sexta-feira, 30 de novembro de 2007

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Hope of the States - Left




O Hope of the States é uma banda acostumada com tragédias. Às vésperas da conclusão do seu
primeiro álbum (Lost Riots, já resenhado aqui), o seu guitarrista é encontrado morto; enforcado
no próprio estúdio de gravação. Parte de seus integrantes já passaram por clínicas de
reabilitação entre outras coisas.
Todo esse peso influencia a sonoridade da banda, que continua como uma das mais originais da
Inglaterra e do rock moderno. Com uma guitarra com ritmos bem graves, vocais carregados e um baixo bem marcante. Mas tudo isso já estava presente no elogiadíssimo Lost Riots. Aqui em Left a principal adição é trazer uma pouco mais de frescor ao som deles (mas não se engane, ele ainda é bem tenso); incluindo instrumentos de sopro, como flautas; e instrumentos clássicos de cordas, como violinos e violoncelos, como em Fowardirektion, a décima segunda música do disco.
O álbum já começa muito bom com a instrumental Seconds, que mostra uma boa evolução musical da banda, que apresenta aqui um conjunto mais coeso e trabalhado. A segunda faixa, Blood Meridian, não deixa a tensão cair, com uma letra forte que inclui dinheiro, policiais e cassinos.





E assim Left prossegue, jamais se tornado enfadonho ou cansativo, com músicas excelentes, como Sing In Out e Bonfires.
A grande pena é que a banda acabou se dissolvendo, por motivos ainda não explicados, mas com
certeza vai fazer falta a sonoridade complexa do Hope of the States, que nunca apelou pra
fórmulas ou regras já prontas da indústria.

Top 3 do Álbum: Blood Meridian, Bonfires e Little Silver Birds
Nota: 9,0


FiliPêra

domingo, 18 de novembro de 2007

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Rammstein - Mutter






O Rammstein surgiu em 1993 na Alemanha (o nome é uma homenagem aos, cerca de, 80 mortos em um acidente da Força Aérea Americana na cidade de Rammstein, em 1988). Entre o coquetel musical apresentado pelo grupo, se destacam o heavy metal e uma pesada música eletrônica, o que levou a mídia a rotula-los de rock industrial alemão. Mas os rótulos não são importantes, o que importa é que o som feito pelos alemães é muito bom, mesclando elementos esparsos com um bom heavy metal,adicionados aos vocais guturais de do vocalista Till Lindemann.





O álbum Mutter, o quarto da banda, além de ter o maior single do grupo (a própria música Mutter), também é o que contém mais sintetizado todos os elementos presentes nas sonoridades climáticas deles, com os vocais em seu auge e uma forte influência de tecno.
Apesar de serem bem desconhecidos por aqui, chegaram a abrir um show do Kiss, em 1999, em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre.

Top 3 do Álbum: Mutter, Ichi Will e Fever Frei!
Nota: 8

FiliPêra
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Planeta Terror





Um dos meus sonhos cinematográficos do ano era assistir Grindhouse como ele foi concebido, ou seja: assistir a homenagem realizada pela dupla Tarantino-Rodriguez da forma como ela foi concebida, sem cortes ou divisões. Infelizmente ficou só no sonho! Após o tão esperado sucesso não ter chegado, eles resolveram espertamente dividir o filme por motivos mercadológicos (cobrar dois ingressos, ao invés de um). Felizmente parece que as duas obras sobrevivem sozinhas, mas fica um gostinho de "eu queria ver o restante AGORA!!!" (se Eu tivesse com uma grana extra, iria ao Festival do Rio e assistiria as duas obras como foram concebidas).

Mas vamos a Planeta Terror, a parte de Robert Rodriguez na empreitada. Como é de praxe o texano, descendente de mexicanos, coloca uma constelação em seu filme, somada a atores cool amigos do cineasta; como é o caso de Bruce Willis, Josh Brolin, Rose McGowan e até o próprio Quentin Tarantino, em um papel hilário. Todo o filme está permeado com o estilo do diretor, com toques de humor negro, junto com cenas de violência exageradas a là Era Uma Vez no México.








A história gira em torno de um gás tóxico que se espalha por uma cidadezinha do interior americano, que acaba por tornar grande parte da sua população em zumbis. Surge então vários personagens carismáticos que trazem ao filme subtramas interessantes, como a anestesista que foge do marido maluco ou o churrasqueiro em busca do tempero perfeito.Some a isso tripas em excesso, diálogos non sense e referências a cultura pop (Tarantino deve ter dado maior atenção aos dois últimos) e se tem um perfeito filme de verão, e uma excelente homenagem aos filmes das sessões Grindhouse.

Rodriguez também não deixou por menos a parte técnica. Apesar de ter filmado tudo no seu já consagrado formato digital, ele deu toques nostálgicos à sua obra, adicionando riscos e queimas a sua "película", como se ela estivesse estragada e bastante desgastada. Também aparece um aviso de "rolo faltando" no meio do filme, fazendo ele se adiantar no tempo. Tudo isso traz um clima trash a obra dele, um exemplo perfeito de filme apelativo e divertido!


Mas afinal, o que diabos são Grindhouses? Eram cinemas que se especializaram em reproduzir obras de apelo popular, com orçamentos baratos e defeitos na película. Essas obras decidiram apelar para sexo e violência para poderem fazer frente aos filmes das produtoras majors, que tinham um orçamento grande e muito requinte técnico.Ficamos a espera de À Prova de Morte, de Quentin Tarantino, que completa a obra, marcado para abril.





Quem sabe em DVD não assistimos tudo da forma correta?



Nota: 8



Diretor: Robert Rodriguez



Duração: 97 min



FiliPêra
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Destaque HQ


100 Balas - Atire Primeiro, Pergunte Depois
(100 Balas 1 a 5)





Por FiliPêra

Uma das séries mais importantes do cultuado selo Vertigo, que ainda por cima lançou a
estratosfera os nomes de Brian Azzarelo e Eduardo Risso, ambos com extrema competência no que fazem. A HQ carrega tudo o que tornou o já citado selo Vertigo num dos mais amados pelos leitores adultos, apesar de fazer parte das HQ's mainstream americanas; roteiro denso e coeso, uma narrativa artística perfeita, personagens complexos, tramas bem amarradas, entre muitas outras coisas.A história já é bastante conhecida, e brilhante: um homem misterioso oferece uma nova oportunidade para pessoas sem sorte, na forma de uma maleta com uma arma e cem balas
irrastráveis, que tornariam impossível a identificação do responsável pelas mortes que aquela
arma e aquelas balas causariam. Aos poucos o que parecia uma ajuda descompromissada de uma pessoa com senso de justiça, vai se tornando um complicado jogo com ligações cada vez mais profundas na história.Nós aqui do NSN começamos a acompanhar a HQ com o primeiro arco "Atire Primeiro, Pergunte Depois". A minha versão é a lançada pela Opera Graphica, encadernada, que reúne as cinco primeiras edições (a série já está no número 51 e pode ser encontrada no Blog Vertigem, devidamente traduzida e escaneada).
Recentemente a Pixel Media adquiriu os direitos sobre a publicação (e sobre todo o selo Vertigo e Wildstorm) e começou a lançar a obra, que adquiriu uma boa qualidade (a versão da Opera Graphica tinha qualidade "demais") e um preço mais em conta.Quanto à arte, apesar de parecer estranha à primeira vista, possui umas das melhores narrativas já feitas em uma revista em Quadrinhos. Ponto para o excelente Eduardo Risso.Mas a nossa resenha visa acompanhar todo o desenrolar da história, começando pelos dois primeiros arcos (uma cobertura parecida com a que estamos fazendo com Sete Soldados da Vitória, que inclusive já está na sua reta final).




O já citado primeiro arco (essa edição na verdade reúne os dois primeiros) de histórias serve
muito bem para ambientar o leitor e coloca-lo no mundo do sujo e corrupto de 100 Balas; que
inclusive guarda muitas semelhanças com Sin City, mas sem as muitas estilizações da série de
Frank Miller.É nos apresentado Dizzy, uma "chicana" que foi para cadeia, por causa de uma série de acontecimentos estranhos. Assim que sai da cadeia ela recebe a visita do Agente Graves, que diz a ela que na verdade ela foi presa por causa de uma armação que dois tiras corruptos fizeram para ela. Ele entrega a ela uma maleta com provas do que ele está dizendo, e uma arma e cem balas irrastreáveis; tudo com apenas uma condição: ninguém deve saber que ela recebeu a maleta!Começa então uma jornada psicológica de Dizzy, querendo saber se acredita ou não nas palavras do misterioso homem.Destaque também para os diálogos muito bem articulados dos chicanos.Já no segunda arco é nos mostrado o que parece que serão os vilões da série, como a empresária Dietrich, que aparenta ter ligações passadas com Graves.O personagem principal desse arco é Lee, que teve sua vida destruída após agentes federais



descobrirem em seu computador, fotos de pedofilia. Após a sua pena acabar ele recebe a visita de Graves, que oferece, novamente, provas irrefutáveis e as cem balas. Cabe a Lee decidir se leva adiante a empreitada ou se vai desistir.Os dois arcos parecem não ter nenhuma ligação entre si, mas cumprem muito bem o papel de apresentar o universo da série, e alguns personagens também, como é o caso de Graves e Dietrich, que com certeza terão um papel importante no decorrer da HQ.


Nota: 9,0
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Editorial NSN

Após um longo período sem postar devido a problemas com a minha internet e com o meu PC (que acabou resultando numa formatação) estou de volta. E com uma coluna nova, para dividir espaço com a HyperEspaço, que semana que vem está de volta. A nova coluna se chamará Destaque HQ, e será para apresentar uma HQ que iremos acompanhar desde o início, como estamos fazendo com Sete Soldados da Vitória. Ela não terá periodicidade definida, pois não sei com que frequência começaremos a acompanhar uma HQ do início ao fim.

E a primeira a entrar na berlinda é 100 Balas, premiadíssima HQ de Brian Azzarelo e Eduardo Risso. Futuramente também chegará por aqui Fábulas, DMZ, Os Invisíveis, Preacher e muitas outras.

É NOZES!!!


FiliPêra

Editor 01

sábado, 10 de novembro de 2007

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Os Supremos Vol. 2




Sim, os Supremos foi uma das melhores reformulações já vistas, e continua muito boa nesse Vol. 2, mas começa a dar sinais de um pouco de desgaste em sua fórmula vencedora. Mas continua como uma das melhores HQ's mainstream lançadas na atualidade e a melhor coisa da Marvel em anos.
Nesse Vol. 2 o enfoque maior não fica no heroísmo do grupo, muito pelo contrário, vai pra suas falhas e problemas. Com tramas intricadas, mas, em parte, previsíveis. Os conflitos internos são tantos, que às vezes fica difícil saber quem tá do lado de quem.
Começa com o descobrimento pela imprensa de Hulk ter sido responsável pelo massacre em Manhatan, que ocorreu no Vol. 1. Começa então um julgamento, que terá consequências imprevisíveis. Some a isso a chegada de equipes de heróis da Europa ao grupo, e o uso deles em missões no Terceiro Mundo; além da presença de um traidor no grupo, e começa a se formar um caldeirão prestes a explodir.
É dado um grande destaque a Thor aqui também, que por vezes chega a ser o centro da trama, mas metáforas dele com Jesus Cristo, que chega a render bons momentos, soa forçada e descartável. Mas como não poderia deixar de ser, HQ está recheada de bons momentos, como o que Gavião Arqueiro mata os invasores da sua casa com utensílios de cozinha, e logo depois com as próprias unhas (!).
A arte de Bryan Hitch continua perfeita, apostando no realismo mais uma vez, e conseguindo excelentes resultados. Ele também mostra bastante perícia em desenhar as cenas de ação exigentes que o roteirista Mark Millar escreve.



Apesar de não um clássico do porte do volume antecessor, essa continuação continua bastante acima da média. E quanto ao final, que todos dizem não passar de uma "pisada na bola de Mark Millar"? Eu discordo, gostei do final, apesar de achar que poderia ficar um pouco melhor.
A grande má notícia, na verdade, é a mudança do time criativo da série, que passa para as mãos de Jeph Loeb e Joe Madureira. O volume quatro, que está sendo escrito ao mesmo tempo que o três, contará com os desenhos de Ed McGuiness. Apesar de torcer, fica claro que será difícil a série continuar com a alta qualidade; tanto narrativa, quanto artística.

Nota: 8,5

FiliPêra

domingo, 4 de novembro de 2007

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Lady Vingança




O terceiro filme da trilogia sobre vingança, do coreano Chan-Wook Park, é acima de tudo, outra obra-prima. Comparações com a parte central da trilogia, OldBoy não vão faltar, mas aqui o diretor navegou em águas um pouco diferentes, apesar de usar o mesmo barco para isso.
A história narra o plano de vingança traçado por Lee Geum-ja, que ficou presa por treze anos, acusada do assassinato de uma garotinho de sete anos.
A narrativa é completamente não-linear, com indas e vindas no tempo de forma constante. Isso mostra muito bem as facetas do plano da protagonista, que aos poucos, apesar do quebra-cabeça traçado pelo filme, vai se mostrando apurado.
Mais uma vez Park apostou em boas imagens para dar vida ao filme, com bastante uso de jogos de câmera e outros efeitos de iluminação. Mas desta vez, não vemos ambientes soturnos e texturas carregadas, mas sim uma bela iluminação que combina perfeitamente com a aura angelical da protagonista. Dessa vez também não vemos um personagem em busca de respostas, mas sim basicamente em busca de vingança, com um plano detalhado. O final de virar o estômago, não de forma visceral, como OldBoy, mas de uma forma mais sutil, com toques psicológicos, de uma forma mais inteligente.



É inegável o porquê do diretor ter optado por uma trilogia: cada filme mostra aspectos diferentes do mesmo tema. Resta saber o que nos aguarda em Mr. Vingança, primeiro capítulo, que em muito breve deve aportar por aqui em DVD

Diretor: Chan-Wook Park
Duração: 112 min
Nota: 9,0

FiliPêra
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HyperEspaço n° 8

Notas Salvadoras






















Por FiliPêra



Hoje o assunto principal da nossa coluna é a música, mais especificamente o rock, e ainda mais
especificamente o hype gerado por algumas bandas; especialmente as britânicas.
O hype gerado principalmente por alguns veículos de comunicação geralmente não passa disso> hype.
Quando se analisa mais profundamente as bandas hypadas, dá pra se perceber que não passam de cascas vazias, que se não fosse o comercialismo nem sequer saíriam do nicho a que estavam
destinados. Mas hoje não falaremos da parte ruim dos roqueiros hypados, mas unicamente dos que realmente tinham algo a mostrar.
O principal veículo que mostra os músicos "da hora", com certeza, é o periódico britânico New
Musical Express. Lá foram mostrados até artistas americanos, antes mesmo de eles fazerem sucesso nos EUA; como é o caso dos Strokes e os White Stripes. Eles de lá saíram para a consagração.
Mas a imensa maioria dos lá mostrados são ingleses e geralmente chegam a fazer bastante sucesso. Após isso é que começa a verdadeira dificuldade: o chamado drama do segundo álbum. Alguns não passam bem por ele (The Vines), outros o tiram de letra, sem ligar para os maneirismos do mercado (Arctic Monkeys).

Mas vamos a eles, de forma rápida e objetiva:




Arctic Monkeys - Whatever People Say I am, That's What I'm Not

Saídos do interior da Inglaterra, o Artic Monkeys realmente conseguiu sucesso instantâneo sem
tirar o dedo da música independente. Com uma sonoridade basicamente punk, com acordes possantes e bem feitos, o grupo realmente consegue passar energia, mas ao mesmo tempo mostra uma alma indie intimista.
O disco do quarteto foi o que mais rápido vendeu nas paradas inglesas em toda a história, e por incrível que pareça não dava mostras de que iria realizar tal façanha.
A fórmula do grupo, como já foi dito, é básica, com um punk cru, com pitadas de grunge e de hardcore.
O grupo, um ano depois de lançar esse álbum lançou um segundo, seguindo basicamente a mesma fórmula e alcançou sucesso parecido.

Top 3 do Álbum: The View From The Afternoon, I Bet You Look Good On The Dancefloor e Still Take You Home
Nota: 9





Bloc Party - Silent Army

Eles apontam basicamente para os anos 80, repleto de hits dançantes, mas conseguem se sobressair dos outros que fazem coisa parecida, mesmo que com competência, como o Kaiser Chiefs. Os temas das músicas lidam com temas importantes, trazendo refrões sobre racismo e violência, mas sem nunca tirar o pé da diversão oitentista. São canções desesperadas que tentam entender o significado que pulsa sob os momentos de nosso cotidiano. O resultado vem com tensão, paranóia, tristeza, amor e uma necessidade intensa de entender como a vida urbana tornou-se tão explorada.
Com influências de artistas como Morrissey, as canções lembram U2, trazem a dramaticidade do Radiohead e a grande sensibilidade do Coldplay.




Top 3 do Álbum: Like Eating Glass, Helicopter e This Modern Love
Nota: 8,5





Franz Ferdinand - You Could Have it So Much Better

Se nos outros Eu coloquei os fantásticos álbuns de estréia, com o Franz Ferdinand faremos
diferente, colocaremos o famigerado segundo álbum; onde, de acordo com críticos chatos, os
artistas tem que mostrar que não são puro hype e possuem verdadeira qualidade.
Aqui quarteto de Glasgow realmente mostra que sua qualidade musical, regada a influências de The Smits, Cure e New Order; com canções que falam basicamente de amores perdidos e exaltam os foras que o vocalista Alex Kapranos deu em sua vida. A sonoridade é muito boa, com uma guitarra bem colocada, que realmente lembra The Smits. Mas acima de tudo a banda passa a impressão de querer unicamente divertir e fazer todos dançarem a exaustão.

Top 3 do Álbum: The Fallen, Do You Want To e Walk Away
Nota: 9





The Killers - Hot Fuss

A versão americana do franz Ferdinand, a trupe de Las Vegas simplesmente estourou com esse álbum de estréia. À toa não foi, as músicas equilibravam muito bem uma sonoridade dançante, com uma qualidade musical acima da média; mesmo que o grupo não indicasse que não ficaria relevante após umas quatro audições do álbum. Errado! O álbum tem uma longevidade única, com verdadeiros hinos po grudentos e duradouros. Muito bom!!!

Top 3 do álbum: Indie Rock and Roll, On Top e Somebody Told Me
Nota: 9,0






E ficamos por aqui!!!
É NOZES!!!



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