terça-feira, 25 de setembro de 2007

Avatar FiliPêra

Klaxons - Myths of Near Future





Imagine o fim do mundo como uma grande rave cheia de neons e gente dançando até a cair. Isso mais ou menos define o som e a proposta do Klaxons nesse seu primeiro álbum.
Surgido como um fênomeno fulminante na Inglaterra, graças ao semanário New Musical Express, assim como foi o Artic Monkeys e o Franz Ferdinand; o grupo se propõe a isso: espalhar a filosofia do dance e dane-se, batizado por lá como new rave.
Com uma mistura empolgante de punk, eletrônicos e dance, mas sem tirar o pé da alma indie, o
Klaxons ainda por cima consegue se sobressair frente a outros grupos da mesma laia.
Suas músicas, apesar das letras pessimistas,
Eu viverei por voce /Eu morreria por voce /Faça comigo o que voce quiser /Eu chorarei por voce /Minhas lagrimas irão mostrar /Que que nao posso te deixar, diz a música It's Not Over Yet, são de uma contagiante alegria festeira, de deixar qualquer um com vontade de dançar por horas a fio.
A instrumentação da banda também traz uma boa variante, com a inclusão de sirenes, sinos, apitos, entre outras estranhezas, tudo para dar a luz a músicas que apontam para um futuro trágico e iminente (a principal reprentante delas é Atlantis to Interzone, que fala de aquecimento global e descontrole nuclear). Mas tudo isso é passado de uma forma colorida e com o tom mais alegre possível. Ouça, por exemplo, Magick e tente ficar com a cabeça no lugar.






"Myths of the Near Future" é o mais próximo que uma banda de rock chegou da música eletrônica. O mais próximo que o punk já chegou do psicodélico. É o registro sonoro do mundo tal qual o conhecemos acabando em forma de rave, com todos dançando e dançando e dançando enquanto o sol derrete geleiras, e os oceanos adentram as cidades costeiras em direção ao infinito. Na verdade, o mundo precisa de muito mais coisas do que festa, do que do Klaxons. Porém, o que eles oferecem é algo bastante tentador: diversão para os últimos dias. Basta aumentar o volume, apertar o play, e fechar os olhos. Mágica?

Nota: 8

Top 3 do álbum: Magick, Atlantis to Interzone e Gravit's Rainbow

FiliPêra

domingo, 23 de setembro de 2007

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Sete Soldados da Vitória


"...O DESAFIO NARRATIVO COM QUE SEMPRE SONHEI...PRODUZIR ALGO QUE NINGUÉM FEZ ANTES E MOSTRAR AOS FÃS O QUE ELES NUNCA VIRAM..."




Roteirista: Grant Morrison
Artistas: Simone Bianchi, Cameron Stewart, Ryan Sook e Frazer Irving


É assim que começa o texto introdutório que Grant Morrison, o autor da mega-saga, escreve para a abertura da primeira edição.
Os Sete Soldados da Vitória é um projeto complexo, quase um quebra-cabeça. O plano inicial do
roteirista era lançar mão de personagens obscuros do vasto Universo DC (UDC) e escrever
minisséries novas para cada um deles. Após ler algumas revistas antigas, ele acabou por selecionar sete deles: Frankstein; O Cavaleiro Andante; Klarion, O Menino-Bruxo; Projétil,
Zatanna; Senhor Milagre e o Guardião.
Quando começou a concerber as histórias desse novo projeto uma idéia lhe veio a mente: interligar as histórias dos personagens; mesmo que eles não se encontrassem, as ações de cada um iam influenciar nas histórias dos outros personagens. Por fim o escocês deu ao grupo o nome de um antigo grupamento de heróis do UDC, mas agora em versão remodelada. Por fim ele selecionou um artista para cada personagem e deu início ao seu projeto monumental.
Cada minissérie pode ser lida independentemente, mas ao início e ao fim, a série contém dois
capítulos (um prólogo e um epílogo) que interligam tudo.
Olhando dessa forma parece completamente sem pé nem cabeça...e realmente poderia ter sido assim, caso o escritor da parada não fosse Grant Morrison. O roteirista sabe muito bem lidar com qualquer tipo de situação; desde o mundo mainstream (vide New X-Men, Grandes Astros Superman e Liga da Justiça) até histórias autorais de importância única (como por exemplo: Os Invisíveis, The Filth, Como Matar seu Namorado e WE3). Além de ter ressucitado o capenga Homem-Animal, transformando o título num dos maiores exemplos de HQ moderna e bem escrita.



Vol. 1

A HQ, logo de cara não poupa o leitor, jogando-o em um momento psicodélico que muito lembrou
algumas páginas de Os Invisíveis. Talvez os não-iniciados no estilo Morrison de conceber as
histórias podem ficar um pouco perdidos, mas com um pouco de esforço e paciência (já que a série tem oito edições) se consegue entender tudo.
É apresentado um pequeno prólogo, contando um fato na vida de um importante personagem da saga (pelo menos eu julgo ser importante, já que não terminei de ler a série ainda). Logo depois
chegamos a primeira história propriamente dita, que narra o esforço de Greg Saunders - o herói
Vigilante - para recriar um antigo grupo de super-heróis, com o objetivo de combater uma ameaça (uma aranha gigante) que ele falhou em destruir no passado. Dos sete convocados apenas seis comparecem.
Além da narrativa, que prende até o último segundo, ponto também para a arte perfeita
de J. H. Willian III, que na época que fez a arte dessa HQ havia acabado de terminar a também
superlativa série Promethea, de Alan Moore.
Após esse prólogo empolgante, vamos para a série do Cavaleiro Andante, com todas as suas
referências aos contos de fantasia, com seres mitológicos e personagens místicos. É narrada então a queda de Camelot, lar do Cavaleiro, Justin, da forma mais brutal possível, bem ao modo
Morrison, com uma invasão de seres extradimensionais, que terão papel central em toda a série.
Logo depois somos jogados na mini do Guardião. Aqui a narrativa dá uma guinada em direção ao
realismo e narra a vida do ex-policial que é contratado, como repórter-herói de um importante
jornal de Manhatan. A trama vai seguindo por aí e apresenta elementos que a príncípio parecem
desconexos, como piratas de metrô e um tesouro no submundo de Nova York. A arte parece menos requintada aqui, mas é bastante adequada a minissérie
Os Sete Soldados, logo em seu primeiro número, mostra que é uma série fantástica (em todos os
sentidos) e mostra potencial para se tornar um clássico moderno.
Como extras a edição contém um texto introdutório de Grant Morrison, que explica muito bem como funciona a série e seus esboços para os personagens, que tiveram a arte aperfeiçoada por J. H. Willians III.



Vol. 2

É nesta segunda edição, que eleva ao quadrado a fórmula iniciada pela edição anterior, que
percebemos a completa natureza da quebra-cabeça de Grant Morrison. Toda a série vai se revelando um grande jogo, com pistas (muitas vezes sutis) espalhadas por todos os cantos (para você que já leu alguma edição, veja nosso guia, ao final do texto), lembrando em muitos momentos séries recentes da televisão, como Lost e Heroes, como foi muito inteligentemente levantado por Eduardo Nasi, do site Universo HQ. Então o negócio é ir recolhendo pistas em todas as minisséries e ir elaborando teorias.
As séries de Klarion e Zatanna, que estréiam aqui, também mostram um grau de complexidade maior.E é Zatanna que abre o segundo volume da série. Após invocar o homem da sua vida, num feitiço que deu errado, Zatanna fica sem poderes, além de ocasionar a morte de seus companheiros místicos.
Ela então passa a fazer parte de um grupo de auto-ajuda de super-heróis.
Na mini de Klarion, que também estréia nessa edição, somos apresentados a uma cidade bizarra,
controlada por magos, encabeçados pelo Submissionário Judah. Surge então Klarion, um jovem que passa a contestar o sistema da Cidade-Limbo.
Voltamos então ao Cavaleiro Andante, que está vagando pelas ruas de Los Angeles, e acaba
encontrado Humor 7, um Destruidor Mental Sheeda (guarde o nome Sheeda), que vai aos poucos o consumindo com suas palavras e relatos.
Na mini do Guardião é narrada a aliança do herói com Barba-Rala, para derrotar Barba-Cheia (na verdade para resgatar sua namorada), e acaba entrando na disputa dos dois pela Pedra Fundamental, que de acordo com relatos pode controlar o destino.
Já deu pra se perceber por aqui, que a série de Morrison, não é qualquer uma. É um trabalho
editorial gigantesco, com sete minisséries, cada uma de um personagem diferente, tendo ao todo
quase 800 páginas. Como todo o trabalho de Morrison, o início causa bastante estranheza e tem-se a impressão de se estar boiando. Geralmente, de acordo com o próprio Morrison, os leitores acham que não estão entendo a HQ, quando na verdade estão. Nesta segunda edição já dá pra ficar bastante perdido, principalmente nas séries estreantes, que são mais profundas e complexas que as estreantes da edição anterior. A arte também fica acima da média, principalmente de Simone Bianchi, no Cavaleiro Andante, com desenhos por vezes simples, por vezes detalhistas, que parecem que vão saltar. Frazer Irving, em Klarion também se destaca, dando a mini um clima todo especial.
Surgem dúvidas logo de cara, principalmente quando começa-se a perceber as primeiras intercessões entre as minis. A principal delas, é com relação aos vilões; tudo que se sabe até o momento é que são seres vindos de outra dimensão...
Mas essas dúvidas são um charme a mais pra série, e um excelente gancho para os números
posteriores.



Vol. 3

Zatanna: Perseguida por Gwidion, o arauto do apocalipse liberado por ela, junto com sua aprendiz, Misty, Zatanna se dirige a loja de artigos de magia de uma amiga sua e se prepara para a batalha.
Klarion: Klarion consegue escapar da Cidade-Limbo, com a ajuda de Badde, que o conduz por túneis do submundo novaiorquino.
Cavaleiro Andante: Justin se entrega a polícia e acaba por conhecer duas especialistas do FBI.
Mas uma delas parece não ser quem diz ser.
Guardião: Jake percebe que a vida de um super-herói não é tão fácil assim e vê sua relação com
Carla irem por água abaixo. Ao mesmo tempo em que tem que deter novas ameaças.
Essa edição é pra deixar qualquer um tonto. Após apresentar os personagens, as minis engrenam de vez. As pistas vão aparecendo aos poucos, mas os mais espertos já cataram muitas coisas importantes, principalmente na mini do Cavaleiro Andante, que conta a origem do mal que assolará a terra. Zatanna também continua muito boa, assim como Klarion. Mas quem surpreende nessa edição é o Guardião, que tem um fim espetacular, deixando o leitor com vontade de ler a ediçao 4 ontem.

Nota: 9,0



***ATENÇÃO***
SE VOCÊ NÃ LEU A OBRA AINDA E NÃO GOSTA DE ESTRAGAR SURPRESAS NÃO LEIA O TEXTO DAQUI PRA FRENTE, POIS ELE CONTÉM SPOILERS


Guia de Conexões


Edição 1

A edição começa com um pequeno prólogo, que mostra Thomas Ludlow, que está indo ao Pântano da Chacina sendo transformado por Sete Seres Desconhecidos, justamente os seres que que ele deveria matar.

Greg Saunders, o outrora Vigilante, está convocando uma equipe para deter uma aranha gigante, uma antiga ameaça que ele falhou em destruir no passado. Dos sete convocados, um não aparece (sua identidade será revelada mais adiante). Durante uma conversa com Chicote, uma heróina convocada por ele, ele revela que cavalgou com Johnny Frankestein (pag 19), um futuro integrante dos Sete Soldados da Vitória.
Pag 26: Um dos convocados por Greg é a líder da reuniões que Zatanna frequentou. Isso indica que esse prólogo se passa depois da mini dela, já que ela morre na ceifa promovida pelos Sheedas no final da caçada a aranha. E ela revela isso no primeiro balão da página.
Pag 14 e 26: Aparecem os Sete Soldados da Vitória originais.
Pag 26: O nome verdadeiro do Aranha é Thomas Ludlow, que foi transformado pelos Desconhecidos no prólogo dessa edição.
Pag 29: Thomas revela que os Sete Desconhecidos lhe conferiram poderes.
Pag 42: Os Sete Desconhecidos preparam os itens para os próximos convocados. Aparece no lago seis flores, que, provavelmente representam os seis heróis desaparecidos.
Pag 86: O Senhor Milagre, futuro personagem é citado.

Edição 2

Pag 8: Zatanna cita os pesadelos que todos os místicos estão tendo. Os pesadelos relatam os fatos que ocorreram com os seis heróis desaparecidos. Além de falar da invasão da Rainha Sheeda que ocorrerá na edição 3.
Pag 17: O rosto na árvore é de Gwidion, o arauto do apocalipse que Zatanna liberou, por causa de um feitiço errado.
Pag 32: Mais um pequeno soldado, da mesma espécie que feriu Thomas Ludlow no prólogo, aparece.
Pag 63 e 69: O careca parece ser um Desconhecido.
Pag 67: Mais um ataque Sheeda, só que desta vez na atualidade.
Pag 79: Aparece nos trilhos um monstro da Cidade-Limbo, provavelmente o mesmo que Klarion
enfrentou.
Pag 80: A história relatada por Barba-Rala faz referência a mini de Klarion.
Pag 94: Referência ao Holandês Voador.

Edição 3

Pag 3: Em todos os quadros aparece o rosto de Gwidion.
Pag 5: Misty possui um dado. A pedra fundamental de Nova York, mostrada na mini do Guardião também é um dado. Badde, da mini de Klarion também possui um dado.
Pag 12: O homem procurando Zatanna parece ser um dos Desconhecidos.
Pag 13: Zatanna cita a Legião Jovem, da mini do Guardião.
Pag 35: Klarion também possui um dado.
Pag 41: Klarion e Teekl possuem um elo psíquico.
Pag 46: Os meninos do trenzinho encontram o capacete do Guardião.
Pag 56: A especialista em antiguidades do FBI, Gloria Friday, diz que quando uma civilização
atinge seu ápice chega a época da colheita (isso é uma pista sobre a ceifa dos Sheedas).
Pag 65: Justin veio ao nosso tempo avisar sobre a futura ameaça Sheeda.
Pag 67: Os Sheedas definitivamente invadem o nosso mundo.
Pag 71: Foi o Aranha (Thomas Ludlow) que disparou a flecha que matou Don Vincenzo, na edição 2.



        Grant Morrison

Primeiras Impressões

Após três edições dá pra se ter uma idéia muito boa do jogo armado por Grant Morrison. Mas ainda é cedo pra se chegar a uma conclusão. A mini do Cavaleiro Andante é a mais reveladora, contando (sem entrar em detalhes, é claro) a origem dos Sheedas e como foi seu ataque a Camelot. Esse ataque é de suma-importância para a série, pois ele mais ou menos espelha o que ocorrerá com a nossa realidade. A mini do Guardião traça pistas da formação dos Sete Soldados da Vitória, mas a derradeia revelação é deixada para a edição 4.
Zatanna ajuda com a cronologia da série, traçando um ponto para se apoiar. Dá pra se ter uma
idéia de como organizar cronologicamente a série.
Então é isso. Aguarde para breve uma matéria com as edições 4,5 e 6. E depois o derradeiro final, com as edições 7 e 8.

Obs: Pelo fato desta matéria ter me custado tempo, essa semana não teremos a coluna HyperEspaço, que retorna semana que vem, com mais uma matéria unindo Cinema e Quadrinhos, mas desta vez de uma forma menos séria.

É NOZES!!!


FiliPêra

sábado, 22 de setembro de 2007

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Rage Against the Machine - The Battle of Los Angeles





Desde a sua barulhenta estréia O Rage Against the Machine havia se mantido como a mais feroz
banda de ataque ao capitalismo. Com suas letras com forte conteúdo político, e um som raivoso,
que conta com uma, muito inteligente, mistura de Rap, HardCore e Hip-Hop raivoso. Após dois álbuns premiadíssimos, Rage Against the Machine e Evil Empire, a banda lançou esse,que
pra mim é o melhor da carreira deles: Battle of Los Angeles, que, assim como seus antecessores,
entrou direto no primeiro lugar nas paradas.O álbum já começa furioso, com a canção Testify e vai caminhando por esse estilo. Mas ninguém estava preparado para Calm Like a Bomb, uma das melhores canções do RATM, que é mais um tiro nas estruturas americanas, principalmente com relação aos imigrantes (tocou até no filme Matrix Reloaded). Todo o álbum é permeado por esse tipo de mensagem de protesto, bem característico da banda. Como
represália, a toda a polêmica que gira em torno da banda, com suas mensagens de protesto, vários estados americanos proibiram apresentações do grupo em seu território. Normal pra cartilha do grupo, que aceitaram com ironia essas proibições. na verdade isso só serviu como marketing positivo pra eles, que tinham caravanas de fãs se deslocando para estados "permissivos". Apesar de todo o sucesso de crítica e público, Zach de La Rocha abandona a banda por "diferenças artísticas" com os outros integrantes da banda. Ele então lança um CD solo de sucesso.O resto da banda se une a Chris Cornell, ex Soudgarden e formam o Audioslave, que recentemente também acabou.No Coachella 2007, o Rage fez um show brutal (assista trechos no YouTube), que foi basicamente o motivo da resenha aqui no NSN. A apresentação, acima de tudo, mostrou que a banda, apesar de sete anos separada, mostrou que ainda está bem entrosada e com o som afiado. Mas, apesar da ótima apresentação, a banda desmentiu boatos que davam como certo uma nova turnê. Mas, voltando a Battle of Los Angeles: ouça!!!E ouça todo o resto da discografia do RATM, vale muito a pena.






Nota: 9,0


Top 3 do álbum: Calm Like a Bomb, Guerillia Radio e Born As Ghosts




FiliPêra

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

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Smashing Pumpkins - Mellon Collie and the Infinite Sadness





O Smashing Pumpkins pode não ser mais o mesmo, mas suas sombras e influências permanecem no rock moderno, principalmente o estilo vocal e os dedilhados de guitarra do líder da banda: Bily Corgan.
Recém recussitados pelo próprio Corgan, com o álbum Zeitgeist, o grupo não parece ter mais aquele vigor. Para quem começou a ouvir o Smashing por esse novo álbum, um conselho: passe por cima dele, e vá direto ao melhor da banda, que também é o melhor álbum duplo da história (na minha opinião), Mellon Collie and the Infinite Sadness.
Tudo está no seu devido lugar aqui, desde os longos solos de guitarra do próprio Corgan até o seu
vocal estridente e rasgado. Todo o estilo da banda (que se propicia pela profusão e mistura de
estilos) está lá, variando do punk, metal, hardcore entre muitos outros, além de possuir momentos calmos e reflexivos também.
Depois de serem laureados com quase todos os prêmios musicais possíveis e mercadológicos
possíveis (Mellon Collie... é inclusive o álbum duplo mais vendido da história) Billy Cora
resolveu, sabe-se lá porque, ressucitar o Smashing Pumpkins, colocando inclusive anúncios em
jornais pedindo para os integrantes se reunirem. Somente Jimmy Chamberlain, o baterista, atendeu o chamado. Apesar de Chamberlain ter sido o principal parceiro musical de Corgan no grupo, a falta dos outros é sentida. Zeitgeist apesar de ser bom, passa (e muito) dos bons tempos da banda. Mas vale uma conferida! Não há muito mais o que falar, ouça!!!
Mas se quiser ouvir o verdadeiro Smashing Pumpkins, comece por aqui!




Nota: 9,5
Top 3 do álbum (difícil, porque o álbum tem 28 músicas, mas eu tentei): Bullet With Buterffly
Wings, Bodies e Beautiful.

FiliPêra

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

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News


Nota: Fiquei sem internet por trêss dias, por isso a falta de posts. Mas já estou de volta!!!

HQ's

Garth Ennis pode deixar HQ do Justiceiro

Segundo a coluna de boatos Lying in the Gutters, do site ComicBookResources, o escritor Garth Ennis deverá deixar a série do Justiceiro em breve. O autor acompanha o personagem desde 2000.



Segundo a coluna, "após sete anos, Ennis sente que já disse tudo que tinha para dizer com o personagem, e vai buscar novos trabalhos, incluindo novos projetos na Marvel".
Ennis e Steve Dillon, recém-saídos de Preacher, criaram uma minissérie em doze capítulos e uma subseqüente série com Justiceiro para a linha Marvel Knights em 2000. A pegada era o humor bizarro. Em 2004, a série foi cancelada e reiniciada na linha Max, com temática adulta e liberdade para Ennis ser ainda mais violento - o que levou-o a histórias mais séries e bastante elogiadas pela crítica.
A notícia ainda não foi confirmada por Ennis ou pela Marvel, mas os rumores já indicam até um possível sucessor do autor: Mike Benson, que está assumindo a série do Cavaleiro da Lua. Aguarde novas notícias.

Comentário Nerd: O irlandês podreira Garth Ennis com erteza nasceu para escrever Justiceiro, mas convenhamos que sete anos realmente foi o bastante!

Cinema

Assista agora ao trailer de Homem de Ferro, que deve estrear aqui em maio de 2008.



Comentário Nerd: De patinho feio a grande aposta da Marvel no cinema no ano que vem. O trailer mostra que a produção merece o destaque dado pela Casa das Idéias. Muito bom!

É NOZES!!!

FiliPêra

domingo, 16 de setembro de 2007

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NSN News




Aproveitando a madrugada de trabalho vou postar aqui algumas notícias importantes que eu coletei durante a semana. A fonte está logo abaixo da notícia.


HQ's

Marvel anuncia a sua grande saga para 2008: Secret Invasion




A invasão skrull finalmente se revelará ao mundo a partir de abril de 2008. É quando a primeira edição de Secret Invasion, a grande saga da Marvel para o ano que vem, sai nos EUA.
Como você já vem acompanhando pelas notícias lá de fora, edições recentes de New Avengers revelaram que os alienígenas transmorfos skrulls estão infiltrados pelos lugares mais insuspeitos do Universo Marvel, tomando o lugar de heróis e vilões. Os Vingadores - pelo menos o time liderado por Luke Cage - foram os primeiros a descobrir isso, e agora estão em dúvidas sobre quem é realmente confiável entre seus colegas.
Brian Bendis, o escritor da saga, promete que tudo será resolvido no início de Secret Invasion. E, a partir daí, será revelado por que os skrulls escolheram esta estratégia e o que eles querem do nosso mundo.
O autor diz, em entrevista ao website Newsarama, que esta história vem sendo planejada há muito tempo, e que há pistas de seu surgimento desde a primeira aventura dos Novos Vingadores. Outras pistas estão na minissérie Guerra Secreta, também escrita por ele.
A saga será composta de uma minissérie em oito capítulos por Bendis e Leinil Francis Yu, e afetará grande parte das séries Marvel durante 2008.
Fonte: Omelete

Comentário Nerd: Alguém ainda liga pros mega-eventos da Marvel e da DC, que servem unicamente para criarem outros eventos?


Cinema

Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull já tem título em português



Se começamos a semana com o anúncio oficial do título da quarta aventura do arqueólogo mais querido do cinema, podemos agora confirmar o título nacional.
Aqui no Brasil, o filme vai se chamar Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal, tradução literal do inglês Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull.
Mas esta não é a única novidade. Dois Omelenautas mandaram pra gente dicas relacionadas à escolha e do que pode vir por aí. Se você gosta de manter as surpresas, pule lá para o fim, porque o que está escrito abaixo pode conter SPOILERS!

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Uma das lendas mais antigas do Novo Continente fala de crânios de cristal encontrados nas Américas do Sul e Central. Segundo dizem, os crânios contêm hologramas em seu interior que são revelados apenas com uma luz especial. Dizem também que se todos os crânios forem colocados juntos, um segredo será revelado (!).
Esta versão combina bastante com o que o IESB publicou em sua página, mas eles foram além. Segundo os informantes do site, as caveiras de cristal são, na verdade, caveiras alienígenas escondidas sob pirâmides Maias e Astecas, que podem decolar revelando ser na verdade espécies de naves-mãe.
E para acabar a rodada matinal de notícias, um leitor que mora no Japão avisa que um dos brinquedos do parque temático Disney Sea de Tóquio se chama Indiana Jones Adventure: Temple of the Crystal Skull (Aventura de Indiana Jones no templo da Caveira de Cristal). O brinquedo, conta ele, "começa em cenários do primeiro filme e segue passando pelas demais aventuras até chegar na caveira de cristal que nos reserva uma supresa... (que eu não vou contar hehehe) mas tem a ver com a lendária fonte da juventude... humm seria disso que o nosso querido professor Jones estaria atrás?".

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Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal é uma produção da Lucasfilm Ltd. e será distribuído pela Paramount Pictures. O lançamento mundial está marcado para 22 de maio de 2008. Além de Harrison Ford, que retorna ao papel principal, estão no elenco Shia LaBeouf, Cate Blanchett, Karen Allen, Ray Winstone e John Hurt. A direção mais uma vez fica por conta de Steven Spielberg.
Fonte: Omelete

Comentário Nerd: Manda logo esse filme antes que alguém morra! Afinal não estamos mais falando de garotos, e sim de Spielberg, Lucas e Ford, todos quase geriátricos!!


Live-Action de Dragon Ball Z começa a ser filmado em 2008!



O Montreal Gazette noticiou que algumas produções da 20th Century Fox estão agendadas para começarem suas filmagens nos próximos 9 meses em Montreal. São elas: “Another Night” (seqüência de “Uma Noite no Museu”), um remake de “Fantastic Voyage” (de Roland Emmerich) e o mega boga, planejado de longa data, live-action de DRAGONBALL Z.
O artigo não dá muitos detalhes sobre os filmes, mas menciona que cada um carrega um orçamento de pelo menos $ 100 milhões.
A adaptação para as telonas de do Anime/Manga Dragonball Z ficou em um entra-e-sai da programação de desenvolvimento da Fox por anos, até o ponto em que virou lenda. Parece que desta vez, os milhões de fãs da série pelo mundo podem novamente nutrir as esperanças.
Fonte: Jovem Nerd

Comentário Nerd: Ainda tô meio pé atrás quanto a esse aqui. Afinal é difícil de imaginar todas aqueles poderes gigantes e raças estranhas  funcionando fora de um anime. Mas esperar não dói!



Imagem da Semana



Comentário Nerd: E Tim Burton parece que vai entregar outro clássico gótico!


Música

Para encerrar com a melhor da semana!!!
Disco novo do Radiohead já está pronto



O guitarrista do Radiohead foi o portador da boa nova: a banda finalmente acabou de trabalhar em seu sétimo álbum, o sucessor de Hail to the Thief, de 2003.
Jonny Greenwood deu a notícia dizendo estar aliviado por ter acabado de gravar. A única pendência, que não é nada simples, é encontrar uma gravadora para distribuir o disco, já que o contrato com a EMI não foi renovado depois do lançamento de Hail to the Thief.
Enquanto isso, o guitarrista está preparando a apresentação que fará de sua composição clássica em Nova York no início do ano que vem. Intitulada Popcorn Superhet Receiver, a obra será apresentada na igreja St. Paul the Apostle. A peça de 20 minutos, vencedora de um prêmio dado pela BBC em 2006, será apresentada com uma orquestra de cordas.
Fonte: Omelete


Comentário Nerd: Após dois álbuns que parecem ter saído da cabeça de estra-terrestres o Radiohead finalmente pisou na terra de novo com Hail to the Thief, de 2003. Esperamos que esse continue no mesmo caminho, apesar de o que que vem do Radiohead é muito acima da média.



E ficamos por aqui...

É NOZES!!!

FiliPêra
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HyperEspaço nº 4 (Parte 2)

A Máquina de Fazer Salsichas - Parte 2



Por FiliPêra


E voltamos com a segunda e última parte da nossa matéria sobre a adaptações de Quadrinhos para o Cinema.



A Atualidade

No ano de 2004, podemos destacar uma mega-adaptação: Homem-Aranha 2. Muito, mas muito melhor que o primeiro filme, além de novamente mostrar qual deveria ser o caminha a se seguido pela indústria cinematográfica na hora de adaptar; com respeito aos fãs, mas sempre pensando em adquirir um novo público.
Também vieram na esteira dele, no ano de 2004: Blade Trinity, O Justiceiro, o já citado
Mulher-Gato, e Hellboy.
Tirando Mulher-Gato, as outras adaptações tiveram lá seu êxito, com lucro, apesar de O Justiceiro ser bem ruizinho também. No geral as adaptações form medianas e sem grandes destaques (tirando HA 2).


Mas 2005 traria Batman Begins, que por si só já valeu todos os péssimos dois filmes anteriores.
Dessa vez o roteiro desenvolvia o próprio herói e não apenas os vilões como foi o tom de todos os
outros filmes da série, inchados de vilões com bastante ênfase na comédia. Além disso mostrou uma origem digna do herói, muita acima da fraquíssima gerada pelo Batman de Tim Burton, que tinha uma gritante ênfase em mostrar cenas de ação e não em contar uma boa história.
Também apareceram em 2005: Constantine, Quarteto Fantástico e Sin City.
Na verdade Sin City nem mesmo pode ser chamado de adaptação, como foi dito pelo seu diretor,
Robert Rodriguez, foi uma tradução. E não está errado, nem mesmo foram usados storyboards, e sim os quadros da revista como referência. Todo o jogo de luz e sombra criado por Frank Miller (autor da revista) foi fielmente reproduzido nas telas. Todos os brutamontes e garotas fatais criados por ele para o violento microcosmo chamado Sin City, foram fielmente apresentados na tela, e por um elenco estrelar, que incluiu nomes do naipe de Elija Wood, Benicio Del Toro, Clive Owen, Bruce Willis e Jessica Alba; todos com salários bem abaixo do padrão hollywoodiano (aguarde uma HyperEspaço com absolutamente tudo sobre o universo Sin City para breve).
Se Sin City foi tudo o que os fãs esperavam, o mesmo não pode ser dito de Quarteto Fantástico,
com seu fiapo de roteiro e um clima de comédia "sessão da tarde". Mas a produção do quarteto
heróico seria um sucesso e renderia uma segunda parte um pouco menos pior.
Chegamos a 2006, que teve o caríssimo Superman - O Retorno, e o bem feito (apesar de estar aquém da obra original) V de Vingança, além de X-Men - O COnfronto Final, que após pendengas como a saída do diretor em cima da hora (Bryan Singer, que foi dirigir justamente Superman - O Retorno)teve um bom resultado em bilheteria.
Mas quanto a Superman o resultado não ficou bom. Muitos detrataram dizendo que fazia muita
referência a Era de Prata, mas isso por si só não quer dizer nada, pois Grant Morrison está
fazendo parecido com a sua série de Quadrinhos Grandes Astros Superman e o resultado ficou
excelente. O filme na verdade mais parece uma refilmagem do original, com algumas atualizações.



                        Sin City

Até o vilão Lex Luthor ficou pastelão no filme, com humor rasteiro e planos infantis. Foi melhor
ter assistido o X-Men mesmo, que pode ter ficado abaixo do nível do segundo, mas com certeza não teve a pretensão de ser um filmaço. Mas Hollywood (a Máquina de Fazer Salsichas) não aprende, e Superman vai ganhar continuação, já chamada de Man of Steel (O Homem de Aço).
E, depois de um balanço regular para as adaptações, chega 2007, que tem como principal lançamento a aguardadíssima terceira aventura do aracnídeo.
No mesmo ano chega o Motoqueiro Fantasma, que nunca foi grande coisa nos quadrinhos e não fez melhor no cinema, com roteiro infantil e tudo desenvolvido de maneira bobinha.
Falando de Homem-Aranha 3. Se o segundo foi espetacular, com Sam Raimi despejando humanidade no herói e um Dr. Octopus muito bem construído, sem contar as cenas de ação espetaculares, o terceiro foi fraco, com elenco inchado (três vilões é demais, não é seu Raimi?) e situações que desafiam o bom senso. Mas não deixou de ser um sucesso de bilheteria.
Mas o cinema não estava preparado para outra "tradução dos quadrinhos" (Sin City foi a primeira): 300 mostrou que existe vida inteligente nas adaptações. Com um roteiro e elenco afinado, e praticamente sem defeitos, tanto para quem leu, quanto para os iniciantes, a obra foi perfeita (tirando aqueles monstros persas sem sentido).

O Fator Alan Moore

Se tem alguém que odeia adaptações de quadrinhos para o cinema, com toda a razão, esse alguém é Alan Moore. Dono das melhores obras quadrinísticas de todos os tempos, suas adaptações sempre ficam perto da porcaria completa e descartável.



Vejamos o pior exemplo: A Liga Extraordinária. Você pode argumentar, é um filme mediano, com boas cenas de ação e personagens até que carismáticos. Se quiser continuar gostando do filme não leia a obra em quadrinhos. Se ler compare as duas e veja a preguiça e a sem-vergonhice de um fabricante de salsichas. O pior de tudo foi quando um executivo da Fox (produtora do filme) liga para o escritor, após entregar para ele um roteiro repleto de personagens novos, e diz: Agora escreva uma revista com os personagens do filme!
Moore simplesmente o mandou à merda e encerrou a ligação.
Mas uma outra obra-prima do inglês foi bem adaptada para as telas. Trata-se de V de Vingança, HQ clássica que narra as ações de um anarquista em um Londres futurista e comandada por um governo totalitário (inspirado em Margareth Tatcher). Apesar de ter ficado abaixo da HQ, o filme é muito bom (um dos melhores de 2006).



Mas o futuro parece promissor para aquela que é considerada a maior obra de Moore: Watchmen. A adaptação será dirigida por Zach Snyder, o mesmo da quase perfeita 300.

O Futuro

E para onde nos levará as adaptações? Veremos agora o que o futuro nos reserva.

Homem de Ferro - Com Robert Downey Jr. como Tony Stark e uma aramdura impressionante, essa é a principal da Marvel para 2008.

Wolverine - Programado para 2009, o filme se passará no Canadá, terra natal do mutante, e no
Japão. Hugh Jackman retorna, na pele do personagem-título.



Batman
- O Cavaleiro das Trevas - Esse aqui sairá em julho de 2008 e trará como principal
referência o álbum A Piada Mortal, que entre outras coisas, trazia a origem do Coringa. A imagem divulgada do Coringa mostra que tom sombrio do personagem aparecerá.

The Spirit - Dirigido por Frank Miller, essa adaptação da maior obra do mestre Will Eisner está
sendo bastante aguardada pelos fãs. Samuel L. Jackson, confesso nerd leitor de quadrinhos,
encarnará o vilão Octopus.

Watchmen - Obra-prima de Alan Moore que está na geladeira a mais de quinze anos parece que desta vez chegará as telas e do modo correto. Com Zach Snyder na direção. Estréia em Março de 2009.

30 Dias de Noite - HQ neoclássica de terror, com vampiros invadindo uma cidade do Alaska e
fazendo um banquete. Terá Josh Harnett (Sin City) como personagem principal e David Slade
(Meninama.com) na direção. Estréia em 30 de novembro desse ano!

Procurado - Adaptação da HQ de Mark Millar, já resenhada por aqui. A equipe já aunciou que o
filme terá diferenças com relação aos quadrinhos. Terá James McAvoy (Crônicas de Nárnia) e
Angelina Jolie no elenco e será dirigido por Timur Bekmambetov (Guardiões da Noite). Estréia em abril de 2008.


As principais adaptações de Quadrinhos para o Cinema
Junto com uma nota pro filme e o fator industrialização (que varia de um a cinco asteriscos)



Batman (os dois de Tim Burton)
Nota: 7,5 e 8,0
Fator: ***
Foi um filme cercado de intensas campanhas de marketing e forte esquema de merchandising. Mas
apesar de tudo isso teve seus bons momentos, como a atuação de Jack Nicholson, como o Coringa.
Batman - O Retorno teve desempenho parecido e chegou a ser melhor que o antecessor.


O Maskara nas HQ's: aqui encarando o Lobo

O Maskara
Nota: 7,0
Fator: ****
Mudaram desde o tom das histórias, que foram do terror pra comédia até a ambientação das
histórias. Mas o filme foi bom. Não vou nem falar da sequência.

Batman (os dois de Joel Schumacher)
Nota: 5,0 e 0,0
Fator: *****
Os executivos opinavam até em quantos uniformes diferentes os heróis usariam, e em quantos
bat-carros apareceriam nos filmes.



Homem-Aranha (toda a série)
Nota: 8,0 , 9,0 e 7,0
Fator: **
Aqui Sam Raimi teve uma mão firme em muitas decisões sobre os rumos dos personagens, apesar de isso não ter impedido de Venom aparecer no terceiro filme. O vilão ficou bom e tudo, mas o elenco já estava muito inchado e só prejudicou.



X-Men (toda a trilogia)
Nota: 7,5 , 9,0 e 8,0
Fator: *
Tudo foi bastante fiel aos quadrinhos e nada de muito significativo em termos de industrialização
foi feito.



Sin City
Nota: 9,0
Fator: -
Nada de industrialização foi feito aqui, com uma tradução fidelíssima aos Quadrinhos.



Superman - O Retorno
Nota: 7,0
Fator: *
Bom o resultado foi mediano, apesar quase de nada de industrialização ter sido realizado.

A Liga Extraordinária
Nota: 6,5
Fator: *****
Tudo foi mudado aqui, desde o personagem principal até o vilão e o traidor. Triste exemplo de
trituração hollywoodiana.



300
Nota: 9,0
Fator: -
Seguiu o mesmo modelo consagrado de Sin City. Perfeito!


Nota: O nosso objetivo não foi criar aqui polêmica, sobre Quadrinhos e Cinema, mas unicamente
mostrar o quão mutilado uma obra de arte pode ser quando os tubarões de Hollywood põe os olhos nela. É claro que Hollywood já produziu várias obras-primas, mas às vezes o dinheiro parece ser o único guia dos executivos. Então, na dúvida leia o original e a adaptação!!!
Profundo não?

Até a próxima HyperEspaço.

Pra você que chegou agora a Parte 1 tá aí em baixo.


O que estou lendo: A Voz do Fogo, livro do mestre Alan Moore; Sete Soldados da Vitória, minissérie do também mestre Grant Morrison
O que estou ouvindo: Smashing Pumpkins - Mellon Collie and the Infinite Sadness
 


É NOZES!!!

sábado, 15 de setembro de 2007

Avatar FiliPêra

HyperEspaço nº 4

A Máquina de Fazer Salsichas - Parte 1


Por FiliPêra


Obs: Essa seria minha primeira HyperEspaço, mas acabei por falar mais sobre o Blog.


Toda e qualquer adaptação, por si só, já soa duvidosa. Não importa de que estamos falando. Mas
quando falamos de adaptação de obras de arte (cinema e quadrinhos, aqui no nosso caso) a coisa
não pode dar certo mesmo. E é o que geralemente se vê por aí.Falarei aqui de adaptação de Histórias em Quadrinhos para o Cinema, e em menor grau de filmes para quadrinhos.





O fênomeno não é recente e não vamos discorrer sobra as primeiras adaptações e etc. A primeira adapatação que eu vi foi o filme Flash Gordon (embora na época eu não soubesse disso), gostei muito (aqui vale a regra dos quinze anos: não confie no seu gosto cinematográfico antes de completar 16 anos) e tal. Depois assisti Dick Tracy (esse eu sabia que era adaptado, mas nunca li nada do personagem).



Mas, adiantando a história, chegamos as adaptações modernas, que tiveram início no mega-sucesso Batman. Podem virar a cara nos dias de hoje, mas na época não teve quem ficasse livre do super-esquema de marketing que cercou a filme; tendo inclusive inaugurado o sistema de merchandising, com inúmeros produtos para atrair, principalmente, as crianças. Antes dele havia chegado as telonas Superman - O Filme. Os dois longas tinham uma coisa em comum: eram baseados em personagens conhecidíssimos, dentro e fora das HQ's. A enxurrada de adaptações só viriam após uma longa peregrinação até se tornar a força que é hoje em Hollywood. O mais engraçado é que os personagens que mais ajudaram nesse feito eram quase que inteiramente desconhecidos do grande público. Tratam-se de: O Maskara, de John Arcudi e Doug Mahnke; e o Corvo, de James O'Barr. A primeira vantagem era óbvia, sem um monte de fãs para detratar possíveis "erros" no filme, os produtores tinham mais liberdade para adaptar o material (e pode ter certeza que eles gostam de tal liberdade). O Maskara, por exemplo, tinha sido planejado para ser um filme de terror (assim como nos quadrinhos); acabou virando uma comédia, que acabou por tornar Jim Carrey um astro. Após esses dois filmes, Hollywood aprendeu que não era necessário ter personagens famosos para poder obter algum lucro com filmes de quadrinhos. Não vou nem comentar as adaptações de O Juiz (1995), O Fantasma (1996) e Spawn (1997); todas muito ruins. As únicas adaptações que geraram um bom lucro da segunda metade da década de 90 foram: Batman Eternamente (1995) e Homens de Preto (1997).
Os Homens de Preto tiveram dois bons filmes (alguns odeiam o segundo, mas há de se admitir que não é tão ruim assim) e quanto ao Homem-Morcego...duas palavras: Batman e Robin!Mas faltava alguém grande entrar no negócio para ele realmente engrenar (a DC já colecionava fracassos retumbantes), e foi aí que a Marvel entrou no negócio, com Blade. Após o sucesso do vampiro a Marvel começou um grande projeto para entrar pela porta da frente em Hollywood: X-Men, um ícone nas HQ's (eles foram por muito tempo os maiores vendedores de exemplares) com muitíssimos fãs.
Resumindo: toda a sobrevida das HQ's no cinema dependia do sucesso dessa adaptação. E não deu outra; o filme foi um sucesso e percebeu-se finalmente que as HQ's haviam chegado pra ficar e a Marvel entrar de cabeça no mundo cinematográfico.
Veio após um tempo Homem-Aranha, surpreendente sucesso de público, que acabou se tornando a quinta maior bilheteria da história. A partir daí o gargalo se abriu e começaram a pré produzirem inúmeras adaptações quadrinísticas. Mas é claro que não é possível lançarem um Homem-Aranha por ano, e começaram a pulular (e ainda estão pululando) porcarias que visavam unicamente o lucro, com deturpações terríveis do material original, mas falaremos delas depois.Após o filme aracnídeo chegou X-Men 2, bem melhor que o primeiro, e com o mesmo respeito a origem. Hulk também chegou também por essa época, mas o tom dramático usado pelo diretor Ang Lee acabou afastar o filme das grandes bilheterias. A Marvel, já com uma divisão cinematográfica criada, então, decidiu investir de vez no potencial dos seus personagens. Chegaram então Demolidor (2003), que acabou rendendo mais de 100 milhões e gerou Elektra, filme que enfoca o caso amoroso de Matt Murdock. Vieram nessa esteira também Mulher-Gato (da DC), lixo completo, sem nenhuma trama (ela ganhou até super-poderes) e como consequência fracasso retumbante.

Espaço para as Independentes

Mas nem só de super-heróis sobrevivem as adaptações de HQ's. Talvez a maior adaptação
independente seja Hellboy, comandada por Guilhermo DelToro. O personagem foi bem adaptado, e com sucesso para as telas. Depois veio Do Inferno, com Johnny Depp. Só o fato de tentarem adaptar essa obra para o cinema mostra toda a coragem e disposição (e fome)dos produtores hollywoodianos. A HQ, escrita pelo mestre dos mestres Alan Moore, é absolutamente inadaptável para qualquer obra audiovisual, com suas 600 páginas e inúmeras referências ao
paganismo, sobre a época vitoriana e a maçonaria. O grande diferencial da obra é mostrar todos os crimes de Jack, O Estripador sob o ponto de vista...do próprio assassino. Não vamos adentrar
muito na HQ, pois ela será resenhada em breve. Já no filme o detetive vira o personagem principal e até uma mulher sobrevive a um ataque do Estripador.Outro marco das HQ's independentes é Anti-Herói Americano (American Splendor), com seu humor
ácido e inteligente, mostra definitivamente que se pode adaptar sem mutilar.





Na madrugada (eu espero) eu vou lançar um panomara da atualida das adaptações de HQ's, além de comentar do futuro delas.


É NOZES!!!

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

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White Stripes - White Blood Cells





Uma das bandas (na verdade é um duo) mais hypadas dos últimos tempos (chegou a ser classificada como a salvação do rock, como o também hypado Strokes), a verdade é que o White Stripes tem qualidade bem acima da média da música atual, com o seu ora garage rock embalado, ora um country rock bem sofisticado (repare como o rock se encaixa em tudo).
O primeiro fato a atrair a atenção logo de cara na dupla é o fato de não ter baixo na formação musical deles (sendo dupla ia ser realmente difícil fazer isso!) e o segundo e mais bizarro fato a atrair a atenção é o grau de parentesco deles: alguns dizem que são irmãos, outros que são casados e outros dizem ainda que são os dois!!!





Mas deixando isso de lado pode-se facilmente contemplar a qualidade musical do duo, com sua mescla de estilos bem variados, apesar de ter um som bem rudimentar e cheio de chiados, apesar dos vários maneirismos marketeiros que a dupla usa (como por exemplo: usar somente vermelho, branco e preto). Esse é o terceiro e melhor CD deles, um divisor de águas que levou a dupla para a estratosfera da fama.
Mas se prepare, após a primeira audição vai ser difícil tirar a música deles da cabeça, com sua guitarra pesada e a bateria nervosa.


Nota: 9,0
Top 3 do Álbum: Dead Lives and Dirty Grounds, Fell in a Love With a Girl e The Union Forever

FiliPêra

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

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Flex Mentallo





Roteirista: Grant Morrison
Artista: Frank Quitely


Se você acha que o máximo de surrealismo e meta-linguagem que poderia existir nos quadrinhos foram as aventuras do Homem-Animal...tá na hora de ler Flex Mentallo, escrita pelo mesmo,e sempre genial,Grant Morrison.
O "Herói" nasceu nas páginas da Patrulha do Destino, como um personagem secundário, mas quando terminou sua fase na revista o escocês resolveu lançar uma minissérie para o personagem.
E não poderia ser melhor...
Todos os leitores de HQ's conhecem (ou deveriam conhecer) a genialidade de Grant Morrison. Ele, assim como Alan Moore, extrai inteligência dos personagens mais pífios e ridículos (leia o
Homem-Animal e entenda o porquê) com suas histórias viajantes e cabeças. Alguns podem reclamar do seu estilo e chama-lo de hermético, complicado; mas é inegável o sua facilidade de criar boas histórias, com inteligência e por que não: charme. Uma das principais aquisições americanas advindas da invasão inglesa dos anos 80, o escocês, além de possuir obras menores e de menor apelo, como: Sebastian O, Como Matar seu Namorado, WE3, Os Invisíveis (sua melhor obra), também fez incursões no universo mainstream de primeira grandeza: leia New X-Men, sua Liga da Justiça, ou sua minissérie do Quarteto Fantástico, ou ainda Asilo Arkham, na qual Batman percebe que o seu nível de loucura não está muito abaixo do de seus inimigos, e comprove isso.





Aqui em Flex Mentallo ele não foi econômico em complicar a história e tornar tudo mais difícil
para um leitor iniciante, mas com um pouco de dedicação e esforço pode-se entender perfeitamente.
A trama se inicia com uma pequena ameaça surgindo, várias bombas, que não explodem, são jogadas em lugares estratégicos por uma tal de Faculdade X. Flex, um herói bobão, típico da literatura pulp dos anos 40, começa então a investigação que o levará a descoberta de universos paralelos, do tecido quântico da realidade, entre outras coisas. Toda a história é bem conduzida, com diversas camadas para serem compreendidas, tendo inclusive a participação do escritor de Flex Mentallo (***SPOILER DE OUTRA OBRA ***diferente de Homem-Animal, aqui Grant Morrison não participa "ativamente" da história***FIM DO SPOILER), que reage de acordo com a história.
Quanto a arte: é de Frank Quitely, uns odeiam, outros amam. Eu gosto muito, principalmente da
narrativa cinematográfica dele, com um ótimo aproveitamento de todos os quadros. Alguns reclamam que seus desenhos são esquisitos, mas passam longe disso, vide seu espetacular trabalho no já citado WE3.
Enfim, não é uma obra para todos os gostos (os inúmeros fãs de Morrison com certeza gostarão, ou gostaram já que a obra, apesar de inédita no Brasil, saiu em 96; procure em scans) e como é de praxe com as HQ's do autor, é bom ler várias vezes, mas todos os que se esforçarem com certeza gostarão do resultado.

Nota: 9,0

FiliPêra

terça-feira, 11 de setembro de 2007

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Videoclipes

Como estou um pouco sem tempo pros meus posts normais (nada muito sério, amanhã já devo estar um pouco mais tranquilo) vou postar aqui cinco videoclipes marcantes na história. Nada muito relevante, mas espero que gostem.



Pearl Jam - Do the Evolution

Vamos começar com aquele que pra muitos é um dos melhores clipes da história. Tudo funciona perfeitamente aqui, do vocal rasgado de Eddie Veder até os desenhos do amado e odiado Todd McFarlen.





Korn - Thoughtless

Esse aqui foi o grande responsável pelo fato de eu gostar de clipes. Foi de fato o primeiro clipe interessante que eu encontrei. Muito bom e lembra os bons tempos do Korn.



Radiohead - Street Spirit (Fade Out)

Pode não ser a melhor música do Radiohead, mas com certeza é o seu melhor clipe, disparado; com tomadas muito bem feitas e efeitos sutis muito bem planejados. Mostra logo de cara a genialidade dessa banda que entraria pra história logo depois com o discaço OK COMPUTER. Perfeito!!!



Red Hot Chilli Pepers - Otherside

Outro clipaço, que evoca o inventivo cinema mudo das décadas de 30 e 40. Tudo nele é simplérrimo e por isso mesmo bem elegante!



The White Stripes - Fell In Love With A Girl

Apesar de todo o hype a dupla White Stripes já mostou que tem talento de sobra, inclusive na criatividade clipeira. Esse aqui é somente uma prova disso!


Bom, ficamos por aqui, mas amanhã tem mais!

FiliPêra

domingo, 9 de setembro de 2007

Metropolis


Eu sei, eu sei... esse filme e antigo pacas (1927), não tem super efeitos especiais nem uma trama com muitas reviravoltas (levando em conta o que temos hoje em matéria de roteiro) e tal... MAS! ele é um marco na historia do cinema! não sabia? pois é! escrito e dirigido por Frizt Lang (argumento em parceiria com Thea von Harbou sua esposa) o filme é considerado umas das melhores obras do expressionismo alemão, muito do que se vê hoje em dia nos filmes de ficção e inspirado nele, desde filmes como "1984" até "Matrix" (a cidade subterrânea, a vinda de um escolhido), para vocês terem uma idéia, katsuhiro otomo fez um anime chamado "Metropolis" inteiramente basiado na obra de Fritz Lang,

conceitos básicos como a do futuro controlado por maquinas e a exploração mecânica da classe trabalhadora estão presentes na pelicula, na época o filme foi tão comentado, que Hitler ao chegar ao poder convidou Fritz Lang para produzir documentários sobre o partido nazista, recusando a oferta ele se mudou para Paris onde chegou a produzir filmes de conteúdo ante-nazista, depois se mudou para os Estados Unidos onde faleceu, para quem quer conhecer melhor a historia do cinema e da ficção científica assistir Metropolis e indispensável.




NOTA: 9,0
DURAÇÃO: 153 mins
GENERO: FICÇÃO
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NSN Preview

Como neste fim de semana não teremos a coluna HyperEspaço, que já foi publicada na quarta-feira, trazendo a cobertura do show do Estúdio Coca-Cola, aqui no Espírito Santo, resolvi colocar aqui nesse espaço um preview do que vem por aí.
Primeiramente já estou preparando uma matéria com os três primeiros números da série
Os Sete Soldados da Vitória (eu sei, estamos atrasados, mas estamos correndo atrás disso), colocando na mesa todas as teorias, intercessões e todos os momentos interessantes que a série proporcionou até aqui



(e não se preocupe que já estamos adquirindo o restante dos números que estão faltando).
Também chegará nessa semana as resenhas das séries Flex Mentallo e Sebastian O,
duas pérolas semi-desconhecidas do gênio Grant Morrison.
Na área musical deve chegar por aqui a resenha da álbum White Blood Cells, da dupla White Stripes e o melhor disco do Smashing Pumpkins, Mellon Collie and the Infinite Sadness (duplo), recém-recussitados, com o álbum Zeitgest. Talvez apareça por aqui um CD da banda Rage Against the



Machine (também recussitados recentemente, embora somente em shows).
Eu vou ficando por aqui, e fica o aviso que nos fins-de-semana vou postar unicamente minha coluna, e que essa seção, quando necessária, será integrada à ela. Provavelmente a partir da semana que vem passarei a colocar uma seção semanal de notícias também, com o melhor da área musical, dos Quadrinhos e Cinema...
Um abraço.

É NOZES!!!

FiliPêra
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Biffy Clyro - Infinity Land




Coisas que você precisa saber sobre a banda Byffy Clyro:
1) a banda não tem um líder. Os três integrantes se revezam nos vocais.
2) Dois integrantes são irmãos e gêmeos, mas não idênticos.
3) Não é uma banda de nu-metal, e muito menos grunge, mas fazem um rock pesado.
4) Provavelmente eles são a banda mais excitante do Reino Unido.
Formado em meados dos anos 90 na Escócia, em uma região adormecida, os meninos ouviam Guns N' Roses, Nirvana, Weezer e Korn. O grupo, em 1997, mudou para Glasgow, onde Ben e James foram para o colégio enquanto Simon ia para a universidade. Não demorou muito para começarem a ter contato com a música underground americana e bandas como Far, The Red House Painters, Mineral e os lendários Fugazi. O som é um pop rock pesado e a banda lança seu segundo álbum, Infinity Land.
E é nesse clima que vai margeando todo o som (totalmente alternativo) do trio escocês, hora com
peso, hora com total calma.
Classicado como rock alternativo por uns e de indie rock por outros, a bem da verdade é que o
Biffy Clyro realmente faz um som bem diferente, mas que acaba lembrando uma mistura de várias bandas. As principal influência do som deles é com certeza o grunge do Nirvana, Pearl Jam e Alice in Chains, tanto que eles chegaram a ser classificados de neogrunge também.
A bem da verdade o Biffy Clyro não é nada disso e é tudo ao mesmo tempo, com músicas que vão
mudando de estilo constantemente (como o Faith No More e o The Mars Volta) mesclando uma gama de estilos, que vão desde o reggae até o punk rock.
Esse é o terceiro álbum da banda, e apesar de ser um pouco inferior ao antecessor, Vertigo of
Bliss, foi o primeiro disco deles com a qual eu tive contato.





Não é um disco de fácil digestão, que com sua mistura grande de estilos, pode levar alguns a
abandonarem a audição antes do fim. Mas com o tempo se acostuma com o estilo camaleônico do trio.
Muito bom!!!

Nota: 8,5

Top 3 do Álbum: Some Kind of Wizard, The Atrocity e Glitter and Trauma.

FiliPêra

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