[Nota do FiliPêra, Editor-Chefe do NSN: Conheço o Victor, o game designer que escreveu o post abaixo, há vários anos. Ele sempre foi um cara com idéias revolucionárias, mesmo nunca as colocando em prática, sendo um pouco mentiroso e com um ego maior que o meu (além de se mudar para outro estado sem pagar suas dívidas). Assim que ele me mandou um email se mostrando irado com todo o lance dessa lei anti-games ofensivos, pedi pra ele escrever um texto sobre isso. O resultado (cheio de ironia, por sinal) está abaixo]
Olá, meu nome é Victor Hugo Ávila e sou game designer há uns bons cinco anos. Me formei em uma faculdade do Espírito Santo há certo tempo e arrumei emprego em uma pequena produtora catarinense, logo depois de formado. Recentemente vi meus amigos de trabalho pirando de medo com o projeto de lei 170/06, do senador Valdir Raupp (PMDB-RO), devidamente aprovado pela Comissão de Educação do Senado no dia 2 desse mês, e que segue para o plenário da casa. O problema dessa lei para o povo da indústria em que trabalho é que ela quer tornar crime fabricar, importar ou distribuir jogos de videogames ofensivos aos costumes e às tradições dos povos, aos seus cultos, credos, religiões e símbolos.
Não entendi a razão do medo, sinceramente. Há vários anos que os games rumam pra um caminho perigoso com relação a temática e às suas fórmulas, e somente um senador do naipe do Raupp - que nunca jogou games, como já admitiu - para perceber isso. Games são instrumentos do Diabo e o mundo todo sabe disso (esqueci, estou ofendendo os satanistas, e isso também pode ser crime num jogo). Em resumo: chegará o tempo em que games só conterão violência e sexo, e isso afeta nossas tradições puritanas históricas. Games não ensinam estratégias, games não melhoram as ligações cerebrais, e muito menos gera um monte de empregos. NÃO!, é só violência e ofensas às tradições firmes dos povos, onde não se vê em NENHUM canto, nem na TV, em qualquer livro ou música.
Tudo começou na geração passada, quando parece que os japoneses perderam a mão, e deram chance pros americanos dominarem mais esse mercado. E como vocês sabem, americanos não são seres legais. É sério, isso devia se tornar um mantra do mundo dos games: A culpa é dos japas! Até publishers poderosos da Terra do Sol Nascente, como a Namco, Capcom e Konami, passaram a contar com estúdios regionais em países ocidentais, como Canadá, para poderem lançarem jogos mais interessantes, para um público ávido por tripas e cérebros escorrendo. Tá certo que as duas empresas mais poderosas do ramo de hardware - e a mais poderosa do software - são japonesas, mas parece que isso pode mudar em breve.
Nessas condições nasceu God of War, que mesmo sendo da Sony, é produzido na Sony Computer Entertainment of America. Mas a saga de Kratos é só um exemplo e mostra como gamers foram se condicionando a mais e mais violência e peitos grandes. E isso NÃO pode vir pro Brasil de jeito nenhum!!! Até mesmo o exército dos EUA hoje usa games para atrair paspalhos para as suas fileiras. Sabe Counter-Strike, ou o lindão Modern Warfare?! São formas dos EUA mostrarem que a guerra é uma parada legal, e ainda fazer empresas super poderosas lucrarem (tá bom, isso aí pode ter algum fundo de verdade, e não ser apenas pura ironia). Boa parte dos games americanos sintetiza o que Taratino disse sobre cinema: O cinema nasceu para vermos gente matando e beijando na boca!
Entendam: GAMES SÃO PERIGOSOS E OFENSIVOS! Não existe classificação indicativa neles, e os pais não têm o poder de dar uma olhada no que os filhos jogam! Mas, para nosso alívio, é claro que ainda temos games bastante educativos, como alguns que te colocam pra cozinhar, à exemplo do clássico Cooking Mama. Obviamente só teremos coisas como ele no nosso mercado depois que o governo gostar de legislar sobre a venda e produção de games, da mesma forma que ele se amarrava em receitas de bolo em jornais. Vai rolar até de o Ibama proibir Mario, já que ele pisa violentamente em tartarugas, e isso pode ensinar as crianças a fazer o mesmo. E pisar em tartarugas vai CONTRA as nossas tradições! Ou talvez a Polícia Federal o proíba antes, já que ingerir cogumelos é altamente perigoso e têm efeitos lisérgicos, o que é contra a lei.
Então cara, entenda essa lei do Raupp como uma coisa boa, que visa te proteger do lixo que os produtores ocidentais estão vomitando na indústria de games todos os anos (japas, VOLTEM!). Chega de violência e conteúdo adulto nos games, isso é OFENSIVO, e NÃO é nosso direito escolher o que queremos jogar, é direito do Congresso Nacional. O cinema não tem nada ofensivo, nem as músicas, é tudo limpo e suave, como toda a arte deve ser; como se fosse feita para (e por) ursos amestrados. Tomara que outros países cristãos que visam os bons costumes sigam o exemplo do Brasil e esse tipo de jogo seja extirpado do mundo definitivamente, esse lance de invadir bases inimigas, ou atacar colegas de escola (obrigado Jornal Hoje, por me avisar que Bully não é um jogo legal!) é extremamente desumano.
Bible Game: Sim, isso existe!
Quando soube da nova lei, e de como o Brasil (leia-se: nossos políticos malditos!) tem extrema facilidade de aprovar esse tipo de projeto moralizador, preparei na minha cabeça uma trilogia de games revolucionários, que se tornaria campeã de vendas sem apelar para a desmoralização dos nossos queridos e inocentes gamers, e menos ainda para a violência. Muito pelo contrário, é uma trilogia de jogos educativos, que vai instruir e educar gente de toda a idade com o tipo de coisa que empresas americanas não desejam: a Bíblia.
Cara, é a BÍBLIA (!), um livro milenar, acima de qualquer suspeita ou lei. Se fizer um game baseado nela, não poderão dizer que vai contra costumes e credos dos outros, afinal, ela é a base de quase todos eles! A Bíblia é fonte das melhores histórias possíveis, e pode render roteiros absolutamente fantásticos para games. Fora que não apelam para a banalização da violência ou deturparão as mentes dos nossos jovens.
Não sou do tipo de cara que mostra suas idéias em público antes mesmo de chegar perto de realiza-las, mas aqui no caso é necessário, visto que fui demitido da produtora onde trabalhava por ironicamente me mostrar a favor da lei dos bons costumes (eles não entenderam que tinha uma idéia que nos faria ganhar dinheiro). Então, além de ajudar o NSN com um texto de alguém de dentro da indústria de games, estou me ajudando, afinal posso conseguir um bom financiamento caso alguém se interesse pelo meu projeto.
Antes do game propriamente dito, encare a Bíblia pelo ângulo certo: um livro instrutivo, cheio de histórias com lições de moral profundas. E os games precisam disso, pode apostar. Pensei em algo artístico, que leve a compreensão da Bíblia a um novo patamar, e com uma tonelada de extras que torne o jogo quase infinito. Na verdade, eu escrevi algumas idéias num caderno, e estou reproduzindo-as mais ou menos na íntegra, como você vê abaixo. Elas estão num estado primitivo ainda, longe do que seria o ideal para um game designer, mas, vamos lá, creio que serão úteis pra mostrar minha visão:
1 - Eu pensei em começar com Adão e Eva, o que seria legal do ponto de vista gráfico, afinal eles ficavam nus e nem se davam conta (Gen 3:7). Antes eu até tinha pensado em colocar o jogador pra criar o mundo, mas não me pareceu divertido ficar digitando palavras para criar coisas, a não ser que rolasse uma liberdade louca no estilo Scriblenauts, mas isso fugiria aos meus planos, pois ia dar asas a imaginação dos gamers, e isso vai contra os bons costumes.
Mas isso seria apenas um prelúdio, onde o jogador conheceria os comandos e regras do mundo que ele habitará. São coisas básicas como profecias celestes do naipe dessa dita a Eva: Multiplicarei grandemente a tua dor, e a tua conceição; com dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará (Gên 3:16). Sim, de cara o jogador saberá que habita um mundo machista, tudo porque Eva foi dar idéia pra uma cobra alada falante.
2 - Depois desse prelúdio interessante, fiquei dividido: não sei se mando todo o mundo direto pro dilúvio, ou passo pelo primeiro assassinato registrado da Bíblia: Caim e Abel (Gen 4:8). Tá certo que não rola violência na descrição bíblica, mas para fins educativos creio que seria ótimo. Também é bom ocultar coisas obscuras como o fato de quem foi a suposta mulher de Caim (Gên 4:17), já que rolou incesto nessa jogada aí, e creio que com Eva, já que o Livro Sagrado não tem menção ao fato de Adão ter filhas. Pensando bem, é melhor o dilúvio!!!
Nota: O esquema pra construir a arca tem que ser intuitivo e não exigir muito pra controlar uma multidão de gente. Nota (2): não falar nada sobre a maldição de Noé ao seu filho Cão pelo fato de Cão tê-lo ridicularizado estava bêbado e pelado (alguns dizem que Cão não resistiu e ainda por cima sodomizou o próprio pai, mas eu não sei e não incluirei isso no jogo).
3 - Não se pode demorar muito no povo se espalhando pela terra após o Dilúvio, pois isso é chato, e pode cansar; e nem devo demorar na Torre de Babel, que também é uma parte enjoada e não tem nada tão educativo assim. O ideal é usar um CG rápido. Depois posso ir para a história de Abraão e o nascimento da nação judaica (sim, Israel existe muito antes de coisas novas como Sabra e Chatila!).
4 - Pensei em dar umas lições de história e moralidade nessa parte do jogo, mostrando como o fundador de Israel e um dos caras mais admirados por Deus, traiu a mulher (ela que pediu, então as mulheres não podem reclamar) com a serva dele e deu origem aos árabes, que brigam com os judeus até hoje (Gên 16:3). Nota: Sara, mulher de Abraão - o traidor -, tinha 90 anos, e Agar me parece bem mais nova. Então, vou faze-la peituda e bonitona, com traços árabes.
5 - Corta para um CG mostrando a ninhada de Abraão indo para o Egito, pois é lá que a história vai começar de verdade. Posteriormente, os familiares dele ficarão 400 anos escravos por lá e surgirá Moisés, o libertador. Todo aquele lance de pragas e tudo o mais, deve ser bem rápido na tela, pois não dá pra fazer um jogo de verdade daquilo (Nota secreta: a Bíblia é chata, só estou escrevendo isso pra conseguir fazer um game não-ofensivo religiosamente, e ficar rico).
6 - Fiz umas anotações sobre episódios interessantes que rolaram no deserto, e que seriam legais de ter nesse game. Que fique claro que NENHUM deles é violento ou ofensivo!!!
a) O Bezerro de Ouro (Êxodo 32:1-35): Moisés tava bem trocando uma idéia com Deus no Monte Sinai e o povo tava ocioso lá em baixo. Com isso, e pensando que Moisés havia morrido, o povo decide adorar um bezerro de ouro (uma versão do boi egípcio Ápis) que eles fazem com as próprias mãos. Até aí tudo bem, qualquer um tem o direito de adorar o que quiser, mas Moisés não curtiu muito o lance e decide exterminar geral! Chama os Levitas, que são a linhagem dos sacerdotes do Templo, que matam três mil homens em um dia (coloque mulheres e crianças na história, o que deve dar uns sete mil). Sim, morreram porque adoraram um bezerro de ouro, creio ser essa uma boa lição de moral (Nota: não incluir na história que Deus queria que todo o povo dEle fosse exterminado e multiplicar a descendência de Moisés, isso seria por demais cruel e ofensivo).
b) A “Rebelião” de Corá (Núm 16:1-40): aprendi uma grande lição de democracia aqui! Corá, Datã e Abirão eram caras que estavam descontentes com a liderança do povo. Eles simplesmente fizeram um protesto pacífico e algumas reclamações bem fundadas. O povo tava indo na onda deles, e o melhor foi castiga-los: a terra se abriu e os caras foram engolidos, juntamente com suas mulheres e filhos!
c) A Serpente de Bronze (Núm 21:4-9): Gosta de falar mal de políticos?! No meu jogo não vai rolar. Se alguém do povo reclamar, se prepare para enfrentar cobras peçonhentas que matarão muitos. E a solução para se livrar delas será bizarra, principalmente para um Deus que odeia idolatria (é bom que deixa o game mais difícil): colocar uma cobra de bronze numa haste (o símbolo da Medicina) e quem olhar para ela ficará curado!!!
Nota importante: É importante deixar claro as leis que imperavam por ali (Lev 17 a 22)! Eram elas as responsáveis pela ordem que reinava no meio do povo israelita. Por exemplo, quer coisa melhor que ser extirpado do meio do povo e logo depois abandonado no deserto porque comeu gordura ou sangue de um animal qualquer?! Creio que não deve ter. Necromantes e feiticeiros (sacerdotes de outras religiões, que fique claro) devem ser apedrejados violentamente! Adultério? MORTE na base da pedra também! Casamento gay? MORTE! Fora o clássico olho por olho: caso alguém fira alguma pessoa, será ferida da mesma maneira… e assim segue a vida!
7 - Terminar esse primeiro game da trilogia com a entrada dos israelitas na terra prometida, Canaã (essa terra estava cheia de gigantes, que foram imediatamente exterminados). Claro que devo relatar o “incidente” da adoração a Baal-Peor (Núm 25:1-18): os homens gostaram das mulheres dos moabitas e se inclinaram aos deuses delas. Que vacilo da parte deles… Logicamente isso não ia acabar bem! Rolou uma praga no meio dos israelitas e 24 mil homens tombaram naquele dia (tudo por adorar os deuses dos outros). A sorte é que Finéias pegou uma lança e varou um casal que estava transando numa tenda. Isso fez cessar a praga e diminuiu a ira de Deus, afinal, tinha gente fiel por ali ainda.
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Infelizmente minhas anotações não vão muito mais longe, pois não tive o tempo devido para pensar. Mas já imagino o Game 2 cheio de ação, afinal o povo de Israel precisou espalhar a palavra de Deus na base da espada, liderados por Josué (lembrar de colocar umas fases como Sansão, que terá força 302%). O terceiro game mostrará os reis de Israel, como Davi e Salomão, e a consolidação da nação, assim como os pecados, punições e diásporas deles.
Talvez, como extra nesse primeiro game, posso colocar um joguinho em que o gamer circuncidará um moleque usando o Project Natal ou outro dispositivo de captura de movimentos (se tiver grana pode rolar um acessório especial pro Wii).
Nota: o Novo Testamento não daria um bom jogo. Ficar relatando as viagens de Paulo, e essas coisas chatas não iria entreter ninguém. E não posso pegar relatos que não estão na Bíblia, pois isso ia ser ofensivo aos costumes e às tradições dos povos, aos seus cultos, credos, religiões e símbolos. Talvez um game dos Quatro Evangelhos para Wii, pois isso seria mais família e tal. Até rola de jogar como Cristo um pouco, fazendo uns milagres cool, como andar sobre a água!
Lógico que diversos capítulos extras podem ser adicionados, visto que a Bíblia tem uma série de histórias interessantes, e criar pequenos capítulos para download vai aumentar o fator replay do game, com certeza. Pequenas histórias, como a de Onã, que gozava fora (Gên 38:9), podem servir de conteúdo extra para download nas redes dos principais consoles.
Caso o jogador consiga terminar tudo 100% (não pode quebrar nenhuma lei de Deus no processo, coisa que gente honrada e que preza pela tradição dos povos fará facilmente), e terminar todo o conteúdo para download, ele poderá jogar todos os games como o SUPREMO! Cara, isso vai ser demais. Se rolar, pode ter um acessório especial também, que produzirá sons irritantes toda a vez que o povo reza ou blasfema, para aumentar a raiva de quem joga, o que o fará entender como é tenso ser o EU SOU. Lembrar de acrescentar uma gama de punições à disposição do jogador, como pragas, serpentes, morte, derrotas militares e essas coisas. É importante pro jogador se impor como um cara forte e todo-poderoso! Fora que ele vai estar bem nervoso, pois passou por terríveis apertos pra zerar tudo!
Bem, é por aí… quando desenvolver melhor meu game, bem como suas mecânicas e modos de jogo, escrevo um pouco mais aqui! Creio que vocês entenderam a idéia!
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Acredito que vocês descobriram, mas mesmo assim falarei aqui. Esse Victor Ávila é um personagem fictício (mas inspirado num cara real, aspirante a game designer. Acredite, vocês não iam querer conhece-lo). Ele, juntamente com todo esse post, foi criado por mim, unicamente para expressar o quanto acho idiota o projeto de lei do Senador Raupp, bem como muitas das coisas que se fala a respeito dos games. No fundo, tal tipo de legislação apenas mostra como tratam os games como uma mídia inferior à todo o lixo que rola na TV, muitas porcarias presentes na internet, literatura e tudo o mais. Existem muitas coisas excelentes em todas as mídias, mas colocar legislações macarthistas (somente) em cima dos produtores de jogos eletrônicos não ajudará. Fora que existe uma SOLUÇÃO SIMPLES para isso (ou isso, ou a boa e velha pirataria, que vai se multiplicar, como rolou na época de Carmageddon)!
Proibir a venda de certos games só agravará o problema. O fato é que nem o próprio deputado conseguiu apontar um único exemplo de game que ofende as tradições ou religiões de um povo, o que mostra o vácuo jurídico que está se criando. Fora que ele jamais jogou um game. Por que ele não proíbe a veiculação de desenhos animados ultra-violentos, como Tom e Jerry? Ou ainda a própria Bíblia, já que ela também é ultra-violenta, ofende as tradições de outros povos e ensina coisas hoje consideradas crimes? Idéia idiota? Claro, assim como proibir games ofensivos a tradições que ninguém sabe quais são!
O fato é, ele quer aparecer e pronto, e viu nos games uma forma de se tornar o Senhor da Moralidade. Ele só deve estar esquecendo que é muito mais difícil um jovem ser influenciado por um game (se é que isso acontece, o que jamais foi provado. Eu cresci jogando tudo quanto é jogo, assistindo toda a sorte de filmes e desenhos violentos… e tô aqui! Não tenho o nível de boçalidade normalidade que políticos desejam, mas estou longe de ser criminoso), do que simplesmente cair no mundo da criminalidade. Tal tipo de lei é uma forma de tapar o buraco com uma peneira, o que já é normal aqui no Brasil e em vários lugares do mundo.
Agora, se tal tipo de idiotice for aprovada, se prepare para uma caçada na indústria cultural…
PS: Não tenho nada contra a Bíblia, muito pelo contrário, conheço gente positivamente influenciado por ela. Só mostrei que a olhando por certos ângulos, é possível encontrar coisas ofensivas à tradições dos povos, assim como pretendem fazer com os games.
PS (2): Esse post ficou propositalmente confuso, igual ao projeto de lei do senador Tô-Cheio-de-Falar-o-Nome-Dele.