quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

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Pirataria, Internet e Contracultura… finalmente o resultado

 

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Após meses a fio escrevendo, dores de cabeça infindas, descidas ao inferno para pesquisar, contato com as Teorias da Comunicação mais loucas possíveis, leituras dos autores mais desparafusados de todos, terminei a minha Monografia. E como o esforço genuíno geralmente é recompensado, fui aprovado com uma nota 10 com louvor, além de receber um convite para me tornar um pesquisador - coisa que sabe Deus se me tornarei, embora tenha lá uma vontade.

Enfim, como muitos devem saber, meu trabalho foi intitulado Compartilhamento e jornalismo - um estudo do Pirate Bay no jornal Estado de São Paulo e no blog Baixacultura e se propôs a ser um estudo tanto do Compartilhamento do ponto de vista histórico, como uma investigação de como as ferramentas digitais alteraram nossa percepção e interação cultural.

Foi a forma que encontrei de utilizar as ferramentas científico-acadêmicas para militar por uma causa que considero primordial, além de pesquisar a fundo um assunto geralmente abordado somente pelo ponto de vista jurídico.

São 217 páginas - 57 delas de anexos -, 67 mil palavras e 425 mil caracteres, de um trabalho que tomou uns 8 meses da minha vida, 4 deles bem intensos - além de ter me mostrado que consigo escrever um livro consistente bem rápido. Agora provavelmente seguirei os conselhos do meu orientador e escreverei um artigo científico de umas 15 páginas sobre minha pesquisa e a inscreverei em conferências de comunicação e ver no que dá, além de começar a pensar no meu Projeto de Mestrado, que já tenho na minha mente - isso continuando na minha ocupação de jornalista cultural.

Enfim, espero que gostem e sirvam para a evolução do vosso conhecimento não só sobre Pirataria/Compartilhamento, mas sobre como são construídas as verdades em nossa sociedade.

Ainda vou curtir um pouco minhas férias e pensar em como voltar a postar no NSN.

Abraços e para lerem/baixarem a Monografia, é só clicar AQUI ou na imagem!

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

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O Suspense está de volta: Alan Wake

Por Sayron Schmidt

 

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Bons tempos aqueles quando coloquei minhas hávidas mãos no primeiro Silent Hill, lá por meados de 2001, em meu PSOne e a muito tempo um jogo não me empolgava da forma como Silent Hill o fez.

É claro que, com o passar dos anos e o lançamento de novos jogos da série, fui me afastando aos poucos, até não me interessar mais pela franquia, achei que decaiu muito, ficando repetitivo, chato e previsível. Por conta disso, sempre senti falta de jogos de terror, misturados com suspense e a necessidade de sobrevivência constante. Isso até uns três meses atrás quando tive a oportunidade de jogar o Alan Wake, mas antes, algumas explicações devem ser dadas.

Sempre fui um Sonysta nato, acho que o Playstation revolucionou o mercado quando surgiu, deixando para trás Nintendo e a Sega. Mas sempre fui aberto a novas experiências, então joguei todas as plataformas possíveis durante minha infância e adolescência. Só que uma nunca me empolgou muito com o XBox. Não sei dizer o porquê, mas até o Dreamcast me animou mais do que ele.

Lançada a segunda geração do XBox, ele continuou sem chamar minha antenção, já que tudo o que havia disponível para ele também existia para o PS3, mas isso foi até eu ouvir falar de um tal de Projeto Natal, mais tarde revelado como o Kinect. Gostei da idéia de jogar sem controles (com a galera, só para dar risada, lembrando o Wii, que era divertido e eu conseguia jogar sentado) e usar a “força” para mover personagens, objetos e outras coisas presentes nos jogos, mas nunca coloquei na lista de prioridades.

Então anos mais tarde, minha esposa queria jogar algo que fosse além do Wii, uma experiência diferente e assim a apresentei o Kinect, que, praticamente, me obrigou a comprá-lo para ela.

Vou dizer que o Kinect é algo bacana, mas não foi feito para mim, ainda prefiro o bom e velho sofá, um copo de coca-cola/cerveja e o controle, movimentando apenas os braços e a cabeça para acompanhar a curva em algum jogo de corrida ou me abaixando levemente tentando fugir de um golpe desferido pelo inimigo. Não curti o fato de ficar em pé, pulando, suando, “dançando” ou qualquer coisa que exija demais do meu já debilitado preparo físico. Assim precisei buscar alternativas de jogos, pois sabia que existiam franquias exclusivas dele e poderia ser uma nova experiência com games.

Ao abrir a caixa do console a primeira coisa que vi foi um envelope (estilo giftcard) com a capa do jogo Alan Wake, li as instruções e ali estava minha possível primeira experiência com jogos do XBox 360, primeiro porque eu ganhei o direito de fazer o download do jogo de graça e segundo porque eu andava meio “quebrado” financeiramente.

Já que é de graça vamos baixar e jogar né?

O jogo foi lançado em 2010 e seria um jogo exclusivo para o Xbox 360 pela Remedy (mesma produtora de Max Payne 1 e 2) e escrito por Sam Lake (também escritor de Max Payne 1 e 2), mas a última notícia que li informava que no primeiro semestre de 2012 o jogo seria disponibilizado para PC. Espero que essa notícia se concretize mesmo. Mas vamos ao jogo.

Confesso que nas primeiras cenas do jogo ele impressiona e chama a atenção do jogador com bons gráficos, uma trilha sonora bem interessante e uma jogabilidade confortável com o controle do XBox 360 (eu achava o Sixaxis o auge dos controles, mas fiquei com dúvidas após jogar Alan Wake e Gears of War, mas esse tema fica para outro dia).

Tudo começa com Alan Wake contando um pouco de sua história e sobre um pesadelo que teve dias antes. Este é a introdução do jogo, onde você vai aprender os comandos, movimentos e afins.

 

Introdução, com dublagem em português feita pela equipe Dubla Alfa Generation.

Passado essa parte, é hora do bicho começar a pegar de verdade.

Só para se ter uma idéia do nó que nosso cérebro toma no começo do jogo, depois do sonho, você está em Bright Falls, Washington, numa balsa com sua bela esposa, Alice. Alan Wake está há dois anos sem conseguir escrever um livro e está em crise, então Alice resolve que ambos devem passar umas férias nessa pacata cidade. Ao chegar a uma cafeteria, rolam alguns eventos que fazem com que uma senhora sinistra troque a chave do local onde eles ficariam, fazendo com que eles fossem diretamente até uma ilha em meio ao lago, com uma casa, digamos, assustadora. Ao chegar ao local e descarregar as bagagens, Alan vê que sua esposa havia levado uma máquina de escrever, fazendo com que ambos discutem e ele resolva esfriar a cabeça dando uma voltinha pela ilha e é ai que ele ouve um grito de Alice.

Ao chegar onde ela estava, ele a vê sendo puxada para dentro do lago e ele faz a única coisa que vem a cabeça, saltar na água atrás dela. Mas ao cair sobre a água ele perde a consciência e acorda dentro do seu carro em um acidente na estrada.

Agora você pensa: “Que merda é essa?!?”

 

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Sim!! Essa é a base do jogo inteiro. Reviravoltas, suspense, ação, falta de munição em momentos críticos e assim por diante. Não tem como não curtir o jogo.

Enquanto você vaga pela pequena e assustadora Bright Falls, coletando rascunhos de um livro escrito por Alan e que ele não lembra de ter iniciado, garrafas de café e viaja por ilusões e pesadelos, ainda existe a necessidade de lutar contra criaturas dominadas pelas trevas e você terá apenas uma lanterna e algumas armas a sua disposição, além de não poder esbanjar muito no gasto com munições, pois pode acontecer de você ter de sair correndo por não ter mais munições disponíveis.

Esse é o tipo de jogo que te envolve de uma forma inexplicável. Vagar pela cidade ou pela floresta durante o dia é a coisa mais tranquila do mundo, mas a coisa muda de figura ao cair a noite. Uma névoa está sempre espreitando os passos de Alan. Com gráficos excelentes, a sensação de caminhar em uma floresta sombria é arrepiante, deixando o jogador sempre em estado de alerta, pois a qualquer momento a neblina pode aumentar, a trilha sonora mudar para uma música mais acelerada e você ser atacado por hordas de seres da escuridão. Isso quando não é obrigado a fugir de um pseudo-tornado negro do mal que arremessa objetos de grande porte em você como carros e tratores.

A jogabilidade é prática e intuitiva, mesmo aqueles acostumados ao controle da Sony, não terão dificuldades em se adaptar ao modelo e aos comandos no controle do XBox 360. Mirar com a lanterna, focar a luz até a sombra protetora sumir do inimigo e abrir fogo até ele virar faíscas, tudo isso sem esquecer-se de cuidar da vida de Alan (que recarrega automaticamente, mas de forma bem vagarosa, exceto quando se encontra embaixo de uma fonte de luz), da carga da lanterna e de sua escassa munição. É complicado no início, mas depois de um ou dois capítulos você se acostuma.

 

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E por falar nos capítulos, essa é um diferencial no jogo. Ele é dividido em 6 episódios, como em séries de TV e ao término de cada existe uma música especial para animar os corações dos jogadores. De David Bowie (Space Oddity – 1969) a Poets of the Fall (War – 2010), do clássico ao moderno, o rock aparece durante a trilha sonora do jogo.

Os gráficos são belos, conseguindo passar a sensação de cidade pacata durante o dia e de filmes de suspense durante a noite. Em alguns momentos, quando se está em uma parte alta da cidade ou da floresta, vale a pena parar e admirar a paisagem bem construída e detalhada de Bright Falls, fazendo bom uso dos recursos do XBox 360.

 

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Um dos poucos problemas que encontrei no jogo foi sua curta duração. Achei que eles poderiam ter explorado um pouco mais a trama e tê-la deixado mais completa. Como o jogo conta com dois DLCs (The Signal, que começa exatamente onde o jogo principal começa e The Writer, que continua o episódio The Signal) e uma suposta continuação que enche colunas de blogs sobre games de informações de um possível Alan Wake 2, já desmentida por Mikko Rautalahti e informada que será quase outro DLC, chamado Alan Wake's American Nightmare (e não Night Springs como surgiu em alguns veículos de comunicação).

A crítica gostou do jogo, a maioria das pessoas que jogaram também, mas, e esse “mas” é um problema, não foi um sucesso de vendas. Talvez por ter sido, inicialmente, um jogo exclusivo para Xbox (mas por que Gears of War fez tanto sucesso e rendeu duas sequências além do primeiro?), talvez por problemas que eles tiveram durante a produção ou a interferência da Microsoft. Só sei que seria um jogo para se ter, ao menos uma continuação.

 

Alan Wake, 2010 (Xbox 360)

Produção/Desenvolvimento: Remedy Entertainment

Distribuição: Microsoft Games Studios

Nota: 8,5

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

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Estaremos de volta em breve, amigos…

 

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Sabe quando você consegue realizar um trabalho hercúleo, daqueles que ocupam todas as suas forças físicas e mentais? Saca a sensação final, que parece que eleva seus circuitos mentais para níveis um pouco mais elevados? Bom, estou mais ou menos assim. Terminei minha Monografia, que exigiu dedicação quase monástica por uns quatro meses, mas com um resultado que muito me agradou - além de ter mostrado que posso escrever um livro em menos de 10 anos, só preciso me impor prazos apertados e depois manda-los para o inferno.

O trabalho ao todo tem 217 páginas, com quase 67 mil palavras e 425 mil caracteres - mais do que muito livro por aí - e me deu a almejada nota 10 com louvor, que todo acadêmico espera ao terminar uma pesquisa. Isso quer dizer que todo esse tempo parado e dedicado a escrever o trabalho - por enquanto - mais importante da minha vida foi muito bem empregado. Tanto que os três professores que o avaliaram me disseram que deveria me tornar pesquisador, o que ouvi com grande satisfação.

Estou terminando de ajeitar pequenos erros e logo o publicarei aqui. Então, podem cessar os choros, reclamações e ameaças sobre a falta de conteúdo aqui no NSN. Mas, a coisa toda deve mudar: no período em que finalizava o trabalho me mudei para São Paulo, arrumei um emprego dos sonhos e em breve começarei a preparar material para iniciar meu projeto de mestrado. Ou seja: preciso me planejar. Mas não se preocupem, esse espaço não será abandonado.

Até breve

 

PS: quem é capaz de adivinhar o nome do sujeito da imagem?!

PS: quem é capaz de responder a pergunta sufi-zen “Quem é o mestre que faz a grama verde?”

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

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NozesCast Vol. 13 - Aniversário de 4 anos

 

banner central NC 13

Cheguei sinixtro Nozescastaiada… atrasado, graças a Monografia do Voz do Além!

Hoje vai ser aquele cast estilo punheta, pois vamos ficar falando sobre nós, o blog Nerds Somos Nozes e como chegamos até aqui depois de quatro anos. Vocês ainda ouvirão a granolagem do ano, que superou o “NOOOSSSSAAAAA, PARA TUDO!!” do amigo @Chavespapel, descobrirão que longos discursos merecem um kick e quem é o maior stalker do @Vozdoalem.

Tem ainda um papo cabeça sobre jornalismo de esgoto, suicídios, jogos da tortura e a fórmula de sucesso secreta do nosso blog. Favor mandem seus comentários, recados ou qualquer outra coisa, pois 10 mil ouvintes e quase ninguém comentar acaba com o nosso coraçãozinho hipertenso!

 

 Baixe o NozesCast Vol. 13 - Aniversário de 4 anos (99:6 min) 68 min

UPDATE!!!!

Citamos um monte de merda no cast e esquecemos de linkar tudo. A sorte é que temos parceiros como o Chaves Papel, que serve pra fazer esse tipo de serviço sujo. Então aí vai a lista com dos principais posts citados no cast.

- Depoimentos

-Suicídio do Paulo Roberto

- Auxílio-Reclusão

- Parceria Murilo e Roberto

- Literatura Brasileira

- A Busca pela Informação - Sayron

- Five Hot Stories For Her e a Pornografia Feminina

- A Liberdade Individual - LOLA

- Campus Party 2011

- Harry Potter vs Crepúsculo

- Cajuru Quase Apanha

 

E abaixo, um clássico dos memes:

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Até a próxima!

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

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[Pipoca e Nanquim] Médicos

Por Pipoca e Nanquim 

 

98 - Médicos - Pipoca e Nanquim por pipocaenanquim no Videolog.tv.

Boa sexta-feira chuvosa a todos!!! Bem, chuvosa da perspectiva paulista. Esperamos que você seja afortunado o suficiente para estar em um local brilhante e ensolarado. Mas com chuva ou sem chuva, o Pipoca tarda, mas não falha (exceto quando dá errado), e eis aqui o seu Videocast semanal!!!!

O assunto hoje pode parecer chato à primeira vista, mas não é, afinal quem não tem uma série de hospital favorita? Uminha que seja? Pode ser House, com suas conversas cerebrais e seu humor ácido, Grey's Anatomy com o romance açucarado, Scrubs e o texto amalucado e inteligente, ou E.R. com todos seus galãs. Sim, meus caros, todos gostam de hospitais, embora nenhum de nós curta ir ao médico.

Nos quadrinhos, temos também bons expoentes, com destaque para o sensacional mangá Monster, infelizmente não-concluído em nosso país. Trazemos também uma antiga personagem da Marvel, a Enfermeira da Noite (e você vai se surpreender com a velharia que verá neste programa).

Bem, ficamos por aqui, mas gostariamos de lembrar que em duas semanas, o Pipoca chega ao programa 100!!! E vocês não perdem por esperar!

Grande abraço a todos e até a próxima semana!

 

QUADRINHOS
A Enfermeira da Noite (Gorrion)
O Fotógrafo (Conrad)
Monster (Conrad)
Dreadstar – A Odisseia da Metamorfose (Devir)
Zé Gatão (Devir)

FILMES E SÉRIES
Plantão Médico – 15 Temporadas (E.R. / 1994-2009)
House – 8 Temporadas (House / 2004-2012)
Grey’s Anatomy – 8 Temporadas (Grey’s Anatomy / 2005-2012)
Nip/Tuck – 6 Temporadas (Nip/Tuck / 2003-2010)
Tempo de Despertar (Awakenings / 1990)
Coisas Belas e Sujas (Dirty Pretty Things/2002)
Patch Adams – O Amor é Contagioso (Patch Adams/1998)
Autópsia de um Crime (Pathology/2008)
O Homem Elefante (The Elephant Man/1980)
M.A.S.H. (M.A.S.H./1970)

LIVROS
O Cirurgião (Record)
Arquivo de Heresias (Editora da PUC)
Hirudo Medicinallis (Instituto Goiano do Livro)

domingo, 4 de dezembro de 2011

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[Pipoca e Nanquim] Tribunais

Por Pipoca e Nanquim 

 

97 - Tribunais - Pipoca e Nanquim por pipocaenanquim no Videolog.tv.

Olá a todos.

Sejam bem vindos a mais um videocast do Pipoca e Nanquim. Estamos nos aproximando da marca histórica de 100 programas (bem, ao menos histórica para nós, que nunca conseguimos fazer algo com tanta consistência na vida) e, como tudo o que alcançamos até aqui devemos a você que nos assiste, estamos preparando uma celebração sensacional. Fique atento nas próximas semanas para saber o que é!!!

O tema hoje é filmes e quadrinhos sobre Tribunais. Embora não existam muitas HQs do gênero e mencionemos bem poucas no programa, o Pipoca comeu uma bola violenta ao não lembrar-se da trajetória de Harvey Dent – um dos maiores inimigos do Batman. Bem, sem problemas, a menção honrosa fica aqui no texto e, quem sabe, numa futura parte 2!

Temos como grande expoente do gênero a longeva série de TV Law & Order (e todos os seus spin offs), mas lembramos também de alguns filmes muito bons, como Tempo de Matar, As Duas Faces de um Crime, Doze Homens e Uma Sentença, O Julgamento de Nuremberg, dentre outros.

Esperamos que vocês curtam esse programa e até a semana que vem.

sábado, 26 de novembro de 2011

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[Pipoca e Nanquim] Kevin Smith

Por Pipoca e Nanquim 

 

Videocast 96 - Kevin Smith - Pipoca e Nanquim por pipocaenanquim no Videolog.tv.

O papo de hoje é sobre um diretor meio controverso, muitos amam, ao mesmo tempo outros muitos odeiam! A quem diga que sua única grande obra foi O Balconista, de 1994, e que de lá pra cá apenas entregou filmes no mínimo medianos. Será? Nós do PN também mantemos opinião um pouco diferentes sobre o cara, mas respeitamos muito seu trabalho, tanto no cinema quanto nas histórias em quadrinhos! Sim, óbvio que o diretor mais nerd do mundo não conseguiria ficar longe das HQs após seu sucesso na carreira, então logo tratou de realizar o sonho da maioria dos fãs de quadrinhos e escrever roteiros pras maiores editores dos EUA, dentre eles Demolidor: Diabo da Guarda para a Marvel e Batman: Cacofonia para DC, duas HQs que consideramos muito boas.

Lembrando que tem promoção rolando, você pode ganhar um livro Os Três Mosqueteiros, traduzido diretamente do francês pela Editora Generale e com caderno especial de Alexandre Callari do Pipoca e Nanquim!!

Dê logo o play e diz aí nos comentários, você curte ou não o trabalho de Kevin Smith?

QUADRINHOS INDICADOS
Demolidor: Diabo da Guarda (Panini)
Batman: Cacofonia (Panini)
Arqueiro Verde: O Espírito da Flecha (Panini)
Besouro Verde (inédito no Brasil)

FILMES INDICADOS
O Balconista (Clerks – 1994)
Barrados no Shopping (Mallrats – 1995)
Procura-se Amy (Chasing Amy – 1997)
Dogma (Dogma – 1999)
Stan Lee’s Mutants, Monsters & Marvels (2002)
O Balconista 2 (Clerks 2 – 2006)
Pagando Bem, Que Mal Tem? (Zack and Miri Make a Porno – 2008)

sábado, 19 de novembro de 2011

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[Pipoca e Nanquim] FIQ 2011

Por Pipoca e Nanquim 

 

Videocast 95 - FIQ 2011 por pipocaenanquim no Videolog.tv.

Fala galera!

Como a maioria já deve saber, nós tivemos o prazer de participar do maior evento de quadrinhos da América Latina, o FIQ!

Na tarde do dia 9 de novembro, desenbarcamos em Belo Horizonte a tempo de conferir a palestra de abertura do mestre Mauricio de Sousa, homenageado dessa edição. Depois disso foi um turbilhão, gente pra tudo quanto é lado, stands com os mais diversos quadrinhos, filas para autógrafos, ídolos da gente trocando ideia com quem tivesse afim…

Um espetáculo! Voltamos pra nossa terrinha com as malas ultrapassando o limite permitido para embarcar no avião e o mais importante de tudo, com a alma feliz por reecontrar e fazer novos amigos.

Nesse programa contamos tudo que rolou por lá, mostramos os autógrafos que conseguimos e o monte de quadrinhos independentes sensacionais que adquirimos.

Tchau, até a semana que vem!

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

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[Pipoca e Nanquim] Viagens no Tempo

Por Pipoca e Nanquim 

 

94 - Viagem no Tempo - Pipoca e Nanquim por pipocaenanquim no Videolog.tv.

Fala galera, cá estamos nós, seus paladinos  favoritos, para salvar mais uma sexta-feira (pelo menos para todos os nerds que não têm vida social).

E o tema de hoje é algo que adoramos: Viagem no Tempo! Diga-se de passagem, um tema complicado, pois o problema do paradoxo é quase intrínseco ao conceito de viajar no tempo (Marty McFly que o diga). Como de costume, lembramos as HQs e filmes mais legais já feitos sobre o assunto – e olha que dessa vez puxamos lá do início, com o mestre H. G. Wells e sua espetacular obra A Máquina do Tempo. E tem mais livro na parada: Operação Cavalo de Troia; esqueça o preconceito contra a baboseira esotérica, pois o primeiro é muito bom.

Nos filmes, temos algumas obras desconhecidas que irão surprender, como Los Cronocrimenes e Perguntas Frequentes Sobre Viagem no Tempo, além do mega-sucesso romântico dos anos 80, Em Algum Lugar do Passado. E que tal relembrar nas HQs a espetacular viagem que Homem de Ferro e Dr. Destino fazem à corte do Rei Arthur?

É isso aí galera. De quebra tem mais dancinhas constrangedoras e, para não perder o costume, mais uma super-promoção: quer ganhar o livro Os Três Mosqueteiros, com texto integral traduzido direto do francês e um super caderno de conteúdo extra escrito por Alexandre Callari? É fácil, confira as regras!

Grande abraço a todos e até a semana que vem!

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

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[Pipoca e Nanquim] Policial

Por Pipoca e Nanquim 

 

93 - Policial - Pipoca e Nanquim por pipocaenanquim no Videolog.tv.

E aí pessoal? Tudo bom vocês? Estamos de volta para mais um videocast Pipoca & Nanquim, sua fonte de HQs, cinema, e risadas involuntárias. Hoje vamos falar sobre um tema que temos verdadeira paixão: HQs e filmes policiais!

Sem brincadeira, algumas das obras que mais adoramos pertencem a esse gênero. E se você lembrou de um monte de filme, mas acha que não tem quadrinhos bons sobre o assunto, pense novamente: falamos de Criminal, Top Ten, Gotham City Contra o Crime e Depois da Meia-Noite – só para citar alguns. Tudo coisa fina!

No cinema a coisa arrebenta de vez. E é claro que lembramos da série Máquina Mortífera, talvez o expoente máximo do gênero, mas não ficamos presos no óbvio, como vocês logo verão. E se você não conhece ainda a sensacional série The Shield, com o ex-Coisa, Michael  Chiklis, esta é sua chance.

Um abraço a todos e até a semana que vem!

QUADRINHOS
Dick Tracy (LP&M)
100 Balas (Panini)
Criminal (Panini)
DC Especial: Gotham City Contra o Crime (Panini)
Powers (Panini)
Sin City (Devir)
Top Ten (Devir)
Depois da Meia-Noite (Independente)
Recruta Zero – Os Anos Dourados (Kalako)
Koko Be Good – Não é Fácil ser Boazinha (Leya/Barba Negra)
A Condessa Sangrenta (Tordesilhas)

FILMES E SÉRIES
A Marca da Maldade (Touch of Evil – 1958)
Serpico (Serpico – 1973)
Los Angeles – Cidade Proíbida (L.A. Confidential – 1997)
Máquina Mortifera (Lethal Weapon – 1987)
Duro de Matar (Die Hard – 1988)
Operação França (The French Connection – 1971)
Tropa de Elite (2007)
Tropa de Elite 2 – O Inimigo Agora é Outro (2010)
Chumbo Grosso (Hot Fuzz - 2007)
The Shield – 7 Temporadas (2002-2008)

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

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Evangelização é mesmo importante na mídia?

Por Carla Cavalcante

 

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A moda da atualidade é exposição de propagandas e programas de doutrinação na mídia, principalmente na televisão. Eles são basicamente de duas vertentes religiosas: a protestante e a católica, com o primeiro grupo representado pelas igrejas evangélicas neopentecostais.

Ao invés dos meios de comunicação serem ocupados com informações que agregam conhecimento a sociedade, eles são ocupados com doutrinação religiosa. A meu ver a mídia não deveria abrir espaço para religião em sua programação diária, que não sofre nenhum tipo de fiscalização, para saber se ferem os direitos humanos ou outras religiões.

Infelizmente, a desculpa dos manipuladores de fiéis é, na maioria das vezes, a mesma: o mundo atual esta perdido, nossos jovens estão sem rumo, vazios de Deus e fé. Todos têm o livre arbítrio e caso alguém sinta vontade de buscar “Deus” opções de igrejas não vão faltar e o local ideal para a exibição de idéias religiosas é em qualquer lugar, menos nos veículos de comunicação.

Pessoas a favor da religião na TV e nos outros veículos destinados a informação e entretenimento vão dizer que todos têm algo no cérebro chamado filtro, apto para passar todo conteúdo divulgado em uma peneira e ficar só com o que é bom. Mas não podemos esquecer as crianças, que ainda não desenvolveram esse filtro e não tem uma mentalidade formada capaz de saber o que é bom ou ruim.

Que a igreja católica e a maioria das religiões são contra o sexo antes do casamento a grande maioria já sabe, até aí tudo bem. Mas desse ponto em diante abrir seu jornal pela manhã, ou ligar a TV e ver declarações vindas diretamente do Vaticano que o Papa é contra o uso da camisinha, seja para evitar filhos ou doenças sexualmente transmissíveis, dentre elas o vírus HIV, já é inadmissível. Vivemos em uma sociedade onde adolescentes na idade de 15 anos engravidam, para um líder religioso dar esse tipo de declaração.

Em uma noticia publicada no jornal Folha de S. Paulo saiu a declaração do Papa sobre o uso da camisinha e a forma que ele acha mais adequada para evitar o vírus da AIDS. Segundo o papa, a AIDS se vence com “uma humanização da sexualidade, uma renovação espiritual humana que comporta uma nova forma de conduta de uns com outros e por meio da amizade, disponibilidade e amor pelos doentes”.

Seria muito interessante se a cura ou a luta para não adquirir o vírus da AIDS funcionassem apenas com humanização e a amizade, isso seria lindo se não estivéssemos na realidade do século XXI. Onde existem aproximadamente no mundo todo 33,4 milhões de pessoas infectadas pelo vírus do HIV, segundo o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), matéria publicada em 2010 na revista Exame, da editora Abril.

Pois é, eu sou contra esse tipo declaração em todos os lugares, principalmente na mídia, exposta pelos padres que seguem fielmente as leis do Vaticano vindas diretamente da cabeça do Papa, e isso é só a ponta do iceberg da evangelização nos meios de comunicação. Não podemos esquecer as diversas cenas de preconceito, principalmente contra as religiões afro-brasileiras, vindas tanto de católicos, quanto de protestantes.

A mais conhecida delas foi o episódios conhecido como “Chute na Santa”, em 12 de outubro de 1995, quando o bispo Sérgio Von Helder, no programa “O Despertar da Fé, da Rede Record, chutou e xingou uma imagem de Nossa Senhora de Aparecida. O episódio vergonhoso teve repercussão internacional e acabou por influenciar em diversos conflitos entre igrejas neopentecostais e integrantes de cultos afro-brasileiras e a Igreja Católica.

São casos como esse que mostram como a doutrinação e evangelização são nocivas aos princípios que regem as concessões a rádio e TV. Mesmo em programas que não têm foco nas religiões ocorrem esse tipo de discriminação, como em episódios em que o apresentador Datena disse que “os ateus são criminosos”, o que denota uma lamentável incitação ao preconceito e ao ódio.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

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Cidade de Colatina é invadida por alienígenas

Por Sayron Schimdt

 

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Invasões alienígenas são tão comuns quanto ganhadores da Mega Sena, mas mesmo assim, uma cidadezinha do interior do Espírito Santo conseguiu feito parecido ao conquistado por Varginha anos atrás.

Um objeto, que parecia ser um dos raros aviões a sobrevoar a cidade, chamou a atenção de diversos moradores de Colatina/ES, pois não tinha apenas a boa e velha combinação de luzes vermelhas e azuis, já conhecida entre a população da cidade e sim um grande conjunto de luzes coloridas. Segundo um morador “as luzes lembravam um arco íris cintilante”.

Inicialmente pensamos que era apenas um avião, mas quando o objeto estava muito próximo percebemos que tinha algo errado com aquilo”. Disse um morador que preferiu não se identificar.

Como se não bastasse, o OVNI parou sobre um prédio e preparava uma abdução em massa, sob as vistas de mais 5.000 colatinenses, mas, segundo relatos, um jovem morador, munido apenas de um violão, uma camiseta da Legião Urbana, seu All Star cano alto e muitas revistinhas de cifras, ele conseguiu espantar aquela nave ao som de Faroeste Caboclo e Índios, recebendo uma salva de palmas daqueles que presenciaram o fato.

Muitos não quiseram falar a nossa reportagem com medo de revelar a identidade desse novo herói ou com receio de futuras represarias vindas de algum canto do Universo. Espero apenas que os golfinhos não tenham nada a ver com isso.

sábado, 29 de outubro de 2011

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[Pipoca e Nanquim] Fest Comix

 

92 - Fest Comix 2011 - Pipoca e Nanquim - Cinema e HQs por pipocaenanquim no Videolog.tv.

Fala galera, tudo bom? Estamos a poucos episódios do programa 100, e bastante ansiosos. Queremos dar um grande presentão para vocês, que nos tem prestigiado semanalmente e transformado o Pipoca e Nanquim em um sucesso. Mas, enquanto isso não acontece, que tal lembrarmos de quem comprou seus próprios presentes com um sorriso de orelha a orelha na feira de quadrinhos mais legal do país?

É isso aí, a 18ª Fest Comix foi um sucesso absoluto - e se você acompanha nossos posts e viu a cobertura que fizemos em tempo real aqui, aqui e aqui, já sabe disso. Mas nada como ver em vídeo tudo o que falamos, as palestras, cosplays, convidados, estandes, toneladas de gibis e, claro, vocês, que são quem realmente faz a festa valer a pena.

No terceiro bloco voltamos ao estúdio para contar como foi nossa viagem, mostrar nossos autógrafos, enfim, bate-papo pós-evento sobre todas as emoções de encontrar com o público do PN e conversar com nossos ídolos.

Então, esta semana é nossa singela homenagem a este grande evento. E que venham os próximos.

Um abraço a todos e até a semana que vem!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

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Insectron, a nova coleção da revista Recreio!

Por Alessio Esteves

 

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Em tempos em que se fala muito sobre como as crianças deixam de ser crianças muito cedo, vemos muitas vezes só as coisas ruins e esquecemos de ótimos produtos que estão aí para divertir de maneira tão legal que a molecada nem percebe que também está aprendendo. E a revista Recreio cumpre muito bem esse papel.

Nos meus tempos de criança, existia a saudosa Alegria & Cia, revista que vinha com histórias, jogos, receitas e diversas atividades tipo “recorte e cole”. Ficava horas brincando com essas revistas e toda vez que acho alguma, compro e guardo com muito cuidado e carinho para que meus filhos (quando vierem) possam se divertir o tanto quanto eu me divertia.

Claro que hoje em dia temos muito mais recursos para entreter a molecada e a Recreio acaba sendo não só uma revista, mas uma plataforma integrando revista, site, vídeos no Youtube e sempre com brindes muito legais pra molecada. E foi passando na banca que a coleção Insectron me chamou a atenção, com seu visual claramente inspirado em Tron e uma história misturando insetos e corridas.

Basicamente a trama toda gira em torno do biólogo-inventor Cloromiro, que vive na cidade futurista de Velocity. Ela é constantemente atacada por monstros e para combatê-los ele desenvolveu os Insectrons, seres alterados através de genética e robótica. Ajudado por seus filhos Dario e Selene, o cientista tenta melhorar suas invenções ao mesmo tempo em que combate os monstros comandados por Hera Sinistra, um Insectron que se voltou para o mal!

 

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Além dos bonequinhos, revista e do site, tem diversos vídeos no Youtube com curiosidades sobres insetos. Achei um sobre meu inseto favorito: a barata! E também tem um concurso cultural com um gerador de tiras!! Fiz uma pra testar, hehehehehe...

Agora serei obrigado a passar toda quinta-feira na banca e ver onde vou guardar mais esse tanto de brinquedo.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

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[Pipoca e Nanquim] The Walking Dead

 

91 - Walking Dead - Pipoca e Nanquim por pipocaenanquim no Videolog.tv.

Olá a todos. Sejam bem vindos a mais um programa Pipoca & Nanquim.

Nós já fizemos dois videocasts especiais sobre zumbis (a gente adora o tema), mas não dava para deixar passar em branco a estreia da segunda temporada da série Walking Dead, que simplesmente arrebentou a boca do balão, não é mesmo? De quebra, a HQM criou juízo e lançou o sexto volume de Mortos Vivos. Será que desta vez vai? Torcemos para que sim, afinal, gostamos do trabalho da editora, mas sempre nos irritamos com a demora!

Walking Dead está fazendo história. É provavelmente a melhor HQ de zumbis já feita. A melhor série da Image (não que seja lá muito difícil, mas...). Uma das principais plataformas para a disseminação da nova onda em torno do tema mortos vivos, que vem acometendo o planeta. E a prova de que HQs de terror, quando bem produzidas, ainda vendem bem - à exemplo do que ocorria no passado.

As zombiewalks estão chegando!

Os mortos levantarão das tumbas mais uma vez!

Mas lembramos a todos que o mundo não pode acabar antes do término da segunda temporada de The Walking Dead (ou da estreia de Batman 3, Vingadores e a segunda temporada de Game of Thrones), então por mais que a gente adoraria ver um apocalipse zumbi, ele terá que esperar mais um pouco. Ops, falando em Apocalipse Zumbi, já deu uma conferida no livro que está fazendo um barulho infernal? Então sem demagogia, não perca tempo e adquira uma das melhores obras de horror e aventura já produzidas no Brasil.

No terceiro e último bloco deste programa, fique com uma prévia das loucuras que fizemos na FestComics e aguarde pela cobertura definitiva.

Grande abraço a todos e até a semana que vem!

Complete aqui sua coleção de Mortos Vivos:

Vol. 01 - Dias Passados
Vol. 02 - Caminhos Trilhados
Vol. 03 - Segurança Atrás das Grades
Vol. 04 - Desejos Carnais
Vol. 05 - A Melhor Defesa
Vol. 06 - Vida de Agonia
Apocalipse Zumbi

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

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FARRAZINE # 24

 

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Sim, senhoras e senhores, SIM!
 
Voltamos com a edição #24 do Farrazine!
 
Estamos repletos de conteúdo para todos os gostos e desgostos! Temos a volta triunfal de Leo Vidal (Invinoveritas) depois de ganhar o Prêmio HQ Mix deste ano e muito mais novidades tais como: A Balada de Johnny Furacão por Manassés Filho; a última parte da Aula de Roteiro de Rafael Oliveira; o Filipêra do Nerd Somos Nozes dissertando sobre Arte X Entretenimento; além de uma matéria pra lá de carinhosa da Paloma Diniz sobre o mestre Laerte.
 
Também dilaceramos o poder escravizador de Iron Maiden com Fernando Schittini e mais uma participação do nosso camaradaço Marcio Baraldi, com o lançamento do seu livro RAP DEZ! Estamos cheios de "contos para contar" da parte de Rita Maria Felix da Silva, Ramón Delton, Marcelo Soares e Pablo Grilo, além das tirinhas bacanudas da Raquel Gompy e do Guilherme de Sousa.
 
As entrevistas desta edição estão geniais, com as participações da editora da revista Nosso Amiguinho, Sueli F. de Oliveira; dos ilustradores Allan Jeff, Daniel HDR e Flávio Luiz; e uma surpresa com Invinoveritas questionando Leonardo Poglia Vidal!
 
Trazemos mais um capítulo de Cidade Nua e uma nova série especialíssima chamada Bengala Boys!
 
Bom, pra terminar esta é a primeira edição a ultrapassar o número de 100 páginas desde nosso surgimento, em 2007!
 
Então, aproveitem e desfrutem as 108 páginas do zine mais "descolado" do Brasil no link abaixo:
 
 
http://migre.me/5XDXW
 
 
 
PS.: A última página traz uma mensagem para você. Aguardamos seu feedback.

sábado, 15 de outubro de 2011

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Passeio ciclístico e a nova Arkade

 

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Saindo do meu retiro acadêmico por um instante - após escrever boas 70 páginas da minha Monografia, e com previsão de mais umas 50 - apareço aqui pra divulgar duas coisas interessantes que me passaram aí.

A primeira é a “Bicicletada Artística do Rio de Janeiro”, que vai rolar amanhã. O percurso está na imagem acima (clique para ver maior) e o release você vê abaixo:

 

Bicicletada Artística é um movimento que surgiu da união de artistas de todas as vertentes com duas características pontuais em comum: a paixão pela bicicleta e o amor pelo Rio de Janeiro. Dessa fórmula, eis que um novo Rio surge sobre duas rodas; um Rio de lazer, de saúde; um Rio de transporte consciente, mais verde e organizado.

O projeto ganhou corpo e força diante da necessidade de solução para o caos que presenciamos diariamente nas vias da cidade, onde pequenos deslocamentos podem representar até horas perdidas em engarrafamentos intermináveis, por exemplo.

Bicicletada Artística é vibração, energia, e reúne imagem e voz dos “pensadores bicicleteiros” para maior visibilidade do papel da bicicleta enquanto principal aliada para o transporte alternativo na cidade.

> ENCONTRO: 09 HORAS;

> SAÍDA: 10 HORAS;

MÚSICA DO PERCURSO: Cyclophonica Orquestra de Câmara de Bicicletas

PROGRAMAÇÃO (SUJEITA A INCLUSÕES DE NOVOS ARTISTAS)

12 HORAS – ABERTURA DOS PORTÕES DO CIRCO VOADOR

Além disso vão rolar muitos artistas, oficinas e mostras de vídeo. O evento é uma realização do Coletivo Bike-se, e a programação completa você vê AQUI.

 

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Também por esses dias recebi o release da revista digital Arkade, que vocês com certeza já conhecem e é presença garantida quase todos os meses aqui no NSN.

Nesta edição seu chão irá tremer com Gears of War 3!
Reviews: Gears of War 3, Rage, F1 2011, X-men Destiny
Especial: Fifa 12 VS PES 2012
Clássicos: Paperboy, Lemmings, Panzer Dragoon
E mais: Steve Jobs, Realidade Virtual, Niko Bellic e muito mais!

Versão online | Download em PDF

 

Boa leitura e boas pedaladas!

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

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[Pipoca e Nanquim] Dia das Crianças

 

90- Dia das Crianças - Pipoca e Nanquim - Cinema e HQs por pipocaenanquim no Videolog.tv.

Olá, pessoal. A equipe do Pipoca e Nanquim deseja um feliz Dia das Crianças a todas as crianças e todos que têm coração de criança nesta sexta-feira especialíssima.

Sim, nós tomamos vergonha na cara e resolvemos fazer um programa delicioso com obras que todos adoram, independente da idade. Bom, na verdade alguns de nós perderam a vergonha na cara totalmente (não é, Bruno?) e ameaçam levar o programa à mais completa ruína, porém nada que tire o brilho das indicações de HQs e filmes sensacionais que você encontrará aqui.

Vamos relembrar História Sem Fim, um clássico dos anos 80 e discutir se Onde Vivem os Montros é apropriado para crianças pequenas. Que tal conversar um pouco sobre as adaptações para os quadrinhos de desenhos de super-heróis? Como é? Quadrinhos são adaptados para os desenhos, que são adaptados para os quadrinhos? É isso mesmo, e a molecada adora!

Não podemos deixar de mencionar o mestre dos magos (ops...) mestre dos mestres, Maurício de Sousa, que provavelmente ensinou mais da metade do país a ler. Tem também Ziraldo, Disney (que breve irá ganhar um especial) e muito mais. É isso aí, galera, esperamos que vocês gostem desta nossa homenagem aos melhores anos da vida de qualquer ser humano.

E não se esqueça, se você for de São Paulo, ainda dá tempo de correr lá na 18º FestComix e adquirir todas essas obras que indicamos por até 80% de desconto. Aproveita para dar um abraço na equipe do Pipoca.

Até a semana que vem.

 

QUADRINHOS INDICADOS

As Aventuras do Superman (Abril)
Batman: Os Bravos e Destemidos (Abril)
Batman: O Desenho da TV (Abril)
O Pequeno Príncipe (Agir)
Pequeno Vampiro vai à Escola (Zahar)
Pequeno Vampiro e o Kung Fu! (Zahar)
Turma da Mônica: Coleção Histórica (Panini)
MSP 50 - Mauricio de Sousa por 50 Artistas (Panini)
MSP + 50 - Mauricio de Sousa por Mais 50 Artistas (Panini)
MSP Novos 50 -  Mauricio de Sousa por Novos 50 Artistas (Panini)
Anos de Ouro do Pato Donald (Abril)
História e Glória da Dinastia Pato (Abril)
Os Pequenos Perpétuos (Brainstore)
Marcelino Pedregulho (Socac Naify)
Pequeno Nicolau (Rocco)
Pequenos Heróis (Devir)
O Ratinho se Veste (Cia. das Letrinhas)
Joca e a Caixa (Cia. das Letrinhas)
Taxi (Independente)
Có  (Independente)

FILMES INDICADOS

A História sem Fim (The NeverEnding History - 1986)
Menino Maluquinho - O Filme (1994)
Onde Vivem os Monstros (Where the Wild Things Are - 2009)

LIVROS INDICADOS

O Gênio do Crime (Global)
As Batalhas do Castelo (Moderna)

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

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[Pipoca e Nanquim] Hellboy

Por Pipoca e Nanquim 

 

89 - Hellboy - Pipoca e Nanquim por pipocaenanquim no Videolog.tv.

Olá a todos. Sexta-feira, dia de balada, curtição, cair na gandaia… É infernal (he-he-he). E o Pipoca & Nanquim não deixa por menos e faz um videocast pedido por você, caro amigo e telespectador. O tema hoje é Hellboy, o demônio mais legal dos quadrinhos.

Adoramos a criação seminal de Mike Mignola e demos uma passada nas principais edições que foram lançadas no Brasil. No meio da discussão encontramos tempo para falar ainda de maquiagem x CG, a pronúncia certa do nome do escritor, cronologia x continuidade e o destino do herói nos cinemas. Se você curte o personagem, este é seu programa; se ainda não o conhece, siga a ordem de leitura que damos para mergulhar no universo macabro e original de Hellboy.

E temos recadinhos sobre nossas promoções (opa, no plural? – é isso aí, tem mais de uma rolando). Por problemas técnicos, não pudemos fazer o sorteio de Conan neste programa, então você tem mais uma semana para tentar ganhar um dos dois livros que o Pipoca e a editora Generale estão sorteando. Não marca bobeira!

Fora isso, que tal ir na Fest Comix de graça? É isso aí, o Pipoca está sorteando, em parceria com a loja de quadrinhos mais legal do país, 5 (cinco, five, V) pares de ingressos para TODOS OS DIAS DO EVENTO!!! Imperdível. Mas você tem pouquíssimo tempo para concorrer, por que a maior feira de quadrinhos do país já é na semana que vem. Então escreva, twite, mande pombo-correio, mas peça um par de ingressos para a Comix e o Pipoca! Os resultados serão divulgados aqui no site, na quarta-feira que vem.

E é isso ai, galera. Lembrando também que o Pipoca estará em peso na Fest Comix, dando palestra e autografando seu livro, ao lado de Mike Deodato Jr. e convidados sensacionais.

Um grande abraço a todos!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

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Pirataria, Internet e Contracultura… e nos vemos em novembro

 

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Pela quantidade de textos que, no fim das contas, passam a mensagem do “estou sem tempo” que já escrevi aqui, vocês devem entender que levo o Nerds Somos Nozes realmente a sério - da mesma forma que um Arlequim levava sua tarefa a sério. Boa parte do que escrevi de “importante” está aqui, e pela seriedade da maioria dos nossos escritores - excluam o povo do NozesCast, por favor - acho que qualquer falta de tempo, por mínima que seja, deva ser justificada.

Então vamos a mais uma.

Eu devo dizer que tentei, com todas as minhas forças, mas não deu. Não dá pra casar Monografia com escrever diariamente aqui, infelizmente. Ao menos não da forma que gosto. Estou praticamente na metade da minha Monografia e agora é que o bicho pega. Se a parte anterior do trabalho Eu tinha praticamente pronta, daqui pra frente é “um monumental exercício filosófico”, pra usar a linguagem da minha orientadora de Projeto. Ou seja: estou analisando como o contexto social em que foi criada a Internet, e em algumas páginas já construí um coquetel maluco que mistura contracultura, drogas psicodélicas, Baby Boom, expansão da consciência, hackers, punks, MKULTRA e outros elementos presentes nesses dias loucos. Para essa doideira toda funcionar é preciso muita, MUITA concentração, mais do que achava que precisaria.

E ainda tenho muita coisa pra escrever, principalmente relacionar o Napster - e o Pirate Bay, anos depois - como o herdeiro da contracultura na Era da Informação.

Em outras palavras: agora é definitivo, sem mais paradas e voltas semanais, Eu preciso de uns bons dois meses de quietude e sem a auto-imposta pressão de escrever por aqui. Dia 30 de novembro a primeira versão pronta do meu trabalho pro meu orientador corrigir - que chamo de Copião - e provavelmente nessa data estarei livre. Ironicamente, se nada der errado, nesse meio tempo surgirá a Mob Ground, mas como tenho material para ela por uns meses, seu lançamento não tomará muito tempo - e o excesso de anúncios que fiz dela foi somente uma forma de criar uma formação auto-informacional mitosférica presente nos sistemas neurológicos dos senhores, que preparará o caminho glorioso para o lançamento do nosso portal.

De vez em quando, como uma válvula de escape, devo lançar algum texto por aqui, mas não garanto. E como também estou na busca por um bom emprego ainda, é mais tempo meu que desce pelo ralo.

Até lá, amiguinhos… nos vemos no fim de novembro. Nesse meio tempo estarei no Twitter, Facebook e em outros cantos nada louváveis da Internet. Enquanto isso, leiam nossos arquivos.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

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[Pipoca e Nanquim] Indiana Jones

Por Pipoca e Nanquim 

 

88 - Indiana Jones - Pipoca e Nanquim por pipocaenanquim no Videolog.tv.

Pãã-pã-pã-pãããã / Pãã-pã-nã-nã-nãããã
Pãã-pã-pã-pãããã / Pãã-pã-nã-nã-nãããã

Olá a todos. É solfejando os acordes marcantes de uma das maiores trilhas sonoras da história que temos o prazer de anunciar nosso videocast desta semana: Indiana Jones, em comemoração aos seus 30 anos! Grande parte de nosso público sequer era nascido quando o primeiro filme estreou, mas isso não o impediu de conhecer (e adorar) as aventuras do arqueólogo mais famoso do planeta.

O personagem tem o mérito de em curtíssimo tempo (e com poucos produtos no mercado) tornar-se parte integrante e indissociável da cultura pop mundial, além de representar um dos momentos mais altos do cinema de aventura da história.

Mas de onde vem tamanha magia? Afinal, qualquer outro filme que mostre um bote caindo de cima de um avião e deslizando montanha abaixo com três ocupantes (sem virar), um cara sendo arrastado por um caminhão em plena estrada de terra e pedregosa (com um tiro no ombro), e esse mesmo cara vencer um exército nazista inteiro (incluindo um tanque de guerra) só com um revólver e ainda andando a cavalo; bem sob quaisquer outras circunstâncias seria um risco sério de você desligar o filme. Mas não com Indiana Jones! Com ele, as maiores loucuras funcionam. Com ele, queremos mais. Ele pode, ele é o cara. Se alguém é "o cara", com certeza é ele!

Nós do PN relembramos com muito carinho os filmes, as HQs e a série de TV. Falamos de nossa admiração por Harrison Ford e da genialidade de Spielberg e Lucas, que conceberam uma trilogia intocável (ops, quadrilogia, ou algo assim, já que o último filme não é lá tãããão intocável). Mostramos momentos emblemáticos e contamos histórias dos bastidores. E esperamos que vocês curtam.

E não esqueçam, galera, tem promoção rolando. O que? Não sabe ainda? Então veja as regras aqui!

E se nunca assistiu Indiana Jones antes, peloamordeDeus, desligue e volte depois, compre os DVDs aqui e se prepare para ter um dia inteiro de diversão de primeira linha.

Grande abraço a todos!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

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NozesCast #12 - Harry Potter, a saga

 

banner central NC12

A Saga do Menino Bruxo com Cicatriz de Raio na Testa terminou, e nós acompanhamos a onda e fizemos a alegria de nossos milhares de fãs que reservam partes do seu coração para um pouco de magia inocente. Nesse papo violentamente cheio de spoilers comigo, Felipe Storino, Vanessa (#RIPVanessa), Chaves Papelão e Rodolpho X-Tudo, você vai aprender a relação da Jennifer Lopez com o bruxinho de óculos, que Harry Potter é o novo Star Wars, e que o Zippo é um fã da série no armário. Além disso, ouvirá a maior granolada do século (NOOOOOOOOSSA, PARA TUDO!!!).

É isso, clique no link e baixe o cast, ou use o player abaixo.

 

Baixe o NozesCast Vol. 12 – Harry Potter (10o:12 seg) 69,1 MB

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Documento revela os políticos que são donos de concessões de rádio e TV

 

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Em algum momento da sua vida feliz de brasileiro, você deve ter tomado ciência da relação perniciosa entre órgãos de comunicação e a política. Segundo o mais recente levantamento sobre o assunto, “pelo menos um terço dos 81 senadores e mais de 10% dos 513 deputados federais controlam canais de rádio ou televisão”, um dado alarmante. Só tem um problema nisso tudo: parlamentares, a partir do momento em que se apossam dos seus cargos, não podem “firmar ou manter contrato" ou "aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado" em empresa concessionária de serviço público [Rolling Stone], segundo a Constituição - artigo nº 54, capítulo I. E as redes de rádio e TV são concessões públicas de uso renovável por períodos específicos de tempo. As empresas - ou órgãos, ou uma instituição qualquer - recebem o direito de explorar uma certa faixa do espectro eletromagnético por um tempo estipulado em contrato.

E não são só integrantes do poder Legislativo que controlam a mídia de massa brasileira. Dados específicos de 2008 apuraram que “271 políticos são donos de concessões”, distribuídos da seguinte forma:

Desses, 147 são prefeitos (54,24%), 48 (17,71%) são deputados federais; 20 (7,38%) são senadores; 55 (20,3%) são deputados estaduais e um é governador. Esses números, porém, correspondem apenas aos políticos que possuem vínculo direto e oficial com os meios – não estão contabilizadas as relações informais e indiretas (por meio de parentes e laranjas), que caracterizam boa parte das ligações entre os políticos e os meios de comunicação no País.

Quanto aos partidos, esses políticos surgem assim: 58 pertencem ao DEM, 48 ao PMDB, 43 ao PSDB, 23 são do PP, 16 do PTB, 16 do PSB, 14 do PPS, 13 do PDT, 12 do PL e 10 do PT [Direito a Comunicação].

Pra piorar o assunto e dar aquele ar conspiratório e revoltante, a lista dos donos era mantida em sigilo da população, não era uma informação pública. ERA, porque agora (agora é o modo do blogueiro camuflar a realidade de que a lista já tá há meses no ar e ele postergou esse texto mais do que deveria) a informação foi disponibilizada pelo Ministério das Comunicações em seu site. Tá tudo lá, desde os donos da empresa aos acionistas, passando pelo andamento do processo de renovação da concessão.

O documento do Ministério ainda mostrou outro tipo de procedimento que as empresas tomam nos estados. Como a lei diz que um mesmo dono só pode ter duas concessões dentro de um estado, a saída é um jeitinho, e registrar diferentes empresas com concessões diferentes em mais de um CNPJ. A RBS, por exemplo, possui 18 emissores de TV aberta e 25 de rádio no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, tudo na base dessa picaretagem proibida por lei - já que é estabelecido que o que importa é a pessoa física que controla a concessão.

Os dados estão AQUI, no site do Ministério das Comunicações.

 

[Via Marco Weissheimer]

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Avatar Murilo

Rum: Diário de um Jornalista Bêbado

 

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Como a maioria dos outros, eu procurava alguma coisa, vivia em movimento, nunca estava satisfeito e às vezes me metia nas mais imbecis enrascadas. Nunca ficava parado por tempo suficiente para me dar ao luxo de pensar, mas de algum modo sentia que meus instintos estavam certos. Compartilhava uma espécie difusa de otimismo que dizia que alguns de nós estavam realmente progredindo, que estávamos num caminho honesto, e que os melhores de nós inevitavelmente chegariam ao topo.

Ao mesmo tempo, nutria suspeitas melancólicas de que a vida que levávamos era uma causa perdida, que não passávamos de atores, enganando a nós mesmos, numa odisséia sem sentido. Era a tensão entre esses dois pólos – um idealismo incansável e uma sensação de catástrofe iminente – que me dava forças para seguir adiante.

 

Uma das coisas que mais me fascinam na literatura é a possibilidade de transformar pessoas comuns em gigantes imortais. E tudo isso sem precisar de vultuosos orçamentos ou de uma série de equipamentos. Uma caneta e papel já dão muito bem conta do recado. Sem a literatura, Franz Kafka seria apenas um homem torturado psicologicamente que ninguém notava, Jane Austen uma solteirona convicta e Charles Bukowski apenas mais um velho bêbado entre milhões de outros. Com isso em mente, um jovem e desconhecido Hunter Stockton Thompson, escreveria dois romances nos 60: Prince Jellyfish e Rum: Diário de Um Jornalista Bêbado. Mas diferente do que apontavam suas maiores ambições, ambos os romances seriam recusados editora após editora. Décadas depois, quando já era o dono da alcunha de criador do Gonzo Jornalismo, a injustiça finalmente seria reparada com a publicação de ambos os livros. Claro que o fato de Hunter Thompson já ser tão famoso que poderia publicar até a sua lista de compras no supermercado pesou bastante.

Apesar do que essa demora para ser publicado pode atestar contra Rum: Diário de um Jornalista Bêbado, a verdade é que ele se prova um entretenimento excelente. Não é o grande romance americano como Thompson o considerava enquanto escrevia no auge do seu ego juvenil, mas é bastante divertido e bem escrito. Herdando o estilo direto e firme de Ernest Hemingway, ele explora suas experiências do curto período em que trabalhou como redator em uma revista esportiva de San Juan, em Porto Rico, para contar uma história completamente nova, como poucas vezes foi visto.

 

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O protagonista é Paul Kemp, um jornalista americano que desembarca em Dan Juan para trabalhar no Daily News, um jornal tão decadente que parece sempre estar prestes a fechar. E é neste país novo e neste trabalho louco, tão deprimentes que a única forma de agüentar é enchendo a cara de rum, que Paul nos conta a história.

Homens de todos os tipos vieram trabalhar no News: de homens honestos e verdadeiramente talentosos a degenerados e perdedores irremediáveis que mal conseguiam escrever um cartão-postal – malucos, fugitivos e bêbados perigosos, um cubano ladrão que carregava um arma debaixo do sovaco, um mexicano retardado que molestava criancinhas, vigaristas, perdedores e todo tipo de cancros venéreos em forma humana, e a maior parte deles trabalhava por tempo suficiente apenas para conseguir dinheiro para alguns drinques e uma passagem de avião.

O jornalismo é uma das profissões mais romantizadas que existem e fica claro o esforço de Thompson para derrubar esta imagem de uma vez por todas. A profissão é sempre mostrada no livro como algo aborrecido, onde se é obrigado a cobrir eventos intermináveis e entrevistar pessoas vazias. E depois ainda ter que quebrar a cabeça para encontrar mil palavras para falar de cada um deles. Mesmo sendo um jornal fracassado em vendas e publicidade, o Daily News é o sonho de trabalho para muitos dos seus empregados. Em meio a tantos pinguços e vagabundos, qualquer um que tenha o mínimo de competência consegue se manter empregado, faça o que fizer. Mais que isso, qualquer menção a pedir demissão faz Lotterman, o dono do jornal, arrancar os cabelos de desespero.

Muitas pessoas que trabalham com palavras não confiam muito nelas, e não sou exceção – especialmente quando se trata de palavras grandiosas, como Feliz, Amor, Honesto e Forte. São palavras fugidias, relativas demais quando comparadas a palavrinhas afiadas e maldosas como Marginal, Vagabundo e Charlatão. Com essas me sentia em casa, porque são mirradas demais e fáceis de definir, mas as grandiosas são difíceis. Você precisa ser um sacerdote ou um tolo para usá-las com alguma segurança.

O ambiente de San Juan também não ajuda a melhorar a situação. A cidade é uma mistura inóspita de paraíso natural, ponto turístico repleto de americanos esbanjadores e criminalidade desenfreada dos porto-riquenhos. No mesmo dia em que você mergulha em uma paria de águas cristalinas, você pode ser assassinado pela irrisória dívida de um dólar, ter sua esposa estuprada por dezenas de vagabundos e levarem até suas meias sujas se você deixar a janela da sua casa aberta por alguns poucos minutos. Uma terra que parece sempre encoberta por um véu de irrealidade, onde pobreza e riqueza convivem lado a lado, e as manhãs guardam a promessa de grandes acontecimentos enquanto as tardes a certeza decepcionante de que nada interessante pode acontecer por ali.

Os porto-riquenhos nutrem grande interesse por carros abandonados, caem sobre eles somo animais famintos e os despedaçam. Primeiro somem as calotas, depois as rodas, depois os pára-choques, as portas e por fim a carcaça do carro – vinte ou trinta deles, como formigas carregando um besouro morto. Levam a carcaça até um ferro-velho, lucram uns dez dólares yanquis e em seguida brigam com facas e garrafas quebradas para resolver como dividir o dinheiro.

 

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Thompson consegue o feito de criar personagens únicos, todos meio malucos, mas mesmo assim verossímeis. Paul Kemp é um típico anti-herói, não se importando com quase nada e ninguém, sendo capaz de espancar até velhinhos se eles pegarem no seu pé. Já Yeamon é um tipo de contraponto a Kemp. O símbolo de tudo o que Paul abandonou e desistiu de ser ao envelhecer em nome da prudência, Se Kemp é tão pessimista em relação ao futuro de Yeamon não é porque encontre grandes indícios para isso. Mas sim porque acreditar nisso é tentar provar a si mesmo que ter largado tudo o que acreditava e o definia foi mesmo a escolha certa.

Cultivo uma vontade secreta de esmurrar o rosto de um vendedor qualquer, quebrar seus dentes e deixar seus olhos roxos e inchados.

O que o tornava único era o fato de não ter o mínimo senso de distanciamento. Sala era como o torcedor fanático que invade o campo para agredir um jogador. Enxergava a vida como um Grande Jogo, e a humanidade inteira se dividia em dois times – A Turma do Sala e Os Outros. Os riscos eram tremendos e toda jogada era vital – e, embora ele assistisse a tudo com interesse quase obsessivo, não passava de um torcedor, berrando orientações que ninguém ouvia, acompanhado de uma multidão de treinadores ignorados, o tempo todo consciente de que ninguém lhe dava nenhuma atenção, porque ele não estava no comando do time e nunca estaria. E, como todos os torcedores, sentia-se frustrado pela consciência de que o máximo que poderia fazer, na melhor da hipóteses, seria entrar correndo no campo, causar algum tipo de transtorno ilegal e em seguida ser arrastado para fora pelos guardas, ao som das risadas da multidão.

Mas Hunter Thompson só consegue ser tão feliz na composição dos seus personagens graças à estrutura de conversa de bar que ele impingiu no romance e seu talento inegável para os diálogos. Não só por serem incrivelmente plausíveis em todas as situações e personagens, mas também por ajudarem a definir cada um deles. Pode-se sentir a personalidade deles a cada frase, suas motivações, sonhos e medos. Thompson nem mesmo se dar ao trabalho de mostrar as expressões corporais dos integrantes da história. Nós mesmos, inconscientemente, acabamos fazendo isso por ele durante a leitura.

Fiquei apenas sentado e bebendo, tentando decidir se estava ficando velho e sábio ou apenas velho e nada mais.

Escutando Yeamon, percebi que fazia tempo que não tinha mais a sensação de ter o mundo nas mãos, que muitos aniversários tinham se passado rapidamente desde meu primeiro ano na Europa, quando era tão ignorante e confiante, que cada mínimo golpe de sorte fazia com que eu me sentisse um campeão invencível.

Não me sentia daquele jeito havia muito tempo. Talvez, em meio a toda a confusão do passado, a idéia de que eu era um campeão tenha sido roubada de mim. Mas naquele momento me lembrei dele, e isso fez com que me sentisse velho e irritado por ter feito tão pouco em tanto tempo.

Testemunhar aquela cena que me trouxera diversas lembranças – não de coisas que tinha feito, mas de coisas que fracassara em fazer, de horas desperdiçadas, momentos frustrados e oportunidades perdidas para sempre. O tempo tinha devorado uma porção enorme da minha vida, uma porção que eu nunca mais conseguiria recuperar.

 

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O tema que permeia todo o enredo de Rum: Diário de um Jornalista Bêbado é a frustração que a idade pode acarretar. Qualquer pessoa de 30 ou 40 anos já deve ter se lamentado alguma vez ao olhar para trás e perceber que não fez nada de importante em sua vida, não realizou nenhum dos seus sonhos e tudo não passou de perda de tempo. Paul não é nenhum velho, tem apenas trinta e dois anos, mas tem a total noção de que seu tempo está ficando cada vez mais curto. A cada minuto a chance de morrer na mesma merda e nunca passar de um fracasso se torna maior.

Não importava o quanto eu quisesse todas aquelas coisas que só poderia comprar quando tivesse dinheiro. Alguma espécie de repuxo demoníaco me arrastava em outra direção – rumo à anarquia, à pobreza e à loucura.

O melhor de tudo é constatar que muito do estilo que consagraria Hunter Thompson como jornalista gonzo já estava presente em Rum: Diário de um Jornalista Bêbado. Mesmo que as drogas e a insanidade da escrita ainda estejam distantes, podemos percebê-lo claramente afinando seus instrumentos para os concertos cada vez mais inspirados que daria em livros como Hell’s Angels e Medo e Delírio em Las Vegas. A grande indiferença é que aqui Thompson segue o caminho inverso: usa seus conhecimentos de jornalismo para aperfeiçoar sua prosa.

Ler Rum: Diário de Um Jornalista Bêbado é como beber enquanto se conversa bobagens com os amigos. Em alguns momentos, a narrativa se torna tão fluida que chegamos a sentir o álcool correr em nossas veias, como se estivéssemos realmente ali no bar entre os personagens da história. Talvez seja essa a razão do sucesso de Thompson em manter seu romance atual mesmo depois de mais de cinquenta anos. E é isso que garante que Rum deixe de ser apenas mais um livro de um Thompson ainda imaturo para ser um dos mais sarcásticos e inspirados retratos sobre a perda de ilusões já escritos.

Autor: Hunter Thompson

Páginas: 256

Editora: L&PM

Nota: 8

sábado, 24 de setembro de 2011

Avatar FiliPêra

#RIPVanessa

 

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Se vocês acompanham os malucos do NozesCast no Twitter, provavelmente viram uma tag semm noção rolando por esses dias, em homenagem a nossa querida Vanessa Sem Sobrenome, a @viciadissima. Ela sumiu do Twitter, e como tuitar hoje é quase um sinônimo de respirar, todos já pensaram no pior: que ela tinha passado dessa pra pior… ou tinha sido abduzida - provavelmente por não ter um violão por perto.

Então, a tropa da criatividade se pôs a fazer homenagens a ela.

 

A crônica abaixo é do Roberto “Judeu” Maia, mais conhecido pelo seu nome homomístico Synthzoid. Ele será dividido em sei lá quantas partes - se é que ele vai me mandar o restante mesmo. Ou seja: aproveitem a parte abaixo e não esperem nada do dia de amanhã!

 

Vanessa Chronicles - Parte I

Aconteceu durante minha estadia no Chile. Enquanto fotografava as ruas da histórica Val Paraiso, dois homens, de aparência suspeita e autoritária, trajando paletó, me abordaram e questionaram meu envolvimento com a deflagração do UFOPORNO. Mesmo sabendo a verdade por trás deste acontecimento, neguei tudo veemente, temendo por minha vida e represálias contra entes queridos. Durante o meu regresso ao hotel, percebi que estava sendo perseguido por um sedan negro, o que, somado a terrível música chilena que tocava no taxi, apenas serviu para me deixar mais inquieto.

Passei aquela noite no quarto, resolvi não sair, nem pra uma passada no Starbucks que era do lado do hotel. Aparentemente, seja lá quem dirigisse o carro, não era bom de subterfúgios e tocaia, afinal, fiquei vendo o cara da janela do meu quarto.

No dia seguinte, fui para as montanhas, que se encontravam em fase de degelo, repleta de turistas, inclusive alguns piauienses babacas que curtiam fazer ski-bunda nos montes de neve. Chegando lá, resolvi imediatamente procurar meu contato: um ermitão senil que morava na montanha.

O refugio do velho era assustador, uma casamata isolada naquela imensidão branca, sem nada a vista, descendo um lance de escadas, finalmente encontrei o velho da montanha, um homem de feições carrancudas, a última data do seu calendário datava o ano de 1964, na parede, um pôster em sépia do Diogo Mainardi – com autógrafo - definhava, lá, ele finalmente contou a verdade:

“O UFOPORNO é uma entidade macro-viral, designada pelos artesões quadri-dimensionais do Illuminati, através de seu braço público, o PT, para disseminar a devassidão interespécies como uma estratégia de desmoralização dos costumes e moral familiar”.

O mesmo, ainda complementou: “uma vez deflagrado o UFOPORNO, os traumas que o mesmo causaria na derme da realidade seriam irreversíveis, traumatizando as consciências-casulos cósmicas de todos nós, transformando-as em alimento e nutrição para os deuses tiranos do subverso insalubre”.

Eu ri da cara dele, aquilo tudo era mentira, pois logo descobri que ele não era o velho que pretendia encontrar, questionei o excesso de informação, mesmo ele não perguntando sobre a contrassenha combinada com meses de antecedência.

Alarmado e exposto, o velho tentou me agredir com um livro escrito pelo Bolsonaro. Preparado para confronto, treinado pelos monges noventistas, eu apliquei um fulminante TIGER ROBOCOP em seu queixo, arremessando o coitado contra a parede, em suas últimas palavras, ele agonizou “Rio...Grande...do...Sul”

No aeroporto, fiz uma chamada internacional para meu companheiro Aléssio, que atendeu falando “VELHO”. Questionei-o sobre essa tentativa de intercepção no Chile e o mesmo sugeriu que eu consultasse nossa célula capixaba.

Chegando naquela terra fodida e feia, esquecida por deus e malquista por todos, encontrei o Filipe, liderando um grupo de nerds babacas, gordos hipertensos e outros tipinhos de reputação questionável, relatei o episódio do velho nas montanhas Chilenas e o mesmo confessou conhecer o agente inimigo, na verdade um desertor chamado Tavares. Quando mencionei suas últimas palavras, Filipe surpreso exclamou “POUCA ZUERA?” e comentou que foi para o Rio Grande do Sul que nossa aliada Vanessa foi investigar o envolvimento do Rob Liefeld com o reboot da DC.

Segundo relatos, Liefeld buscou refugio no sul graças às revoltas da região, onde a população, indignada por um episódio de uma carioca fazendo sanduíche de buceta – e não de pinto – resolveu pegar em armas contra esse ultraje, liderados por um enigmático Pinguim, famoso pela sua militância de gangues homossexuais que espancam famílias heterossexuais por todo o sudeste.

Enquanto escrevo isso, me preparo para ir pro sul, fica aqui meu registro sobre a verdade até então, caso algo aconteça comigo...

 

Além desse texto cheio de referências, ainda tivemos a clássica versão de Hitler sobre a situação, feita pelo Felipe Storino e a Lia. Assistam abaixo, e torçam por uma volta da Vanessa do além.

 


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