes, em especial telecinese e como estou de férias mesmo… por que não?

E posso te dizer que não foi um desperdício completo de tempo. Tá certo que a história é pífia e o ator principal é ridículo, mas temos ali a nossa queridinha Dakota Fanning fazendo o papel de um criança alcoólatra com poderes precógnitos, e temos também a gostos… belíssima Camila Belle, com sua franjinha sexy fazendo o papel de uma “Pusher”, que é basicamente um tipo de hipnose. Temos também o supra-citado personagem principal vivido por Chris Evans que é um “Mover”  (que consegue mover coisas com  mente) e os três juntos vão enfrentar um organização de pessoas superpoderosas que envolve experimentos nazistas, gangsters chineses gritadores e mais uma porrada de coisas que não vêm ao caso agora.

Em resumo, Push é um filme mediano puramente com o propósito de entreter sem compromisso. Digamos que ele é uma versão melhorada de Heroes compilada em 110 minutos. A única coisa que faltou na minha opinião foram mais cenas de ação, especialmente usando a telecinese, mas creio que isso foi problema de orçamento.

NOTA: 5.0

007 - QUANTUM OF SOLACE

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Eu nunca fui um grande fã de 007, pra falar a verdade ainda não sou, mesmo com essa nova cara que estão dando para a série ainda não posso dizer que ela me fisgou. A verdade é que quando eu comecei a assistir seus filmes, toda essa estrutura de filmes de ação que 007 criou já estava solidificada, e até gasta pra dizer a verdade, então eu fiquei no meio do caminho. Nem tinha lembranças nostálgicas da série, nem vi nada de inovador a ponto de me conquistar pelo lado cinematográfico. Sendo assim, só posso dar meramente minha opinião como espectador completamente alheio a “mitologia” Bond.

Quando assisti Cassino Royale pensei: “tai um bom filme de ação”. Mesmo não compartilhando dos pequenos easter eggs deixados para os fãs, eu consegui me divertir com o filme. Tiros, perseguições, tortura, le parkour e toda aquela adrenalina realmente conseguiram me entreter. Já em Quantum Of Solace a coisa foi meio diferente. Toda aquela surpresa de ver um 007 brucutu-porradeiro passou, e sinceramente não me impressionei com o que vi em sua seqüencia. Tirando o “brotinho” que é a Olga Kurylenko (que também tem uma franjinha sexy), o resto foi mais do mesmo. Não que houvesse muito pra onde fugir, afinal eles estão reconstruindo o personagem, e isso só vai agradar a 2 tipos de audiência. A menos exigente, que só assiste o filme por conta da ação desenfreada, e aqueles que já são fãs da serie e estão acompanhando a construção do mito, e eu não me encaixo em nenhum dos dois.

NOTA: 6.0

THE SPIRIT

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Para não dizer que The Spirit é uma completa perda de tempo vamos concordar que seu visual é até bem legal, mas esse “visual legal” já foi magistralmente  usado em Sin City, o que transforma esse bagulho escrito e dirigido por Frank Miller numa completa perda de tempo. Para se ter uma idéia, eu fiquei por um triz de parar o filme no meio, e olha que ele tem as beldades Eva Mendes e Scarlett Johansson, mais o maior bad-ass-muther-fucker do cinema Samuel L. Jackson no elenco, e mesmo assim eu quase parei o filme no meio.

Sinceramente, é até difícil listar todos os erros do filme… a trama não é mais enfadonha porque não tem espaço, os personagens são rasos como um pires, nenhuma das atrizes aparece suficientemente sem roupa, a narrativa é extremamente  previsível, e por fim, as cenas cômicas chegam a nos fazer sentir vergonha alheia em certas horas.

Eu nunca li nada de Will Eisner (eu sei, heresia!!!) e muito menos qualquer  revista do Spirit, mas acredito (não estou afirmando nada) que Frank Miller deve ter sido bem fiel ao personagem, até porque essa veia cômica e exagerada é bem típica  dos quadrinhos daquela época. Eu concordo que fidelidade à obra original é indispensável, temos aí Sin City e Watchmen que não me deixam mentir, mas também sabemos que cinema é uma mídia completamente diferente dos quadrinhos, e algumas coisas, para funcionar, precisam ter a sábia mão do diretor para adapta-la  sem ser desrespeitoso, e é isso que nosso amigo Frank não soube fazer.

Agora eu deveria tentar dizer para que tipo de publico esse filme foi feito e terminar o texto dizendo quem vai e quem não vai gostar dele, mas sinceramente eu não consegui achar ninguém que possa gostar, por isso se alguém ai já viu e por algum mistério divino tenha gostado, por favor, manifeste-se nos comentários, OK?!

NOTA: 2.0

CORALINE

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Antes de partir para a comédia propriamente dita vou falar de um filme que me surpreendeu. Não que eu esperasse menos de Neil Gaiman, afinal, Sandman está entre as melhores graphic novels que já li, e Mirror Mask é um dos mais belos filme que já vi, mas a verdade é que esse visual stop motion de Henry Selick ficou muito ligado aos filmes que ele fez em parceria com Tim Burton. E por incrível que pareça eu tenho uma certa aversão a essa atmosfera dark que ele criou, e acho que é porque ela foi usada a exaustão até o ponto de eu não agüentar mais ver as olheiras e os cabelos desgrenhados típicos de seus filmes.

Mas superados esses preconceitos eu descobri que Coraline é simplesmente a animação mais cativante que eu assisti em muito tempo. A curiosidade e o jeito arteiro da personagem é contagiante, junte isso a coadjuvantes muito esquisitos e que muitas vezes extrapolam os limites do infantil, e você terá uma animação espirituosa, onírica e que de forma bem sinuosa consegue passar uma mensagem positiva sem apelar para utopias  sentimentais.

Fora tudo isso você ainda verá uma das mais belas e coloridas animações stop motion já feitas. Diferente de A Noiva Cadáver e O Estranho Mundo de Jack, Coraline é cheio de cores vivas e muita luz, além do mundo fantástico mundo que a protagonista descobre, também existe o mundo comum, onde as coisas são mais simétricas e proporcionais, e isso também é legal de se ver, afinal de contas esse tipo de produção normalmente pende para o surreal.

Finalizando, Coraline é um filme cativante que até eu que não sou nem um pouco fã desse tipo de animação gostei, e gostei bastante.

NOTA: 8.5

PINEAPPLE EXPRESS

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Como está escrito ai no pôster, Pineapple Express  é mais uma comédia no estilo de Superbad, O Virgem de 40 anos, Pagando Bem, Que Mal Tem? (deus! esse título é MUITO ruim) e Ligeiramente Grávidos. Mas sinceramente o que sustenta o filme é a presença de Seth Rogen no mesmo papel de sempre: gordo, maconheiro, loser e engraçado. OK, James Franco até consegue tirar aquele ar “Harry Osborn” e a química entre os dois é boa, mas ele sozinho não segura o filme, já o inverso seria bem possível.

Se em Superbad a linha condutora do filme era a amizade esquisita entre dois freaks, em Pineapple Express essa linha é a maconha. Caras, não me lembro de um filme com tantas piadas sobre erva por película quadrada, e, fora essas piadas, você ainda vai ver todas aquelas situações miseráveis típicas dessas filmes.

Mas, infelizmente, diferente de Superbad, esse filme não consegue tanto apelo em relação ao público em geral (pelo menos não a min). Creio que todos que estão lendo esse texto são meio esquisitos, afinal ser nerd normalmente faz a gente parecer meio esquisito, e todos também já tiveram um grande amigo tão esquisito quanto, e é essa sinergia que nos aproxima do filme. E como eu nunca usei maconha fica realmente difícil achar graça da mesma piada durante 1 hora e 50 minutos de filme.

Mas não me entendam mal, o filme é bem divertido e dá para dar umas boas risadas, mas se comparado com outros filme do gênero ele fica ligeiramente atrás.

NOTA: 7.5

 

Bom, é isso pessoal, por enquanto é só. Prometo que em breve estarei escrevendo mais e participando mais do nosso amado NSN.

É NOZES!!!

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Proibição do momento: torpedos sexuais

 

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Não se assuste quando alguns críticos dos sistemas de comunicação atuais dizem que devem existir limites para o acesso a esse tipo de tecnologia a adolescentes. Algumas meninas estão usando celulares para espalharem por aí algumas facilidades de como alcança-las. Práticas como tomar sol com o número do celular escrito nas costas é uma delas, assim como mandar torpedos sexys para números aleatórios.

Em Houston a coisa atingiu tal nível que está proibido por lei a prática de sexting, que basicamente consiste em mandar SMS com algum conteúdo sexual, desde simples palavras à fotos nuas! Os 200 mil alunos saberão que estão proibidos de enviar, receber e possuir mensagens sexuais assim que voltaram às aulas (só me explique como se proíbe alguém de receber mensagens), o que está bem próximo.

Não é para menos… uma recente pesquisa feita em todo território dos EUA, descobriu que 22% dos adolescentes e 18% dos jovens já publicaram vídeos ou fotos na internet em que eles aparecem nus ou quase. Um outro tanto sofreu com ex-namorados (as) publicando esse tipo de material assim que o namoro terminou. O crime seria enquadrado na categoria pornografia infantil, mesmo que os que a possuem sejam também menores.

Aqui no Brasil a coisa também rola de forma similar, como você deve saber pelas notícias publicadas por aí, mas a punição desse tipo de crime fica num clássico limbo jurídico, mesmo com atualizações de lei. Na verdade o problema maior não está na tecnologia em si, mas nas pessoas sem instrução. Mas, francamente, fica difícil argumentar contra uma adolescente que está louca para se expor na net. É nessas horas que realmente gosto de não ter planos para ser pai…

 

[Via NY Daily News]

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

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Confissões de uma Garota de Programa

 

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Sasha Grey é motivo pra qualquer um em sã consciência assistir a um filme. Ao menos na minha opinião como fã dela. Já vi quase tudo que a atriz fez, incluindo o já clássico Sasha Grey’s Anatomy. Ela é a atriz símbolo do pornô moderno, e o mais próximo que o mundo conhece de uma porn star, depois da saída de cena da Silvia Saint. Após dois filmes, ficou conhecida como a menina que ia além. Praticamente não tem nada de possível e cinematográfico que ela não tenha feito no mundo do cinema adulto, e só possui um ou dois tabus, como fazer simulações de estupro, o que considera um desrespeito às mulheres.

Olhando esse currículo, me pareceu interessante ver a estréia dela no cinema mainstream, mesmo que num filme pequeno e de baixo orçamento. Mas, se o filme é pequeno, ele tem duas grandezas: a própria Grey, que surge em quase todas as cenas do filme, e o diretor, Steven Soderbergh, um dos mais importantes diretores independentes de Hollywood.

A trama é baba, e consiste no diário de cinco dias na vida de uma garota de programa de alta classe chamada Chelsea (Grey) e suas relações com o namorado (sim, ela namora sério…) e seus clientes. Se o seu namoro de início vai bem, seus atendimentos não são nada convencionais. Basicamente porque ela atende homens podres de rico, e o filme é ambientado nos piores momentos da Crise Americana, o que torna seus clientes uns babões de meia idade, que gostam de chorar por horas porque a grana deles tá descendo pela privada mais rápido do que eles conseguem segurar.

E esse eixo Chelsea-namorado (chamado Chris)-clientes, é basicamente o que vai levando o filme. Vemos Chris tentando dar uma guinada financeira na vida, mas sempre sendo podado pelo dono da academia que trabalha, e vemos Chelsea passando por situações que garotas de programa do naipe dela devem passar: jornalistas querendo fazer entrevistas íntimas, negociantes de quinta da indústria pornô sondando ela pra fazer um “review” dos serviços dela, além de clientes meio reprimidos que querem um algo a mais.

Mesmo com Grey desfilando sua beleza - acostume-se com a idéia de vê-la peladaça uma única vez - em cada frame do filme (ele não foi gravado em película, mas sim em formato digital), o que o filme tem de mais importante é seu estilo narrativo. É batido, mas quando bem empregado, como é o caso aqui, é interessante. De cara lembra 21 Gramas, e tem sua trama simplória como que picotada e pisoteada na sala de edição para tornar tudo um pouco menos mastigado.

 

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O resultado é um filme no estilo quebra-cabeça, meio que lembrando Gomorra também, mas nunca se afastando da proposta de focar nas desventuras de uma garota de programa num ambiente de ricaços com calças na mão. Não chega a ser um semi-documentário sobre prostitutas de luxo, ou sobre neoliberalistas no furacão da crise, mas se sai bem como um retrato de um pequeno mundo restrito, onde homens infelizes, mas cheios da grana, preferem pagar para garotas de programas ouvirem o que eles têm a dizer.

O final é sem surpresas, mas fecha tudo a altura, sem a necessidade de terminar num mar de rosas. Não vai mudar seu modo de ver o mundo, mas com certeza é, ao menos, uma boa vitrine para mostrar que a musa Sasha é muito mais que uma grande atriz pornô, como bem mostra uma das cenas finais… fora que é um grande filme.

 

The Girlfriend Experience (EUA, 2009)

Diretor: Steven Soderbergh

Duração: 77 min

Nota: 7,5

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G. I. Joe - A Origem de Cobra

 

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Quando foi anunciado o filme de G.I. Joe (Comandos em Ação aqui no Brasil), eu fiquei logo com um pé atrás. Essa desconfiança aumentou ainda mais quando saíram as primeiras imagens e os personagens não se pareciam em nada com os bonecos que possuía. Eu tinha expectativa mais alta com X-Men Origens: Wolverine e Transformers 2. E acabei errando feio: G.I. Joe - A Origem de Cobra é muito mais divertido do que os outros dois. Tudo bem, isso pode ser efeito da minha baixa expectativa pelo filme, mas o fato é que me diverti bastante assistindo essa adaptação.

O filme, dirigido por Stephen Sommers, mostra o início da organização terrorista Cobra e a origem de seus dois fundadores: Comandante Cobra e Destro. A história é aquela de sempre, um novo tipo de armamento é desenvolvido e é lógico que os terroristas querem colocar as mãos nela. Então, cabe aos Joes impedir que essa arma caia em mãos erradas. Mas apesar desse clichê, o filme é bem divertido, tanto em matéria de ação quanto em comédia (cenas geralmente protagonizadas por Marlon Wayans, que interpreta Ripcord). Já as melhores cenas de luta ficam por conta dos ninjas Snake Eyes (Ray Park) e Storm Shadow (Lee Byung-hun), inclusive temos vários flashbacks mostrando o passado dos dois. E não posso deixar de citar Rachel Nichols (Scarlett) e Sienna Miller (Baronesa) vestidas com roupas de couro.

Não posso dizer se o longa é fiel ao desenho animado porque, sinceramente, eu não lembro de quase nada da animação. Mas fui ao cinema esperando ver coisas explodindo e muitos veículos, afinal, quem foi criança nas décadas de 80 e 90 sabe que tinham muitos deles pra comprar. E saí bem satisfeito, principalmente por causa do final que traz uma revelação sobre os líderes Cobra e já deixa um gancho para um possível segundo filme.

 

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G.I. Joe - A Origem de Cobra é aquele típico filme pipoca, ideal para aqueles dias que você quer apenas se divertir no cinema, sem precisar pensar muito. Se não for no cinema, pelo menos vale o preço do aluguel quando sair em DVD e Blu-Ray. Eu me diverti.

 

G.I. Joe – The Rise of Cobra (EUA, 2009)

Diretor: Stephen Sommers

Duração: 118 min

Nota: 8

Avatar Felipe

Rebobine, Por Favor

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Essa semana, finalmente consegui assistir Rebobine, Por Favor, comédia que chegou ao Brasil no começo do ano sem fazer muito alarde. O problema do filme é que ele pede que os espectadores tenham um certo conhecimento sobre cinema, o que acaba fazendo com que nem todos se divirtam com ele. Além disso, o filme, dirigido por Michel Gondry (o mesmo de Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças), não é uma comédia de gargalhadas histéricas e constantes, é apenas divertido, principalmente pra quem viveu a época de filmes em VHS. Aqui no Brasil, onde a maior parte da população gosta de "comédias" como Liga da Injustiça, não é de se surpreender que Rebobine, Por Favor não tenha feito tanto sucesso.

Na história, Elroy Fletcher (Danny Glover) é o dono de uma pequena locadora que precisa desesperadamente de dinheiro para fazer reparos no prédio onde vive, ou será despejado. Para isso, ele sai em uma missão de espionar locadoras mais modernas, pra ver se consegue aumentar sua freguesia. Assim, o único funcionário da locadora, Mike (Mos Def) fica encarregado de tomar conta dos negócios. Os problemas começam quando Jerry (Jack Black), amigo de Mike acaba desmagnetizando todas as fitas da locadora. Para não perder ainda mais clientes, os dois amigos resolvem então reencenar alguns filmes que as pessoas quisessem alugar, começando pelo clássico Caça-Fantasmas. Mas o que parecia uma solução maluca acaba dando certo. Toda a vizinhança fica sabendo dos filmes toscos e só querem saber de alugá-los. Jerry inventa até um termo para essas reinvenções, "suecar", pois segundo ele esses filmes vinham da Suécia e por isso eram mais caros.

E é aí que Rebobine, Por Favor fica realmente divertido. É muito engraçado ver os personagens criando soluções para certas situações que aparecem nos filmes reencenados. Na cena que o Geléia (como assim você não sabe quem é o Geléia?) atravessa uma parede, por exemplo, eles usam o velho truque de gravar a pessoa indo contra a parede, pausar e depois gravar a parede sem ninguém na frente. Em uma cena de Hora do Rush 2, em que os personagens ficam pendurados no alto do prédio, os dois amigos colocam o tabuleiro de um jogo embaixo deles, para parecer que estamos vendo uma cidade do alto. E não posso esquecer de falar do Robocop do Jack Black. Mas a cena que realmente chama a atenção é uma em que os personagens "suecam" vários filmes em sequência, tudo filmado pelo diretor em um único plano, sem cortes. O mais legal é que Michel Gondry proibiu que os atores assistissem aos filmes originais; eles tinham que reencenar tudo de acordo com suas próprias lembranças.

 

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Outros filmes "suecados" em Rebobine, por favor são 2001: Uma Odisséia no Espaço, King Kong e Conduzindo Miss Daisy. Pena que ficaram de fora filmes como De Volta Para o Futuro e ET - O Extraterrestre. Seria hilário ver Mos Def e Jack Black fazendo a cena da bicicleta voadora.

Enfim, se você for como eu e cresceu assistindo a Sessão da Tarde, com as reprises dos filmes citados aqui, provavelmente vai se divertir com Rebobine, Por Favor.

 

Be Kind Rewind (EUA, 2008)

Diretor: Michel Gondry

Duração: 102 min

Nota: 8


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