sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Avatar Colaborador Nerd

[Pipoca e Nanquim] Indiana Jones

Por Pipoca e Nanquim 

 

88 - Indiana Jones - Pipoca e Nanquim por pipocaenanquim no Videolog.tv.

Pãã-pã-pã-pãããã / Pãã-pã-nã-nã-nãããã
Pãã-pã-pã-pãããã / Pãã-pã-nã-nã-nãããã

Olá a todos. É solfejando os acordes marcantes de uma das maiores trilhas sonoras da história que temos o prazer de anunciar nosso videocast desta semana: Indiana Jones, em comemoração aos seus 30 anos! Grande parte de nosso público sequer era nascido quando o primeiro filme estreou, mas isso não o impediu de conhecer (e adorar) as aventuras do arqueólogo mais famoso do planeta.

O personagem tem o mérito de em curtíssimo tempo (e com poucos produtos no mercado) tornar-se parte integrante e indissociável da cultura pop mundial, além de representar um dos momentos mais altos do cinema de aventura da história.

Mas de onde vem tamanha magia? Afinal, qualquer outro filme que mostre um bote caindo de cima de um avião e deslizando montanha abaixo com três ocupantes (sem virar), um cara sendo arrastado por um caminhão em plena estrada de terra e pedregosa (com um tiro no ombro), e esse mesmo cara vencer um exército nazista inteiro (incluindo um tanque de guerra) só com um revólver e ainda andando a cavalo; bem sob quaisquer outras circunstâncias seria um risco sério de você desligar o filme. Mas não com Indiana Jones! Com ele, as maiores loucuras funcionam. Com ele, queremos mais. Ele pode, ele é o cara. Se alguém é "o cara", com certeza é ele!

Nós do PN relembramos com muito carinho os filmes, as HQs e a série de TV. Falamos de nossa admiração por Harrison Ford e da genialidade de Spielberg e Lucas, que conceberam uma trilogia intocável (ops, quadrilogia, ou algo assim, já que o último filme não é lá tãããão intocável). Mostramos momentos emblemáticos e contamos histórias dos bastidores. E esperamos que vocês curtam.

E não esqueçam, galera, tem promoção rolando. O que? Não sabe ainda? Então veja as regras aqui!

E se nunca assistiu Indiana Jones antes, peloamordeDeus, desligue e volte depois, compre os DVDs aqui e se prepare para ter um dia inteiro de diversão de primeira linha.

Grande abraço a todos!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Avatar FiliPêra

NozesCast #12 - Harry Potter, a saga

 

banner central NC12

A Saga do Menino Bruxo com Cicatriz de Raio na Testa terminou, e nós acompanhamos a onda e fizemos a alegria de nossos milhares de fãs que reservam partes do seu coração para um pouco de magia inocente. Nesse papo violentamente cheio de spoilers comigo, Felipe Storino, Vanessa (#RIPVanessa), Chaves Papelão e Rodolpho X-Tudo, você vai aprender a relação da Jennifer Lopez com o bruxinho de óculos, que Harry Potter é o novo Star Wars, e que o Zippo é um fã da série no armário. Além disso, ouvirá a maior granolada do século (NOOOOOOOOSSA, PARA TUDO!!!).

É isso, clique no link e baixe o cast, ou use o player abaixo.

 

Baixe o NozesCast Vol. 12 – Harry Potter (10o:12 seg) 69,1 MB

Avatar FiliPêra

Documento revela os políticos que são donos de concessões de rádio e TV

 

image

Em algum momento da sua vida feliz de brasileiro, você deve ter tomado ciência da relação perniciosa entre órgãos de comunicação e a política. Segundo o mais recente levantamento sobre o assunto, “pelo menos um terço dos 81 senadores e mais de 10% dos 513 deputados federais controlam canais de rádio ou televisão”, um dado alarmante. Só tem um problema nisso tudo: parlamentares, a partir do momento em que se apossam dos seus cargos, não podem “firmar ou manter contrato" ou "aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado" em empresa concessionária de serviço público [Rolling Stone], segundo a Constituição - artigo nº 54, capítulo I. E as redes de rádio e TV são concessões públicas de uso renovável por períodos específicos de tempo. As empresas - ou órgãos, ou uma instituição qualquer - recebem o direito de explorar uma certa faixa do espectro eletromagnético por um tempo estipulado em contrato.

E não são só integrantes do poder Legislativo que controlam a mídia de massa brasileira. Dados específicos de 2008 apuraram que “271 políticos são donos de concessões”, distribuídos da seguinte forma:

Desses, 147 são prefeitos (54,24%), 48 (17,71%) são deputados federais; 20 (7,38%) são senadores; 55 (20,3%) são deputados estaduais e um é governador. Esses números, porém, correspondem apenas aos políticos que possuem vínculo direto e oficial com os meios – não estão contabilizadas as relações informais e indiretas (por meio de parentes e laranjas), que caracterizam boa parte das ligações entre os políticos e os meios de comunicação no País.

Quanto aos partidos, esses políticos surgem assim: 58 pertencem ao DEM, 48 ao PMDB, 43 ao PSDB, 23 são do PP, 16 do PTB, 16 do PSB, 14 do PPS, 13 do PDT, 12 do PL e 10 do PT [Direito a Comunicação].

Pra piorar o assunto e dar aquele ar conspiratório e revoltante, a lista dos donos era mantida em sigilo da população, não era uma informação pública. ERA, porque agora (agora é o modo do blogueiro camuflar a realidade de que a lista já tá há meses no ar e ele postergou esse texto mais do que deveria) a informação foi disponibilizada pelo Ministério das Comunicações em seu site. Tá tudo lá, desde os donos da empresa aos acionistas, passando pelo andamento do processo de renovação da concessão.

O documento do Ministério ainda mostrou outro tipo de procedimento que as empresas tomam nos estados. Como a lei diz que um mesmo dono só pode ter duas concessões dentro de um estado, a saída é um jeitinho, e registrar diferentes empresas com concessões diferentes em mais de um CNPJ. A RBS, por exemplo, possui 18 emissores de TV aberta e 25 de rádio no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, tudo na base dessa picaretagem proibida por lei - já que é estabelecido que o que importa é a pessoa física que controla a concessão.

Os dados estão AQUI, no site do Ministério das Comunicações.

 

[Via Marco Weissheimer]

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Avatar Murilo

Rum: Diário de um Jornalista Bêbado

 

image

Como a maioria dos outros, eu procurava alguma coisa, vivia em movimento, nunca estava satisfeito e às vezes me metia nas mais imbecis enrascadas. Nunca ficava parado por tempo suficiente para me dar ao luxo de pensar, mas de algum modo sentia que meus instintos estavam certos. Compartilhava uma espécie difusa de otimismo que dizia que alguns de nós estavam realmente progredindo, que estávamos num caminho honesto, e que os melhores de nós inevitavelmente chegariam ao topo.

Ao mesmo tempo, nutria suspeitas melancólicas de que a vida que levávamos era uma causa perdida, que não passávamos de atores, enganando a nós mesmos, numa odisséia sem sentido. Era a tensão entre esses dois pólos – um idealismo incansável e uma sensação de catástrofe iminente – que me dava forças para seguir adiante.

 

Uma das coisas que mais me fascinam na literatura é a possibilidade de transformar pessoas comuns em gigantes imortais. E tudo isso sem precisar de vultuosos orçamentos ou de uma série de equipamentos. Uma caneta e papel já dão muito bem conta do recado. Sem a literatura, Franz Kafka seria apenas um homem torturado psicologicamente que ninguém notava, Jane Austen uma solteirona convicta e Charles Bukowski apenas mais um velho bêbado entre milhões de outros. Com isso em mente, um jovem e desconhecido Hunter Stockton Thompson, escreveria dois romances nos 60: Prince Jellyfish e Rum: Diário de Um Jornalista Bêbado. Mas diferente do que apontavam suas maiores ambições, ambos os romances seriam recusados editora após editora. Décadas depois, quando já era o dono da alcunha de criador do Gonzo Jornalismo, a injustiça finalmente seria reparada com a publicação de ambos os livros. Claro que o fato de Hunter Thompson já ser tão famoso que poderia publicar até a sua lista de compras no supermercado pesou bastante.

Apesar do que essa demora para ser publicado pode atestar contra Rum: Diário de um Jornalista Bêbado, a verdade é que ele se prova um entretenimento excelente. Não é o grande romance americano como Thompson o considerava enquanto escrevia no auge do seu ego juvenil, mas é bastante divertido e bem escrito. Herdando o estilo direto e firme de Ernest Hemingway, ele explora suas experiências do curto período em que trabalhou como redator em uma revista esportiva de San Juan, em Porto Rico, para contar uma história completamente nova, como poucas vezes foi visto.

 

image

O protagonista é Paul Kemp, um jornalista americano que desembarca em Dan Juan para trabalhar no Daily News, um jornal tão decadente que parece sempre estar prestes a fechar. E é neste país novo e neste trabalho louco, tão deprimentes que a única forma de agüentar é enchendo a cara de rum, que Paul nos conta a história.

Homens de todos os tipos vieram trabalhar no News: de homens honestos e verdadeiramente talentosos a degenerados e perdedores irremediáveis que mal conseguiam escrever um cartão-postal – malucos, fugitivos e bêbados perigosos, um cubano ladrão que carregava um arma debaixo do sovaco, um mexicano retardado que molestava criancinhas, vigaristas, perdedores e todo tipo de cancros venéreos em forma humana, e a maior parte deles trabalhava por tempo suficiente apenas para conseguir dinheiro para alguns drinques e uma passagem de avião.

O jornalismo é uma das profissões mais romantizadas que existem e fica claro o esforço de Thompson para derrubar esta imagem de uma vez por todas. A profissão é sempre mostrada no livro como algo aborrecido, onde se é obrigado a cobrir eventos intermináveis e entrevistar pessoas vazias. E depois ainda ter que quebrar a cabeça para encontrar mil palavras para falar de cada um deles. Mesmo sendo um jornal fracassado em vendas e publicidade, o Daily News é o sonho de trabalho para muitos dos seus empregados. Em meio a tantos pinguços e vagabundos, qualquer um que tenha o mínimo de competência consegue se manter empregado, faça o que fizer. Mais que isso, qualquer menção a pedir demissão faz Lotterman, o dono do jornal, arrancar os cabelos de desespero.

Muitas pessoas que trabalham com palavras não confiam muito nelas, e não sou exceção – especialmente quando se trata de palavras grandiosas, como Feliz, Amor, Honesto e Forte. São palavras fugidias, relativas demais quando comparadas a palavrinhas afiadas e maldosas como Marginal, Vagabundo e Charlatão. Com essas me sentia em casa, porque são mirradas demais e fáceis de definir, mas as grandiosas são difíceis. Você precisa ser um sacerdote ou um tolo para usá-las com alguma segurança.

O ambiente de San Juan também não ajuda a melhorar a situação. A cidade é uma mistura inóspita de paraíso natural, ponto turístico repleto de americanos esbanjadores e criminalidade desenfreada dos porto-riquenhos. No mesmo dia em que você mergulha em uma paria de águas cristalinas, você pode ser assassinado pela irrisória dívida de um dólar, ter sua esposa estuprada por dezenas de vagabundos e levarem até suas meias sujas se você deixar a janela da sua casa aberta por alguns poucos minutos. Uma terra que parece sempre encoberta por um véu de irrealidade, onde pobreza e riqueza convivem lado a lado, e as manhãs guardam a promessa de grandes acontecimentos enquanto as tardes a certeza decepcionante de que nada interessante pode acontecer por ali.

Os porto-riquenhos nutrem grande interesse por carros abandonados, caem sobre eles somo animais famintos e os despedaçam. Primeiro somem as calotas, depois as rodas, depois os pára-choques, as portas e por fim a carcaça do carro – vinte ou trinta deles, como formigas carregando um besouro morto. Levam a carcaça até um ferro-velho, lucram uns dez dólares yanquis e em seguida brigam com facas e garrafas quebradas para resolver como dividir o dinheiro.

 

image

Thompson consegue o feito de criar personagens únicos, todos meio malucos, mas mesmo assim verossímeis. Paul Kemp é um típico anti-herói, não se importando com quase nada e ninguém, sendo capaz de espancar até velhinhos se eles pegarem no seu pé. Já Yeamon é um tipo de contraponto a Kemp. O símbolo de tudo o que Paul abandonou e desistiu de ser ao envelhecer em nome da prudência, Se Kemp é tão pessimista em relação ao futuro de Yeamon não é porque encontre grandes indícios para isso. Mas sim porque acreditar nisso é tentar provar a si mesmo que ter largado tudo o que acreditava e o definia foi mesmo a escolha certa.

Cultivo uma vontade secreta de esmurrar o rosto de um vendedor qualquer, quebrar seus dentes e deixar seus olhos roxos e inchados.

O que o tornava único era o fato de não ter o mínimo senso de distanciamento. Sala era como o torcedor fanático que invade o campo para agredir um jogador. Enxergava a vida como um Grande Jogo, e a humanidade inteira se dividia em dois times – A Turma do Sala e Os Outros. Os riscos eram tremendos e toda jogada era vital – e, embora ele assistisse a tudo com interesse quase obsessivo, não passava de um torcedor, berrando orientações que ninguém ouvia, acompanhado de uma multidão de treinadores ignorados, o tempo todo consciente de que ninguém lhe dava nenhuma atenção, porque ele não estava no comando do time e nunca estaria. E, como todos os torcedores, sentia-se frustrado pela consciência de que o máximo que poderia fazer, na melhor da hipóteses, seria entrar correndo no campo, causar algum tipo de transtorno ilegal e em seguida ser arrastado para fora pelos guardas, ao som das risadas da multidão.

Mas Hunter Thompson só consegue ser tão feliz na composição dos seus personagens graças à estrutura de conversa de bar que ele impingiu no romance e seu talento inegável para os diálogos. Não só por serem incrivelmente plausíveis em todas as situações e personagens, mas também por ajudarem a definir cada um deles. Pode-se sentir a personalidade deles a cada frase, suas motivações, sonhos e medos. Thompson nem mesmo se dar ao trabalho de mostrar as expressões corporais dos integrantes da história. Nós mesmos, inconscientemente, acabamos fazendo isso por ele durante a leitura.

Fiquei apenas sentado e bebendo, tentando decidir se estava ficando velho e sábio ou apenas velho e nada mais.

Escutando Yeamon, percebi que fazia tempo que não tinha mais a sensação de ter o mundo nas mãos, que muitos aniversários tinham se passado rapidamente desde meu primeiro ano na Europa, quando era tão ignorante e confiante, que cada mínimo golpe de sorte fazia com que eu me sentisse um campeão invencível.

Não me sentia daquele jeito havia muito tempo. Talvez, em meio a toda a confusão do passado, a idéia de que eu era um campeão tenha sido roubada de mim. Mas naquele momento me lembrei dele, e isso fez com que me sentisse velho e irritado por ter feito tão pouco em tanto tempo.

Testemunhar aquela cena que me trouxera diversas lembranças – não de coisas que tinha feito, mas de coisas que fracassara em fazer, de horas desperdiçadas, momentos frustrados e oportunidades perdidas para sempre. O tempo tinha devorado uma porção enorme da minha vida, uma porção que eu nunca mais conseguiria recuperar.

 

image

O tema que permeia todo o enredo de Rum: Diário de um Jornalista Bêbado é a frustração que a idade pode acarretar. Qualquer pessoa de 30 ou 40 anos já deve ter se lamentado alguma vez ao olhar para trás e perceber que não fez nada de importante em sua vida, não realizou nenhum dos seus sonhos e tudo não passou de perda de tempo. Paul não é nenhum velho, tem apenas trinta e dois anos, mas tem a total noção de que seu tempo está ficando cada vez mais curto. A cada minuto a chance de morrer na mesma merda e nunca passar de um fracasso se torna maior.

Não importava o quanto eu quisesse todas aquelas coisas que só poderia comprar quando tivesse dinheiro. Alguma espécie de repuxo demoníaco me arrastava em outra direção – rumo à anarquia, à pobreza e à loucura.

O melhor de tudo é constatar que muito do estilo que consagraria Hunter Thompson como jornalista gonzo já estava presente em Rum: Diário de um Jornalista Bêbado. Mesmo que as drogas e a insanidade da escrita ainda estejam distantes, podemos percebê-lo claramente afinando seus instrumentos para os concertos cada vez mais inspirados que daria em livros como Hell’s Angels e Medo e Delírio em Las Vegas. A grande indiferença é que aqui Thompson segue o caminho inverso: usa seus conhecimentos de jornalismo para aperfeiçoar sua prosa.

Ler Rum: Diário de Um Jornalista Bêbado é como beber enquanto se conversa bobagens com os amigos. Em alguns momentos, a narrativa se torna tão fluida que chegamos a sentir o álcool correr em nossas veias, como se estivéssemos realmente ali no bar entre os personagens da história. Talvez seja essa a razão do sucesso de Thompson em manter seu romance atual mesmo depois de mais de cinquenta anos. E é isso que garante que Rum deixe de ser apenas mais um livro de um Thompson ainda imaturo para ser um dos mais sarcásticos e inspirados retratos sobre a perda de ilusões já escritos.

Autor: Hunter Thompson

Páginas: 256

Editora: L&PM

Nota: 8

sábado, 24 de setembro de 2011

Avatar FiliPêra

#RIPVanessa

 

image

Se vocês acompanham os malucos do NozesCast no Twitter, provavelmente viram uma tag semm noção rolando por esses dias, em homenagem a nossa querida Vanessa Sem Sobrenome, a @viciadissima. Ela sumiu do Twitter, e como tuitar hoje é quase um sinônimo de respirar, todos já pensaram no pior: que ela tinha passado dessa pra pior… ou tinha sido abduzida - provavelmente por não ter um violão por perto.

Então, a tropa da criatividade se pôs a fazer homenagens a ela.

 

A crônica abaixo é do Roberto “Judeu” Maia, mais conhecido pelo seu nome homomístico Synthzoid. Ele será dividido em sei lá quantas partes - se é que ele vai me mandar o restante mesmo. Ou seja: aproveitem a parte abaixo e não esperem nada do dia de amanhã!

 

Vanessa Chronicles - Parte I

Aconteceu durante minha estadia no Chile. Enquanto fotografava as ruas da histórica Val Paraiso, dois homens, de aparência suspeita e autoritária, trajando paletó, me abordaram e questionaram meu envolvimento com a deflagração do UFOPORNO. Mesmo sabendo a verdade por trás deste acontecimento, neguei tudo veemente, temendo por minha vida e represálias contra entes queridos. Durante o meu regresso ao hotel, percebi que estava sendo perseguido por um sedan negro, o que, somado a terrível música chilena que tocava no taxi, apenas serviu para me deixar mais inquieto.

Passei aquela noite no quarto, resolvi não sair, nem pra uma passada no Starbucks que era do lado do hotel. Aparentemente, seja lá quem dirigisse o carro, não era bom de subterfúgios e tocaia, afinal, fiquei vendo o cara da janela do meu quarto.

No dia seguinte, fui para as montanhas, que se encontravam em fase de degelo, repleta de turistas, inclusive alguns piauienses babacas que curtiam fazer ski-bunda nos montes de neve. Chegando lá, resolvi imediatamente procurar meu contato: um ermitão senil que morava na montanha.

O refugio do velho era assustador, uma casamata isolada naquela imensidão branca, sem nada a vista, descendo um lance de escadas, finalmente encontrei o velho da montanha, um homem de feições carrancudas, a última data do seu calendário datava o ano de 1964, na parede, um pôster em sépia do Diogo Mainardi – com autógrafo - definhava, lá, ele finalmente contou a verdade:

“O UFOPORNO é uma entidade macro-viral, designada pelos artesões quadri-dimensionais do Illuminati, através de seu braço público, o PT, para disseminar a devassidão interespécies como uma estratégia de desmoralização dos costumes e moral familiar”.

O mesmo, ainda complementou: “uma vez deflagrado o UFOPORNO, os traumas que o mesmo causaria na derme da realidade seriam irreversíveis, traumatizando as consciências-casulos cósmicas de todos nós, transformando-as em alimento e nutrição para os deuses tiranos do subverso insalubre”.

Eu ri da cara dele, aquilo tudo era mentira, pois logo descobri que ele não era o velho que pretendia encontrar, questionei o excesso de informação, mesmo ele não perguntando sobre a contrassenha combinada com meses de antecedência.

Alarmado e exposto, o velho tentou me agredir com um livro escrito pelo Bolsonaro. Preparado para confronto, treinado pelos monges noventistas, eu apliquei um fulminante TIGER ROBOCOP em seu queixo, arremessando o coitado contra a parede, em suas últimas palavras, ele agonizou “Rio...Grande...do...Sul”

No aeroporto, fiz uma chamada internacional para meu companheiro Aléssio, que atendeu falando “VELHO”. Questionei-o sobre essa tentativa de intercepção no Chile e o mesmo sugeriu que eu consultasse nossa célula capixaba.

Chegando naquela terra fodida e feia, esquecida por deus e malquista por todos, encontrei o Filipe, liderando um grupo de nerds babacas, gordos hipertensos e outros tipinhos de reputação questionável, relatei o episódio do velho nas montanhas Chilenas e o mesmo confessou conhecer o agente inimigo, na verdade um desertor chamado Tavares. Quando mencionei suas últimas palavras, Filipe surpreso exclamou “POUCA ZUERA?” e comentou que foi para o Rio Grande do Sul que nossa aliada Vanessa foi investigar o envolvimento do Rob Liefeld com o reboot da DC.

Segundo relatos, Liefeld buscou refugio no sul graças às revoltas da região, onde a população, indignada por um episódio de uma carioca fazendo sanduíche de buceta – e não de pinto – resolveu pegar em armas contra esse ultraje, liderados por um enigmático Pinguim, famoso pela sua militância de gangues homossexuais que espancam famílias heterossexuais por todo o sudeste.

Enquanto escrevo isso, me preparo para ir pro sul, fica aqui meu registro sobre a verdade até então, caso algo aconteça comigo...

 

Além desse texto cheio de referências, ainda tivemos a clássica versão de Hitler sobre a situação, feita pelo Felipe Storino e a Lia. Assistam abaixo, e torçam por uma volta da Vanessa do além.

 

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Avatar Colaborador Nerd

[Pipoca e Nanquim] Conan

Por Pipoca e Nanquim 

 

Fala, pessoal. Mais um programa Pipoca & Nanquim para vocês – e perceberam que vamos chegar ao 100? Incrível, não? Obrigado a todos vocês por essa dose de confiança e carinho, que tem nos permitido crescer. Esperamos poder dar cada vez mais em troca para todos vocês.

Continuamos com nosso especial Conan esta semana, celebrando a volta do cimério aos cinemas. Neste videocast relembramos alguns grandes momentos da trajetória do bárbaro. Veja as primeiras publicações de Conan no Brasil, relembre o insuperável longa-metragem de John Milius e participe do sorteio promovido pelo Pipoca e pela Editora Generale. É isso aí, quer ganhar um exemplar de Conan – o Bárbaro? É fácil, fácil. Veja as regras abaixo.

Um abraço, e até a próxima semana!

 

PROMOÇÃO CONAN – O BÁRBARO

Mais um sorteio dos bons promovido pelo Pipoca e Nanquim em parceria com a Editora Generale (a mesma de Quadrinhos no Cinema), dessa vez são dois exemplares do novo livro Conan – o Bárbaro, que reúne os contos inéditos de Robert E. Howard que ainda faltavam ser publicados no Brasil e também o único romance da carreira do autor, A Hora do Dragão (se quiser saber mais sobre a obra clique aqui).

Pra concorrer é mole mole, como sempre! Deixe nos comentários ou envie por Twitter ou e-mail uma mensagem com #LivroConan, expressando o quanto você deseja ser o ganhador. Serão dois sorteios de uma vez, o primeiro entre os participantes via site (até mesmo participantes que postarem nos sites parceiros) e e-mail e o outro apenas com os seguidores do Twitter (tem que seguir @PIPOCAENANQUIM e @EditoraEvora – explicação: Generale é o selo de livros de entretenimento da Editora Évora).

O resultado sai dia 07/10 no videocast do Pipoca e Nanquim, fique esperto! Boa sorte a todos.

Avatar Colaborador Nerd

A Máfia no Cinema

Por Ivan, do Cinemarco Cineclube 

 

image

A tarefa de falar sobre os filmes de gangster não é simples, começando pelo fato do tema ter virado gênero e esse se capilarizou em diversas vertentes, trazendo um começo mais sociológico da formação das famílias italianas em meio à sociedade americana pós-depressão de 1929, até uma abordagem mais personalizada em filmes atuais como em Estrada Para a Perdição (Road to Perdition, 2002), Inimigos Públicos (Public Enemies, 2009) e O Gângster (American Gangster, 2007).

Começamos pois, com O Poderoso Chefão (The Godfather), 1 e 2 (1972) e (1974). Inicialmente é bom ressaltar que o cinema americano até a década de 70 era bastante conservador quanto a moral de seus filmes, era algo imprescindível para a grande indústria, que os filmes seguissem premissas básicas como; um protagonista com atitude exemplar e um final que trouxesse esperança ao telespectador.

 

O Poderoso Chefão (The Godfather, 1972) foi um marco na história do cinema por retratar a família Corleone de forma imparcial, imprimindo ao Patriarca Don Vito Corleone uma figura benevolente e sábia que entendia a alma de seus familiares e inimigos e repassava seus sentimentos com gestos brandos e implacáveis, os quais só puderam ser traduzidos pela maestria de Marlon Brando.

Cabe ressaltar que os dois primeiros filmes são o desdobramento do livro homônimo de Mario Puzzo (The Godfather), portanto vamos tratar dos dois de forma conjunta. Inicialmente Don Vito Corleone, se vê em um impasse quanto ao acordo sobre a venda de heroína, negócio lucrativo que as outras famílias italianas de Nova Iorque buscavam apoio para entrar, mas Corleone tinha estabelecido uma relação muito 'Boa' com os juízes locais e não queria colocar seu prestígio a perder com algo que era considerado imoral por todos.

Daí advém uma série de conflitos e mortes que culminam com uma guerra entre as famílias que se resfria quando Michael Corleone define o conflito de modo siciliano, no jantar com um tiro na cabeça dos principais responsáveis pelas desavenças. A segunda parte do filme resgata a infância do Patriarca na cidade de Corleone no sul da Itália e as relações cruéis que a máfia estabelecia com seus cidadãos miseráveis, após isto o filme trata da volta de Michael do 'exílio' e sua ascensão ao posto de chefe da família, ou seja, o novo Don Corleone. No entanto, o filho acaba não se tornando um exímio conciliador como o era seu pai e percebe que a busca pela legalidade era o melhor caminho para livrar a família de um futuro parecido com o seu passado.

Francis Ford Coppolla, diretor dos dois filmes não foi alçado aos céus por um grande vislumbre artístico/visual, como seria Stanley Kubrick, mas por transgredir a forma de contar uma história em um período, e o fazê-lo de uma forma facilmente interpretável por todos, ou seja, a máfia italiana era muito parecida na realidade com os seus filmes e os personagens eram reconhecidos diariamente pelos habitantes do noroeste americano.

image

Era uma Vez na América (Once Upon a Time in America, 1984), único filme do "gênero" de Sergio Leone, mostra esse contexto americano por outro lado, não das grandes famílias mafiosas, mas de um pequeno grupo de amigos judeus que viviam a margem dos já estabelecidos italianos e que aos poucos vão aumentando seus crimes e ganhando respeito, mas a relação entre os dois protagonistas vai se tornando cada vez mais complicada a medida que um deseja ganhar poder se submetendo aos Italianos e o outro busca uma solução independente, porém menos lucrativa.

O filme trata das relações de amizade que se conflitam com as ações criminosas, assim como O Poderoso Chefão aborda as relações familiares, porém ambos os filmes abordam o contexto social como o grande motor dos acontecimentos.

 

Iniciando as marcantes contribuições de Brian de Palma no gênero, do lado sul dos Estados Unidos foi relançado Scarface (1983), o filme que expõe a ascensão dos Cubanos em Miami, que fugindo das mazelas do Regime Comunista, encontravam um país rico, porém segregado que tratava com hostilidade os latinos. Contudo, para aqueles que nada tinham a perder, o crime era um caminho simples para recompor a dignidade. Tony Montana (Al Pacino) é a reprodução extrema dessa condição, ele age espontaneamente como um trator, até se tornar tão poderoso que a sua grande ameaça é o seu próprio ego.

No final dos anos 80, após o lançamento do já aclamado Scarface, Brian de Palma entregaria ao gênero outra grande obra contextualizada no crime. Os Intocáveis (The Untouchables, 1987) tratava do poder da máfia sob uma ótica realista, e jogava à mesa as possibilidades que a máfia chefiada por Al Capone, personagem antigo que, nas mãos de Robert De Niro ganharia ares de perfeição, poderia trazer à imagem de “Estado incorruptível”. Atuando de forma estupenda, De Niro tirara do bom moço Eliot Ness (Kevin Costner) qualquer chance de protagonizar uma atuação mais enriquecedora que a dele.

O filme retrata a época da Lei Seca, nos anos 30 nos Estados Unidos, e tem como mote narrativo a corrupção de Al Capone no Estado, duelando com as forças benévolas de Eliot Ness, que formara sua equipe de agentes para enfrentar o crescimento da gangue e suas possíveis mazelas ao Estado. De cenas marcantes no cinema e mais uma excelente trilha sonora assinada por Ennio Morricone, Os Intocáveis seria reconhecido como um dos grandes filmes do gênero criminoso.

 

image

Já nos anos 90, Al Pacino voltaria a estrelar outra obra de cunho grandioso. Desta vez, o pequeno grande ator dividiria as marcantes atuações com Sean Penn. O Pagamento Final (Carlito’s Way, 1993), trata de um advogado (Penn) que tira da prisão Carlito (Al Pacino). Também assinado por de Palma, a última grande obra do diretor trataria de como as influências maléficas sofridas por Carlito o recolocariam no caminho do crime.

Preso por tráfico de heroína, Carlito pretende colocar no eixo sua nova vida de ex-presidiário e ir com sua mulher viver honestamente nas Bahamas, mas sofre na mão de seu próprio amigo e advogado David (Penn) as influências que ele não conseguiria contornar. Filme de direção excepcional, com um romance inteligente envolto à narrativa, e cenas magistralmente bem encenadas, principalmente aquela em que Carlito vai acompanhar seu sobrinho em um novo “esquema”.

 

image

Para ficar nos grandes é hora de adentrar a 'Era Martin Scorsese', ele produz dois grandes filmes na década de 90, Os Bons Companheiros (The Goodfellas, 1990) e Cassino (Casino, 1995), ambos com personagens quase idênticos. Os filmes são mais rápidos do que seus genitores, a ação é mais intensa e a história segue uma narrativa que não deixa tanto espaço para as nuances, contudo a maestria de Scorsese não faz com que o filme fique sem chão, o espectador é absorvido completamente pela narrativa.

Os Bons Companheiros (The Goodfellas, 1990) trata de um Irlandês que cresce no meio da máfia italiana, porém seus amigos constantemente trazem problemas para os chefes italianos que não estão dispostos a resolvê-los, recaindo a responsabilidade para os três amigos.


Cassino (Casino, 1995), remete ao terceiro filme de O Poderoso Chefão (The Godfather: Part III, 1990), quando as famílias italianas do noroeste americano começam a expandir sua influência por uma região mais 'tolerante' a condutas ilegais, ou seja, Nevada - Las Vegas, no meio do deserto começava a surgir um polo de jogo e prostituição.

Contudo as famílias italianas são novamente um pano de fundo longínquo para os amigos erguerem seus impérios na terra promissora e sofrerem as consequências da ganância desmedida e atitudes intempestivas. Nesses filmes o contexto deixa de ser um protagonista para se tornar um coadjuvante de papéis extremamente fortes como Joe Pesci (Nicky Santoro) e Michele Pfeifer (Ginger).

 

image

Pulando para a década de 2000 vale a pena citar dois grandes filmes. Em Estrada Para a Perdição (Road to Perdition, 2002) o talentosíssimo Sam Mendes faz um filme que tem como centro a relação de Pai e Filho, numa escalada de violência quando o pai entra em conflito com a máfia irlandesa. Este é um filme visualmente impecável e de uma sensibilidade ímpar em meio de a uma fuga de Michael Sullivan (Tom Hanks) para salvar o filho dos seus antigos patrões.

Na minha opinião, o último grande filme é Os Infiltrados (The Departed, 2006), novamente Scorsese trata com maestria a relação entre a máfia e seus subordinados, os atores se superam causando uma aflição constante quando um policial está infiltrado na máfia e a máfia na polícia, é uma caça mútua que deixa qualquer espectador sem fôlego e sem lado, porque não há ninguém moralmente limpo na trama, nem a lei, nem o crime podem são apresentados como o time certo para se torcer.

 

image

Admitimos aqui que a nossa pequena genealogia dos filmes de gangster pode excluir alguns grandes títulos, sobretudo filmes anteriores a década de 70 e filmes ‘estrangeiros’, ou não americanos, contudo acreditamos que pode ser um bom guia para adentrar o gênero sem medo de perder tempo com filmes ruins.

Avatar FiliPêra

Produtora mostra como matar intrusos em jogos online sem dor de cabeça

 

image

Com a popularização da Pirataria - essa frase deve ser lida como: com as coberturas jornalísticas amparadas por pesquisas duvidosas que colocaram a Pirataria como o vilão maior do novo século - algumas produtoras de videogames ficaram meio paranóicas ao ponto de sadicamente punirem os jogadores que compram jogos legalmente. Ou seja, alguém tinha que receber a ira deles! Vejam o exemplo da Ubisoft, que criou um sistema de DRM bizarro que exige que o jogador esteja sempre conectado pra jogar, isso só pra ficar na mais extrema. No resumo da ópera, os que queriam piratear conseguiam tranquilamente, e os que jogavam legalmente é que sofriam.

E eis que a From Software inventou um novo modo de ligar com os espertinhos, sem paranóia nem nada do gênero, eles somente jogaram no campo dos jogadores. Dark Souls, um dos principais lançamentos da produtora na temporada, foi lançado ontem no Japão, mas alguns jogadores conseguiram colocar as mãos no jogo antecipadamente. E pior: tiveram acesso ao modo multiplayer online do jogo e iniciaram partidas conjuntas.

Como resolver uma situação dessas até o lançamento do jogo? Cortando as ligações deles? Fechando o mundo online? Nada disso: infestando o ambiente do jogo com inimigos invencíveis! Os monstros enviados pela From Software se chamam Black Phantons e possuem 1,9 pontos de vida, além de estarem no nível 145 e com habilidades no level 99. Nem veteranos com 60 horas de jogo poderiam mata-los, ainda mais aventureiros que entraram de gaiato no universo do jogo pela porta dos fundos.

Simples, divertido e funcional. A produtora avisa que o mesmo ocorrerá com jogadores americanos que colocarem as mãos no título antes de 4 de outubro.

 

[Via EDGE]

Avatar FiliPêra

Maurício de Souza > Reboot DC e ponto final (em termos, né)!

 

image

A DC anda feliz da vida com seu reboot. Além de aparentemente não ter dado grandes despesas dentro do orçamento da empresa, a jogada ainda fez um sucesso comercial tremendo, com edições esgotadas e reimpressões, coisa que tinha certo tempo que a indústria não via - claro que depende-se de números mais concretos, de vendas para consumidor, para saber se tudo vai bem assim mesmo. A soberba foi tanta que a DC afirmou que Justice League #1  foi “a revista mais vendida das américas esse ano”.

OPA, pera lá, disse Rich Johnston, um dos mais importantes jornalistas de quadrinhos de todos. Justice League #1 vendeu cerca de 200 mil exemplares… uns 300 mil, caso as previsões de vendas de 100 mil cópias digitais se confirmem. Bom, 300 mil é um marco na indústria americana em períodos recentes, mas tem uma certa revista nas américas que vendeu mais, e é no Brasil.

Isso mesmo, Turma da Mônica Jovem #34 (a já histórica edição do beijo da Mônica e do Cebolinha) e seus 500 mil exemplares colocaram a Liga da Justiça um lugar abaixo do pódio de 2011. Vamos admitir que é um feito e tanto para os personagens que foram a primeira leitura de muitos da atual geração que está na universidade - e que provavelmente não será quebrado esse ano.

O episódio foi usado com dois sentidos por Johnston: cutucar o mercado americano e mostrar que eles não são únicos, além de mandar uma mensagem para os donos de editoras e mostrar que outros mercados são igualmente importantes. Fica a lição até para nós brasileiros, nem sempre somos os menores!

 

[Via Bleeding Cool]

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Avatar Voz do Além

Jogadores fazem em três semanas o que cientistas não fizeram em 10 anos

 

image

Era uma vez uma proteína presente no retrovírus, que a ciência busca decifrar sua estrutura por mais de 10 anos sem resultados significativos. A proteína se chama protease, e é fundamental para a replicação do vírus após alojado em seu hospedeiro (Eu sei que ele só se multiplica em seu hospedeiro, mas quero tornar tudo mais dramático). Impedir a ação dela, teoricamente impede o vírus (e células cancerígenas) de se multiplicar(em), o que salva diversas células saudáveis. E eis que pesquisadores da Universidade da Washington tiveram a boa ideia de terceirizar o trabalho de decifrar a tal proteína. E melhor: com voluntários que se divertiriam enquanto ajudavam no progresso e avanço da ciência genética… mesmo sem possuírem qualquer conhecimento em biologia molecular!

Eles criaram o joguinho colaborativo online Foldit, que que faz os jogadores acumularem pontos a medida criam estruturas da proteína… e ajudam em pesquisas pela cura da AIDS e do câncer. Bom, três semanas foram suficientes para os jogadores darem conta do recado.

Segundo Seth Cooper, co-fundador da plataforma Foldit, “a habilidade de raciocínio espacial dos jogadores permitiu que eles resolvessem um problema que até os mais poderosos computadores não conseguiram”. O experimento também me parece um marco importante no que se convencionou chamar de Inteligência Coletiva, além de levar a ciência técnicas de desenvolvimento similares às usadas em comunidades de Software Livre.

 

[Via Geek]

Avatar FiliPêra

Vejam a melhor estátua de Link de todos os tempos

 

image

Bom, Eu tô falando pra cacete de Zelda aqui no blog e você que não gosta da série deve estar semi-enervado. Devo dizer que não tô nem aí, só pra deixar claro. Se fosse existir um ano cabalístico para Zelda, esse ano seria 2011. A série completou 25 anos em fevereiro, Eu consegui todos os episódios para console da série e estou jogando-os aos poucos e daqui a poucos dias chegará às lojas possivelmente um dos melhores capítulos da franquia, então ponto final, em novembro paro de escrever e vou jogar!

Dessa vez o assunto do post é uma action figure da First 4 Figures que provavelmente nunca terei. A estátua incrivelmente detalhada tem o Link de Twilight Princess montado em Epona, com 43 centímetros. São 1500 peças que custam US$ 424,99… em sua versão mais barata! A versão mais cara e mais limitada terá 500 cópias e como diferencial, um revestimento em falso bronze. O preço é um pouco mais salgado: US$ 449,99.

As duas action figures estão em pré-venda no site da empresa, mas só serão entregues no segundo trimestre do ano que vem. Até a data, dá pra você ler juntar dinheiro e me presentear com uma e ter meu agradecimento eterno.

 

Edição normal | Edição exclusiva [Via Kotaku]

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Avatar Voz do Além

O Gulag de Kim Jong-Il

 

image

Depois de muita indignação, gente indo a ONU pra protestar com tudo que a diplomacia dá direito, a tecnologia serviu para mostrar - meio por alto ainda - como são os campos de concentração que existem na Coréia do Norte, governada pelo esquisitão Kim Jong-Il. Segundo dados obtidos pelo Daily Mail, mais de 200 mil norte coreanos moram em campos como esses, claramente inspirados nos Gulags soviéticos.

Os relatos de quem pôs o pé por lá também não são dos melhores, e envolvem torturas, mortes por excesso de trabalho, apedrejamentos públicos e todas essas coisas requintadas e dignas dos melhores momentos de Stalin, Mao Tsé-Tung e Pol Pot. Alguns ex-prisioneiros chegaram a dizer que a dieta dos “trabalhadores” inclui insetos e fezes, o que faz qualquer preso brasileiro se sentir no The Palace.

Imagens anteriores não mostravam muita coisa, mas novas imagens mais detalhadas do Google Earth identificaram onde o governo local deposita seus prisioneiros. Segundo a Anistia Internacional, que analisou as imagens, os campos parecem crescer com relação a imagens anteriores de 10 anos atrás.

Segundo o Guardian, que disse ter ouvido testemunhas que fugiram do país (imagino para onde, já que os campos são na fronteira com a Rússia e China), famílias inteiras são mortas em câmaras de gás, enquanto seus bebês são degolados por soldados que dizem “não querer que a população carcerária cresça”. O Exército ainda usa os prisioneiros em testes envolvendo armas e componentes químicos e biológicos. As vítimas demoram dias pra morrer, enquanto médicos militares preenchem relatórios sobre possíveis resultados considerados positivos. Estima-se que campos como o Yodok e o Camp 22 abriguem sozinhos mais de 50 mil pessoas e realizem experimentos com cerca de cinco mil.

As imagens provavelmente serão usadas como combustível para grupos de direitos humanos que tentam visitar os campos e ajudar minimamente os prisioneiros. Ou ainda para esses grupos pressionarem os governos que negociam o fim do programa nuclear do país. Mas, provavelmente, só com o fim do regime bizarro que impera no país para esse quadro mudar.

 

image

image

[Guardian e Daily Mail via Gizmodo]

Avatar Voz do Além

Itália nos ensina mais uma lição: deu merda, culpe os cientistas

 

image

Abril de 2009: um terremoto de magnitude 6,3 abala a Itália e mata 308 pessoas na região próxima a cidade de L’Aquila, além de deixar milhares de desabrigados. Uma fatalidade das piores, que infelizmente ocorre com certa frequência no mundo. Pois bem, um grupo chamado  Great Risks, que estuda a tentativa de prever eventos catastróficos, ligado governo italiano, uma semana antes emitiu um comunicado que dizia basicamente que era possível rolar um grande terremoto na região, mas que isso era “improvável”. Como vocês sabem, rolou um evento dos piores…

Foi o suficiente para o governo italiano abrir um processo contra o grupo de cientistas por homicídio culposo e por “divulgar informações inexatas, incompletas e contraditórias”. O grupo havia sido selecionado para prever um terremoto no país após um tremor forte ter atingido a Itália uma semana antes, e Berlusconi parece que não gostou da incapacidade deles de errar previsões.

O grupo de sete cientistas começou a ouvir a acusação ontem, dia 20, e as medidas do governo causaram indignação em toda a comunidade científica mundial. Ano passado, mais de cinco mil cientistas de todo o mundo assinaram uma carta de apoio ao grupo, enquanto a Sociedade Sismológica da América se reuniu com o próprio presidente da Itália, Giorgio Napolitano (googlei pra saber o nome do indivíduo, nem sabia que a Itália tinha presidente… só falam naquele maluco do Berlusconi).

“Ao invés de perseguir uma ação judicial sem precedentes contra os membros da comunidade sismológica, convidamos funcionários públicos e líderes comunitários a trabalhar para melhorar a forma como os riscos de terremotos são comunicados ao público”, dizia um trecho da petição.

Não sei vocês, mas podiam passar a culpar políticos incompetentes, isso sim!

 

[TG Daily]

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Avatar FiliPêra

Django, novo filme de Tarantino, perde Kevin Costner

 

image

Eu fiquei uns 20 minutos revirando os arquivos do NSN, pois tinha absoluta certeza que tinha escrito um post sobre Django, novo filme de Tarantino… e bom, não escrevi, segundo o Google. Então vamo lá.

Após referenciar o mundo dos filmes de samurai, ao mesmo tempo que reverenciou os filmes de faroeste em seu épico-violento-romântico Kill Bill, Tarantino começará a filmar em novembro um faroeste de raiz, com tudo que tem direito. O próprio nome do filme já mostra isso: Django Unchained, uma referência a uma série de filmes famosa, que tem ESSA cena clássica que meu pai me conta até hoje.

O filme narrará a história de Django, um escravo negro récem-liberto que é acompanhado por caçador de recompensas alemão e torna-se um mercenário que busca libertar sua esposa de um escravocrata. Nada demais, porém, na mão de Tarantino pode virar um épico, ainda mais um gênero desgastado como o faroeste. O elenco só tem estrelas, como o habitual: Jamie Foxx é Django e Christoph “Caçador de Judeus” Waltz será o mercenário alemão, enquanto Leonardo DiCaprio viverá Monsieur Calvin Candie, o tal escravocrata.

O elenco terá ainda a presença de Gerald McRaney - que esteve em Esquadrão Classe A - e perdeu Kevin Costner, que viveria Ace Woody, o violento braço direito de Candie. O ator alega “problemas com agenda”, mas especula-se que a saída dele envolva o fato da violência de seu personagem ser forte demais pra ele, acostumado a escolher papéis de bom moço.

De qualquer forma, Django Unchained estréia em 25 de dezembro de 2012.

 

[Via Omelete]

Avatar Voz do Além

Mapa mostra os caminhos que levam pornografia até você

 

image

As coisas ficaram modernas… MUITO modernas, mas o transporte de dados da Internet ainda é baseado em cabos submarinos - alguns deles capazes de transportar cerca de 10 terabits por segundo, mesmo com uma espessura que não vai além de mangueiras comuns. Ou seja: esqueça aquele papo de via satélite ou similares, o principal meio de transporte de bytes é a fibra ótica mesmo, e todo a infra-estrutura é administrada por empresas privadas.

Até pouco tempo, a localização desses cabos era mantida em relativo sigilo, já que a informação é considerada sensível, obviamente. Agora, a Telegeography, empresa que entregava mapas com a localização dos cabos por US$ 250, via correio, criou um mapa online e interativo com essas informações.

O motivo é garantir que empresas possam construir cabos em localizações estratégicas e garantir a esperada redundância, que evita o Caos completo se um cabo for detonado por submarino apresentar problemas. E obter isso envolve construir cabos com rotas de transmissão similares aos principais usados pelos gigantes da banda, como Amazon, Facebook e outros. Claro que a informação continua com limitações, já que o zoom com a localização dos cabos não é completo, mas é o ideal para o que as empresas precisam saber.

Só clicar no LINK ou na imagem e ser feliz sabendo quais são as vias que te conectam ao RedTube.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Avatar FiliPêra

10 minutos de de Zelda: Skyward Sword pra ajudar a esperar até novembro

 

image

Você já sabe que The Legend of Zelda: Skyward Sword será lançado em 20 de novembro e que ele será o mais longo da série, com 50 a 100 horas de jogatina, o que não é pouca coisa. Enquanto você espera, assista os dois vídeos da conferência da Nintendo na Tokyo Game Show desse ano, com mostras da jogatina do novo título da franquia, e um sistema de upgrade de armas, similar aquele lance de melhorar sua espada em Majora’s Mask, mas que rolava só uma vez, após você vencer a corrida Goron - corrida maldita aquela, viu.

Como destaque dos vídeos fica a melhora na precisão, proporcionada pelo acessório Motion Plus, e aparentes novidades de jogabilidade, tanto através de itens, quanto por inserções como o próprio sistema de evoluções de armas.

 

É fato que a fórmula da série Zelda está parcialmente estagnada - da mesma forma que a fórmula de diversos jogos, principalmente os atuais jogos de tiro. Mas já é possível ver diversas mudanças incorporadas a série. Uma delas são nos combates, muito mais envolventes desde Wind Waker, que misturou técnicas e o aprendizado de golpes novos - que ficaram bem poderosos e intuitivos em Twilight Princess, que dispensou o uso de botões de ação e utilizou combinações de movimentos, algo bastante bem-vindo.

O número de sidequests e a liberdade proporcionada pelos mapas também melhorou bastante desde Wind Waker, que teve um mundo semi-aberto de ilhas, embora ainda um pouco carente de conteúdo extra. Por isso considero Twilight Princess um jogo tão bom, semi-perfeito: por utilizar elementos de jogos passados, investir em história (tá longe do ideal ainda, mas melhorou) e proporcionar um clima mais épico de fantasia. O mundo é gigante, a narrativa é épica (você vai ver se jogar), as cutscenes valem a pena, as interações entre personagens são de primeira. Só faltou alguma adição a mecânica tão boa quanto a insanidade de Majora’s Mask - lamento, mas jogar como o lobo só fica bom pouco antes da metade do jogo - e um nível de dificuldade maior.

Acho que Skyward Sword tem tudo para ser o jogo que continuará levando Zelda rumo a evolução - quem diz que não evoluiu, é porque não joga a série há certo tempo, digo o mesmo de Mario. E os vídeos mostram isso. Mas só em novembro pra sabermos com certeza.

 

 

Avatar FiliPêra

Florence and The Machine lança duas novas músicas e… bom, ouça aí que vale a pena

 

image

Depois de fazer sucesso com o ótimo álbum Lungs, Florence Welch, vocalista da banda Florence and The Machine, lançou dois singles do novo álbum do grupo, chamado Ceremonials. Se for tão bom quanto Lungs, uma mistura explosiva da voz de Florence, com sons cadenciados, com muita percussão, vocais líricos e essas coisas que levaram a classificar a artista de “alternativa”, vai render um discão.

E pelas duas músicas divulgadas - What the Water Gave Me e Shake It Out -, a artista vai manter a escrita. O único ponto negativo é capa de Ceremonials, que achei fraca, mesmo sendo uma referência as antigas atrizes atrizes de Hollywood, da década de 1920.

Ceremonials será lançado em 31 de outubro Dia das Bruxas nos EUA.

 

image

 

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Avatar Colaborador Nerd

[Pipoca e Nanquim] Oceano

Por Pipoca e Nanquim 

 

86 - Oceano - Pipoca e Nanquim por pipocaenanquim no Videolog.tv.

Olá, camaradas!

Como todos vocês devem saber, sexta-feira é dia de…ir pro bar! E também do videocast Pipoca e Nanquim, claro! O negócio é seguinte: desde tempos imemoriais os oceanos despertam a curiosidade e imaginação de todos os povos, isso sempre gerou histórias fabulosas, seja tratando de mitos submarinos, criaturas apavorantes até competições subaquáticas e piratas aventureiros.

Esse novo programa traz exatamente isso a vocês, dicas de obras sensacionais na literatura, cinema e quadrinhos que tem o reino de Poseidon e lar de Iemanjá como principal foco.

Embarque com a gente nessa aventura e mandem noticiais!

Câmbio, desligo.

 

QUADRINHOS INDICADOS

Namor: As Profundezas (Panini)
DC Especial #07 – Aquaman: a Reconquista da Atlântida (Abril)
Corto Maltese – 5 Volumes (Pixel)
Corto Maltese: A Juventude (Nemo)
Isaac: o Pirata (Conrad)
Classics Illustrated #01 – Moby Dick (Abril)
Abe Sapien: Os Afogados (Mythos)
Café Espacial (Independente)
John Constantine, Hellblazer: Origens – Vol.01 (Panini)
Lex Luthor: Homem de Aço (Panini)
Batman/Deathblow (Panini)

FILMES INDICADOS

Imensidão Azul (Le grand bleu – 1988)
Esfera (Sphere – 1998)
O Segredo do Abismo (The Abyss – 1989)
A Vida Marinha com Steve Zissou (The Life Aquatic with Steve Zissou – 2004)
Perigo em Alto Mar (The Reef – 2010)
Waterworld – O Segredo das Águas (Waterworld – 1995)
Tubarão (Jaws – 1975)
Medo Profundo (Black Water – 2007)

LIVROS INDICADO

O Velho e o Mar (Bertrand Brasil – 1952/2009)
Vinte Mil Léguas Submarinas (Martin Claret – 1870/2003)
Moby Dick (Cosac Naify – 1851/2008)

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Avatar Colaborador Nerd

[Pipoca e Nanquim] Grant Morrison

Por Pipoca e Nanquim 

 

85 - Grant Morrison - Pipoca e Nanquim por pipocaenanquim no Videolog.tv.

 

Fala, galera! Sejam bem vindos a mais um videocast do Pipoca & Nanquim.

Faz tempo que não falávamos sobre um criador em particular e sua obra, então decidimos retomar o tema. Nossa escolha da vez é um dos mais controversos escritores do universo de HQs, Grant Morrison. Ame-o ou deixe-o, a verdade é essa. Muita gente reclama das coisas incompreensíveis que o escritor criou (Os Invisíveis, alguém?), mas poucos se atrevem a contestar sua genialidade. No mundo dos super-heróis, poucos escritores foram tão influentes nos últimos anos.

Morrison trabalhou com X-Men e Liga da Justiça; teve passagens memoráveis em títulos obscuros os quais transformou em campeões de vendas, como Homem-Animal e Patrulha do Destino; fez o Coringa dar uma apertadinha no popô do Batman, mostrou que a Era de Prata pode ser legal com Grandes Astros Superman, baniu Bruce Wayne sem deixar a peteca cair, isso entre outras coisas.

Se o nome dele não é tão reconhecível quanto o de outros medalhões como Gaiman e Moore, talvez seja por conta de sua inabilidade de fazer marketing pessoal, já que dizem que ele prefere passar todo seu tempo livre tomando cerveja (he-he-he). Bem, seja como for, fica aqui nossa justa homenagem a este que é um dos grandes nomes dos quadrinhos da atualidade.

Grande abraço a todos e até a semana que vem!

QUADRINHOS INDICADOS

Zenith – Fase Um (Pandora Books)
Zenith – Fase Dois (Pandora Books)
Zenith – Fase Três (Pandora Books)
DC 2000 #03-36 – Homem-Animal (Abril)
Mistério Divino (Tudo em Quadrinhos)
Kid Eternidade (Metal Pesado)
Como Matar seu Namorado (Tudo em Quadrinhos)
Batman: Asilo Arkham (Panini)
Um Conto de Batman: Gothic (Abril)
Os Invisíveis: Revolução (Pixel)
Liga da Justiça por Grant Morrison: Vol. 1 (Panini)
Novos X-men – E de Extinção (Panini)
Novos X-men – Imperial (Panini)
Novos X-men – Novos Mundos (Panini)
Novos X-men – Rebelião no Instituto Xavier (Panini)
X-men Widescreen (Panini)
Grandes Astros: Superman (Panini)
7 Soldados da Vitória (Panini)
WE3 – Instinto de Sobrevivência (Panini)
Birds (Independente)
Gen, Pés Descalços Vol.2 (Conrad)
Encruzilhada (Leya/Barba Negra)
Pequeno Pirata (Leya/Barba Negra)
Crypta Vol.2 (Mythos)

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Avatar FiliPêra

Pausa

 

image

Como escrevi no meu texto do aniversário de 4 anos do blog, estou viajando ao mesmo tempo que escrevo minha Monografia. Já escrevi 15 páginas - a Introdução e o primeiro capítulo, que é a única parte que é avaliada antes da defesa perante a banca. Não posso dizer que estou atrasado, muito pelo contrário, estou adiantado umas duas semanas do meu prazo, mas preciso correr, principalmente graças a alguns contratempos relacionados aos arquivos de notícias que preciso ter acesso para coletar minhas fontes primárias.

E outro problema se somou a esse: desemprego. No meio da viagem, me relembraram um aviso de umas semanas atrás que envolvia fins de contrato e certos problemas financeiros da minha empregadora. Nada de grave, e nada por minha culpa, mas ocorreu, e preciso correr atrás de outra coisa. Como vocês provavelmente sabiam, Eu trabalhava em casa, na hora que queria e com o que gostava. Não pagava muito, mas era divertido e perfeito pra quem tinha horários incertos com relação a faculdade.

Agora acabou. Posso dizer que acabou na hora certa, pois agora posso arrumar um emprego em tempo integral e estou praticamente formado, o que melhora minhas chances e aumenta meu salário - não que a área jornalística ajude muito. Mas, infelizmente, com essa multidão de coisa acontecendo, meu tempo para escrever como gosto é naturalmente prejudicado. E muito! E pela quantidade de posts que já fiz explicando uma possível falta de tempo nesses quatro anos, vocês já devem ter entendido que dou muito valor a regularidade do que sai por aqui.

Bom, que fique claro, que essa é uma pausa exclusivamente minha, sou Eu que não posso mais escrever até mais ou menos o dia 20 de setembro, mas todos que enviarem posts serão devidamente publicados sem problema algum, separo umas horas antes de dormir para isso.

É basicamente isso que queria dizer. Tenho um texto sobre Pornografia para terminar, outro gigante (provavelmente o maior texto que já escrevi) sobre o meu assunto preferido: Pirataria, e trechos da minha Monografia já prontos, que não demoro e publico por aqui. Revire nossos arquivos e divirta-se, abaixo tem uns meta posts com indicações de nossos textos preferidos!

 

[Aniversário] Maior, Melhor e Sem Cortes

[Aniversário] Para o Além e avante!

[Aniversário] Três anos e Slow Blogging

Dica de Leitura na Web: artigos e resenhas do Nerds Somos Nozes

Tamanho pode ser documento! Ou: os maiores textos da história do NSN

 

Até mais, logo estarei de volta.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Avatar Colaborador Nerd

[Pipoca e Nanquim] Preacher

Por Pipoca e Nanquim

 

84 - Preacher - Pipoca e Nanquim por pipocaenanquim no Videolog.tv.

E é o fim da maldição!!! Ou quem sabe o começo (hua-hua-hua). Pois é, pessimistas, após anos na pole position, sinto dizer mas vocês foram ultrapassados pelo bom trabalho que a Panini vem fazendo com a Vertigo no Brasil. O resultado? O Álamo não só é publicado no Brasil, como sai em uma edição capa dura e primorosa. Resta a torcida para saber se os volumes anteriores também serão publicados.

O Pipoca & Nanquim esperava ansiosamente por este programa, pois Preacher é uma de nossas obras favoritas e apesar de a termos citado em diversas ocasiões, foi sempre de forma superficial, tentando guardar o melhor para o programa especial.

Resistimos a tentação de contar cenas e historinhas e tentamos nos concentrar nos motivos que levam esta história maluca e estranha à condição de obra prima - esperamos ter obtido sucesso. Ficamos agora no aguardo de seus comentários para apontar tudo aquilo que deixamos passar. Um grande abraço a todos e até a semana que vem.

QUADRINHOS INDICADOS

Preacher - A caminho do Texas (Devir)
Preacher - Até o Fim do Mundo (Devir)
Preacher - Orgulho Americano (Devir)
Preacher - Rumo ao Sul (Pixel)
Preacher - Guerra ao Sol (Pixel)
Preacher - Salvação (Panini)
Preacher - Às Portas do Inferno (Panini)
Preacher - Álamo (Panini)

Especiais:

O Cavaleiro Altivo e A História de Você-Sabe-Quem (Pixel)
Cassidy: Sangue & Uísque (Pixel)
O Homem da Guerra (Brainstore)
Os Bons Companheiros (Brainstore)
Santo dos Assassinos (Abril)

Avatar Felipe

A nova DC Smallville Style

 

image

As primeiras informações que surgiram a respeito do mais novo reboot da DC Comics já foram preocupantes. Eram coisas como super-heróis mais jovens e em início de carreira, ainda sendo temidos pela sociedade. Mas o que mais me chamou atenção na época foi a notícia que dizia que o Superman não seria mais casado com Lois Lane. Não apenas isso, segundo boatos, ele vai ter um caso com a Mulher-Maravilha. Depois de ler isso eu tive a certeza de que esse reboot não era algo apenas para consertar furos na cronologia e atrair novos leitores, mas sim um novo Universo DC feito para os fãs de Smallville. E hoje, depois de ter lido a primeira edição da nova Liga da Justiça, percebo que eu tinha razão.

O roteiro dessa primeira edição é simplesmente babaca e poderia perfeitamente se encaixar em algum episódio de Smallville. E olha que ele foi escrito pelo Geoff Johns, um dos maiorais dentro da DC atualmente. A história começa cinco anos no passado, época em que os heróis começaram a surgir de acordo com a Nova DC. Ela mostra Batman caçando uma criatura pelos telhados de Gotham, enquanto ele próprio é perseguido pela polícia. Não demora muito e surge o Lanterna Verde (Hal Jordan) dizendo que está atrás de um alienígena ilegal na Terra. E é aí que se percebe que esse é um gibi feito para crianças e adolescentes.

A primeira coisa que os dois heróis fazem é discutir e ficar se exibindo, principalmente o Lanterna, que faz questão de afirmar o tempo inteiro que seu anel energético pode fazer qualquer coisa. Sem contar que sobrou para o pobre Hal Jordan o papel de leitor novato, sempre afirmando coisas que todo fã de quadrinhos sabe, como o fato do Batman não ter super poderes ou a existência da Tropa dos Lanternas Verdes. E assim segue a relação do Batman com o Lanterna, um querendo aparecer mais do que o outro.

Mas quando parece que as coisas não podem piorar, eis que nas duas últimas páginas surge o Superman, com uniforme novo sem cueca vermelha por cima da calça. E a primeira coisa que ele faz é levar o Lanterna Verde a nocaute e desafiar o Batman pra porrada com uma frase de efeito: “Eu não sou fácil de lidar. O que você pode fazer?”. E pelos previews da segunda edição, eles vão realmente sair na mão. Porra, o Superman que eu conheço evitaria uma briga até mesmo se o Batman cuspisse na cara dele. Imagina se ele ia puxar briga simplesmente porque o homem-morcego e Hal Jordan estavam procurando por ele.

O tipo de atitude que os heróis mostram nessa primeira edição de Liga da Justiça é aquele que era visto em Smallville, quando Clark sempre brigava com algum novo herói antes de se tornarem amiguinhos e irem caçar o vilão do episódio. Infelizmente, leitores das antigas, que acompanham quadrinhos há mais de vinte ou trinta anos não são o público alvo da nova estratégia da DC. Ao invés de tentar a criação de um universo alternativo como a Marvel fez com o Ultimate, a DC simplesmente resolveu ignorar os fãs e focar na molecada com menos de 13 anos.

E nesse sentido, eles realmente podem obter sucesso, principalmente com a arte de Jim Lee, que desenha cenas de ação muito bacanas. Só não sei se os executivos já se tocaram que um dia esses novos leitores vão crescer. O fato é que, infelizmente, a julgar por essa primeira edição, parece que a DC será a nova Image: desenhos maneiros, repletos de pancadaria, mas com roteiros abaixo da média.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Avatar FiliPêra

[Aniversário] 4 anos…

 

image

Já rolaram quatro anos desde o dia em que quatro amigos fundaram o que hoje vocês conhecem como Nerds Somos Nozes. Nesse ponto dá pra dizer que não mais parece que foi ontem. O quarto ano deve ser tipo aquele período mais complicado, em que se decide se para por aqui ou continua com o lance até o fim da vida. Se o primeiro ano é meio desanimador pela falta de resultados a curto prazo e o segundo e terceiro ano são adrenalina pura, o quarto é mais como uma meditação prolongada. Deve ser a diferença entre atirar com um AK-47 e um rifle Dragunov SVU-A.

Bom, ao menos pra mim. Estou no último semestre da minha faculdade de Jornalismo, com planos de mudar de estado, semi-desempregado (como quase sempre) e, sem o fôlego de antes. Até tive um problema recente no dedão da mão direita (justamente o que menos uso no dia-a-dia) e ele ainda dói ao fazer alguns movimentos. Ou seja: não posso mais me dedicar como antes, principalmente pelo fato de não ter cuidado devidamente de uma estrutura comercial do blog como deveria - e hoje vejo blogs com metade da audiência do NSN conseguir, ao menos, dar algum tipo de retorno financeiro aos seus autores. Então, por mais que não considere o dinheiro o centro de tudo, não tem como mais investir boa parte do meu tempo em atividades que não tragam um retorno claro, financeiro e imediato a minha carreira profissional.

Obviamente que devo muito ao NSN: conheci um monte de gente, um monte de contatos, e até consegui um emprego legal que curto muito. Mas acho que boa parte dessa época ficará para trás. Ficarei as próximas duas semanas em São Paulo, e usarei os momentos de folga para refletir e escrever minha Monografia. Quando voltar pra casa, a não ser que algo ocorra até lá, abandonarei a ideia de só trabalhar em casa - coisa que faço há mais de um ano. E, caso tudo ocorra como desejo, sinceramente não sei como as coisas ficarão para o NSN, ao menos até o fim do ano.

Ontem, enquanto voava num avião que passava no meio de uma turbulência brava, pensei pela primeira vez como seria o fim do NSN. Porque, infelizmente, não vejo possibilidade de passar o cetro pra outra pessoa caso decida que não rola mais. Nesses quatro anos conheci uma penca de autores e colaboradores, alguns muito bons, outros precisando de umas lições a mais. Porém, infelizmente, não vi alguém que pudesse tomar as rédeas do blog caso Eu decida sair fora por um tempo, ou deixar de ser o Editor-Chefe. Muito por minha culpa: centralizo as decisões, só Eu tenho acesso aos emails, Eu faço os contatos, todos os textos precisam passar pelo meu crivo antes de serem publicados… e assim vai, embora mantenha um ambiente praticamente sem regras e pressões pra cima de quem escreve por aqui.

E aí entra o assunto principal do texto… a quase lendária (por razões não tão admiráveis) Mob Ground. Bom, tivemos um novo atraso de ordem técnica, oriundo da nossa vontade de fazer tudo certo dessa vez, de ver o site decolar de verdade. Por isso não temos pressa de lança-lo, e só fixamos datas em nome de protocolos - ajuda o projeto ser bem DIY e não envolver qualquer tipo de contratação ou transação financeira em sua parte inicial. Bom, a atual data é… BREVE, embora Eu tenha plena consciência de que esses sucessivos atrasos diminua a confiança de todos no projeto. Mas, tenho consciência de outra coisa: vai valer a pena quando tiver pronto, e por pronto, entenda uns seis meses depois que ele estiver no ar.

Com a Mob Ground quero finalmente adotar soluções e dar uma estrutura mais profissional ao que hoje é o NSN, sempre mantendo e melhorando nossa qualidade editorial. É um pulo no abismo, porque se não der certo, vai tudo pro ralo, já que o projeto consumirá mais tempo, recursos e precisará dar retornos. Ou seja: pode ser um acerto triunfante, ou uma morte prematura, pois simplesmente não quero voltar a ser como está, já que, pra mim, o NSN é praticamente o mesmo do que era há dois anos, não vi grande evolução no que faço aqui. E a Mob é o nosso salto quântico. Se vai dar certo, não sei… mas depois que tudo for lançado, não tem mais volta.

Mas chega desse papo melancólico e estranho - além de similar a uma reflexão de Hunter Thompson sobre a carreira dele, publicado em O Reino do Medo - e vamos ao nosso tradicional apanhado dos meus textos preferidos. Não fizemos post para anunciar, mas passamos dos 3 mil textos em nossos arquivos, o que considero uma marca e tanto, mesmo que esse ano tenha sido o que menos publicamos, com 303 textos até o momento.

Mas quando fui fazer uma seleção do que melhor escrevi nos 365 dias, me surpreendi, pois achava que não passaria dos 10, e consegui selecionar quase 30 artigos.

Bom, eles estão abaixo, sem ordem de preferência ou similares. No mais, agradeço aos amigos, leitores fiéis, colaboradores, autores, e toda essa raça que mantém o NSN de pé, porque se estou de madrugada morrendo de sono e ainda escrevendo, não é somente para alimentar meu ego.

 

[HyperEspaço #20] “O Novo Jornalismo”, segundo Carlos Cardoso

[HyperEspaço #20] A bizarra celeuma pra cima da capa de abril da Wired

[HyperEspaço #21] A morte de Osama e a noite em que o 4Chan chutou a bunda preguiçosa da mídia

[HyperEspaço #22] Como nasce uma resenha

[HyperEspaço #23] Por que não defendo minorias

Tiros e Gás na Marcha da Maconha de São Paulo

Pedaços fantásticos de Jornalismo

Décadas de 40 a 60: a época de êxtase dos testes nucleares

O cartucho amaldiçoado de Majora’s Mask. Ou: o ARG de videogames mais assustador de todos os tempos

[Listas] Os 10 Melhores Filmes de 2010

[#CPBR4] A Campus B

A Anatel, a surra nos consumidores e a defesa dos direitos corporativos

The Legend of Zelda: 25 anos da maior lenda do mundo dos games

LSD e Wikileaks

Wikileaks contra o Mundo e algumas lições sobre Liberdade

Fragmentos da História da Repressão Político-Estatal

A guerra contra o Irã pode ter começado… na fronteira dos bytes

V de Vingança e Os Invisíveis

A Teoria da Comunicação como nunca te ensinarão na Academia

 

Resenhas de filmes

Tropa de Elite 2

Mr. Nobody

Império dos Sonhos

Cisne Negro

Enter the Void

[Capetalismo Addendum #3] Trabalho Interno

É isso aí, que venha o quinto ano!


Layout UsuárioCompulsivo