quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

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Pirataria, Internet e Contracultura… finalmente o resultado

 

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Após meses a fio escrevendo, dores de cabeça infindas, descidas ao inferno para pesquisar, contato com as Teorias da Comunicação mais loucas possíveis, leituras dos autores mais desparafusados de todos, terminei a minha Monografia. E como o esforço genuíno geralmente é recompensado, fui aprovado com uma nota 10 com louvor, além de receber um convite para me tornar um pesquisador - coisa que sabe Deus se me tornarei, embora tenha lá uma vontade.

Enfim, como muitos devem saber, meu trabalho foi intitulado Compartilhamento e jornalismo - um estudo do Pirate Bay no jornal Estado de São Paulo e no blog Baixacultura e se propôs a ser um estudo tanto do Compartilhamento do ponto de vista histórico, como uma investigação de como as ferramentas digitais alteraram nossa percepção e interação cultural.

Foi a forma que encontrei de utilizar as ferramentas científico-acadêmicas para militar por uma causa que considero primordial, além de pesquisar a fundo um assunto geralmente abordado somente pelo ponto de vista jurídico.

São 217 páginas - 57 delas de anexos -, 67 mil palavras e 425 mil caracteres, de um trabalho que tomou uns 8 meses da minha vida, 4 deles bem intensos - além de ter me mostrado que consigo escrever um livro consistente bem rápido. Agora provavelmente seguirei os conselhos do meu orientador e escreverei um artigo científico de umas 15 páginas sobre minha pesquisa e a inscreverei em conferências de comunicação e ver no que dá, além de começar a pensar no meu Projeto de Mestrado, que já tenho na minha mente - isso continuando na minha ocupação de jornalista cultural.

Enfim, espero que gostem e sirvam para a evolução do vosso conhecimento não só sobre Pirataria/Compartilhamento, mas sobre como são construídas as verdades em nossa sociedade.

Ainda vou curtir um pouco minhas férias e pensar em como voltar a postar no NSN.

Abraços e para lerem/baixarem a Monografia, é só clicar AQUI ou na imagem!

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

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O Suspense está de volta: Alan Wake

Por Sayron Schmidt

 

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Bons tempos aqueles quando coloquei minhas hávidas mãos no primeiro Silent Hill, lá por meados de 2001, em meu PSOne e a muito tempo um jogo não me empolgava da forma como Silent Hill o fez.

É claro que, com o passar dos anos e o lançamento de novos jogos da série, fui me afastando aos poucos, até não me interessar mais pela franquia, achei que decaiu muito, ficando repetitivo, chato e previsível. Por conta disso, sempre senti falta de jogos de terror, misturados com suspense e a necessidade de sobrevivência constante. Isso até uns três meses atrás quando tive a oportunidade de jogar o Alan Wake, mas antes, algumas explicações devem ser dadas.

Sempre fui um Sonysta nato, acho que o Playstation revolucionou o mercado quando surgiu, deixando para trás Nintendo e a Sega. Mas sempre fui aberto a novas experiências, então joguei todas as plataformas possíveis durante minha infância e adolescência. Só que uma nunca me empolgou muito com o XBox. Não sei dizer o porquê, mas até o Dreamcast me animou mais do que ele.

Lançada a segunda geração do XBox, ele continuou sem chamar minha antenção, já que tudo o que havia disponível para ele também existia para o PS3, mas isso foi até eu ouvir falar de um tal de Projeto Natal, mais tarde revelado como o Kinect. Gostei da idéia de jogar sem controles (com a galera, só para dar risada, lembrando o Wii, que era divertido e eu conseguia jogar sentado) e usar a “força” para mover personagens, objetos e outras coisas presentes nos jogos, mas nunca coloquei na lista de prioridades.

Então anos mais tarde, minha esposa queria jogar algo que fosse além do Wii, uma experiência diferente e assim a apresentei o Kinect, que, praticamente, me obrigou a comprá-lo para ela.

Vou dizer que o Kinect é algo bacana, mas não foi feito para mim, ainda prefiro o bom e velho sofá, um copo de coca-cola/cerveja e o controle, movimentando apenas os braços e a cabeça para acompanhar a curva em algum jogo de corrida ou me abaixando levemente tentando fugir de um golpe desferido pelo inimigo. Não curti o fato de ficar em pé, pulando, suando, “dançando” ou qualquer coisa que exija demais do meu já debilitado preparo físico. Assim precisei buscar alternativas de jogos, pois sabia que existiam franquias exclusivas dele e poderia ser uma nova experiência com games.

Ao abrir a caixa do console a primeira coisa que vi foi um envelope (estilo giftcard) com a capa do jogo Alan Wake, li as instruções e ali estava minha possível primeira experiência com jogos do XBox 360, primeiro porque eu ganhei o direito de fazer o download do jogo de graça e segundo porque eu andava meio “quebrado” financeiramente.

Já que é de graça vamos baixar e jogar né?

O jogo foi lançado em 2010 e seria um jogo exclusivo para o Xbox 360 pela Remedy (mesma produtora de Max Payne 1 e 2) e escrito por Sam Lake (também escritor de Max Payne 1 e 2), mas a última notícia que li informava que no primeiro semestre de 2012 o jogo seria disponibilizado para PC. Espero que essa notícia se concretize mesmo. Mas vamos ao jogo.

Confesso que nas primeiras cenas do jogo ele impressiona e chama a atenção do jogador com bons gráficos, uma trilha sonora bem interessante e uma jogabilidade confortável com o controle do XBox 360 (eu achava o Sixaxis o auge dos controles, mas fiquei com dúvidas após jogar Alan Wake e Gears of War, mas esse tema fica para outro dia).

Tudo começa com Alan Wake contando um pouco de sua história e sobre um pesadelo que teve dias antes. Este é a introdução do jogo, onde você vai aprender os comandos, movimentos e afins.

 

Introdução, com dublagem em português feita pela equipe Dubla Alfa Generation.

Passado essa parte, é hora do bicho começar a pegar de verdade.

Só para se ter uma idéia do nó que nosso cérebro toma no começo do jogo, depois do sonho, você está em Bright Falls, Washington, numa balsa com sua bela esposa, Alice. Alan Wake está há dois anos sem conseguir escrever um livro e está em crise, então Alice resolve que ambos devem passar umas férias nessa pacata cidade. Ao chegar a uma cafeteria, rolam alguns eventos que fazem com que uma senhora sinistra troque a chave do local onde eles ficariam, fazendo com que eles fossem diretamente até uma ilha em meio ao lago, com uma casa, digamos, assustadora. Ao chegar ao local e descarregar as bagagens, Alan vê que sua esposa havia levado uma máquina de escrever, fazendo com que ambos discutem e ele resolva esfriar a cabeça dando uma voltinha pela ilha e é ai que ele ouve um grito de Alice.

Ao chegar onde ela estava, ele a vê sendo puxada para dentro do lago e ele faz a única coisa que vem a cabeça, saltar na água atrás dela. Mas ao cair sobre a água ele perde a consciência e acorda dentro do seu carro em um acidente na estrada.

Agora você pensa: “Que merda é essa?!?”

 

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Sim!! Essa é a base do jogo inteiro. Reviravoltas, suspense, ação, falta de munição em momentos críticos e assim por diante. Não tem como não curtir o jogo.

Enquanto você vaga pela pequena e assustadora Bright Falls, coletando rascunhos de um livro escrito por Alan e que ele não lembra de ter iniciado, garrafas de café e viaja por ilusões e pesadelos, ainda existe a necessidade de lutar contra criaturas dominadas pelas trevas e você terá apenas uma lanterna e algumas armas a sua disposição, além de não poder esbanjar muito no gasto com munições, pois pode acontecer de você ter de sair correndo por não ter mais munições disponíveis.

Esse é o tipo de jogo que te envolve de uma forma inexplicável. Vagar pela cidade ou pela floresta durante o dia é a coisa mais tranquila do mundo, mas a coisa muda de figura ao cair a noite. Uma névoa está sempre espreitando os passos de Alan. Com gráficos excelentes, a sensação de caminhar em uma floresta sombria é arrepiante, deixando o jogador sempre em estado de alerta, pois a qualquer momento a neblina pode aumentar, a trilha sonora mudar para uma música mais acelerada e você ser atacado por hordas de seres da escuridão. Isso quando não é obrigado a fugir de um pseudo-tornado negro do mal que arremessa objetos de grande porte em você como carros e tratores.

A jogabilidade é prática e intuitiva, mesmo aqueles acostumados ao controle da Sony, não terão dificuldades em se adaptar ao modelo e aos comandos no controle do XBox 360. Mirar com a lanterna, focar a luz até a sombra protetora sumir do inimigo e abrir fogo até ele virar faíscas, tudo isso sem esquecer-se de cuidar da vida de Alan (que recarrega automaticamente, mas de forma bem vagarosa, exceto quando se encontra embaixo de uma fonte de luz), da carga da lanterna e de sua escassa munição. É complicado no início, mas depois de um ou dois capítulos você se acostuma.

 

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E por falar nos capítulos, essa é um diferencial no jogo. Ele é dividido em 6 episódios, como em séries de TV e ao término de cada existe uma música especial para animar os corações dos jogadores. De David Bowie (Space Oddity – 1969) a Poets of the Fall (War – 2010), do clássico ao moderno, o rock aparece durante a trilha sonora do jogo.

Os gráficos são belos, conseguindo passar a sensação de cidade pacata durante o dia e de filmes de suspense durante a noite. Em alguns momentos, quando se está em uma parte alta da cidade ou da floresta, vale a pena parar e admirar a paisagem bem construída e detalhada de Bright Falls, fazendo bom uso dos recursos do XBox 360.

 

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Um dos poucos problemas que encontrei no jogo foi sua curta duração. Achei que eles poderiam ter explorado um pouco mais a trama e tê-la deixado mais completa. Como o jogo conta com dois DLCs (The Signal, que começa exatamente onde o jogo principal começa e The Writer, que continua o episódio The Signal) e uma suposta continuação que enche colunas de blogs sobre games de informações de um possível Alan Wake 2, já desmentida por Mikko Rautalahti e informada que será quase outro DLC, chamado Alan Wake's American Nightmare (e não Night Springs como surgiu em alguns veículos de comunicação).

A crítica gostou do jogo, a maioria das pessoas que jogaram também, mas, e esse “mas” é um problema, não foi um sucesso de vendas. Talvez por ter sido, inicialmente, um jogo exclusivo para Xbox (mas por que Gears of War fez tanto sucesso e rendeu duas sequências além do primeiro?), talvez por problemas que eles tiveram durante a produção ou a interferência da Microsoft. Só sei que seria um jogo para se ter, ao menos uma continuação.

 

Alan Wake, 2010 (Xbox 360)

Produção/Desenvolvimento: Remedy Entertainment

Distribuição: Microsoft Games Studios

Nota: 8,5

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Avatar FiliPêra

Estaremos de volta em breve, amigos…

 

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Sabe quando você consegue realizar um trabalho hercúleo, daqueles que ocupam todas as suas forças físicas e mentais? Saca a sensação final, que parece que eleva seus circuitos mentais para níveis um pouco mais elevados? Bom, estou mais ou menos assim. Terminei minha Monografia, que exigiu dedicação quase monástica por uns quatro meses, mas com um resultado que muito me agradou - além de ter mostrado que posso escrever um livro em menos de 10 anos, só preciso me impor prazos apertados e depois manda-los para o inferno.

O trabalho ao todo tem 217 páginas, com quase 67 mil palavras e 425 mil caracteres - mais do que muito livro por aí - e me deu a almejada nota 10 com louvor, que todo acadêmico espera ao terminar uma pesquisa. Isso quer dizer que todo esse tempo parado e dedicado a escrever o trabalho - por enquanto - mais importante da minha vida foi muito bem empregado. Tanto que os três professores que o avaliaram me disseram que deveria me tornar pesquisador, o que ouvi com grande satisfação.

Estou terminando de ajeitar pequenos erros e logo o publicarei aqui. Então, podem cessar os choros, reclamações e ameaças sobre a falta de conteúdo aqui no NSN. Mas, a coisa toda deve mudar: no período em que finalizava o trabalho me mudei para São Paulo, arrumei um emprego dos sonhos e em breve começarei a preparar material para iniciar meu projeto de mestrado. Ou seja: preciso me planejar. Mas não se preocupem, esse espaço não será abandonado.

Até breve

 

PS: quem é capaz de adivinhar o nome do sujeito da imagem?!

PS: quem é capaz de responder a pergunta sufi-zen “Quem é o mestre que faz a grama verde?”

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Avatar FiliPêra

NozesCast Vol. 13 - Aniversário de 4 anos

 

banner central NC 13

Cheguei sinixtro Nozescastaiada… atrasado, graças a Monografia do Voz do Além!

Hoje vai ser aquele cast estilo punheta, pois vamos ficar falando sobre nós, o blog Nerds Somos Nozes e como chegamos até aqui depois de quatro anos. Vocês ainda ouvirão a granolagem do ano, que superou o “NOOOSSSSAAAAA, PARA TUDO!!” do amigo @Chavespapel, descobrirão que longos discursos merecem um kick e quem é o maior stalker do @Vozdoalem.

Tem ainda um papo cabeça sobre jornalismo de esgoto, suicídios, jogos da tortura e a fórmula de sucesso secreta do nosso blog. Favor mandem seus comentários, recados ou qualquer outra coisa, pois 10 mil ouvintes e quase ninguém comentar acaba com o nosso coraçãozinho hipertenso!

 

 Baixe o NozesCast Vol. 13 - Aniversário de 4 anos (99:6 min) 68 min

UPDATE!!!!

Citamos um monte de merda no cast e esquecemos de linkar tudo. A sorte é que temos parceiros como o Chaves Papel, que serve pra fazer esse tipo de serviço sujo. Então aí vai a lista com dos principais posts citados no cast.

- Depoimentos

-Suicídio do Paulo Roberto

- Auxílio-Reclusão

- Parceria Murilo e Roberto

- Literatura Brasileira

- A Busca pela Informação - Sayron

- Five Hot Stories For Her e a Pornografia Feminina

- A Liberdade Individual - LOLA

- Campus Party 2011

- Harry Potter vs Crepúsculo

- Cajuru Quase Apanha

 

E abaixo, um clássico dos memes:

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Até a próxima!

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

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[Pipoca e Nanquim] Médicos

Por Pipoca e Nanquim 

 

98 - Médicos - Pipoca e Nanquim por pipocaenanquim no Videolog.tv.

Boa sexta-feira chuvosa a todos!!! Bem, chuvosa da perspectiva paulista. Esperamos que você seja afortunado o suficiente para estar em um local brilhante e ensolarado. Mas com chuva ou sem chuva, o Pipoca tarda, mas não falha (exceto quando dá errado), e eis aqui o seu Videocast semanal!!!!

O assunto hoje pode parecer chato à primeira vista, mas não é, afinal quem não tem uma série de hospital favorita? Uminha que seja? Pode ser House, com suas conversas cerebrais e seu humor ácido, Grey's Anatomy com o romance açucarado, Scrubs e o texto amalucado e inteligente, ou E.R. com todos seus galãs. Sim, meus caros, todos gostam de hospitais, embora nenhum de nós curta ir ao médico.

Nos quadrinhos, temos também bons expoentes, com destaque para o sensacional mangá Monster, infelizmente não-concluído em nosso país. Trazemos também uma antiga personagem da Marvel, a Enfermeira da Noite (e você vai se surpreender com a velharia que verá neste programa).

Bem, ficamos por aqui, mas gostariamos de lembrar que em duas semanas, o Pipoca chega ao programa 100!!! E vocês não perdem por esperar!

Grande abraço a todos e até a próxima semana!

 

QUADRINHOS
A Enfermeira da Noite (Gorrion)
O Fotógrafo (Conrad)
Monster (Conrad)
Dreadstar – A Odisseia da Metamorfose (Devir)
Zé Gatão (Devir)

FILMES E SÉRIES
Plantão Médico – 15 Temporadas (E.R. / 1994-2009)
House – 8 Temporadas (House / 2004-2012)
Grey’s Anatomy – 8 Temporadas (Grey’s Anatomy / 2005-2012)
Nip/Tuck – 6 Temporadas (Nip/Tuck / 2003-2010)
Tempo de Despertar (Awakenings / 1990)
Coisas Belas e Sujas (Dirty Pretty Things/2002)
Patch Adams – O Amor é Contagioso (Patch Adams/1998)
Autópsia de um Crime (Pathology/2008)
O Homem Elefante (The Elephant Man/1980)
M.A.S.H. (M.A.S.H./1970)

LIVROS
O Cirurgião (Record)
Arquivo de Heresias (Editora da PUC)
Hirudo Medicinallis (Instituto Goiano do Livro)

domingo, 4 de dezembro de 2011

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[Pipoca e Nanquim] Tribunais

Por Pipoca e Nanquim 

 

97 - Tribunais - Pipoca e Nanquim por pipocaenanquim no Videolog.tv.

Olá a todos.

Sejam bem vindos a mais um videocast do Pipoca e Nanquim. Estamos nos aproximando da marca histórica de 100 programas (bem, ao menos histórica para nós, que nunca conseguimos fazer algo com tanta consistência na vida) e, como tudo o que alcançamos até aqui devemos a você que nos assiste, estamos preparando uma celebração sensacional. Fique atento nas próximas semanas para saber o que é!!!

O tema hoje é filmes e quadrinhos sobre Tribunais. Embora não existam muitas HQs do gênero e mencionemos bem poucas no programa, o Pipoca comeu uma bola violenta ao não lembrar-se da trajetória de Harvey Dent – um dos maiores inimigos do Batman. Bem, sem problemas, a menção honrosa fica aqui no texto e, quem sabe, numa futura parte 2!

Temos como grande expoente do gênero a longeva série de TV Law & Order (e todos os seus spin offs), mas lembramos também de alguns filmes muito bons, como Tempo de Matar, As Duas Faces de um Crime, Doze Homens e Uma Sentença, O Julgamento de Nuremberg, dentre outros.

Esperamos que vocês curtam esse programa e até a semana que vem.


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