sexta-feira, 30 de abril de 2010

Avatar FiliPêra

O programa medieval do Pipoca e Nanquim, e uma parceria firmada

 

Pois é, galera, Eu sei que vocês sentem falta de conteúdo multimídia aqui no NSN - o NozesCast tem milênios que não dá as caras, e espero que o Sr. HumberTêra e BruNêra se mexam para gravarmos alguns, fora que a NSN TV ainda não saiu de dois episódios (por enquanto) - e por isso tenho o prazer de anunciar que firmamos parceria com o Pipoca e Nanquim, que vocês já conhecem por aqui, e como já sabem, é o meu videocast favorito - e agora oficial aqui do NSN. Só pra ressaltar: toda a sexta-feira eles estarão por aqui, com uma variedade de temas vasto, como o dessa semana, que trata da Era Medieval, como você percebe pelo texto abaixo, enviado diretamente pelo Bruno Zago e o restante da Equipe do programa!

 

O tema do programa dessa semana é Medieval.  Ou melhor, Espada e Feitiçaria, ou Capa e Espada, o que expande para elementos medievais fantásticos ou até mesmo fora da idade média como a conhecemos.

Tema adorado por nove em cada dez fãs de quadrinhos e filmes, e por dez em cada dez rpgistas.

O tempo do programa é curto, não dá pra falar de tudo que é bom, mas falamos de muita coisa. Destaque para os filmes Conquista Sangrenta e O Dragão e o Feiticeiro, para as HQs Crônicas de Lankhmar, Conan e O Príncipe Valente, e os animes Berserk e Caçadores de Elfa.

Este é o primeiro programa Pipoca e Nanquim junto ao NSN, mas foi gravado antes da parceria ser firmada. Portanto aguardem a declaração oficial dos apresentadores daqui a duas semanas. Será uma amizade duradoura. Toda semana um programa novo aqui no blog. É nozes, assistam!

Ah sim, somos citados e nossa logo está no início do programa, e não preciso dizer que estamos muito orgulhosos!

Avatar José Renato

Dragon Age: Origins

 

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Existem as pessoas que adoram Star Wars, aquelas que colecionam bonequinhos dos personagens dos filmes, que vão vestidos de stormtrooper nos Anime Friends por aí... tenho até um amigo que tem uma foto num desses encontros de anime na qual ele está ajoelhado na frente do Darth Vader (com a apropriada legenda "Yes, Master"). E também existem as pessoas que adoram Lord of the Rings, é claro. Quanta gente não adora ver a grande aventura de Frodo para destruir o Um Anel e livrar a Terra-Média da escuridão? E quantos nerds não jogaram D&D inspirados nos personagens dessa história clássica? Eu sei que minha primeira vez jogando D&D foi um personagem elfo arqueiro só para ser parecido com o Legolas.

A Bioware sabe muito bem o tamanho do sucesso que essas histórias fazem, tanto as "óperas espaciais" quanto as grandes aventuras de Alta Fantasia. Tendo experiência com ambos os cenários em seu vasto e impressionante currículo, a empresa teve uma brilhante ideia na geração atual de consoles: em 2007 estabeleceu Mass Effect, uma franquia nova com uma história muito parecida com Star Wars, e que prometeu ser uma trilogia. Agora em 2009 lançou Dragon Age: Origins, um RPG de Alta Fantasia que já promete ser uma franquia duradoura pelo nome. A EA deve estar nadando em montanhas de dinheiro nesse momento, com duas franquias cobrindo os dois tipos de fantasia que a maioria dos nerds gostam.

Quanto aos jogos em si, o primeiro Mass Effect não me agradou muito, mas Dragon Age: Origins prova que a compra da Bioware pela EA não diminuiu em nada a força dos games. Pelo contrário, com a maior produção, conseguiram fazer um épico que não tem precedentes. Contemplem, amigos, a maior obra-prima da Bioware e o melhor jogo de 2009.

HISTÓRIA

A Capela nos ensina que foi a ganância dos homens que trouxe os Darkspawn ao mundo. Os antigos e poderosos magos do Império Tevinter, que dominavam as terras de Thedas em tempos passados, possuíam acesso ao mundo dos sonhos, a Fade, onde a lenda dizia que estava localizada a Cidade Dourada, na qual o próprio Criador residia. Os magos então tentaram invadir a Cidade Dourada por meio de sua magia, e conseguiram, mas com sua ganância, arruinaram o lugar, transformando-a na Cidade Negra. O Criador então transformou esses magos em monstros, e os enviou para a Terra, como punição aos homens.

Condenados ao subterrâneo, uma vez a cada era, os Darkspawn encontram um dos velhos deuses do Império Tevinter, que é então transformado num gigantesco dragão, o Arquidemônio, e serve como um Sauron para os orcs: une toda a horda no único propósito de subir à superfície e devastar as terras dos homens, num evento que chamam de Blight. Mas eles sempre falham, pois depois que a primeira Blight quase acabou com todas as terras de Thedas, um grupo de homens formou a ordem dos Grey Wardens, formados por guerreiros de todas as raças, origens, credos, ou estilos de combate, que se unem para destruir o Arquidemônio e mandar os Darkspawn de volta pro subterrâneo.

 

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A criação dos Darkspawn

O jogo começa quando o estado de Ferelden encontra-se sob ataque de um grupo organizado de Darkspawn, possivelmente prevendo uma Blight. Ferelden acabou de sair de uma longa guerra com o estado vizinho de Orlais, e encontra-se em guerra civil (esse é o mínimo de spoilers que darei; toda a história de Dragon Age perde muito da surpresa e do divertimento se o jogador souber o motivo da guerra civil, por exemplo). Entra aqui uma das sacadas mais legais do game: quem é o personagem jogável? Tudo fica a critério do jogador. Sua história nunca será necessariamente igual em duas partidas diferentes: o jogador deve sempre escolher uma história de origem de seu personagem, determinada pela sua raça e classe. Eu, por exemplo, joguei como um mago élfico, e como mago, minha origem sempre começa na Torre do Círculo. Se você escolher ser um guerreiro anão, pode escolher entre ter berço nobre ou ter nascido nas castas baixas dos anões, o que muda bastante as consequências de suas escolhas durante o jogo. E essas escolhas de origem não são puramente cosméticas: sua escolha de origem vai mudar o final do jogo, vai mudar coisas durante suas quests, vai mudar a reação de outros personagens em relação a você... caramba, muda até quem aparece pra te ajudar na luta final.

Depois de escolhida uma origem, você irá jogar esta origem até o momento em que Duncan, o líder dos Grey Wardens em Ferelden, te encontrar e invocar o Direito de Conscrição. Cada origem tem uma história diferente que faz você se tornar um Grey Warden, mas todas elas acabam te levando para Ostagar, onde as forças do rei Cailan pretendem acabar com a Blight antes mesmo dela começar. Infelizmente, não é tão simples quanto parece, e sem dar maiores spoilers, todos os Grey Wardens, exceto o jogador e um rapaz chamado Alistair, morrem durante a batalha. Como os únicos sobreviventes, você e Alistair têm um objetivo durante o jogo todo: reunir todas as raças de Ferelden sob uma única bandeira, acabar com a guerra civil, e destruir o Arquidemônio. Simples, fácil de lembrar, certo?

Com esse objetivo em mente, começa uma história que define a palavra "épica". Cada uma das raças que você deve reunir (elfos, humanos, magos e anões) tem algum problema que os impede de ajudar os Grey Wardens, e você deve resolver esses problemas. Cada um deles é praticamente um capítulo em si, levando entre 15 e 20 horas para completar. No final do game, eu tinha 65 horas no relógio.

 

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Denerim

Essas 65 horas serão gastas viajando por múltiplos lugares num mundo incrivelmente bem pensado e diferente de todos os outros mundos de fantasia que já vi (pelo menos em videogames). Claro que ainda é bem Senhor dos Anéis, ainda tem elfos, anões, batalhas gloriosas (a Batalha de Ostagar é bastante parecida com a do Abismo de Helm), magos, cidades humanas sem rei, e claro, como o nome do game já diz, dragões. Mas são alguns dos detalhamentos da história desse mundo que o tornam muito mais interessante e que fazem o jogador querer continuar a jogar. Por exemplo, os elfos não são a grande raça imortal que conhecemos, mas sim uma raça que já foi um dia grandiosa e imortal, porém foram caçados pelos mais religiosos dos humanos por terem crenças diferentes, e agora vivem a ermo, como nômades pulando de floresta em floresta para não serem encontrados, enquanto boa parte deles vive como escravos ou empregados de humanos nas cidades.

Aliás, muito da história do mundo do game faz crítica à religiões, especialmente fazendo alusões às cruzadas (que no mundo do game, são feitas contra os elfos e acabam por fim dizimando sua cidade natal), e ao fato dos magos do jogo terem contato direto com demônios e poderem aprender "magia do sangue", podendo controlar mentalmente qualquer criatura que possua sangue. Isso faz com que os magos sejam perseguidos e controlados pela ordem dos Templários (o pessoal ADORA os Templários, não é mesmo?), que não permitem que nenhum mago saia da Torre do Círculo, e caça os magos que escaparem. Esses são apenas alguns exemplos da grande riqueza desse mundo, e o jogo possui um sistema de Codex bem parecido com o de Mass Effect, onde você pode ler sobre qualquer aspecto do jogo, até mesmo de itens únicos, fazendo o jogo ser ainda mais detalhado em termos de história.

Mas ainda mais estimulante do que o mundo explorável são os personagens. Os personagens de Dragon Age: Origins são simplesmente os personagens mais divertidos que a Bioware já criou. Cada um dos personagens jogáveis tem uma personalidade completamente diferente, e até mesmo os não-jogáveis têm histórias e diálogo muito bem escritos. Dragon Age: Origins tende a tratar de assuntos sérios, mas os personagens jogáveis sempre têm alguma fala muito engraçada para balancear. E os personagens são os mais simpáticos de todos os jogos da Bioware: Alistair, com seu jeito sério, porém brincalhão; Morrigan e seu total desdém por amor (o que ela chama de "laços de serventia” que não servem propósito algum); até mesmo um cachorro você adquire como personagem jogável. Não há nada como derrotar um chefe super difícil para ouvir um diálogo hilário entre dois personagens (sem brincadeira, eu ria alto na frente do computador durante algumas das falas). Todos os personagens de Dragon Age são memoráveis, e contrastam muito com os personagens nada inspirados do primeiro Mass Effect.

 

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Alistair parece ter passado por um açougue...

Eu consigo pensar em apenas um aspecto um pouquinho negativo: pelo menos dois terços das quests principais do jogo têm como motivo principal de existência um mago fugitivo (ou Maleficarum) que usou magia do sangue de alguma maneira que causou todo o transtorno que você deve solucionar. É quase como as raças extintas do Mass Effect, que sempre voltam à vida pra te dar mais uma quest. Felizmente, mesmo que muita coisa seja culpa dos magos, é sempre alguma coisa diferente, então não é tão grave assim, e não remove nada da força da história. Talvez a maioria das pessoas também leve o tema contra o jogo, já que essas histórias de alta fantasia são realmente coisa de nerd, então se você tem aversão a "coisas de nerd" (felizmente estou fazendo essa resenha pra um blog chamado Nerds Somos Nozes, selecionando bastante o público, hehehe) provavelmente não vai entender o que faz DA:O ser tão bom.

O que é mais importante na história de Dragon Age: Origins é a escolha do jogador. Cada diálogo, cada resposta que você escolhe é uma mudança que ocorre no mundo e que tem repercussão até mesmo no final do game. Dependendo das suas escolhas, o final pode mudar completamente, ou algum de seus companheiros pode se virar contra você. Suas escolhas determinam quem será rei de Ferelden, o que acontece na cidade dos anões, o destino de toda a raça élfica, o destino de todos os magos. Cada uma de suas escolhas afeta drasticamente o mundo ao seu redor, e é isso que torna Dragon Age: Origins tão interessante, e faz o game ficar ainda melhor nos replays.

GRÁFICOS

Origins é um jogo muito bonito de se olhar, embora não seja feito numa engine tecnicamente possante. É certamente mais bonito do que Mass Effect, já que não foi feito na Unreal Engine (DA:O foi feito numa engine criada pela Bioware, a Eclipse Engine, que é bem similar à velha Aurora Engine dos Neverwinter Nights). A animação dos personagens e inimigos é excelente, principalmente a animação facial e a interação dos personagens e inimigos durante as animações de morte (ex: A sincronia dos lábios dos modelos com as falas é perfeita. Os detalhamentos das roupas dos personagens são muito bem feitos. A iluminação do jogo é muito legal, com iluminação volumétrica e sombras detalhadas. O jogador também irá visitar uma grande variedade de locais diferentes, como florestas, cavernas, castelos, calabouços, templos, a cidade subterrânea dos anões, as cidades humanas, e até mesmo o mundo dos sonhos. O combate é muito legal de se assistir, super colorido, com magias de fogo, gelo e eletricidade voando pra todo lado e iluminando tudo ao redor (além, é claro, da síndrome de cores, que diz que quanto mais colorido e brilhante seus personagens estiverem, mais poderosos eles são). As texturas são excelentes e muito bem detalhadas. Não é tão tecnicamente poderoso como, por exemplo, Fallout 3, mas é muito bonito e não possui os mesmos problemas de performance que o Neverwinter Nights 2 tinha. Dragon Age roda muito bem e não requer um reator nuclear para rodar.

 

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Nada como uma tempestade num dia ensolarado

Porém, toda essa beleza e fluidez não vem sem alguns problemas técnicos. Em primeiro lugar, o problema mais chato: Origins tende a gostar de fechar sozinho e voltar pro desktop sem motivo aparente. Juntamente com a Lei de Murphy, ele tende a gostar de fechar depois que você completou umas 5 horas de jogo sem salvar, ou acabou de passar uma batalha especialmente difícil. Recomendo aos jogadores que aprendam a usar o Quick-Save (botão F5 no teclado) o tempo todo, eu dou Quick-Save sempre que termino uma luta. Outro problema técnico é que o jogo também tende a começar a encher a sua memória conforme o tempo que você joga. É praticamente um Firefox em maior magnitude: depois de umas 2 horas de jogo, o jogo tinha completamente enchido meus 4 GB de memória e começava a dar as malditas travadinhas. Desligar o jogo e ligá-lo novamente descarregava o computador, mas num jogo como Dragon Age que pode facilmente acabar com horas do tempo livre sem você nem notar, é muito chato ter que sair a cada duas horas. Chato, porém não deve impedir o jogador de se divertir pra caramba com o game.

SOM

Aqui está mais uma parte que Dragon Age faz com maestria. Primeiro, os efeitos sonoros são bem feitos, fazendo sentido, principalmente em relação às magias de fogo, magias elétricas, como por exemplo o som de uma nevasca quando você usa Blizzard, ou o poderoso som da tempestade criada pela combinação de magias Storm of the Century. O som das espadas e martelos batendo contra inimigos também é fiel e soa natural. Também não há nada como a baforada de um dragão queimando tudo.

A trilha sonora é épica, pra dizer o mínimo. O game tem uma boa alternação entre música calma para exploração, música de batalha e música épica pra enfrentar um dragão. Mas o melhor de tudo é a atuação de voz. DA:O é possivelmente o primeiro jogo sobre o qual não consigo reclamar de nada da atuação. Primeiro que o jogo tem tanta fala gravada que deixa até Oblivion e Fallout 3 no chinelo. E nenhuma dessas falas está fora de lugar, ou mal atuada. Especialmente dos personagens do seu grupo. Não tem nenhum ator famoso no elenco, mas cada um dos personagens tem seu jeito próprio por conta dos seus atores. É simplesmente a melhor atuação de voz que eu já ouvi. Talvez Mass Effect 2 já tenha a superado, mas por ora, Dragon Age: Origins tá no topo.

JOGABILIDADE

Agora sim, o principal. Como eu gosto de fazer em resenha de RPG, comecemos pela criação de personagem. O jogo possui um sistema robusto que permite um nível muito bom de customização sem ficar extremamente confuso como o de Neverwinter Nights. Primeiro, você tem uma escolha entre três raças: humano, elfo ou anão; depois escolhe dentre três classes para escolher: o guerreiro, o ladino ou o mago. Nada de classes de prestígio nem diferenças entre feiticeiro e mago, já que DA:O não tem mais nada com as regras de D&D. Sua escolha de classe depende do que você quer que seu personagem principal seja. Quer um brucutu que urra feito um troll e corta cabeças de darkspawn com um machado, ou um soldado experiente que usa escudos para absorver dano? Escolha o guerreiro. Quer um assassino que usa duas adagas para atacar inimigos pelas costas, ou um arqueiro? Escolha o ladino. Quer um mago que joga bolas de fogo e conjura nevascas e tempestades? Óbvio né... As raças determinam alguns bônus de atributos, assim como em Neverwinter Nights, e a única restrição é que anões possuem resistência nata à magia, portanto não podem ser magos.

Depois de escolher a raça e a classe, você pode escolher uma das origens da sua história. Humanos não-magos só podem ser nobres, elfos não-magos podem ser um dos elfos que vivem em clãs na floresta ou um elfo escravo nas cidades humanas, e anões podem ser nobres ou pertencer às castas mais baixas de Orzammar. Todo mago têm sua origem como aprendiz na Torre do Círculo. Sua origem irá determinar o que acontece em certas quests, quem você conhece, e até mesmo o final do jogo. Eu gosto bastante do sistema das origens. Apesar de ser meio limitado, ele te dá um maior controle sobre o personagem que deseja ser, como é em D&D.

 

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Criação de personagem: você vai olhar pras costas desse cara por 60 horas

A progressão dos personagens se dá num estilo muito parecido com o de Diablo. Você tem vários atributos (força, destreza, constituição, magia, etc... coisas de D&D mesmo) nos quais você ganha 5 pontos na criação e depois 3 pontos a cada nível para distribuir, e também tem várias "árvores" de habilidades nas quais você pode gastar os pontos que ganha a cada nível de personagem. Os guerreiros e ladinos possuem seções bem específicas de habilidades. Por exemplo, um guerreiro pode se especializar em ser o "tanque" do grupo, usando seu escudo para absorver dano. O guerreiro possui uma seção com várias linhas de habilidade específicas para uso de escudo que não permitem o uso de nenhuma das outras habilidades. O guerreiro tem uma seção para uso de escudos, uma para uso de duas armas ao mesmo tempo e uma para uso de armas usadas em duas mãos. O ladino possui a linha de duas armas e a linha de arcos e bestas. Eles também possuem linhas específicas de sua classe, que podem ser usadas por qualquer personagem.

Eu joguei pelo jogo inteiro como um mago, e estes não são tão simples. Os magos não são restritos a um único estilo. O mesmo mago que usa uma magia de regeneração para impedir o guerreiro de morrer também pode jogar bolas de fogo pra lá e pra cá, ou conjurar... graxa no chão. Aqui que aparecem algumas incongruências com a história... um mago pode reerguer os corpos dos mortos sem problema, mas não pode usar seu próprio sangue como energia mágica sem ser perseguido? Estranho né? O mago pode escolher as magias que quiser sem ficar preso a uma especialização. Ao contrário dos Neverwinter Nights, o mago não é a classe mais difícil do jogo. Pelo contrário, ter um mago no grupo faz o jogo ficar muito mais fácil a não ser que você esteja jogando na dificuldade Nightmare. Se tiver dois magos então, nem mesmo o Nightmare é difícil. O mais complicado é escolher as magias, pois todas elas têm alguma utilidade, e você não tem pontos ilimitados.

 

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Quanto mais coloridos, mais poderosos

Durante o jogo, dependendo das suas ações em certas quests, ou se você convencer um de seus companheiros a ensinar o resto, você pode destrancar "especializações", que efetivamente tornam a classe do seu personagem mais eficiente naquilo que ela faz. O mago, por exemplo, pode aprender a ser um mago de sangue (usa vida no lugar da mana para fazer feitiços), ou um ladino pode aprender a ser um assassino e ganhar novas habilidades que aperfeiçoam sua eficiência em apunhalar inimigos pelas costas. Algumas delas requerem que você faça coisas específicas durante a história do jogo para aprender, mas a maioria pode ser comprada nos mercadores, ou aprendida com um de seus companheiros (Alistair ensina a ser um Templário, por exemplo).

A árvore de diálogos não é tão legal quanto a de Mass Effect, já que o sistema retorna a ser como era em Knights of the Old Republic, você escolhe dentre uma lista de respostas aquela que deseja responder, mas seu personagem não fala a linha. Porém, isso não torna o diálogo menos rico. Especialmente, já que o sistema de alinhamentos foi praticamente abolido. Você não tem mais uma barrinha que marca se você está do lado da luz ou do lado negro da Força, então você não tem mais que se preocupar com isso e simplesmente ter o papel que você quiser para seu personagem. Por outro lado, um sistema bem parecido com o de Neverwinter Nights foi implementado: seus personagens reagem às suas ações. Cada um de seus personagens tem uma barra de "aprovação" em relação ao personagem principal, e essa barra se move conforme a opinião de cada um deles. Por exemplo, Morrigan detesta ajudar pessoas sem ter nenhum ganho em troca. Então se você decidir ajudar um casal de elfos que brigaram a se reconciliar, a aprovação dela vai cair. Mas por outro lado, a aprovação de Leliana vai aumentar, já que ela adora ver o amor florescer. Algumas ações mais sérias durante o jogo podem fazer companheiros simplesmente se virarem contra você, ou deixar o grupo completamente.

O inventário é mil vezes melhor do que aquele em Mass Effect, já que você pode organizá-lo do jeito que preferir. Você pode colocar pra que ele exiba apenas armas, ou apenas armaduras, e sortir por tipo, pela ordem na qual você encontrou, ou alfabeticamente. Passar o mouse por cima de um item faz aparecer uma pequena janelinha que compara o item que você está observando ao item que você tem equipado naquele slot, e do lado esquerdo você vê uma imagem do seu personagem e todas as suas estatísticas funcionais (vida, mana, fadiga, armadura, defesa, ataque). Os itens não são tão importantes quanto em Diablo (lá eles praticamente faziam o seu personagem), mas são importantes de qualquer maneira. Alguns sistemas com os itens são legais, como por exemplo o sistema de fadiga: usar armaduras muito pesadas, dependendo de sua classe, faz o personagem ficar mais "cansado", levando a um aumento do custo de stamina ou mana para usar suas habilidades.

 

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Sim, o jogo não se chama Dragon Age à toa!

Quanto ao combate, que é mais importante, é praticamente um Neverwinter Nights 2, mas sem os turnos. Você controla um grupo de até quatro personagens durante as batalhas, e pode pausar a ação sempre que precisar para facilitar o controle. Ou você pode dar as ordens aos seus personagens em tempo real mesmo, para maior realismo ou desafio. Também é possível escolher entre uma perspectiva em terceira pessoa com a câmera atrás do personagem que você está controlando, ou controlar com uma vista de cima, como um jogo de estratégia. Na parte inferior da tela, você tem uma barra de acesso rápido onde pode colocar qualquer habilidade ou item para ser usado com o toque de um botão, e que pode ser estendida para preencher toda a tela, o que tende a ajudar os magos a usar mais feitiços mais rápido.

Para quem não quer ficar pausando o jogo para controlar cada um dos personagens, o jogo possui um sistema de táticas, que a princípio parece ser complicado de usar, mas qualquer pessoa que tenha um mínimo de conhecimento em programação pode usar facilmente. Esse sistema usa um esquema de "If" e "Then" como em programação: por exemplo, se você quer fazer múltiplos inimigos dormirem, e usar Entropic Nightmare sempre que um dos inimigos estiver dormindo, você abre a janela de táticas e observa que do lado esquerdo estão as condições e do lado direito as ações. Coloque do lado esquerdo "Enemy: Clustered with at least 2 allies" (inimigo posicionado perto de pelo menos dois aliados) e do lado direito "Sleep" (usar a magia Sleep). Depois, "Enemy: Status: Sleeping" > "Horror", e seu personagem automaticamente fará seus inimigos dormirem e causar forte dano em um deles, além de deixá-lo paralisado de medo. Eu, pessoalmente, deixava o computador escolher as táticas automáticas sozinho enquanto eu pausava e controlava cada um dos meus personagens manualmente, mas cada jogador pode escolher como faz seu estilo de jogo, o que torna o jogo mais interessante ainda.

Todos esses sistemas de RPG juntos tornam Dragon Age: Origins viciante, interessante, rico em situações de combate (você vai enfrentar todo tipo de inimigo, incluindo zumbis, bandidos, os já mencionados darkspawn, monstros, magos, e claro, dragões) e com os diálogos mais interessantes e engraçados de um RPG da Bioware.

FATOR REPLAY

O fator replay de Dragon Age: Origins é extremamente alto, levando em consideração que, não importa quantas vezes você jogue, nunca vão acontecer exatamente as mesmas coisas. Uma escolha diferente que você faça num diálogo pode mudar completamente a reação de um personagem, ou mudar alguma outra coisa nas quests posteriores, ou mesmo mudar o final do jogo. Sendo um game bastante longo (eu diria de 50 a mais de 100 horas dependendo do jogador), qualquer um pode ter muito tempo de divertimento com esse game.

Não só isso, mas a variedade de classes e estilos de jogo, e até mesmo de combinações de companheiros para acompanhá-lo nas batalhas faz o jogo ter uma multiplicidade de maneiras diferentes de se encontrar um novo desafio. Você pode jogar sem nenhum mago, ou pode não usar as táticas automáticas, ou pode usá-las exclusivamente. São tantas opções para se jogar esse game novamente que tenho certeza que qualquer um que goste de RPGs vai jogar pelo menos umas três vezes todas as muitas horas desse jogo incrível.

DLC: THE STONE PRISONER, WARDEN'S KEEP, RETURN TO OSTAGAR

As pequenas expansões de DA:O que foram lançadas logo após o lançamento do jogo em si são pequenas, porém fazem parte do mundo do jogo sem parecerem ser artificiais (eu tenho pra mim que a EA manda a Bioware cortar conteúdo só pra cobrar mais dos pobres jogadores depois, mas isso é um debate que não tem lugar nesta resenha), e não são tão terríveis quanto as de Mass Effect, apesar de serem bem pequenas.

The Stone Prisoner adiciona uma pequena cidade a oeste de Lothering, chamada Honnleath, onde é dito que existe um poderoso golem paralisado, e você encontra um vendedor que te dá a varinha de controle do golem. Em Honnleath, você toma parte em uma pequena quest depois de descobrir que os darkspawn invadiram e tomaram a cidade, mas a senha para ativar o golem não funciona. Você então precisa encontrar os sobreviventes da cidade para conseguir esta senha.

Depois de completa a quest, você ativa Shale, o golem, e ele se torna parte de seu grupo. Shale é praticamente HK-47 (robô assassino do Knights of the Old Republic) num mundo de alta fantasia. Ele adora reclamar dos humanos que são cheios de líquidos gosmentos e esmagar suas cabecinhas como se fossem geléia, mas o que ele realmente odeia são os pombos. Imaginem: um golem ficou lá paralisado na cidade por séculos, com pombas pousando nele e tal... ele tem uma boa justificativa para seu ódio de pombos. Na verdade, esse DLC é legal apenas porque Shale é um personagem muito engraçado, caso contrário não seria lá muito especial.

 

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Shale é um ótimo personagem

Warden's Keep faz você voltar à fortaleza onde os primeiros Grey Wardens de Ferelden se reuniam antes de serem expulsos do país. Um mercador amigo de Duncan (o Grey Warden que te encontrou no começo do jogo) pede para que você o acompanhe até Soldier's Peak para descobrir o que aconteceu com sua tatataravó, Sophia Dryden, uma antiga comandante dos Grey Wardens. Lá, você descobre que toda a fortaleza foi tomada pelos mortos-vivos. Então começa uma pequena quest para descobrir o que aconteceu na fortaleza e o que aconteceu com Sophia Dryden. É uma boa adição pelas batalhas dentro da fortaleza, pela história do passado dos Wardens, e pela melhor espada do jogo inteiro, Starfang (coloque a long sword no Alistair e veja ele ser o melhor membro do seu grupo).

*****ALERTA DE SPOILER***** O DLC Return to Ostagar se relaciona com aspectos da história de Dragon Age que podem estragar o começo do jogo para você. Portanto, a não ser que não se importe com spoilers, leia por sua conta e risco. *****ALERTA DE SPOILER*****

Return to Ostagar abre novamente as ruínas de Ostagar para exploração depois da batalha que acabou matando o rei Cailan e todos os Grey Wardens. Seu objetivo é encontrar todas as peças da armadura de Cailan, pegar de volta a espada do velho rei Maric, e encontrar também as cartas do rei que continham provas de uma aliança com o país vizinho de Orlais. No caminho você terá que enfrentar uma pequena horda de darkspawn, incluindo um necromante que revive o corpo do Ogre que matou Cailan. Infelizmente, é bem curtinho e não tem nenhuma recompensa tão legal quanto os outros dois DLCs.

PRÓS E CONTRAS

+ História muito boa, bem contada

+ Mundo explorável rico em detalhes

+ Um jogo muito bonito de se assistir e se jogar, com ótimas texturas, iluminação, animação e modelos de personagens

+ Trilha sonora apropriadamente épica

+ Atuação de voz fantástica

+ Ótimo sistema de criação de personagem

+ Sistema de progressão dos personagens melhor ainda

+ Abolição do sistema de alinhamento; entra a aprovação dos companheiros em primeiro lugar

+ Inventário fácil de usar e altamente customizável

+ Combate divertido e tático

+ Altíssimo fator replay

+ DLCs legais, principalmente com a adição de um novo personagem

- O jogo sai pro desktop sem razões aparentes de vez em quando

CONCLUSÃO

Semana passada no NSN o pessoal reclamou sobre como eu falei "mal" de Mass Effect, sobre como eu estava esperando demais de um RPG da Bioware que não teve ajuda de outras companhias para ser feito. Dragon Age: Origins prova a força da Bioware como empresa de RPG, que consegue fazer uma obra prima sem a intervenção de mais ninguém e sem precisar de franquias. Origins é o RPG definitivo para os fãs de alta fantasia, e o melhor jogo de 2009 sem sombra de dúvida. E eu assino embaixo.

NOTA: 10

Avatar Beatriz Paz

Wii Classic Controler Pro

 

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Essa é pra vocês, fãs e admiradores do mais novo brinquedinho da Nintendo: saiu no dia 21 de Abril na terra do Tio Obama, o Wii Classic Controler Pro, essa belezinha que ilustra o post logo ai em cima. É a “digievolução” do Wii Classic controler, que mais parecia um controle de Super Nintendo branco e com dois analógicos.

 

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O Wii Classic Controler Pro, além de ter a mesma quantidade de botões do modelo anterior, tem um design que lembra bastante o Dualshock da Playstation, já que apresenta outros 4 botões, - mais conhecidos como R1, R2, L1 e L2 - na parte superior, os chamados apoio de dedos, ou “aqueles que você aperta na hora de jogar Guitar Hero se você não tem a guitarrinha”.

Agora vamos a parte que interessa, a grana. Quanto vai custar esse brinquedinho não se sabe, pois a pretensão de preço nas terras de Brasil ainda não foi estipulada. Ah, ele também tem duas opções de cores, preto e branco.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Avatar FiliPêra

Os personagens de Black Hole ganham vida

 

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A galera do estúdio fotográfico digital The Operators resolveu tornar as imagens de Black Hole mais realistas do que os desenhos de Charles Burns. Para isso produziu um editorial para a revista britânica 125, onde juntou umas fotos com ar retrô no estilo livro do ano a retoques digitais. O resultado, apesar de não ser assustador no sentido mais pleno da palavra, passa aquela nítida sensação de incômodo, mostrando que algo está terrivelmente errado. É o tipo de arte digital menos óbvia e mais interessante que os já saturados really-algum-personagem-famoso.

 

[Via Omelete]

Avatar Voz do Além

Veja mostra como as campanhas políticas já começaram mal

 

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Já deixei bem claro que não gosto de nada de política brasileira. Não gosto da forma como são conduzidas as eleições (exceto das urnas eletrônicas) e com o atraso monstruoso nas regras das campanhas. Gosto muito menos dos candidatos, um pior que o outro (votarei NULO). Mas até aí tudo bem, são regras arcaicas de um país em que só uma minoria cresce, e apenas financeiramente, pois culturalmente continua praticamente estagnado. Só acho ridículo quando uma revista que se diz o maior exemplo de jornalismo no país, e ainda gritar aos quatro cantos que é imparcial, estampar uma foto digna das capas da Capricho, e tentando passar uma imagem diametralmente oposta a conhecida por aí acerca de um candidato… Fora criar um clima de já ganhou com a manchete “Serra e o Brasil pós-Lula”.

Mas enfim, esse é o jornalismo corporativo velado que vemos por aqui. Por mim, que eles façam a campanha que lhes aprouver, só deixe isso CLARO para quem lê aqueles pedaços de papel que só servem pra impedir que o chão seja sujo enquanto se pinta o cômodo. Não fica pagando de imparcial. Só isso…

 

PS: Eu sei que a imagem é do início da semana, e rolou até viral com ela, mas só a postei agora…

Avatar Murilo

Réplica do chapéu de palha de One Piece

 

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Eu sei que já enchi o saco dos leitores do NSN de tanto que escrevi sobre One Piece. É só procurar pelo nome da série na barrinha de busca no canto superior direito para ver que é verdade. Mas quando soube que lançaram uma réplica do maior símbolo do protagonista Ruffy, o chapéu de palha, não consegui conter meu impulso de postar. Apenas 500 chapéus de palha serão produzidos, pelo valor exorbitante de 53 doletas, quase um roubo.

Talvez eu esteja exagerando, mas eu posso fazer um chapéu de palha praticamente idêntico a este aí e vender pela metade do preço! Eu moro no Nordeste, é só eu pegar qualquer chapéu desses, passar uma fita vermelha ao redor e tirar onda de pirata mais popular dos quadrinhos japoneses. Mas também tem o fato de ter que pagar os direitos ao autor da obra, entre outros, mas mesmo assim ficou muito caro. Me perguntando quanto tempo vai demorar até surgirem cópias disso em eventos pelo Brasil.

 

[Via Anime Pró]

PS: Os que não gostam de mim podem estourar o champanhe. Começaram as preparações da revista do NSN (que por enquanto tem o nome de trabalho de NSN Magazine, mas não vamos deixar que ela se chame FiliPêraZine, ouviu FiliPêra?!) e estamos em fase de discussão ainda. Mas começarei a escrever meus textos para essa publicação, que serão mais longos e exigirão mais tempo livre.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Avatar Voz do Além

A Terra vista de Marte

 

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Essa fotografia, capturada em 8 de março de 2004, mostra pela primeira vez a Terra vista de um corpo espacial mais longínquo que a Lua. E a constatação é: somos um pedaço de quase nada no meio da vastidão do Universo. E olha que é Marte, que tá aqui “do nosso lado”.

Cadê seu Deus agora?

 

[Via Boing Boing]

Avatar Murilo

Shonen Jump pede fim da pirataria de HQs

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Qualquer pessoa com um mínimo de conhecimento sobre o mercado editorial sabe que o maior medo das editoras é que os scans prejudique tanto a sua forma de negócios quanto os downloads ilegais de MP3 afetaram a indústria fonográfica. Particularmente, não entendo perfeitamente essa preocupação, já que muitas pessoas pegam livros e gibis emprestados com amigos ou em bibliotecas e nem por isso se tornam criminosas ou as editoras faliram. Os scans são apenas uma evolução disso, com a diferença de ter alcance global. Se valer a pena o fã desejará comprar, mas ninguém quer gastar dinheiro com um gibi ou livro e depois descobrir que ele era ruim.

Infelizmente, as editoras e os escritores não pensam desta maneira, combatendo projetos legais  como o Livros para Todos, que protestam contra os altos preços dos livros. A Shonen Jump, maior antologia de mangás, fez algo no mínimo insólito. Simplesmente pediu em um editorial da edição da semana passada que os leitores parassem de digitalizar as páginas e disponibilizá-las na rede. O editorial é este, que eu copiei do Omelete:

 

"Hoje existem muitas pessoas dando injustamente cópias de mangás na internet. Estas cópias ilegais não fecham com os sentimentos dos mangakás. Elas também distorcem as intenções dos autores quanto a como o trabalho deve ser lido. A ação de publicar estas cópias injustas na net, nas quais os mangakás investiram sua paixão, não apenas ferem os quadrinistas na vida real, mas também são contra a lei, mesmo que feitas de boa fé. (...) As cópias injustas na internet estão ferindo profundamente a cultura do mangá, os direitos dos mangakás e até as almas dos mangakás. Por favor entenda mais uma vez que tudo isso é contra a lei."

E o pedido surtiu um certo efeito, já que o Ritual Scan Forge, um dos maiores sites de scans da internet, parou de disponibilizar novos capítulos dos mangás. Agora falemos sobre o editorial da Jump. As cópias ilegais de fato vão contra o impacto que os autores planejaram com suas obras, já que ler é uma obra no papel é uma experiência com uma maior imersão do leitor do que ler pelo monitor de um computador. Isso acontece porque as obras são pensadas para aquele formato e por isso o leitor só tem uma experiência completa no papel.

Mas eu não entendi o porquê de toda essa preocupação da Jump. Os scans permitem aos fãs de outros lugares do mundo conhecer obras anos antes de serem publicadas no Brasil e ler mangás que provavelmente nunca receberão a mesma chance. Quadrinhos populares no Brasil como Naruto, Nana, Death Note e One Piece quando foram publicados no Brasil já tinha um gigantesco grupo de fãs que não hesitou em comprar as edições porque já sabia que eram boas. Os scans só diminuem de fato as vendas dos quadrinhos ruins.

Está certo que a Jump está ladeira abaixo nas vendas, mas bate recordes e mais recordes nas vendas de volumes encadernados. O propósito das antologias sempre foi fidelizar o leitor para que ele comprasse depois o volume encadernado dos mangás que gostasse. Então porque toda essa aflição? Os scans também podem servir como agente fidelizador.

O problema das editoras é que elas têm uma mentalidade muito retrógrada. Basta ver a entrevista da Panini no Omelete, que praticamente chamou seus leitores de piratas. As editoras deveriam aproveitar as oportunidades que a internet dá e criar planos de negócios para ela, que consistam de fato em uma revolução editorial.

 

[Via Omelete]

Avatar FiliPêra

Pipoca e Nanquim sobre zumbis

 

Como você deve ter conhecido AQUI, os caras do Pipoca e Nanquim têm um videocast foda. E o tema da semana - passada… dormi no ponto e só estou postando agora - são os zumbis, um gênero de filme que gosto… e odeio. Gosto porque em seus primórdios o Romero matava a pau, fora que o gênero ainda lança filmes como Zombieland e Shaun of the Dead. Mas odeio porque Romero andou perdendo a mão, e pariu Terra dos Mortos, que é ridículo.

E os caras do Pipoca e Nanquim fazem milagre com a meia hora que possuem, destrinchando o tema no cinema (tipo Romero), games (Resident Evil e Left 4 Dead) e HQ’s (Os Mortos-Vivos e Walking Dead). Tudo pra nos lembrar que o tema é vasto e é necessário muito tempo pra cobri-lo.

É isso, VEJAM! Ah, firmamos parceria com eles, aguarde novidades!

terça-feira, 27 de abril de 2010

Avatar Voz do Além

Polícia viola lei e invade a casa de editor do Gizmodo

 

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Como você deve ter lido AQUI, o Gizmodo US conseguiu um protótipo secreto de iPhone esquecido num bar por um jovem engenheiro, e a Apple não gostou muito. Primeiro a trupe de Steve Jobs mandou uma carta querendo o telefone de volta. Ele foi devolvido. E agora… elas usaram a força para fazer um “levantamento mais aprofundado do caso”, mostrando que Steve Jobs realmente abandonou seus tempos hipongas de paz e amor.

Na noite da última sexta-feira, uma força-tarefa do Rapid Enforcement Allied Computer Team, da California (especializado em crimes eletrônicos e no Vale do Silício) entrou na casa de Jason Chen, que é o editor do Giz que comandou todo o processo de aquisição e investigação com o protótipo, sem a presença dele - sim, forçando a porta, amigos, o que é contra a lei - e levou quatro computadores, dois servidores, um iPhone, máquinas fotográficas, registros bancários e a impressão de um email. O

O fato é uma mostra de como certas corporações, quando chegam em momentos de crise, agem como mamutes pisando numa plantação de alface. É o tipo de atitude que mancha a imagem da empresa de forma tremenda, ainda mais se levando em conta que o vazamento só ocorreu por causa de um funcionário deles, que esqueceu o telefone num bar, após encher a cara. Toda a operação de aprisionamento de material da casa de Chen - praticada de forma ilegal, de acordo com algumas análises que li - foi calcada no obscurantismo e no uso da força suplantando a investigação. Quando Chen mostrou um email da diretora da Gawker, dizendo que a Lei da Califórnia impedia invasões e prisões de qualquer material de jornalistas, os policiais disseram que em 25 anos de profissão jamais viram essa lei, deram as costas e foram embora.

Alguns comentaristas do post do Gizmodo sobre o assunto, disseram que acharam a ação linda, que a Apple estava no direito dela de fazer valer a lei, e que o jornalista mereceu. Mas, independente do que acham as pessoas, as leis por lá protegem jornalistas. A lei federal (confirmada por uma lei estadual da Califórnia) proíbe a prisão de qualquer material de posse de jornalistas, mesmo que toda a organização em que ele trabalhe esteja sob investigação (sim, jornalistas são fodas! Melhor que prisão especial, isso…). Ao invés disso, eles devem emitir uma intimação, que deve ser assinada, e é passível de ser contestada pela organização jornalística, que tem o direito de dar explicações sobre o fato.

E a lei estadual, ainda prevê que jornalistas fiquem calados quando perguntados sobre detalhes de reportagens ou sobre fontes. Eles têm esse direito, e podem exercê-lo, mesmo em juízo. E no estado da Califórnia blogueiros são considerados jornalistas, têm os mesmos direitos e deveres. Fora isso, segundo a Gawker, o mandado de busca foi redigido de forma ilegal também, pois permitiu a busca de qualquer computador e outros equipamentos eletrônicos…

 

Ditadura de corporações? Nós já vivemos nela, amigo. E mesmo que o Jason Chen e o Gizmodo tenha errado com a compra de material roubado (o termo correto seria achado, mas tudo bem), e prejudicado a Apple, ao revelar planos futuros… é inadmissível esse tipo de atitude imbecil e que viole a lei. Para quem ainda não entendeu a magnitude da situação, eles entraram na casa do editor sem a presença dele!!! Poderiam ter levado tudo embora sem anotar nada, e ele deveria ficar quieto. E tudo porque um bêbado esqueceu um telefone no bar.

E ainda tem gente que protege corporações…

 

Só duas questões complementares: a Apple ainda não declarou oficialmente que o telefone é dela, e dessa forma, não poderia realizar buscas atrás dele. E outra: segundo depoimentos de pessoas que estavam no bar, o cara que achou o telefone, tentou fazer uma devolução, mas não achou o cara que o perdeu, e posteriormente, a própria Apple teria se negado a receber o telefone dele. Depois disso é que ele tentou vende-lo!

 

[Via Gizmodo e Wired Threat Level]

Avatar Murilo

Cyberpunk: imaginando o futuro para elucidar o presente

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Nos 70 e 80, quando se começou a discutir qual o destino da civilização perante às novas tecnologias que revolucionavam a forma de se viver em sociedade, uma nova tendência literária e cinematográfica surgiu, a qual ganhou a denominação de cyberpunk. Com influência da ficção científica, das drogas, do sexo e do rock, seus autores misturaram os mais díspares gêneros, romperam com vigor as barreiras entre filosofia, literatura e cultura de mídia com uma escrita ágil e lotada de alegorias e metáforas. Analisando as tendências do presente, fortemente influenciada pela tecnologia e pela mídia, os cyberpunks julgavam que o futuro seria aterrador, onde tudo é possível e é cada vez mais difícil sobreviver.

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Blade Runner
Em vez de escrever sobre as forças rebeldes de um império em uma galáxia muito distante (antes que alguém fala alguma coisa, sou fã de Star Wars), os autores do estilo cyberpunk escrevem sobre o nosso próprio mundo, num futuro em que Microsofts da vida controlarão cada aspecto da nossa vida por interesses próprios, sistemas são capazes de programar a personalidade dos indivíduos e a clonagem humana já é uma realidade. Frutos do consumismo norte-americano, da televisão como babá dos filhos e unificadora da família e do avanço acelerado da ciência, os cyberpunks tentam analisar a intensidade dessas transformações e como elas afetarão o mundo. E criam sua ficção a partir disso.

Escrito por jovens autores, primeiramente em fanzines, alguns dos que se destacaram são Bruce Sterling (autor do fanzine mais importante do movimento, o Cheap Truth), Greg Bear e Rudy Rucker, mas talvez o maior escritor do gênero seja William Gibson. Estreando com o pé direito em seu Neuromancer, romance que ganhou todas as principais premiações da ficção científica e foi considerada texto fundamental do cyberpunk e um dos melhores romances das últimas décadas. Com influências de Blade Runner, histórias de detetive e ficção científica tradicional, fantasia, noir de Raymond Chandler, bem conectado ao ideal cyberpunk de unir vários gêneros dentro de uma mesma narrativa. No romance, as fronteiras perderam a importância e culturas, línguas e raças se tornaram uma só.

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Num mundo onde informação é sinônimo de poder, os ladrões de dados informatizados são comuns e bem pagos no mercado negro. E essa é a profissão do protagonista Case, que é definido pelo autor como um "cowboy do ciberespaço". Ele é contratado para roubar a IA Neuromancer, para que ela possa se fundir à inteligência artificial Wintermute. Para isso, se une a um grupo. Cada integrante tem uma habilidade especial útil ao trabalho, como Molly, que porta facas abaixo das unhas.

Não se explica direito se os personagens estão no mundo real ou no virtual. Como é comum em muitos livros e na consagrada trilogia Matrix, os personagens entram nos sistemas de computador por uma ligação direta com o cérebro. Um tema presente em muitos filmes, como 2001: Uma Odisséia no Espaço (onde o computador HAL toma controle da nave), também dá as caras em Neuromancer. O pavor de que a tecnologia, a qual usamos para controlar a natureza, nos domine e triunfe sobre a humanidade é uma constante no livro, que também retrata a batalha do protagonista alienado Case pela autonomia num mundo dominado pela tecnologia.

Outra questão é qual é a definição de humanidade num mundo em que construtos de computador tem personalidade e os humanos tem diversos implantes. Humanidade e tecnologia se confundem, dando a idéia de que em breve seria impossível dissociar ambos.

William Gibson seguiu em frente com o futuro criado em Neuromancer nos seus romances seguintes. Ele e caras como Lewis Shiner e Sterling tornaram-se fenômenos pop, profetas dos novos tempos que viriam.

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Mas como tudo que alcança seu auge, o cyberpunk entrou em declínio. Lendo os livros, a impressão que fica é que tudo já foi feito antes e que não passa de mais do mesmo. O cyberpunk já não atende aos problemas da sociedade atual. As próprias pessoas parecem não se importar com as mudanças, estas ocorrem em tal velocidade que por vezes sequer nos damos conta. A começar pela internet, que permitiu que qualquer cara talentoso pudesse criar uma página visitada por milhares de pessoas e que uma pessoas pudesse prejudicar uma grande empresa com um simples vídeo do YouTube.

Porém, o movimento cyberpunk ainda se faz presente em games, livros e artigos e na internet, que está repleta de debates em blogs e em fóruns de discussão. Sem falar de Matrix, que claramente se inspirou no movimento. Do contrário eu não perderia meu tempo gastando meus dedos escrevendo este post (de graça) para o NSN. A existência de hackers e dos vírus de computador comprovam a visão de William Gibson já em 1984. Só resta a nós aguardar o futuro para ver o que ele, Greg Bear, Bruce Sterling e companhia também acertaram em seus livros.

[Fontes consultadas: Com Ciência]
Avatar Felipe

Legião

 

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Em Legião, Deus perdeu a fé na humanidade e resolveu enviar um exército de anjos para exterminar todos. Porém, o arcanjo Miguel decide ajudar os humanos, principalmente uma jovem que está prestes a dar à luz uma criança. De acordo com a sinopse oficial do filme, essa criança seria a segunda vinda de Cristo à Terra, mas isso não fica bem claro no filme.

Com uma sinopse dessas, eu fui assistir ao filme, esperando batalhas insanas entre os anjos e os humanos escolhidos por Miguel, mas, infelizmente, a coisa não é bem assim. O filme até começa legal, com Miguel chegando à Terra e cortando suas asas para se libertar de vez do Céu. Logo em seguida, ele pega várias armas e parte para o combate, enfrentando um humano possuído por um anjo. Sim, os anjos não aparecem, eles possuem humanos e agem como se fossem demônios.

O problema é que, depois desse começo interessante, passamos a acompanhar a história de Charlie, que mora no meio do deserto e está grávida de um filho que ela nem queria. O filme perde muito tempo mostrando a jovem e as pessoas que moram com ela, além das pessoas que acabam indo parar lá por acaso. E em nenhuma momento esse tempo é aproveitado para explicar a importância do bebê. De repente, a lanchonete onde Charlie trabalha já está sendo atacada por pessoas possuídas e Miguel chega lá para protegê-la (também sem explicar muita coisa, apenas dizendo que a criança deve viver).

O filme tem ainda um grave problema no roteiro: os possuídos ficam o tempo todo tentando matar Charlie (um quase consegue), mas de repente, Miguel revela que apenas ele ou Gabriel é que poderiam tocar na criança. Então pra que toda aquela preocupação com os possuídos? E não vamos esquecer que é muito estranho Deus mandar o filho dele à Terra e depois mandar um bando de anjos para matá-lo.

Pelo menos a ação e os efeitos de Legião são decentes. A luta entre Miguel e Gabriel é bem maneira, além de mostrar as asas dos anjos de um modo diferente do que estamos acostumados. No filme, elas parecem uma espécie de metal bem maleável para que permita o vôo, mas também ficam resistentes para servir de escudo. Pena que os únicos anjos que aparecem mesmo são Gabriel e Miguel, o resto apenas possuem os humanos.

 

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Quando anunciaram que Legião sairia direto em DVD, eu cheguei até a reclamar, mas agora vejo que as salas de cinema não perderam muita coisa. O filme não é horrível, mas não acho que valeria o preço absurdo de um ingresso. Vale mais como um divertimento numa tarde de domingo em que não se tem nada para fazer.

 

Legion (EUA, 2010)

Diretor: Scott Stewart

Duração: 100 min

Nota: 6

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Avatar Voz do Além

Luciano Huck mostra o maior motivo da existência de golpes na internet: falta de cérebro

 

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Num livro de espionagem escrito por Viktor Suvorov li uma verdade universal: uma corrente não é mais forte que o mais fraco dos seus elos. No caso da espionagem, o elo mais fraco é oficialmente a comunicação - escrita miniaturizada, rádios com frequências ultra-baixas, criptografia avançada. Tudo isso é difícil de ser decifrado, mas matematicamente possível - mas todos que conhecem um pouco de espionagem sabe que esse elo são agentes vendidos e deserções.

O mesmo princípio se relaciona a segurança digital. Não adianta nada anti-vírus, navegadores com anti-pishing, sites resistentes a DoS e outros tipos de ataques… se um sujeito coloca como senha a data do próprio aniversário! É o mesmo que deixar a combinação de um cofre do lado dele. Ainda mais no Twitter, que hoje é mais ou menos a página oficial dos caras mais verborrágicos da vida.

Luciano Huck mostrou que esse tipo de deslize pode dar merda, ao perder a conta dele do Twitter por um tempo. Os “““““““hackers””””””” ainda aproveitaram o fato de estar de posse de uma conta com 1,860,417 (a maior do Brasil) seguidores e mandaram a já clássica “PORRA, LUCIANO! Sério que a tua senha é a data do teu aniversário? SÉRIO?".

Logo depois os invasores apagaram a mensagem e mandaram a nova senha da conta por DM pra Angélica… De volta no comando do seu próprio Twitter, Huck ainda mandou a piada tosca: "Depois da indelicadeza de ser hackeado no twitter...estou de volta! Ah...minha nova senha é: angélica! :)".

Lembra do Chaves mandando dar zero?! Então…

 

[Via Gizmodo]

Avatar FiliPêra

Vaza spoiler do último episódio de Lost

 

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Só reavisando: tem spoilers a rodo logo depois dessa linha…

Eu não sei quanto a vocês, mas pra mim Lost tá bem mais ou menos. Tá num vai não vai irritante, alternando capítulos bons, com alguns bem chatos. Claro que tem aquele blábláblá clássico de que só saberemos se essa temporada é realmente boa ou não depois que acabarmos de vê-la (e Eu concordo com isso), mas como não temos nada mais a fazer a não ser reclamar discutir e esperar, reclamamos… Ainda que o Desmond esteja fodão (um novo Jacob, pelo visto) e a dualidade do Widmore interesse, ver o Ben virando um pateta e o Sayid uma múmia não é legal de se ver - isso fora conviver com o mala do Jack. Enfim, Lost não é o seriado perfeito, mas as discussões são divertidas e interessantes.

Mas vamos ao tal spoiler - que não entrou NESSA LISTA de spoilers que fiz - que foi encontrado num pedaço de roteiro que aparentemente foi esquecido num restaurante no Havaí (olha o povo de Lost seguindo o exemplo da galera da Apple).

Bom, não é grande coisa, mas o tal pedaço de roteiro está relacionado a uma cena com Jack, Fumacento e Hurley e Ben escalando uma caverna, que aparentemente tem alguma relação com os esqueletos de Adão e Eva - mistério que aparentemente será solucionado no episódio 15. Mais a frente, um trecho dá a entender que Jack e o Fumacento seriam engolidos por uma luz, que pode ser a tal arma de Widmore (se isso rolar, e os dois partirem dessa pra uma melhor, será ÉPICO!).

 

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A ABC, que produz o seriado, confirmou a veracidade do pedaço de papel acima, e que ele apresenta cenas verdadeiras! É isso…

 

[Via Judão - que tá dando uma de G1 e tá com feeds parciais!]

domingo, 25 de abril de 2010

Avatar Beatriz Paz

Agora virou fã de Pokémon né?

 

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Você com certeza já ouviu falar dos Pocket Monsters que dominaram o mundo em meados de 1999 e que ainda hoje fazem sucesso – foi anunciado o lançamento de mais um jogo da franquia Pokémon para Nintendo DS e Nintendo DSi, intitulado Pokémon Black e Pokémon White – seja com as infinitas temporadas, seja nos card games ou nos videogames. Pokémon é um clássico para quem passou a infância nos anos 90.

Tá, agora vamos a parte interessante. Tá vendo essa moçoila na foto acima? Bem, o nome dela é Jessica Nigri, mas você nerd cueca deve conhecê-la como Pikachu Girl. Sim, ela fez um cosplay um tanto quanto interessante na Comic Con – simplesmente um dos maiores e melhores eventos de HQ do mundo – de 2009 e virou sucesso na internet.

O legal da Jessica é que ela dá uma nova roupagem – ou falta dela – aos pokémons. É um tipo de cosplay diferente dos normais, mas não deixa de ser um cosplay, afinal o que seria da série Pokémon sem os benditos bichinhos? Além dessa série, Jéssica também faz cosplays de Naruto, Yu-gi-oh!, Tengen Toppa Gurren Lagann, Emma Frost, Final Fantasy e o cosplay favorito das meninas, e dos nerds cueca, Neko (ou gatinho). Sim, ela é uma she-nerd, sim ela tem um corpão, sim ela é linda, e sim teremos muitas fotos no post.

Agora vai me dizer que o Pikachu não virou o seu Pokémon favorito?

 

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Nota do Editor: tem outro post com fotos dela AQUI

Avatar Voz do Além

O único museu de mísseis do mundo

 

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Em algum lugar nada fácil de encontrar na Ucrânia, existe o Museu da Força de Mísseis Nucleares Estratégicos (ou Nuclear Missile Museum), o único museu do mundo com mísseis de verdade, que permite a entrada de turistas. Ele foi fundado em outubro de 2001, em um complexo de mísseis proibidos que não foi desativado pelo acordo START, firmado entre a União Soviética e os EUA. O Complexo transformado em museu compreende um posto de comando, dez silos de mísseis, e túneis subterrâneos.

Adentro o local - que fica aberto todos os dias, 10 horas por dia - o turista se depara com as salas de controle dos artefatos mais mortais do mundo, uma exposição sobre as origens da Força de Mísseis Estratégicos (que na URSS era uma força armada independente), e painéis com diversas medalhas. No principal pátio do lugar, um ICBM SS-18 Satan, que na verdade não estava originalmente estacionado no local, que só abrigava mísseis de médio alcance, que no máximo atingiam a Europa Ocidental.

Abaixo mais algumas fotos do local. Para mais informações sobre o Museu, clique AQUI (em inglês).

 

[Via English Russia]

Avatar FiliPêra

Como derrotar o Fumacento da ilha de Lost

 

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Sim, se você está cheio daquele maldito fumacento que encarnou no Locke (e de toda a sexta temporada de Lost), a própria Dharma Initiative tem um apetrecho secreto para acabar com a raça dele. Exato, um maldito aspirador é mais poderoso que Jacob e sua trupe!

 

[Via BuzzFeed]

sábado, 24 de abril de 2010

Avatar FiliPêra

Quico e Seu Barriga no Brasil… e uma lágrima nos meus olhos

 

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Enquanto Eu tava na Erotika Fair, a Lola me perguntou: Você conhece o Festival da Boa Vizinhança? Eu: Só sei que tem algo a ver com Chaves. E tinha mesmo, era um evento que ela estava ajudando a organizar, e que traria Édgar Vivar (Seu Barriga) e Carlos Villagrán (Quico) ao Brasil. No meio do espiral de luxúria que tava rolando na minha estadia por lá, não raciocinei direito sobre dimensão do que ela havia me dito, e só me toquei de que estava perdendo um acontecimento já em casa.

Somente ao ver o Especial do Programa do Ratinho sobre Chaves - e com a presença dos dois - que me dei conta da grandeza da presença dos caras aqui. Chaves é com certeza o programa mais longevo que conheço, e por motivos que não sei explicar. Eu ainda rio de verdade das piadas do programa, ele ainda me diverte, mesmo Eu tendo a consciência do nível de ingenuidade elevado do humor praticado ali.

Enfim, foi como ver um pedaço da minha vida e da formação do meu caráter novamente, algo do nível de perfeição de Os Goonies e Donkey Kong Country 2, o tipo de obra que se joga quando é criança, mas não fica nem um pouco datada. Só veja os vídeos, são um pouco longos, mas valem muito a pena!

 

Parte 2 | Parte 3 | Parte 4 | Parte 5

 

Parte 2 | Parte 3 | Parte 4 | Parte 5

 

[Via ColorScreen]

Avatar Voz do Além

Tornando seus cartuchos de videogame úteis novamente com o Retrode

 

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Creio que você concorda comigo quando digo que o grande problema dos emuladores é que eles estão todos inseridos num computador, dispensando tudo que um videogame tem de legal. Cadê os cartuchos e os joysticks, caramba? O Retrode serve justamente para tirar esse ranço dos emuladores, e torna-los mais cool para os caras retrô! Ele basicamente faz isso possuindo duas entradas para cartuchos, uma para SNES e outra para Mega Drive, e um cabo USB que o liga ao PC. É necessário ainda ter um emulador rodando no PC, para reconhecer o treco, mas as ROMs podem ser dispensadas. Ainda existem modos de conectar controles originais desses videogames 16-bit!

O preço é aquele velha faca para gente disposta a gastar com esse tipo de gadget: 60 euros, mais 15 de envio e se quiser um cartucho qualquer de SNES ou Mega Drive, são mais 3 euros. Ou seja, tá na hora de fazer aquele velho cartucho de Chrono Trigger ver a luz do dia de novo! Compre AQUI.

 

[Via Gizmodo]

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Avatar FiliPêra

Ganhe um DVD (ou Blu-Ray) de Avatar na moleza!

 

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Como você deve saber, não sou lá muito fã de Avatar, mas reconheço que o filme tenha aspectos positivos, como seu visual e suas cenas de batalha. A Fox DVD decidiu dar um monte de DVDs do filme em uma promoção tranquila, e ganhar coisas grátis - mesmo que seja um DVD de Avatar - é sempre bom. Eu ganhei o meu, que deve estar chegando por aí (lembra DISSO? Era exatamente uma mensagem nesse sentido…), que ia sortear aqui no NSN, mas como a Fox resolveu dar mais 40, creio ser melhor anunciar a promoção deles.

É o seguinte: siga @foxdvd no Twitter, e fique esperto que duas vezes ao dia serão feitas perguntas relacionadas ao filme. O primeiro follower do perfil que responder corretamente, leva um DVD ou Blu-Ray do filme dos smurffs. Quem ganhar será anunciado no Twitter, e deverá mandar uma DM com os dados de entrega! O único detalhe é que uma pessoa só pode ganhar um DVD e um Blu-Ray.

Para mais detalhes cliquem AQUI, e CORRAMMMMMMM… caso gostem do filme, é claro!

Avatar Colaborador Nerd

O Direito a Liberdade de Expressão

Por Paulo Roberto Júnior, do blog Em Parallelo

 

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Recentemente tomamos conhecimento que o Nerds Somos Nozes foi presenteado com um processo na justiça, ao que parece por discriminação. Digo presenteado, pois o mesmo vem a testificar o sucesso e a maneira brilhante pelo qual o mesmo vem sendo gerido através do saudoso FiliPêra. Assunto amplamente discutido não só pela internet, mas em todos os meios de comunicação é a liberdade de expressão, não só isso, mas a forma pelo qual a imprensa e a internet lidam com a obtenção e manuseio das informações.

Para que possamos melhor entender até onde esse direito se exaure precisamos retornar ao berço da civilização moderna, a Grécia Antiga. E não só isso, precisamos expandir nosso campo de visão e desde já partir do pressuposto que o direito a liberdade de expressão está intimamente ligado ao surgimento da democracia como a conhecemos hoje.

Desde a Idade Média os filósofos já conservavam a idéia democrática do direito. Na Idade Moderna foram os gregos que difundiram a idéia de um governo democrático, a princípio poder dado aos homens livres, também chamado de democracia direta onde o povo deliberava sobre diversos assuntos no tocante a gestão das demos (pense como se fosse um município nos dias de hoje) diretamente, sem qualquer eleição de um representante. O próprio povo tomava suas decisões conjuntamente, o que naquela época era um feito por um seleto e pequeno grupo que, pedindo a palavra externavam aos demais suas opiniões e convicções, caracterizando assim o marco inicial do direito ao cidadão (apesar de que naquela época ainda não existir esse conceito) se expressar livremente.

O Brasil, desde o surgimento da Constituição de 1937, já trazia em seu corpo o direito a liberdade de expressão. Passando pela Era Vargas surge a censura, com o intuito de minar a publicação ou reprodução de determinadas informações. Com o advento da Constituição de 1946, vem novamente assegurado o direito a liberdade de expressar o pensamento. Novamente assumindo o poder, Getúlio Vargas editou a Lei de Imprensa (Lei 2083 de 1953). Intitulada como a Lei de Regulamentação dos Crimes de Imprensa, a mesma minava de forma exacerbada a liberdade dos mesmos. Já em 1967, com o advento do poder outorgado aos militares, os mesmos não aboliram legalmente o direito a liberdade de pensamento, mas desde que os mesmos fossem condicionados em acordo com a ordem pública bem como os bons costumes.

Antes de adentrarmos diretamente a nossa constituição de 1988 se faz necessário a conceituação de dois institutos, sendo eles a Censura e a Liberdade de Expressão latu sensu.

Edilsom Farias, promotor de justiça conceitua censura como sendo:

... uma imposição autocrática e unilateral de idéias e opiniões. É a instituição do monopólio político, ideológico, e artístico na sociedade... ¹

O mesmo continua conceituando a Liberdade de Expressão como sendo:

A liberdade de expressão e informação compreende a faculdade de expressar livremente idéias, pensamentos e opiniões, bem como o direito de comunicar e receber informações verdadeiras sobre fatos, sem impedimentos nem discriminações. ¹

A constituição de 1988, em seu bojo, veda expressamente qualquer tipo de censura de natureza política, ideológica e artística (Art. 220, § 2º CRFB/88). Não apenas isso, mas em diversos textos internacionais abordam o referido tema, sendo: A Declaração de Direitos Humanos de 1948, aprovada pela ONU; o Convênio Europeu para proteção dos Direitos Humanos e das Liberdades Fundamentais, aprovado em Roma nos anos 50 e por fim o Famoso Pacto San Rosé da Costa Rica.

Como dito anteriormente existe um grande conflito entre a liberdade de expressão e a forma de manuseio das informações obtida por formadores de opinião.

A constituição em seu artigo 5º incisos IV, IX e XIV rege que:

IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independente de censura ou licença;

XIV – é assegurado a todos o acesso à informação.

Como se pode observar, nos é assegurado não só o livre pensamento pela Constituição, mas também expressar-se diante de qualquer forma que nos bem entender. Contudo há, por exemplo, a vedação do anonimato, como a constituição diz o pensamento e sua manifestação é livre, mas para tal o “manifestante” não poderá ficar anônimo e sim se apresentar como tal.

É claro que o mínimo exigido por um profissional de informação é o cuidado no manuseio das informações, não só confirmando as informações cedidas pelo informante, mas fazendo um juízo ético sobre a seriedade da notícia antes que a mesma seja divulgada. Nos dias atuais, a liberdade de expressão deixou de ser meramente o direito do indivíduo de apenas expressar seus pensamentos. Tal liberdade obtém uma amplitude muito maior, a mesma contribui para a formação da opinião pública fortalecendo o regime democrático de direito existente em nossa nação, conforme concorda Edilsom Farias:

... a liberdade de expressão e informação contribui para a formação da opinião pluralista – esta cada vez mais essencial para o funcionamento dos regimes democráticos, a despeito dos anátemas eventualmente dirigidos contra a manipulação da opinião pública.

Assim, a liberdade de expressão e informação, acrescida dessa perspectiva de instituição que participa de forma decisiva na orientação da opinião pública na sociedade democrática, passa a ser estimulada como um elemento condicionador da democracia pluralista e como premissa para o exercício de outros direitos fundamentais. ¹

Não precisamos ir muito longe para chegarmos a conclusão de que o direito não é algo absoluto, os “direitos” na verdade se completam, se limitam entre si amparados por uma coletividade sendo a constituição sua base de amparo.

A liberdade de expressão como tal não é absoluta, possui um limite. Embora seja um direito fundamental, se faz necessário o cuidado para não violar os direitos fundamentais dos cidadãos que são afetados efetivamente com as opiniões e informações. Não só isso, mas os bens constitucionalmente protegidos também pela constituição como: moralidade pública, saúde pública, integridade territorial etc. ¹

Edilsom Farias completa:

Contudo, pelo fato de a liberdade de expressão e informação desfrutar do status de direito fundamental, o Poder Público, ao pretender restringir o âmbito de proteção dessa liberdade para atender os limites supracitados. ¹

Como dito anteriormente a vedação do anonimato também descrito no parágrafo 1º do artigo 220 da Constituição, faz parte do rol de limites impostos pela própria constituição, conjuntamente devemos também ressaltar: o direito de resposta, a indenização por danos morais e materiais, honra e privacidade (a intimidade, a vida privada e a imagem).

Devemos ter claro que esses limites não censuram o direito a liberdade, mas sim impõe, como dito anteriormente o limite ao usufruto do mesmo.

O grande problema gerado em torno desta temática é justamente a falta de ética e moralidade de certos profissionais em respeitar os direitos de outrem. Como em todas as profissões, existem os bons e maus profissionais, mas no âmbito da formação de opinião, se faz necessário um censo sobre o que se deve ou não ser publicado tendo em vista, que tais informações afetam diretamente a vida de outro cidadão que também possui direitos garantidos constitucionalmente.

A lei determina que ninguém pode alegar o desconhecimento da lei. Todos concordam comigo que por mais bonito que isso possa parecer esse é o grande problema de muitos, indivíduos que muitas das vezes desconhecem a lei, e “ouvem” que possuem o direito a liberdade de expressão se acham no direito de falar o que bem entenderem sem ponderar o eventual dano que podem causar a outra pessoa.

Por outro lado temos também os indivíduos que “se acham” lesados por uma determinada matéria ou comentário e aciona o judiciário pedindo um eventual ressarcimento. Neste caso como o próprio direito determina, será o juiz a incumbência de analisar o caso concreto e proferir sua decisão.

De fato, concluímos que nossa Constituição repudia de forma expressa a censura, no entanto os formadores de opinião sejam em qualquer veículo de informação, ao exercerem seu direito a Liberdade de Expressão necessitam do zelo para não esbulharem o direito de outrem e assim não incorrerem no abuso de sua liberdade.

Fato é que somos uma democracia, e como tal temos o direito garantido pela Constituição de sermos informados a contento e assim formarmos nossas opiniões. Em um espaço democrático de direito o papel da imprensa é importantíssimo, mas que reserva grande responsabilidade.

Termino este texto com os dizeres de Rui Barbosa destacado por Edilsom Farias que:

“A imprensa é a vista da nação. Por ela é que a Nação acompanha o que lhe passa ao perto e ao longe, enxerga o que lhe malfazem, devassa o que lhe ocultam e tramam, colhe o que lhe sonegam, ou roubam, percebe onde lhe alvejam, ou nodoam, mede o que lhe cerceiam ou destroem, vela pelo que lhe interessa, e se acautela do que a ameaça.

Sem vista mal se vive. Vida sem vista é vida no escuro, vida na soledade, vida no medo, morte em vida: o receio de tudo; dependência de todos; rumo à mercê do acaso; a cada passo acidentes, perigos, despenhadeiros. Tal a condição do país, onde a publicidade se avariou, e, em vez de ser os olhos, por onde se lhe exerce a visão, ou o cristal, que lhe clareia, é a obscuridade, onde perde, a ruim lente, que lhe turva, ou a droga maligna, que lhe perverte, obstando-lhe a notícia da realidade, ou não lha deixando senão adulterada, enganosa”.²

Rui Barbosa

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Referências bibliográfica e citações:

1 – FARIAS, Edilsom. Democracia, censura e liberdade de expressão e informação na Constituição federal de 1988. Jus Navegandi, Teresina, ano 5, n. 51, out. 2001. Disponível AQUI (http://jus2.uol.com.br/Doutrina/texto.asp?id=2195)

2 – BARBOSA, Rui – A imprensa e o dever de verdade. São Paulo: Com-Art, 1990.

3– Wikipédia, disponível em: AQUI (HTTP://pt.wikipedia.org/wiki/Liberdade_de_express%C3%A3o). Acesso em: 07 de Abril de 2010.


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