domingo, 28 de outubro de 2007

Avatar FiliPêra

Stardust - O Mistério da Estrela




Após o Senhor dos Anéis, toda a Hollywood começou a correr atrás da próxima franquia de fantasia bilionária. E muita coisa veio a partir dessa empreitada; nem sempre coisa boa é verdade. Eragon, Crônicas de Nárnia, entre outros além de quererem preencher o vácuo deixado pela Trilogia do Anel, fizeram exatamente o que não deveriam ter feito: apostaram em trilogias. Nada mais de querer lucrar com um filme só. Pra que? Se você pode ganhar com três.
E é aí que surge Stardust, adaptação da obra de Neil Gaiman. Usando um tom e uma abordagem diferente dos seus companheiros cinematográficos de fantasia, esse filme aposta principalmente na fórmula de filmes de fantasia dos anos 80, como A Lenda, O Feitiço de Áquila, entre outros. E faz isso muito bem, sem pretensões de arrecadar bilhões nas bilheterias.
Uma das apostas do filme é no humor, não aquele humor escrachado e corrosivo (que funciona bem em outros tipos de filmes), mas é um humor leve, quase inocente. Destaque para a participação hilariante de Robert DeNiro, em um dos seus melhores papéis dos últimos (e infelizes) tempos. As atuações, apesar de não serem primorosas, não comprometem em nada a diversão e a avetura do filme. Outro destaque vai para os príncipes mortos de Stormhold.
A trama narra a história de Tristan Thorn, um rapaz da cidade de Muralha, que sonha conquistar o coração da menina mais bela da cidade, Vitória (Sienna Miller). Em uma noite ele faz a promessa de buscar uma estrela cadente para provar seu amor por ela. Ela aceita a promessa e assim se inicia a jornada dele além-muro para poder pegar a estrela. Mas consegui-la não será fácil, pois outras forças querem a estrela também; como os príncipes de Stormhold, que pretendem serem reis, e a bruxa Lamia (Michele Pfeifer) que quer reconquistar sua juventude.



Stardust se destaca principalmente por proporcionar entretenimento de boa qualidade, sem a
pretensão de abrir ganchos para continuações. Quanto a fidelidade ao material original,
infelizmente eu não posso opinar pois ainda não conseguir ler a obra de Neil Gaiman.

Diretor: Matthew Vaughn
Duração: 128 min

Nota: 8




FiliPêra
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HyperEspaço n° 7

"EU QUERIA SUSPENSE,PERIGO, CRIMES, MAGIA, FANTASIA, TERROR, ROMANCE E O APOCALIPSE, TUDO EMBALADO EM HISTÓRIAS DE SUPER-HERÓIS VIGOROSAS E IMAGINATIVAS"



Por FiliPêra

Antes de mais nada: explicações. Na semana passada (e retrasada) foi citado uma HyperEspaço com o tema de Tropa de Elite. Mas por inúmeros motivos eu acabei por não assistir a versão de cinema (somente a de camelô) então nada de Tropa de Elite (vou falar sobre ele, quando sair nas locadoras, aproveitando e falando sobre os extras e esse tipo de coisa). O tema dessa semana será a minha atual série de quadrinhos favorita. E não poderia deixa de ser Sete Soldados da Vitória, do gênio maluco Grant Morrison.
A série, ganhadora do prêmio Eisner de Melhor Série (o prêmio é o oscar dos quadrinhos), e Grant Morrison ganhou como Melhor Roteirista. Também pudera, o escocês armou um marcante quebra-cabeça labiríntico com quase 800 páginas, com sete personagens possuidores de sete minisséries completamente diferentes entre si, tanto no tom quanto na abordagem. Apesar desses personagens nem ao menos se conhecerem eles estão combatendo o mesmo mal; uma praga que trará o Apocalipse à Terra.
Se a megassaga cumpre a proposta inicial de atrair novos leitores eu não sei, mas com certeza
atrai os que estavam desanimados com os roteiros fracos que tanto abundam por aí nas HQ's
mainstream; além de ser um delírio para os fãs do estilo caótico e maluco de Morrison.
O negócio é que Morrison aproveitou a oportunidade de ressucitar personagens esquecidos e quase sem importância do Universo DC Comics, para criar um playground perfeito para expor suas teorias e pensamentos. Tudo passa realmente a impressão de servir para mostrar algo maior, apesar de funcionar independentemente. Mas vamos ao que interessa...


Vol. 4



Sinopses
Klarion: Klarion após chegar a superfície e entrar para uma gangue, descobre a traição de
Melmoth.
Cavaleiro Andante: Em meia a muitas batalhas contra os Sheedas (inclusive contra Galahad,
completamente transformado) descobre-se que Justin na verdade é uma mulher.
Zatanna: Misty se revela muito mais do que uma aprendiz!
Guardião: Ed revela ao Guardião o passado da Legião Jovem.
Sim, Sete Soldados da Vitória fica melhor a cada número e esse número quatro mostra isso muito bem, mostrando uma evolução grande na trama armada por Morrison. E cada mini vai jogando pistas e apontando resoluções para para o Apocalipse iminente. Todas as minis até aqui são muito boas, nenhuma delas deixando nada a desejar.
E duas se encerram nessa edição: O Guardião de Manhattan e Cavaleiro Andante. Cada uma revelou uma faceta dos muitos mistérios que a saga tem. O Guardião lançou luz sobre a formação dos Sete Soldados atuais (acredite, existe um bom motivo para eles nunca se encontrarem), enquanto na mini do Cavaleiro Andante, Morrison revela aspectos sobre os métodos e a origem dos Sheedas.
Mas uma coisa em comum com todas elas é o contante clima de "fim do mundo" que todas elas
possuem. No aspecto visual a HQ não fica para trás, com artistas selecionados especialmente para cada mini e desenhando muito bem cada uma delas. Eu ia destacar mais uma vez a mini de Klarion, mas todos os outros artistas se superaram também, entregando momentos inesquecíveis nas várias páginas da revista.



Vol. 5



Sinospses
Klarion: Após voltar para a Cidade-Limbo para salva-la de Melmoth, o Menino percebe que isso vai ser mais difícil do que ele pensa.
Senhor Milagre: Shilo Norman tenta escapar de um buraco negro. Mas o que parecia ser mais um número de escapadas, acaba realizando um encontro dele com os Novos Deuses.
Zatanna: Após ir até o Pântano da Chacina para uma investigação, Zatanna acaba por enfrentar Zor, enquando Misty escapa com Vanguarda, o cavalo alado de Justine.
Projétil: O marido de Alix Harrower queria ser super-herói e desenvolveu a inteliderme, uma pele artificial que torna qualquer pessoa indestrutível. Vítima de sua própria experiência, ele morre, mas sua esposa descobre que pode ser uma heroína.


Essa edição marca um momento chave na série. Enquanto duas minis se encerram, dando contribuições importantes, outras duas estréiam. E também é aqui que passamos da metade de toda a saga.
Dos estreantes se destaca Projétil, que é o mais próximo da normalidade super-heróistica que
Morrison alcançou com essa HQ. Projétil é uma super-heróina com seus problemas (seu marido tinha vício em pornografia, e sonhava em ser famoso e imortal); além de ganhar poderes a contragosto.
Shilo Norman é um grande artista, na verdade um Houdini moderno, milionário. Mas o que parecia ser mais um truque, escapar de um buraco negro gerado artificialmente, acaba por coloca-lo no meio de uma batalha milenar e interplanetária, entre os Novos Deuses e Darkseid.
Zatanna e Klarion se encerram, de forma brilhante, mostrando aspectos até então obscuros da trama (principalmente Zatanna).



Vol. 6



Sinopses
Frankestein: Feioso é um daqueles meninos execréveis que é odiado por todos os colegas. Mas ele tem a habilidade de ler a mente de seus colegas e quando usa seus poderes para controlar a mente de seus colegas, acaba por despertar a ira de Frankestein!
Senhor Milagre: Shilo Norman está com problemas cada vez maiores derivados do seu encontro com os Novos Deuses. E o pior: ele não tem a mínima idéia do que está acontecendo.
Projétil: Alix Harrower, a Projétil, auxilia na investigação da matança que destruiu os Sete
Soldados anteriores.
Frankestein: Frankestein se transporta para Marte, onde continua com o seu embate centenário com Melmoth.


E cada vez mais chegamos a reta final de Sete Soldados da Vitória. E a saga cada vez mais acelera, jogando pistas sobre todos os misterios em aberto na trama. Mas ao mesmo tempo que
pode-se perceber inúmeras soluções, várias ficam sob a superfície, exigindo releituras para serem achadas.
Conhecemos finalmente o último soldado; Frankestein, que conta com duas história (primorosas, por sinal) nessa edição. As duas histórias se conectam diretamente com a trama maior armada por Morrison, jogando-o no planeta Marte e trazendo a Terra o exército do Grupo Vermelho!!!
Projétil também contribui bastante, investigando a matança que ocorreu na Meseta dos Milagres, que foi narrada no primeiro capítulo da saga.
O único destoante é o Senhor Milagre, com uma mini um pouco irregular e que por enquanto não se conectou de forma alguma ao quebra-cabeça; mas é esperar para ver. A impressã que se tem é que a batalha que está acontecendo na Terra (e que está prestes a chegar ao seu final) afetará outros planetas.
Aguarde o fim, o apocalipse de Morrison. Pois ele está chegando.
Em breve aqui os números finais (7 e 8).

Nota: 9,5



***ATENÇÃO***
SE VOCÊ NÃ LEU A OBRA AINDA E NÃO GOSTA DE ESTRAGAR SURPRESAS NÃO LEIA O TEXTO DAQUI PRA FRENTE,

POIS ELE CONTÉM SPOILERS


Guia de Conexões


Edição 4

Pag 27: O Aranha aparece ajudando Gloriana Tenebrae.
Pag 41: Neh-Bu-Loh recupera o Caldeirão Inestinguível.
Pag 51: Esse ônibus é o mesmo que aparece na parte 2 da mini do Cavaleiro Andante. Ali-Ka-Zoom também aparece lá.
Pag 57: O episódio do armário será melhor explicado na pag 91.
Pag 58: As memórias de Ali-Ka-Zoom, e as aventuras da Legião Jovem serão melhor contadas na mini do Guardião.
Pag 60: Zatanna chega a mansão de Don Vincenzo, onde ocorreu a batalha da mini do Cavaleiro
Andante.
Pag 69: Misty lembra do seu passado com os Sheedas.
Pag 80: Don Vincenzo e Ali-Ka-Zoom fizeram parte da Legião Jovem.
Pag 86: O Sheeda no pote é o mesmo da loja de Cassandra, da edição 3, na mini de Zatanna.
Pag 90: A Legião Jovem encontra a mesma casa em que o Aranha sofreu a transformação. A Máquina de Costura aparece de novo. O espelho pronuncia uma profecia que parece falar do final de Sete Soldados da Vitória.
Pag 91: Esse Desconhecido surgirá de novo, mais para frente.
Pag 93: O outro nome de Larry, pai de Carla, é El Mar.

Edição 5

Pag 9: Melmoth revela que é o pai de todos os membros da Cidade-Limbo.
Pag 10: Melmoth diz que faz parte da corte Sheeda.
Pag 16: É finalmente revelado o que é Croatoan. Um par de dados; um está com Klarion e o outro com Misty.
Pag 17: Os Submissionários são robos, criados por Melmoth.
Pag 18: Klarion usa o poder de Horigal e se funde a Teekl.
Pag 27: Esse feito foi anunciado na página 86 da primeira edição.
Pag 30: Após entrar no buraco negro, Senhor Milagre encontra Metron, um dos Novos Deuses.
Pag 35: A história que Metron conta é do Planeta Apokalips.
Pag 42: Vovó Bondade é de Apokalips.
Pag 67: Zor era um dos Sete Desconhecidos, mas desvirtuou e lançou a praga Sheeda sobre a Terra. Ele parece ser o mesmo Desconhecido que a Legião Jovem encontrou no Pântano da Chacina, na edição 4, página 89.

Edição 6

Pag 4: Frankestein enfrenta Melmoth, da corte Sheeda.
Pag 11: Tem um Sheeda controlando Feioso.
Pag 54: Projétil era a sétima integrante dos Sete Soldados que foram destruídos na Meseta dos
Milagres, mas ficou com medo e desistiu.
Pag 57: A agente Helligan foi mordida por Gloriana Tenebrae, na edição 3, página 70.
Pag 60: O episódio narrado por Helligan foi justamente o roubo do veículo subterrâneo pela gangue dos Delinquentes, na mini de Klarion. Edição 4, página 12.
Pag 62: Qual a identidade do sobrinho de Ramon? Ainda não sei...
Pag 87: O portal Erdel, citado por Frankestein, é o mesmo da edição 4, página 20. É usado por
Melmoth para enviar os garotos para Marte, com o intuito de extraírem ouro. Billy Beezer é o
mesmo que foi puxado por Garoto Dourado.


Segundas Impressões

Já dá pra se ter a idéia quase que total da trama labiríntica armada por Grant Morrison. Vamos a ela!
Zor, um dos Sete Desconhecidos, responsável pela costura do tempo, se desvirtua e cria os Sheedas e os lança na Terra, como se fossem uma praga. A cada período de mais ou menos 10 mil anos, eles vêm para a Ceifa dos Homens, com o intuito de pilhar e destruir as civilizações criadas na Terra.
Existe uma profecia que diz que Sete Soldados vão destruí-los, e por isso eles atacam grupamentos de sete, com medo do cumprimento da profecia. Além disso arranjaram aliados na Terra, como Ramon Solomano, que foi um dos responsáveis pela destruição das duas últimas formações dos Sete Soldados da Vitória.
Mas contudo foi formado, sem que quase ninguém soubesse, uma nova encarnação dos Soldados, que não se conhecessem justamente para não atrair a atenção de Neh-Buh-Loh, o principal guerreiro dos Sheedas.
Por algum motivo desconhecido, Melmoth brigou com Gloriana Tenebrae, outra integrante da corte Sheeda, e sua mulher; e ficou a vagar pela Terra desde a queda de Camelot, ou seja por 10 mil anos, e prepara sua vingança contra ela, criando um exército sustentado pelo ouro que ele
encontrou em Marte. Mas Frankestein acabou por frustar seus planos e o transforma em esterco e acaba por levar o seu exército à Terra.
A trama é basicamente essa, mas ainda contem pontos obscuros, como a mini do Senhor Milagre, que de modo algum se conectou ao restante da história. OUtro ponto importante, mas ainda não
totalmente esclarecido é a participação do Aranha, que foi contratado pelos Sete Desconhecidos.
Mas sua missão não foi totalmente esclarecida, embora possa-se se supor que seja se infiltrar no
território inimigo.
A ceifa chegou e todos os soldados estão a postos para impedir o juízo final! Aguarde a matéria
que faremos com os dois os últimos números dessa série.
Até lá!

É NOZES!!!

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Avatar FiliPêra

A Saga do Monstro do Pântano Vol. 1





Quando a DC Comics convidou o então desconhecido Alan Moore para dar continuidade a sua série Monstro do Pântano, não sabia que estava começando duas revoluções ao mesmo tempo. A série, que na época estava no número 19, se encontrava à beira do cancelamento e a editora resolveu chamar alguém do outro lado do oceano para tentar salva-la do ostracismo. Depois da passagem de Moore pelo título nada mais foi o mesmo. Foi ali que praticamente se deu início às HQ's adultas nos EUA (algo que já tinha certo adiantamento na Europa), onde os Quadrinhos não saíam de uma mesmice irritante, com editoras simplesmente repetindo fórmulas com sucesso comprovado. A outra revolução foi que após o sucesso do Monstro do Pântano as grandes editoras passsaram a importar vários talentos ingleses para escreverem e desenharem Quadrinhos nos EUA, episódio que ficou conhecido como Invasão Britânica; nessa leva vieram nomes como os roteiristas Grant Morrison, Neil Gaiman, Warren Ellis, Mark Millar, Garth Ennis (entre outros), e desenhistas como Brian Bolland e Dave Mckean. Esses autores escreveram as melhores HQ's dos anos 90 (e escrevem algumas das melhores de hoje ainda); foram deles as obras máximas Sandman, Homem-Animal, Watchmen, Batman-Asilo Arkham, Batman-A Piada Mortal, Supremos, Os Invisíveis, entre várias outras. Além disso tudo essa fase do personagem pantanoso foi o principal responsável pela criação do selo Vertigo, pela DC Comics, que conta em sua linha títulos adultos, com roteiros mais sofisticados. Se isso tudo não bastasse, foi das páginas do Monstro do Pântano que saiu o personagem Constantine, da série Hellblazer, um dos mais populares do selo Vertigo.Mas, lendo hoje, a obra transparece tanta importância?


COM ABSOLUTA CERTEZA!!!


Se fosse lançada hoje a obra provavelmente causaria revolução semelhante, tirando parte dos Quadrinhos atuais do ostracismo. Esta edição lançada pela Pixel, que sai em cores dessa vez no Brasil, reúne as edições 20 (inédita no Brasil) a 27 do Monstro do Pântano. A editora planeja lançar toda a fase de Moore no Brasil nesse formato, o que é mais que merecido.Tudo na obra é grandioso, e pra isso Moore aposta em temas poéticos (um "herói" em busca de saber sua verdadeira natureza) e intimistas, com personagens densos e marcantes.




Alan Moore


A reformulação de Moore começa quando o Monstro; após um combate com Arcane, seu principal vilão, é baleado e dado como morto. Jason Woodrue, o Homem-Florônico é chamado para fazer a autópsia. Woodrue, que também é híbrido de humano e vegetal, descobre que, ao contrário do que se pensava, o Monstro do Pântano não é humano; Alec Holland (a parte humana do Monstro) na verdade morreu no acidente, mas sua consciência foi assumida por plantas dos pântanos da Louisiana. Essa descoberta abala Woodrue, que acaba por formular um plano para destruir a humanidade e instaurar um reino do verde.


A partir daí começa a agir um renascido Monstro do Pântano. Além da narrativa, que equilibra muito bem momentos de açao com passagens de auto-reflexão, a arte é muito bem feita e elaborada, com diagramações e passagens que ainda soam modernas, apesar dos seus mais de vinte anos. As cores, que ficaram de fora da outra publicação, feita pela Brainstore, dão vida aos personagens criados por Moore.Enfim, essa é uma HQ que deve estar presente em qualquer coleção, quer você goste de Quadrinhos ou não, porque Moore consegue ultrapassar todas as barreiras da nona arte.


Nota: 9,5


FiliPêra

domingo, 21 de outubro de 2007

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Editorial NSN


Para esse fim de semana estava programado uma HyperEspaço sobre o filme Tropa de Elite, mas nós não conseguimos assisti-lo ainda, o que acontecerá na quinta-feira. Então a coluna sairá, ou na quinta ou na sexta. Também para essa semana aguarde uma continuação da matéria sobre Sete Soldados da Vitória (partes 4, 5 e 6), que cada vez fica melhor. Aguarde para breve também um especial sobre o Monstro do Pântano, a fase de Alan Moore; um marco absoluto das HQ's! E muito mais.

É NOZES!!!

sábado, 20 de outubro de 2007

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A Voz do Fogo




Que Alan Moore é um gênio indiscutível dos Quadrinhos, todo o mundo já sabe. Mas uma dúvida (que está mais para curiosidade) pairava: como ele se sairia sem o auxílio dos desenhos de quadros?
A resposta está aí, e chama-se A Voz do Fogo.
O autor, logo de cara, mostra, a exemplo do compatriota Neil Gaiman, que é genial em qualquer uma das duas artes (Literatura e Quadrinhos). A sua narrativa detalhada, com adjetivos rebuscados e bem colocados, cai muito bem na literatura e não apenas como indicações para um desenhista. A cabeça do leitor faz muito bem o papel de dar vida ao universo criado (na verdade reproduzido) por Moore.
Toda a história gira em torno do processo de criação e desenvolvimento de Northampton, cidade natal de Moore. Mas isso não é feito de forma comum, e sim através de doze histórias (que
obviamente acontecem todas na cidade), que aos poucos vã ose interligando e mostrando diferentes facetas do lugar. Para se ter uma idéia a primeira (e uma das melhores) história do livro, O porco do bruxo, que se passa 4000 a.c., mostra inclusive uma língua inglesa em processo de formação, de uma forma bem primitiva.
Aos poucos as outras histórias vão se desenvolvendo e avançando no tempo, e o autor vai mostrando outros aspectos da sociedade. E o autor vai criando personagens cada vez mais carismáticos (mas os principais das duas primeiras histórias são os melhores). Mas se tem um personagem no livro (além é claro, da cidade de Northampton) é a magia. O segundo capítulo mostra isso de uma forma clara e bem feita.



Leia, releia e releia de novo. É Moore mostrando que é o um dos maiores narradores de sua geração e dá um sopro de originalidade na literatura (leia o capítulo final e entenda o que eu quero dizer).

Nota: 8,5

FiliPêra

domingo, 14 de outubro de 2007

Avatar FiliPêra

HyperEspaço nº 6



REVOLUTIONHEAD



Por FiliPêra

Antes de mais nada eu vou logo me explicando: o tema da coluna dessa semana ia ser o filme Tropa de Elite e toda a sua repercussão...mas um outro assunto conseguiu sobrepo-lo. Na quarta-feira a coluna já estava escrita e talz, mas de madrugada, quando eu estava pronto para posta-la eu consegui por as mãos no novo álbum do Radiohead (melhor seria dizer o mouse e os ouvidos), e foi um: parem as máquinas e reformulem tudo!!! É bom que eu lanço a coluna sobre Tropa de Elite na quarta, quando o filme estiver em sua semana de estréia nacional.
Como eu havia noticiado no dia 6 de outubro o Radiohead lançaria seu novo CD de uma forma
completamente revolucionária (melhor talvez seria dizer evolucionária)> Primeiro que não estava lançando CD, porque as mídias não existiam; as músicas estavam armazenadas no servidor do site oficial do CD. Segundo,e mais impressionante: o preço era determinado pelo comprador. O valor que ele quisesse, mesmo que fosse 0,00 libras. A segunda opção era comprar o álbum físico, na verdade uma edição especialíssima, que continha o CD em si, em versão dupla; dois vinis, com as músicas dos CD's; e um livro em capa dura com as artes para o CD e as letras das das músicas. Quem optar pela segunda versão, recebe os arquivos digitais com as músicas na hora, e o álbum em janeiro de 2008, em qualquer parte do mundo (o frete está incluso no preço de quarenta libras.
Para a surpresa geral (principalmente pra quem não conhece a banda a fundo) a versão física do
álbum vendeu mais que a digital!!! Somando as duas versões, dizem alguns, 1,2 milhão de cópias
vendidas, apenas no dia de estréia!!!
Mas que banda é essa que dá um chute numa das maiores gravadoras do planeta e lança um álbum pelo preço que o cliente quer pagar?
Tudo começou com o guitarrista e vocalista Thomas Yorke. Após formar as primeiras bandas, sem sucesso, juntou-se, em 1987, a Jonny Greenwood (guitarra, teclados, xilofone), Ed O'Brien
(guitarra), Colin Greenwood (baixo) and Phil Selway (bateria), formando o On a Friday. Depois de se apresentarem algumas vezes acabam por dar um tempo. Retornam em 1991, com o nome Radiohead e conseguem um contrato com a EMI e lançam o EP "Creep", com enorme sucesso, inclusive nos EUA.
Em 1993 lançam Pablo Honey, que foi gravado em três semanas, o álbum de estréia, com Creep entre as faixas, o que acaba por alavancar as vendas, que chegam 700 mil cópias.
Dois anos depois lançam uma obra-prima: The Bends; que acaba por desvencilhar a banda do
movimento grunge, que estava no apíce na época. Dessa vez o grande hit foi Fake Plastic Trees,
que chegou a ser tema de comercial por aqui. Foi nessa época que a banda começou a dar mostras de toda a sua criatividade, inclusive com vídeo clipes dos mais originais; como o de Street Spirit.
Após o sucesso de The Bends a banda se isola do mundo, começa a preparar OK Computer e passa a gravar em um estúdio móvel no interior da Inglaterra, e logo depois transfere todo o equipamento de gravação para o interior de uma mansão inglesa. Vários ambientes da mansão, como a biblioteca, o salão principal; foram usados, e o grupo, livre de prazos pela gravadora, pode gravar a hora que bem entedesse; completamente livre de pressão. O resultado não poderia ser melhor: OK Computer alcança enorme sucesso comercial (vende mais de 4 milhões de cópias) e crítico (alguns veículos especializados o elegeram o melhor álbum de todos os tempos), além de entrar em TODAS as listas de melhores de 97.
Após OK Computer, o Radiohead se firma como a maior banda do planeta e os fãs passam a aguardar com ansiedade o próximo trabalho da banda.
E eis que em 2000 chega Kid A (batizado com esse nome em homenagem a primeira criança clonada, que na visão da banda já existe). E novamente o álbum foi elogiadíssimo e obteve enorme sucesso comercial. Mas alguns fãs (de ocasião) passaram a dizer que a banda havia perdido o contato com a Terra e as músicas do novo trabalho soavam esquisitas e chatas. O fato é que alguns meses antes do lançamento do álbum, Thom Yorke declarou que estava cansado de fazer rock e que se suicidaria comercialmente e passaria a fazer "música". Muito disso pode ser percebido em Kid A, com uma mistura bem dosada de rock (quase sem guitarras) e sons eletrônicos (que estavam presentes, ainda que em menor grau, em OK Computer). Pode-se perceber também pitadas de jazz e de folk na sonoridade do álbum.
Um ano depois chega Amnesiac, que vai ainda mais fundo na viagem de Kid A, com elementos
eletrônicos mais presentes. Na verdade todas as faixas desse novo trabalho foram músicas
rejeitadas pela banda para Kid A, o que levou a apelida-lo de de Kid B.
Ao final da turnê de divulgação desses álbuns o grupo começa a tocar as canções que fariam parte do novo disco da banda: Hail to the Thief. E meses antes de seu lançamento, algumas faixas caem na rede, o que causa indignação por parte da banda e da gravadora EMI.
Mas em 2003 Hail to the Thief é lançado, e o contato dos fãs com o material pré-lançamento não poderia ser mais positivo. O disco atinge o primeiro lugar nas paradas inglesas e americanas e
alcança uma boa recepção por parte da crítica.
Até que quatro ano depois chegamos ao aniversário de 10 anos de OK Computer e podemos vislumbrar mais uma revolução por parte do Radiohead, dessa vez não tanto musical (apesar da inegável qualidade musical de In Rainbows). A grande questão aqui é que foi posta em xeque a relação artista/fãs (as gravadoras vão ser aos poucos postas de foras, se não se atualizarem). Ao não estipular preço, a banda simplesmente disse: pronto, agora vocês podem dizer realmente quanto vale nosso trabalho para vocês, as gravadoras não receberão nada do valor que vocês pagarem!!!
A julgar pelos resultados positivos, essa proposta tem tudo para dar certo.
Depois de tal fato a EMI, antiga gravadora da banda, pediu para lançar a versão física do álbum.

Eles acabaram concordando.
São os papéis finalmente se invertendo!
A arte se sobrepondo ao dinheiro!
O próximo passo está a espera.






Pablo Honey



Aqui está a gênese de uma das maiores bandas da história. Apesar de ser um belo trabalho, nada apontava para os rumos que eles seguiriam posteriormente, mudando a face do rock e da música. O álbum bebe da fonte do grunge, com guitarras enérgicas e vocais por vezes nervosos; mas por vezes suplicantes. Foi um sucesso, principalmente o hit Creep que estourou mundo a fora e alavancou as vendas do disco.
Mas faltavam elementos para tornar o Radiohead uma banda duradoura, que não se apoiasse somente na força de um hit. Eles entederam o recado, pode acreditar!

Top 3 do Álbum: Creep, Stop Whispering e You
Nota: 8,5


The Bends



Após o sucesso de Pablo Honey, o Radiohead decidiu dar um passo além. Pegou toda a fórmula que havia consagrado a banda e elevou ao quadrado, com ainda mais energia, aliada a letras
confessionais e bem produzidas. Foi aqui que o Radiohead começa a dar pistas da revolução que
empreenderia; Street Spirit une muito bem o estilo da banda com o misturas eletrônicas. Uma
obra-prima indiscutível que influenciaria gente do porte do Muse!

Top 3 do Álbum: Fake Plastic Trees, Bones e Street Spirit
Nota: 9,0


OK Computer



A revolução em forma de música! Após dois álbuns com forte pegadas de rock o Radiohead decide inovar e lançar um álbum com forte inflências de músicas eletrônicas. O tema principal desse álbum conceitual é o ser humano sendo dragado pela tecnologia e se isolando do mundo que o rodeia (ironicamente a primeira música trata de um homem sendo salvo por um airbag, um aparato tecnológico, durante um acidente de carro e passa a ter a missão de salvar o universo).
Dentro do álbum o Radiohead questiona tudo, desde a nossa posição na sociedade (Paranoid
Android), até o que é ser normal (Karma Police). Ao final vemos a saga do "salvador do universo" chegar ao fim. Ou não...
Em Ok Computer, o ouvinte é convidado a fazer uma viagem tendo o Radiohead como condutor através de paisagens por vezes tranqüilas, por vezes esquizofrênicas, sufocantes e dolorosas. As nuances, a tristeza e a euforia, a era do transtorno bipolar afetivo, o claro-escuro, se encontram. A harmonia permeando todas essas relações.
Mas uma coisa pode ser dita sobre OK Computer: tudo está no seu deviso lugar ali (esse seria o
título da música de abertura de Kid A). Um álbum definitivamente para a história!!!

Top 3 do Álbum (difícil pacas): Karma Police, Paranoid Android e No Surprises
Nota: 10


Kid A




Após o megassucesso e aclamação comercial do Radiohead, os fãs esperavam um passo à frente...e viram um, apesar de só ser definitivamente identificado anos depois. O álbum marca um rompimento comercial da banda, com músicas por vezes inclassificáveis (Kid A), por vezes belas (How To Disappear Completely). Marcou também a identificação da banda com os mais diversos estilos de música, apesar de no final ter conseguido soar extremamente consistente e bem feito. Destaque para o momento mais nervoso do álbum: Idioteque.

Top 3 do Álbum: Everything In Its Right Place, How To Disappear Completely e Idioteque.
Nota: 9,0


Amnesiac



O trabalho mais dark, intímo e estranho do Radiohead, apesar de ainda ser bom. Todo é composto por músicas rejeitadas de Kid A. Todo o a´lbum é intimista, com canções que parecem
definitivamente feitas unicamente para a satisfação de quem as canta. Mas o álbum encanta em seus momentos mais inspirados, e são muitos. Ouça, apesar das críticas a ele.

Top 3 do Álbum: Pyramid Song, Knives Out e Life in a Glasshouse
Nota: 8,5


Hail to the Thief



Após o famoso exílio espacial, regado a experimentalismos extremos e influências de jazz e folk
em seus dois álbuns anteriores, o Radiohead volta um pouco com a energia que permeou The Bends, dessa vez mesclada com o minimalismo eletrônico e as viagens de Kid A. Ouça porque o Radiohead está de volta.

Top 3 do Álbum: 2+2=5, Myxomatosis e There There
Nota: 9,5


In Rainbows



E chegamos até ele! A campanha de lançamento pode até ter tentado, mas não conseguiu ofuscar a qualidade musical do álbum do Radiohead. O grupo basicamente continua em sua jornada
experimentalista dos álbuns anteriores. Mas esse In Rainbows está mais para Hail to the Thief do que para Amnesiac, apesar de músicas como Reckoner apontarem para o íntimo, do mesmo jeito que Amnesiac fazia.
Mas aqui temos um pouco mais de guitarras como na excelente Bodysnatchers, que é o mais perto de um single pop que o álbum tem, mas também temos belas baladas como Nude.
In Rainbows, assim como toda a discografia do Radiohead, exige várias audições para ser
completamente assimilado, mas também é daqueles álbuns que você sabe que está desvinculado de qualquer movimento ou moda, que é duradouro, que não vai sair do seu MP3 Player tão cedo (e nem da sua cabeça). Enfim In Rainbows é puro Radiohead em sua melhor forma, e sempre a frente da indústria e até de seus seguidores, como o Coldplay e o Keane, que conseguem assimmilar apenas o verniz sonoro da banda, e nunca sua essência.
Todas as músicas aqui carregam significado e têm uma razão de existir e não simplesmente servem para encher o álbum. Elas, assim como OK Computer, carregam sons diferentes e sintéticos, mas que servem para dar o clima desejado por Thom Yorke e cia.
Chega de falar e escutem esse que é mais um belo pedaço de música composto pelo Radiohead.

Top 3 do Álbum: Bodysnatchers, Reckoner e Nude
Nota: 9,5



Curiosidades: O nome Radiohead veio de uma música dos Talking Heads, uma das influências da
banda.
O Radiohead foi eleito recentemente como uma das cinco melhores bandas com perfórmances ao vivo.


Hail to the Thief (saúdem o ladrão) é um recado para George W. Bush.
A música Fitter Happier, em que Thom Yorke imita a voz de um andróide, foi construída
inteiramente com anúncios publicitários ingleses.


Sim a discografia é praticamente irretocável!
Até a próxima com: FACA NA CAVEIRA!!!

É NOZES!!!

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Avatar FiliPêra

Pi




A genialidade geralmente se vê nas pequenas coisas. E Darren Aronofsky provou que é gênio logo com seu primeiro filme. Com uma história aparentemente simples, o filme vai se desenvolvendo até se tornar um tratado sobre a obsessaão e a loucura resultante de ferrenho isolamento.
Todo o roteiro parece simples: se resume basicamente a um professor, de matemática, chamado Max Cohen, que tenta descobrir os padrões numéricos da bolsa de valores, um dos sistemas dinâmicos de maior complexidadee do mundo. Aos poucos o professor vai chegando aos seus limites psicológicos, e passa a ser perseguido por uma empresa de tubarões de Wall Street e também por uma seita de judeus místicos que querem que ele desubra segredos por trás dos textos sagrados do Torah.
A medida que vai avançando, Max mergulha num caos, que cada vez mais ameaça engoli-lo, além de seu quadro médico ir se agravando.
Para início de conversa o filme é genialmente construído por Darren Aronofsky, na sua então
estréia em um filme comercial. Desde a fotografia, que usou um preto e branco em alto contraste e com granulações, passando pelas descobertas matemáticas de seu "herói". Todo o orçamento foi adquirido com amigos e com rifas feitas pelo diretor e sua equipe. Darren Aronofsky foi
justamente premiado como Melhor Diretor no Festival de Sundance.
Ao final do filme Max faz uma grande descoberta, que consegue encerrar muito bem suas buscas pelos padrões da matemática. Uma dica: a revelação é bem maior que os padrões na bolsa de
valores!!!



Pi é um filme complexo, que requer atenção para ser completamente entendido, além de precisar ser assistido mais de uma vez.
Assista a esse e a todas as obras desse diretor!!!

Nota: 8,5
Duração: 84 min
Diretor: Darren Aronofsky


FiliPêra

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

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A Hora do Rush 3




Depois de uma longa espera, a franquia a Hora do Rush finalmente tem o seu terceiro capítulo
lançado. O resultado? Um filme divertídissimo, com todos os elementos que transformaram a série em um sucesso. E com uma química perfeita entre seus protagonistas.
Tudo começa quando o embaixador chinês Han é baleado, justamente quando ia fazer uma importante revelação sobre a Tríade, a máfia chinesa; descrita no filme como a maior organização criminosa do mundo. Lee (Jackie Chan), que o estava protegendo segue no encalço do atirador. O detetive ("promovido" a guarda de trânsito) Carter está por perto e começa a perseguir o criminoso também em um carro "roubado" por ele. As investigações, conduzida pela hilária dupla, acabam por leva-los até Paris.
Toda a história vai se desenvolvendo muito bem, e, paralela a ela, as piadas muito bem colocadas no roteiro. Como já foi dito, a química da dupla continua perfeita (apesar da interpretação
inchada de Chris Tucker...ok, péssima piada), e as cenas hilariantes e personagens secundários
continuam lá. Destacam-se entre as cenas: a luta com o gigantesco chinês, interpretado palo
jogador da NBA Sun Ming Ming,de 2,32m (!); a "investigação" da dupla em um clube noturno
parisiense e a "recepção" da polícia francesa a dupla (que incluiu até a violação dos dois, e com
um anel no dedo, ainda por cima), em uma participação do cineasta Roman Polanski.
Mas se o filme fosse de um personagem coadjuvante ele seria de George. Ele é um taxista que vai conduzindo a dupla pela cidade. No ínicio ele tem atitudes completamente anti-americanas, mas logo após descobrir o jeito americano de viver, passa a dirigir de graça pros dois. Ele chega até a ter uma participação importante na conclusão da história. Se a série tiver continuidade no
cinema, George tem que estar nela.



Enfim, se você já gosta de A Hora do Rush, veja esta terceira parte sem medo de ser feliz. Mas se você não gosta dos outros dois e nem do astro Jackie Chan...dê mais uma chance a série e veja
essa hilariante terceiro capítulo.

Nota: 7,5
Duração: 90 min
Diretor: Brett Ratner

FiliPêra

domingo, 7 de outubro de 2007

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O Balconista




Kevin Smith é o supremo Nerd do cinema. Além de escrever séries de quadrinhos, o diretor fez filmes que praticamente definiram o termo do nerd moderno no cinema. O início de tudo foi aqui, com O Balconista, comédia simples, porém muito inteligente.
Toda a gênese da obra foi mítica, com o Kevin vendendo sua coleção de gibis para poder terminar o filme. E com o lucro do filme ele comprou tudo de volta! Logo depois fez uma obra-prima, chamada Procura-se Amy, com Ben Affleck mostrando que poderia ser um ator de verdade.
Mas vamos ao filme: quanto a história não há muito o que dizer. Ela basicamente narra cotidiano de dois amigos que cuidam de uma loja de conveniência e de sua locadora, e que passam do dia comentando sobre sexo e cultura pop.
Como méritos o filme apresentou os hilariantes personagens Jay & Silent Bob (o segundo interpretado pelo próprio Smith), além disso, os personagens principais tecem os melhores comentários possíveis sobre Star Wars, com teorias hilariantes; se destacando entre elas a teoria sobre a morte dos trabalhadores na Estrela da Morte.
Após o filme ser senasação no Festival de Sundance (o mais importante festival de cinema independente da Terra) e logo depois ter partido truinfal para Cannes (o mais importante festival do planeta), Kevin Smith virou um ícone nerd, apesar de somente o já citado Procura-se Amy ter conseguido superar esse aqui. Seu nome ficou inclusive, muito tempo ligado ao retorno do Superman ao cinema, que acabou nas mãos de Bryan Singer e cujos resultados já são conhecidos.



Kevin recentemente lançou uma continuação (que eu pretendo ver em breve), como homenagem a Jason Mewes (que interpreta Jay) ter conseguido largar as drogas.
Enfim, assista, porque O Balconista é daqueles filmes que definem gerações e que não envelhecem.


Nota: 8,5
Diretor: Kevin Smith
Duração: 92 minutos

FiliPêra
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Editorial NSN


Como o Nêra está com uma sobrecarga no trabalho, eu, por enquanto vou editar a parte de cinema do Blog, que estava um pouco parada, e o Leandro Sherman também vai continuar colaborando. Pelo fato de estar preparando algumas resenhas de filmes, além das costumeiras de música e HQ's; a HyperEspaço dessa semana, vai atrasar um pouco, mas deve sair na quarta feira.
A diminuição de posts se deve a trabalhos escolares e muito trabalho, mas eu faço o possível pra manter atualizado, apesar das dificuldades.
Chega de enrolação e vamos ao que interessa. Vou postar logo essa semana a resenha de dois filmes, uma HQ e um álbum musical.

É NOZES!!!


FiliPêra
Editor 01

sábado, 6 de outubro de 2007

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Revolutionhead




Por FiliPêra


Vamos direto ao assunto! Dez anos depois de revolucionar a música como a conhecemos, o Radiohead volta, para revolucionar outra vez. Dessa vez não a música em si, mas a forma de relação artista/público/gravadora.
Dois anos após lançar o álbum Hail to Thief, em 2003, o grupo encerrou seu contrato com a poderosa gravadora EMI. Acabou por não firmar outro contrato com ninguém, mas deu início a
gravação de outro álbum. E eis que a alguins dias Thom Yorke anuncia que o álbum estava pronto, mas que precisavam de uma gravadora para lançarem o álbum, que estava programado somente para 2008. Mas eis que Thom Yorke e cia. têm uma idéia melhor: não usar nenhuma grande corporação para distribuir o material e negociar direto com os consumidores. Para começar somente quatro das faixas presentes no álbum já não estavam disponíveis para baixar na internet. E em segundo lugar: eles inventaram outra forma de comercialização das músicas. Ao invés da forma clássica de venda com o material todo gravado em um CD, eles estão comercializando todas as faixas via net. Mas o que tem de revolução nisso, o iTunes estã aí e vende bilhões de músicas?, pode argumentar você. O preço é a revolução. Porque quem escolhe o preço é você...isso mesmo, você pode pagar quanto você quiser pela música. Pode parecer esquisito e pretensioso, mas tem bem a cara do Radiohead, sempre a frente do seu tempo; a exemplo do álbum Kid A, que na época parecia um bando de músicas saídas da cabeça de alienados abduzidos, hoje é referência (apesar de ainda parecer extra-terrestre).



Isso mostra mais um passo a frente da banda, que é a maior a Terra (opinião não somente minha, mas de muuuuuuuuuuuuuuita gente). Além da forma de venda online, também vai ter, é claro, venda na forma tradicional, gravado em CD. Essa estratégia de lançamento pode ofuscar um pouco a qualidade do álbum (que eu ainda não ouvi), mas não tem como não pensar em revolução, e no fim das gravadoras como nós as conhecemos.
Espere para breve uma resenha do álbum, que deve continuar a jornada do Radiohead em seu retorno a Terra, iniciada em Hail to Thief.

É NOZES!!!

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

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HyperEspaço nº 5

Os Gênios do Papel e da Celulóide

Por FiliPêra


Nenhuma arte pode existir sem grandes artistas. E é sobre os grandes gênios de duas artes que falarei hoje. Tratam-se de Cinema e Quadrinhos, como falei na semana passada, mas dessa vez enfocando seus realizadores e não suas obras. Mas falarei de uma forma diferente: citando um escritoe de Quadrinhos e dizendo um diretor equivalante a ele no mundo do Cinema, tanto em qualidade quanto em estilo. As vezes uma das partes exige que mais de um nome seja relacionado ao nome dele.

Alan Moore - Stanley Kubrick





Se Alan Moore fosse cineasta, ele seria exatamente um Stanley Kubrick, e vice-versa. Os dois são ingleses completamente reclusos, às vezes sem dar as caras por muito tempo. Mas quando davam (Moore ainda dá as caras, já que somente Kubrick morreu) as caras lançavam obras que muitas vezes mudavam o modo de encarar a arte. Eles também têm em comum o fato de não terem pressa para lançarem nada, fazendo isso somente quando tinham (ou tem) a certeza de estarem com uma obra perfeita em mãos.

Principais obras
Alan Moore: Watchmen, Do Inferno, V de Vingança, Liga Extraordinária, Monstro do Pântano... Tem muito mais, porém vou ficar por aqui.
Stanley Kubrick: Laranja Mecânica, 2001-Uma Odisséia no Espaço, Barry Lindon, O Iluminado e Nascido Para Matar.

Grant Morrison - David Lynch e David Fincher



O escocês Grant Morrison se destaca pelo seu estilo, dito, hermético, com situações aparentemente incompreensíveis, mas com sentido absurdo no final. Mas é também possuidor de um texto ágil, com uma excelente narrativa, principalmente quando se alia ao desenhista Frank Quitely. Já deu pra perceber que esse é o principal ponto em comum com o cineasta, amado e odiado, David Lynch, que também tem a capacidade de criar personagens marcantes e influentes, mas muitos o detratam; dizendo ser ele possuidor de um modo de fazer cinema feito para poucos, com roteiros complicados e incompreensíveis. Mas, igualmente a Morrison, consegue fazer com que as coisas façam sentido ao final. Mas peca, por vezes, por fazer obras absolutamente incompreensíveis (ele mesmo jamais comenta seus roteiros), e é por isso que acrescentei David Fincher, que possui uma narrativa de primeira e consegue extrair o melhor de seus atores, assim como Morrison extrai o melhor dos personagens que trabalha (leia Homem-Animal e Grandes Astros Superman). Outro ponto em comum entre eles é fazerem obras desafiadoras, com forte conteúdo (Os Invisíveis, de Morrison e Clube da Luta, de Fincher; por exemplo), e não obras somente para entreter.

Principais Obras
Grant Morrison: Os Invisíveis, Homem-Animal, Patrulha do Destino, Os Sete Soldados da Vitória, The Filth, Batman: Asilo Arkham e WE3
David Lynch: Twin Peaks (série de TV), Veludo Azul, Homem-Elefante, Cidade dos Sonhos, Estrada Perdida e Coração Selvagem.
David Fincher: Seven- Os Sete Crimes Capitais, Vidas em Jogo, Clube da Luta e Zodiaco


Stan Lee - Steven Spielberg



Os dois são gênios absolutos e mudaram completamente a arte em que são artistas. Transformaram personagens aparentemente bobocas em grandes sucessos. Criaram e moldaram grandes obras que perduram até hoje no imaginário popular. Alguns dizem que hoje já fazem parte do passado (principalmente Stan Lee), mas é inegável a inestimável contribuição deles para a arte.

Principais Obras
Stan Lee: Criou praticamente todo o Universo Marvel, que contém os ultra-populares Homem-Aranha, X-Men, e os menos populares Capitão América, Homem-de-Ferro, Hulk e Quarteto Fantástico.
Steven Spielberg: Praticamente foi o criador dos blockbusters modernos e sua filmografia inclui obras como: Tubarão, a trilogia Indiana Jones, ET - O Extra-Terrestre, Jurassic Park, A Lista de Schindler, entre outros vários.

Jack Kirby - George Lucas



Esses dois aqui de baixo fizeram dupla e ajudaram a criar as obras revolucionarias dos dois aí de cima, mas ainda assim não deixaram de criar suas próprias obras. Têm em comum também o fato de terem preferência pelo fantástico, principalmente ficções científicas. Por exemplo: as principais aventuras do Quarteto Fantástico, por Kirby e Star Wars, de George Lucas.

Principais Obras
Jack Kirby: Quarteto Fantástico, onde escreveu suas principais aventuras, e Os Eternos.
George Lucas: Criou e deu vida a Star Wars, tido na época como umprojeto impraticável. E contribuiu inestimavelmente na área técnica do cinema, com efeitos especiais de primeira e sonorização de qualidade.

Kazuo Koike e Osamu Tesuka - Akira Kurosawa



Sim, somente Akira Kurosawa para juntar dois gênios dos mangás (quadrinhos japoneses,para os menos informados) em um para representa-lo. De Kazuo Koike ele tem a habilidade narrativa que chega a perfeição, com ângulos originais, e sem desperdício de imagens; além de gostarem de contar histórias de samurais honrados e nobres. De Osamu Tesuka ele tem em comum o fato de criar mundos fantásticos com maestria, além de torna-los críveis.

Princiais Obras
Kazuo Koike: Lobo Solitário e Samurai Executor.
Osamu Tesuka: Astro Boy e Kimba - O Leão Branco.
Akira Kurosawa: Os Sete Samurais, Yojimbo, Sonhos e Ran.

Frank Miller - Francis Ford Coppola



Ganharem reconhecimento ainda novos e fazerem obras que mudaram a forma de se ver Quadrinhos/Cinema é a principal marca dessa dupla. Eles têm em comum o triste fato de não lançarem nada relevante há muito tempo (Miller, desde que parou de lançar histórias de Sin City, e Coppola, há mais tempo ainda). Mas isso não tira o mérito desses gênios. Frank Miller recentemente adentrou ao mundo do cinema, primeiro como co-diretor de Sin City e agora vai dirigir The Spirit; adaptação da obra de Will Eisner.

Principais Obras
Frank Miller: O Cavaleiro das Trevas, Demolidor (a principal fase do personagem), Ronin, Sin City e 300 de Esparta.
Francis Ford Coppola: A trilogia O Poderoso Chefão, Apocalipse Now e A Conversação.

Garth Ennis - Quentin Tarantino



Capacidade de criar obras de alta qualidade, misturando cultura pop, violência barata e diálogos incríveis, são a principal marca dessa dupla. Mas Quentin Tarantino ganha pelo fato de não ter tocado repetidas vezes os mesmo temas, como Garth Ennis está fazendo. Mas os dois continuam relevantes (principalmente Tarantino), lançando obras modernas e que sempre fogem as regras impostas pela indústria.

Neil Gaiman - Peter Jackson



Um transformou um personagem ABSOLUTAMENTE FRACASSADO em uma das cinco melhores obras, não só dos Quadrinhos, como de todas as artes, O outro adaptou para o cinema com absoluta maestria um dos maiores ícones da literatura universal. É claro que eles são muito mais do que isso, porém jamais vão superar o poder dessas obras que são maiores até mesmo que eles. Nada mais a declarar!

Principais Obras
Neil Gaiman: Sandman, Sandman e Sandman!
Peter Jackson: A trilogia mais que perfeita O Senhor dos Anéis.

Aguarde para breve uma segunda versão dessa matéria!


O que estou lendo: O mesmo de semana passada, mas já estou acabando. Aguarde resenhas!!!
O que estou ouvindo: Bloc Party - Silent Army.



É NOZES!!!

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