terça-feira, 31 de agosto de 2010

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As Maiores Produções do Cinema que Jamais Veremos

Por Moziel T. Monk, do Blodega

 

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Muito cinéfilo certamente já deve ter feito o exercício mental de compor um “filme dos sonhos”. Seja este cinéfilo um amante do cinema clássico ou alguém mais afeito a blockbusters e cultura pop, e este sonho pode ser o elenco ideal para se adaptar alguma obra de sucesso em outra mídia, um livro “best-seller”, um personagem de quadrinhos de sucesso, ou apenas especulação sobre como uma obra clássica da literatura universal ou contemporânea seria abordada por algum diretor considerado nada menos que “gênio”.

Há muito espaço para fantasiar. Imaginem um filme dirigido por Igmar Bergamn e Frederico Fellini, uma continuação para Sem Destino se passando cem anos depois da história original, um filme de Hitchcock tendo a Disneylândia como cenário, uma versão de Duna dirigida por Alejandro Jodorowsky e com o apoio luxuoso de HR Gigger e Moebius. Mas muito do que às vezes fica no terreno da conjectura de muito cinéfilo chegou perto de ser realizado, ou ao menos esboçou uma reação de sair do papel para a celulóide. Mas cinema é brincadeira de gente grande, e com muita grana. E às vezes nem mesmo a vontade de algum diretor renomado é suficiente para convencer algum produtor executivo de coração a gelado abrir a mão e produzir seu projeto. Aliás, raramente algum produtor abre a mão facilmente, mesmo que o diretor com a idéia na cabeça, a câmera em uma mão e o pires na outra seja daqueles cujo nome costuma estar associado a ótimos filmes. E a quantidade de projetos que morreram no nascedouro ou que até chegaram a cumprir as etapas de pré-produção daria pra encher alguns livros. Tanto que enchem.  Títulos como The 50 Greatest Movies Never Made  ou The Greatest Sci-Fi Movies Never Made são feitos do mesmo material que os sonhos, sonhos que nunca conseguiram financiamento para se tornarem concretos. Vamos saber agora um pouco do que estamos perdendo e que nunca veremos.

- O campeão de projetos não realizados entre os diretores renomados é Orson Welles. Apesar de sua fama de garoto-prodígio e de estrear na direção criando o clássico, Cidadão Kane, entre os donos de estúdio ele ganhou fama de difícil e de nunca concluir um projeto antes de partir para outro. Isso dificultou sua vida e dezenas de projetos que tinha em mente nunca saíram do papel, ao menos não por suas mãos. Pense em algum clássico da literatura universal, e há grande chance de que Welles quis adaptá-lo ao cinema e que tenha esboçado um roteiro para tanto. Imagine Dom Quixote, A ilha do Tesouro, Ardill 22, Lord Jim, Carmen, toda a obra de Shakespeare e até passagens da Bíblia… e teremos uma coleção de grandes filmes que nunca foram feitos, ao menos não por um gênio como Welles. Alguns desses livros se tornaram filmes, nem sempre com um resultado acima do burocrático. Ironicamente o filme de estréia de Welles seria uma adaptação de No Coração das Trevas, a obra-prima de Joseph Conrad. Mas a II Guerra Mundial restringiu o mercado consumidor e obrigou os estúdios a apertarem os cintos. Nesse meio tempo, Welles cometeu apenas Cidadão Kane, e seu projeto acabou nas mãos de outro diretor, décadas depois, um tal de Francis Ford Copolla, que levou a história da África para o meio da Guerra do Vietnã ( e um monte de gente à beira da loucura) e fez Apocalypse Now.

- E falando em Copolla, ele é um exemplo claro da geração dos diretores dos anos 70 com liberdade criativa para emplacar projetos pessoais, mas que no fim das contas preferiu produzir e dirigir grandes produções de retorno garantido, mas não necessariamente geniais.  Mas o seu grande projeto nunca concluído seria uma adaptação do livro Pinóquio, do italiano Carlo Collodi, que já teve inúmeras versões em live action e em desenho animado, sendo a mais famosa a de Walt Disney, de 1940. Mas o projeto de Copolla era ambicioso. E caro pra dedéu, para o espanto da Warner, que arquivou o projeto. Furioso, o cineasta tentou levar seus planos para outro estúdio, mas a coisa acabou em um grande quiproquó jurídico entre o estúdio e o diretor. Frederico Fellini também planejou filmar a história, mas morreu sem realizar este projeto, que hoje está nas mãos de Roberto Benigni e previsto para ser lançado no fim desse ano.

- Para os fãs dos grandes musicais da MGM, Vincent Minelli planejou sua aposentadoria triunfal no fim dos anos 60 na forma do filme Say it With Music, que reuniria um time dos sonhos do gênero: produção de Arthur Freed, canções de Irving Berlin, coreografia de Bob Fosse, elenco composto por Fred Astaire, Sophia Loren, Brigitte Bardot, Ann-Margret e Julie Andrews. Mas a Metro já não era a Metro dos grandes musicais em 1968, e o projeto foi pro saco, para tristeza dos amantes dos musicais.

- O perfeccionista Stanley Kubrick, antes de dirigir Laranja Mecânica, quis filmar a história de Napoleão, que poderia ter sido o grande projeto de sua vida. Durante a fase de pré-produção, Kubrick tendo reunido material sobre Napoleão suficiente para encher mais de 80 caixas. Para o elenco ele escalou atores do quilate de Peter O'Toole, Alec Guinness, Jean-Paul Belmondo, Audrey Hepburn e Jack Nicholson. Ele chegou a percorrer boa parte da Europa em busca de um cenário perfeito para sua história, que envolvia nada menos do que dezenas de milhares de extras para as cenas de batalha. Imaginem uma panorâmica mostrando um campo de batalha  com uns 70 mil soldados e uns outros milhares de cavalos. Imaginou? Os produtores também, e imaginaram logo em seguida o pesadelo logístico e a fortuna necessários para realizar o sonho de Kubrick. E mesmo o doido do ditador romeno de então, Nicolai Ceaucescu, prometendo mobilizar o exército para viabilizar a cena só para que o filme fosse feito em seu país  convenceu alguém a assinar os cheques. Muito pelo contrário, só outro doido pra topar esta idéia. Como sabemos, o filme jamais foi feito, mas quem quiser ter uma idéia de como poderia ter sido basta desembolsar uns 500 euros e adquirir uma edição da Taschen que reúne o material que Kubrick pesquisou e juntou para escrever e dirigir o filme. E hoje, assistindo a produções como O Senhor dos Anéis, constatamos que a tecnologia atual prescinde de tantos extras para compor a cena imaginada por Kubrick. Infelizmente ele cometeu a indelicadeza de morrer antes da cibernética acompanhar sua imaginação, e fomos privados de mais um filme grandioso.

- Mas senso de oportunidade é algo que faltou a muitos projetos, sendo talvez o mais inadequado, digamos assim, a idéia de se adaptar para as telas o livro de Adolph Hitler, Mein Kampf. Em 1941! Alfred Hitchcok seria o diretor, isso se não fosse o detalhe de que o próprio Departamento de Estado Americano não ter se agradado muito do projeto, mesmo com  o argumento que o mentor desta (David Selznick) era judeu e que o filme seria anti-nazista.

- Claro que tinha coisa que ninguém poderia levar a sério. Billy Wilder, um dos grandes diretores da “velha Hollywood”, vez por outra esboçava algum argumento maluco para o roteirista que estivesse trabalhando com ele no momento, mas este normalmente tinha o bom-senso (ou não, vai saber) de ignorar a idéia. Um argumento folclórico de Wilder envolvia a criação de uma fórmula para a arma definitiva, e seu inventor a tatuava no próprio pênis. Como a fórmula só podia ser lida com o pênis ereto, a CIA treinava um agente para se fingir de bicha e conseguir a fórmula. Até que seria um filme interessante, principalmente se soubermos que Wilder tinha em mente para os papéis do cientista e agente os atores Wood Allen e Charles Bronson. Mas Wilder teve planos mais viáveis que deram com os burros n'água, infelizmente. Seu projeto de Um Dia na ONU traria do limbo os irmãos Marx que ainda estivessem por perto: Grouxo, Harpo e Chico. Mas em 1960 manter um comediante veterano vivo não era fácil, e aí o projeto degringolou quando Chico bateu as botas, logo após um enfarte de Harpo.

- Nos anos 90 a Warner quis ressuscitar a franquia do Super-Homem no cinema, e contrataram Kevin Smith, um assumido fanboy e nerd, para escrever um roteiro. A história que Smith escreveu era o sonho de todo fã de quadrinhos, pois procurava ser fiel à história e ao personagem. Ele escolheu especificamente os arcos envolvendo a morte e o retorno do personagem, um episódio bem comentado pela mídia na época. Se o roteiro de Kevin Smith fosse seguido, certamente teríamos o melhor filme sobre o personagem, com forte potencial para superar o filme de Richard Donner, de 1977. O filme dos sonhos dos nerds, em uma época árida de boas adaptações de personagens de quadrinhos. Mas o sonho virou pesadelo e o caldo desandou quando Tim Burton entrou no projeto e quis impor sua visão particular, como mudar os poderes do personagem (que não voaria e teria poderes elétricos) e a história como um todo. O produtor John Peters também interferiu na história, principalmente para tentar incluir elementos de merchandising no meio. Graças a Deus, desta vez a Warner teve o bom senso de arquivar essa mixórdia.

- Pra não dizerem que não falei do Brasil, o mais notório caso de filme não concluído por aqui, é a adaptação da biografia do jornalista paraibano Assis Chateaubriant, escrita por Fernando Morais, iniciada em 1995. Só que aqui o problema não foi falta de grana, e sim excesso, ao menos na visão do Ministério da Cultura. À frente do projeto, o estreante na direção Guilherme Fontes captou cerca de 36 milhões em recursos públicos, mas não concluiu o filme dentro de um período razoável, e nos últimos anos se viu envolvido em processos que o obrigavam a devolver os recursos; e até o condenaram em um processo por sonegação fiscal. Mas nesse caso ainda há uma chance de um dia esse filme dar às caras. Se vai prestar, aí já são outros quinhentos. Quinhentos mil reais, diga-se de passagem.

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Blockbuster em processo de falência… junto com a Era do Home Video

 

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Pra mim, a Era do Home Video da forma como a conhecemos acabou no dia em que vi o dono da minha locadora favorita indo a um cursinho gratuito - o Universidade para Todos. Ele é um daqueles fanfarrões, solteiro, com uns 45 anos, morando e dependendo do cheque da mãe para comprar os DVDs que abasteciam a locadora dele. Ele atendia pessimamente, tinha um senso de organização neolítico… mas conhecia filmes, e tinha uns 20 anos de mercado - lembro que loquei Donkey Kong Country 3 lá. Aí da noite pro dia a locadora dele - a Meka (com K mesmo) - faliu. Num dia tava aberta, no outro não. Só aí percebi que todas as mais de 10 locadoras do meu bairro tinham ido pelo mesmo caminho bem antes, mais rápido do que aparecem bancas de DVD pirata na rua. Por aqui, só sobrou a Flash Video, que fica num bairro nobre distante da minha casa e também distribui DVDs, e nos dias de glória comprava mais de 150 discos de cada lançamento. No momento só existem locadoras - e lan houses - em bairros pobres ou partes pobres em outro bairro, agora. E conversando com os donos de algumas delas, percebo que os negócios vão bem.

Nos EUA, o processo de fechamento de caixão do Home Video no modelo antiquado atual está agudo. O maior símbolo de locadoras de filmes do mundo, a Blockbuster, que inclusive virou sinônimo de produções caras de Hollywood, acaba de anunciar que está quase beijando a lona - beijo que deve ser dado em setembro. A direção da empresa se reuniu com os seis grandes estúdios de Hollywood - a última carta na manga deles - para planejar uma falência suave e pré-planejada… ou algo assim. E parece que a situação é sem volta, já que a empresa acumulou perdas de mais de US$ 1,1 bilhão de dólares desde o início de 2008, e precisa pagar mais US$ 920 milhões só de juros da dívida que possui. Os titulares dos passivos da dívida acabaram concordando em esperar até 30 de setembro para ver se a Block ainda consegue se debater pela própria vida. Mas um anônimo - que disse estar presente na reunião - confidenciou ao Los Angeles Times que é quase certo que em meados de setembro a rede jogue a toalha.

Para sair dessa, a Block espera ficar em estado de falência por cinco meses, tempo que usaria para copiar seus rivais expandir seus negócios, como a recente utilização de 6 mil quiosques com filmes a US$ 1 por noite - um modelo iniciado pela Redbox. Também quer expandir sua oferta de filmes por streaming - o que a Netflix já faz. O interesse e urgência dos estúdios hollywoodianos é dar algum suporte a empresa por dois motivos: eles têm muito a perder caso a Block bata as botas integralmente, e eles têm medo das “pequenas” redes agressivas de locadoras: justamente a Redbox e a Netflix, que estão dando um banho na paquidérmica Blockbuster.

Eles vão precisar se esforçar caso queiram ver a Blockbuster no topo novamente. Só ano passado a empresa fechou mil de suas lojas, suas ações chegaram num preço tão ridículo que foram tiradas do pregão e negociadas no balcão de Wall Street… por 11 centavos cada. Hoje o valor de mercado da empresa é de US$ 24 milhões, o que não parece muito se lembrarmos que um ex-proprietário da Viacom a comprou por US $ 8,4 bilhões, em 1994.

Assim como a GM representou o fim das grandes montadoras americanas, e a crise econômica do ano passado mostrou como o neoliberalismo inconsequente faz merda, a Blockbuster acena para a mesma verdade que o fim da Meka mostrou: o Home Video bilionário definitivamente morreu, e não coloquem a culpa no Compartilhamento e sim na cegueira de administradores preguiçosos!

 

[Company Town Via Switched]

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A Evolução dos clipes chegou, fruto de uma parceria entre o Arcade Fire e o Google

 

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Que o Arcade Fire é um poço de qualidade musical (quase) todo o mundo sabe. Seu mais novo álbum, The Suburbs, já é um dos melhores do ano, e fez coisa ainda mais difícil: é melhor que os anteriores do grupo. Não satisfeitos, resolveram apagar a impressão de que clipes ainda estão ligados a TV - se é que essa impressão ainda existe - e lançaram algo completamente insano na web. Em parceria com o Google (e servindo como propaganda do HTML 5 e do Chrome) e com o diretor Chris Milk, criaram uma pequena revolução no modo de se fazer clipes. A música usada é We Used to Wait (excelente) e o clipe envolve imagens de uma cidade a sua escolha (mais ou menos, já que só cidades grandes possuem imagens, tipo Londres, Paris e NY… recomendo escolher uma dessas), múltiplas abas insanas e uma estilosa arte visual.

Só recomendo duas coisas: a) Use o Chrome, b) Depois que começar a assistir, não mexa em mais nada, só curta a experiência.

Ah, é pesado, sua conexão e seu PC talvez engasguem um pouco! Clique na imagem para a vitória!

 

[Via Omelete]

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

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Tagueando o jornalismo

 

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Mesmo sendo a minha classe profissional (e talvez, justamente por isso), não posso deixar de falar: jornalismo no Brasil deixa muito a desejar - isso pra usar uma expressão otimista. Não que em outros cantos isso não exista, mas prefiro falar do brasileiro, onde tenho absoluta certeza do que estou comentando.

Não só os profissionais jornalísticos, mas os próprios cursos de formação das faculdades - quando me formar, faço uma “resenha do meu” - são bem ruins, mesmo que vários professores se esforcem para ensinarem conteúdo válido. Uma vez, por exemplo, me senti absurdamente revoltado quando ouvi uma professora dizer: “Amigo, opinião a gente guarda pra gente”. Ou quando uma professora citou técnicas de agradar editores ao mandar releases.

É o tipo de atitude que forma jornalistas preguiçosos, apressados e sem opinião, aqueles que vão na onda. Salvo uns poucos jornalistas brasileiros que gosto - como Cláudio Tognolli, Pepe Escobar (Eu sei, ele plagiou textos no passado), Arthur Veríssimo, André Forastieri, Alexandre Matias, entre outros - posso dizer que a esmagadora maioria dos nossos jornalistas são desse tipo, corporativistas, às vezes pela própria pressão do ambiente de trabalho.

Por isso achei bastante interessante ver essa iniciativa do Tom Scott, para colocar avisos em matérias jornalísticas. Mesmo que ele tenha pensado nos EUA, os avisos são bem válidos para a nossa pátria amada. A tradução para o português foi do Idelber Avelar, com diagramação do Tiagón. Se for começar a taguear as notícias, se prepare para ficar sem tinta na sua impressora rapidinho!

 

PS: O aviso do Diogo Mainardi é o melhor de todos os tempos…

[Trabalho Sujo via Sedentário via Murilo]

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Reddit chuta os bagos da Condé Nast e mantém anúncios maconheiros

 

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O Reddit, junto com o Slashdot, é o mais popular site geek de notícias funcionando nos moldes sociais. É uma mistura de Digg, com um fórum aberto, e tem uma série de discussões muito interessantes, com usuários bem ativos. Um ano depois de ser fundado, em 2005, o Reddit foi comprado pela Condé Nast - uma espécie de editora Abril dos EUA (na verdade é o inverso, mas tudo bem) - que manteve sua política de deixar os sites de sua rede mais ou menos livres - como acontece com o site da Wired e o Ars Technica. MAS a Condé Nast, após uma reunião de sua alta cúpula, decidiu que o Reddit não poderia vender anúncios para a Just Say Now, que apóia a Prop 19, uma proposta para o governo da Califórnia legalizar a maconha - o que financeiramente seria muito benéfica para o estado, gerando mais de 2,5 bilhões de dólares, tanto em impostos, quanto em economia no combate a produção da erva.  E e essa proibição não foi só porque os anúncios da empresa têm o desenho da maconha, TODOS os outros anúncios deles foram proibidos, mesmo que só tivessem Just Say Now escrito em Times New Roman.

Os administradores do Reddit tentaram negociar, reclamaram que a medida era invasiva, e que no fim das contas, era só publicidade, seria benéfico para ambos. A Condé Nast bateu o pé, por pura politicagem. A decisão do Reddit? Como o comunicado da empresa controladora deles os impedia de vender anúncios, eles simplesmente passaram a exibi-los grátis. “Desde que nós não estamos autorizados a nos beneficiar financeiramente, o reddit está veiculando os anúncios de forma gratuita agora”, disseram os administradores do site.

As discussões estão indo do céu ao inferno entre os usuários. Enquanto alguns pedem a demissão da direção do Reddit, um outro diz que fará doações para o site, após revelar que possui uma vó com artrite aguda que só tem suas dores aliviadas após fumar maconha; outros ainda falam que se tornaram ainda mais fã deles. Acompanhe-as AQUI (2).

Creio ser o assunto delicado, os administradores do site fizeram o que acharam certo, mesmo colocando em risco seus empregos. Puseram suas idéias acima de compensações financeiras, e isso pra mim, independente de ideologia, é o mais importante; manter a opinião e posição. Quanto a legalização da maconha, sou extremamente a favor (junto com algumas outras drogas), por uma série de motivos. Mas em outro momento discuto o assunto…

 

[Via Valleywag]

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

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[Pipoca e Nanquim] Mulheres Duronas

Por Pipoca e Nanquim 

 

Olá pessoal. Esta semana o Pipoca apresenta as Mulheres + Duronas dos quadrinhos e dos cinemas. Como sempre, procuramos dar boas indicações, como a Promethea de Alan Moore e as belas guerreiras bárbaras do universo de Robert E. Howard. Também passamos um histórico sobre as diversas garotas da selva que já existiram e relembramos seriados como Xena e La Femme Nikita. No final do programa, listamos as 30 mais belas e duronas e escolhemos uma para o cargo honorário e vitalício. Quem é? É só clicar no programa e assistir. Aguardamos seus e-mails e mensagens no Twitter com comentários.

Um abraço e bom final de semana para todos.

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Lembre-se: precisamos do seu voto no Prêmio BlogBooks

 

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Bom (já repararam que começo um monte de frases com bom ou bem? Bom, whatever pra isso e continuemos…), estamos com 800 e cacetadas de votos e isso deixa todo o Clã NSN muito feliz, mas precisamos de mais caso queiramos ver o nosso amado blog entre os finalistas do concurso que transformará alguns deles em livros (se tiver viajando, clique AQUI). Não leva nem um minuto e pode ser feito repetidas vezes. E espalhem a mensagem para a sua mãe, seus amigos pentelhos do MSN, e aquele colega chato da sua sala que não sai do computador. Precisamos de todos eles.

E a promessa de campanha tá mantida: sortearei 10 (DEZ) livros aqui no blog, caso vençamos.

 

Abraços e É NOZES (para votar, clique na imagem, AQUI ou no banner à direita… ou nos três ao mesmo tempo)!

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Gambiarras atrás das grades

 

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Como vivemos num país em que as mazelas da vida na cadeia são amplamente mostradas, conhecemos um pouco como os presos se viram pra arrumar gadgets. Celulares, radiotransmissores, armas improvisadas… parece que a ociosidade é uma arma poderosa mesmo - o que me leva a pensar na ociosidade dos pesquisadores… e também me traz uma certa vontade de me tornar um. Nos EUA não é diferente, uma montanha de gadgets são proibidos nas cadeias de lá, o que leva os presos a improvisarem coisas.

Uma das armas preferidas deles é a lança de jornal molhado. Achou graça? Um carcereiro de San Quentin esfaqueado - e morto - com uma lança dessas por um detento, em 1985, não deve ter achado. Esse é só um exemplo, já que eles montam todo um aparato para que obter essas coisas. Essas idéias dos presos, naturalmente, surgem para burlar toda uma poderosa indústria de gadgets para cadeias, que faz tudo em plástico transparente e rígido, visando impedir o contrabando e facilitar as inspeções de celas. Ao invés de MP3 Players, por exemplo, os presos usam DiscMans transparentes, com CDs comprados por eles - cheios de músicas a gosto do preso comprador, que desembolsa US$ 20. Ao invés de TVs normais, aparelhos transparentes que transmitem a programação selecionada pela direção da cadeia.

Computadores? Não, máquinas de escrever de plástico, onde os encarcerados - inclusive os que aguardam uma injeção letal - externam suas reclamações, frustrações e todo o tipo de sentimento possível. Através de escritos como esse, é possível saber, por exemplo, que Paul Willis, interno de San Quentin, é um ex-Pantera Negra que se considera injustamente condenado. Ele também despeja nos papéis, supostas provas de que o promotor do seu caso agiu sob irregularidades graves.

A música impera em algumas celas. O prisioneiro Blue, por exemplo, diz ter tocado guitarra juntamente com a banda psico-roqueira Blue Cheer - vai ver é daí que ele tirou o nome dele mesmo. Presos compõe, cantam, e ainda usam suas obras como trilha para vídeos feitos na cadeia.

E esse é o tema dessa interessante matéria do RAW File, o blog fotográfico da Wired. Leia o restante da matéria, clicando AQUI. Vale a pena.

 

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[Via Tiago Doria]

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O Facebook acha que é o dono da palavra “book”

 

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Você com certeza reparou que vivemos em tempos estranhos, recheados de não-me-toque e politicamente correto. Qualquer coisa é motivo pra processo - ou homicídio, outro extremo - e essas coisas que trazem consequências durante anos, e que poderiam ser evitadas com uma boa conversa. Quando não são os frescos que entram em cena, são os mercenários, que visam ganhar aquela grana esperta com um processo. O Facebook é do segundo grupo e parece estar embebido com o próprio sucesso. Tanto, que processou uma pequena rede social voltada para professores chamada Teachbook. Sim, porque tem um book ali no fim do nome - e todos sabemos que não existia a palavra book antes do Facebook!

A idéia da rede é proporcionar um ambiente para os professores compartilharem livros úteis para as aulas, vídeos interessantes, lista negra de alunos-pestes, e outras dicas para ajudar na vida dos professores. E parece que o Facebook, com seus 500 milhões de usuários tem aspirações parecidas, pois processou a rede por “uso indevido de forma intencional da marca”. Uma declaração do advogado da empresa dá o tom verdadeiro da intenção com esse processo: “Outras redes poderão colocar um nome genérico + BOOK e isso diluiria o caráter inovador da marca Facebook”. O processo, que foi encaminhado na cidade de San Jose, na Califórnia, pede uma indenização e a retirada do BOOK do nome.

Só esqueceram de avisar três coisas pro Facebook: a) ter LIVRO no nome não é sinal de inovação, b) livros existem há séculos, inclusive a palavra que dá nome a eles, c) existem outras redes com BOOK no nome, tipo a Goodbook, uma rede para padres, e a Library book, uma rede para leitores (porra, rede social para tudo nesse mundo. Será que tem alguma pra adestrador de caracóis?). Parece ser o típico caso de “vamos matar um e colocar a cabeça na estaca”. Bom, ao menos deve fazer uma boa publicidade para a Teachbook.

E sim, Mark Zuckeberg, dono do Facebook, é aquele cara que disse que ninguém precisa de privacidade…

UPDATE: Eles também acham que são donos da palavra Face!

 

[Via Guardian e Wired Threat Level]

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

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Jacarés em NY

 

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Se você viu Alligator, filme de 1980, deve ter ficado com medo dos esgotos dos EUA. Aquelas galerias gigantes, escuras e fedorentas, pareciam o lugar perfeito pra proliferação de jacarés dos mais mortais e, graças a química jogada nos encanamentos, gigantescos. Grant Morrison, um conspirador no melhor estilo Robert Anton Wilson, mas nos quadrinhos, foi ainda mais longe, e disse - em seu excelente remake de Kid Eternidade - que eram “jacarés albinos montados por bebês cegos fumando maconha”.

Bom, mas esses jacarés sempre foram classificados como lendas urbanas, irreais. Mais ou menos… Em 2001 foi capturado um jacaré de dois metros no Central Park, que nadava tranquilo num lago e assustava o povo que tomava sol por ali. Os especialistas que o capturaram disseram que alguém deve tê-lo deixado no parque, e é improvável que um jacaré sobreviva no esgoto por um inverno sequer. Em 97, também em Nova York - no bairro Queens - encontraram um jacaré num lago, e mais uma vez disseram ser um animal abandonado.

Na segunda-feira passada, mais um caso, dessa vez envolvendo um filhote. Joyce Hackett, ao ver uma multidão se aglomerando ao redor de um carro, se juntou a ela e deu de cara com um mini-jacaré, passeando pela cidade e tentando se abrigar embaixo do tal automóvel. Ela não pensou duas vezes e tirou duas fotos com o iPhone (uma delas é essa aí acima), contrariando ordens policiais de “Fique longe dessa criatura asquerosa”. Richard Gentles, do Centro de Controle Animal, logo chegou ao local e disse que certamente é um jacaré, e entrou pras estatísticas de capturas de dois a quatro jacarés por ano na cidade. Pelas leis da cidade, é ilegal possuir jacarés em qualquer propriedade, mas isso não impede de nova iorquinos que vão até a Flórida de trazerem alguns potenciais alligators, e os despejarem por aí quando eles crescem. Mesmo com essa explicação razoável, a origem de certos jacarés dos esgotos da cidade não foi explicada.

Bem, a lição disso tudo é: tire fotos e prove serem (mais ou menos) reais algumas lendas urbanas. Desafio a Joyce a ir nos esgotos e fotografarem ESSES aqui!

 

[Via New York Times]

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Ponto fraco dos EUA: uma entrada USB

 

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É de se imaginar que uma rede computacional que controle alguns dos mais poderosos armamentos do mundo, além de possuir vários dos mais bem guardados segredos da história seja recente, seja uma das coisas mais bem protegidas do mundo. Do tipo que resiste até aos ataques da Russian Business Network, a famosa tropa de hackers russos. Parece que não é tão por aí, embora o caso seja suspeito, visto que quem o divulgou foram os próprios militares. Segundo o Vice-Secretário de Defesa dos EUA, William J. Lynn III, um agente a serviço de uma agência de espionagem estrangeira espetou um pendrive num laptop localizado no Oriente Médio, operando uma das redes militares mais importantes - a que dá ordens para as tropas em guerra - e disseminou um poderoso trojan. Tudo isso em 2008, no que foi classificado como a mais significativa quebra de segurança em computadores americanos. “Um programa cruel operando em silêncio, criado para entregar nossos planos operacionais nas mãos de adversários desconhecidos”, disse ele, num tom meio melodramático dos tempos da Guerra Fria.

O trojan ficou latente por meses, silencioso, mas possivelmente mandando informações para a tal agência (os militares disseram que não sabem qual… dá pra suspeitar da velha GRU), o que é a forma mais perigosa de invasão. A ação acabou fazendo o Pentágono rever sua política de contra-ataques cibernéticos, passando a dar especial atenção a engenharia social e não apenas a invasões ciberespaciais. Durante um pente fino nas redes do Pentágono, teriam sido encontrados até equipamentos de rede falsetas para capturar dados de todos os laptops conectados.

Como era de se esperar, jogaram toda a culpa nos russos!

 

[Via ComputerWorld]

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Avatar FiliPêra

Um bom motivo pra ver Machete: Lindsay Lohan

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Se você, por algum motivo que nenhuma lei do Universo explica, ainda não está cheio de vontade de assistir aquela doidera filmada que atende pelo nome de Machete, aí vai um excelente motivo: Lindsay Lohan. Sim, a antiga gordinha que depois virou uma presidiária (aparentemente) anoréxica, está HOT no filme. E, ainda por cima, como um fetiche: sua personagem é uma freira. A boa notícia das fotos é que parece que ela não ficará com esse hábito calorento o filme todo, mas sim com uma roupa das mais sexies (e, esperemos, com menos ainda!).

Aí vão algumas fotos da loirinha, para movimentar nossa seção Mulheres e nos brindar com uma freira lambendo uma arma (durmam com isso)!

 

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PS: Não falei gostosa nenhuma vez no texto… mas ela é bem gostosa!

[Via Judão]

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[Aniversário] Eterno aprendizado, parabéns ao Nerds Somos Nozes

Por Paulo Roberto, do blog Em Parallelo

 

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Comecei escrevendo este texto com o intuito de postá-lo na área de comentários, mas pela extensão, achei que daria um post bacana em homenagem ao Nerds Somos Nozes e uma forma de agradecimento de minha parte por tudo o que este blog tem proporcionado para mim como leitor e como colaborador.

Lembro que conheci o NSN por um amigo. À época, nunca cogitei a idéia de ter um blog e o NSN foi o que realmente me incentivou a ter um espaço para escrever as minhas loucuras, mesmo que de forma esporádica, um lugar para desabafar. No início achei que não teria "talento" para tal então resolvi começar a colaborar com o NSN. Comecei contribuindo para o "lado negro" do NSN, o Anarquia Nerd enviando fotos da maravilhosa Kelly Brook, lembro da felicidade que senti só de ver o meu nome citado ao final do post, mas ainda não tinha coragem de escrever.

No decorrer do tempo, ainda colaborando com fotos "educativas" e links "interessantes", recebemos a notícia que este maravilhoso espaço finalmente foi reconhecido. Esse reconhecimento veio na forma de uma notificação extrajudicial encaminhado ao nosso amigo FiliPêra para prestar esclarecimentos em um possível processo (a história foi mais ou menos essa).

Tal fato me levou a criar coragem e escrever para o NSN. Confesso que não tinha esperanças de tê-lo publicado no blog, mas mesmo assim, em um feriado, liguei meu notebook na praia com textos, livros e a constituição para escrever sobre O Direito a Liberdade de Expressão. Após terminar o texto, hesitante encaminhei para o nosso "guru", e para a minha surpresa, ele foi publicado no dia 23/04/2010. Lembro que a mistura de felicidade e surpresa tomou conta de meu âmago, palavras não poderiam expressar tal sensação, embora meu texto tenha tido um pequeno equívoco temporal (corrigido pelo caro Chico Fagundes, obrigado meu caro). Nem vencer a causa mais difícil nos tribunais da vida me trouxe tamanha felicidade.

Hoje, já fui elogiado, xingado, criticado. Cheguei a dizer que nunca mais iria escrever para o NSN, mas após conversar com os que hoje considero grandes amigos e constatar que escrever para o NSN é o meu vício predileto, declinei desta idéia insana e cheguei a uma conclusão: o NSN é um misto de opiniões diversas, de pessoas diferentes que se encontram diariamente neste espaço para debaterem sobre os mais variados assuntos.

Só tenho a agradecer, principalmente ao FiliPêra, por ter me dado a oportunidade de fazer parte desta família, não só isso, mas pelas aulas que tive sobre redação jornalística (embora ainda tenha muito o que aprender) e acima de tudo, pela paciência e educação em responder as dezenas de e-mails e DM's que mando perguntando (olha o gerúndio rsrsrsr) se ele recebeu ou se já leu os textos que eu lhe mando.

Por fim, só tenho a desejar longa vida ao NSN e muito sucesso ao FiliPêra e a todos que contribuem sempre para esta família, seja com comentários, críticas, textos etc. Através deste espaço aprendi muito, conheci novos amigos os quais tenho grande apreço. Tenho a mais absoluta certeza de que a Mob Ground será um grande sucesso, pois a mesma está sendo feita com um ingrediente que hoje no mercado jornalístico está em falta: Paixão!

Forte abraço a família NSN e como diz nosso guru: É NOZES!

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[Aniversário] Especial 3 anos do NSN

Por Sayron Schmidt, do World RPG Fest

 

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[Nota do Editor: Como estamos na nossa semana de aniversário, os colaboradores já começaram a enviar textos falando das experiências de como é escrever por aqui. Os outros que quiserem, entre redatores e colaboradores, fiquem à vontade. Aproveito o espaço também para agradecer ao Sayron pela parceria com o World RPG Fest, para mim é uma grande honra, com certeza]

Como eu dizia em meu antigo perfil do Twitter, eu sou só mais um louco se aventurando em terras proibidas a meros mortais e com essa minha nova perspectiva de vida, principalmente online, procurei pelo, já saturado, mundo da internet os tão aclamados blogs. Mas ao chegar nesse planetinha, até então desconhecido para minha pessoa, fiquei deveras perdido, confuso, não sabia exatamente o que era tudo aquilo, para que servia (se é que existia alguma utilidade!) e, inclusive, fiz meu próprio blog, o antigo Cacofônico, blog de humor (sic!), para tentar entender a mente insana desses protótipos de escritores.

Confesso que a cada dia que passava eu ficava mais desiludido, pois achava tudo o que acontecia na tal “blogosfera” (como esses seres se autodenominavam...) idiota ou estúpida demais. E por um momento ameacei desistir dessa minha busca e retornar ao meu mundico chamado Terra. Por algum motivo ainda obscuro para minha pessoa, utilizei o serviço do grande Onipresente Google e me deparei com um artigo muito longo, que parecia chato demais, mas que tratava da boa e velha Chernobyl, talvez um dos temas que mais me atraem e na mesma época, eu me encontrava travando uma batalha épica em S.T.A.L.K.E.R. – Shadow of Chernobyl.

Comecei. Li inteiro em poucos minutos. Reli, pois achava que tinha perdido alguns detalhes. Gostei. Não comentei, pois no meu trabalho é bloqueado o sistema de comentários do Blogger. E aquele saudoso texto e seu respectivo blog caíram em meu esquecimento. Mas apenas por alguns dias.

E eis que meu Internet Explorer apronta com a minha pessoa e me redireciona para aquele mesmo blog, para este texto aqui, leio-o novamente e lembro-me que já havia estado ali antes. “Nerds Somos Nozes, que nome horrível”, pensei. “Bom, já vi e li um monte de tranqueira mesmo, vamos ver o que rola por aqui”. E eis que vou parar em uma coluna da saudosa Dolphin, um texto da Alma Mater, interessante. Falava, basicamente, do universo feminino, reunindo fatos históricos, mitológicos, atualidades, etc. Gostei. E fiz umas das melhores coisas que eu já fiz nesses tempos de internet. Adicionei o NSN nos favoritos de meu navegador.

Comecei a acessá-lo regularmente, devorando cada texto que caia em minha frente, sempre na expectativa do próximo e do próximo...

Um dia resolvi criar uma conta em um tal de Twitter, site de relacionamento até então desconhecido para minha pessoa (na verdade eu só conhecia a porcaria do Orkut e do Facebook) e por ironia do destino comecei a me comunicar com a Dolphin (não me perguntem como foi que isso ocorreu, pois realmente não lembro!) e trocamos idéias, conversei sobre alguns de seus textos, apresentei a ela meu blog e assim foram durante algumas semanas.

Nesse período descobri o quão o FiliPêra era adepto de trazer textos de outros colaboradores para o NSN, o que me animou, mas temia que a qualidade das coisas que eu escrevia não pudesse ser digna de publicação em um blog do porte que o NSN já ostentava.

Escrevi. Deletei. Escrevi novamente. E nessa rotina fui durante algumas semanas. Escrevi diversos textos, muitos sobre assuntos cotidianos e que nunca tiveram a chance de serem publicados (não porque o NSN rejeitou e sim pela minha autocrítica que não permitia que eu enviasse os textos), outros aproveitei em meu próprio blog. Por fim escrevi sobre um assunto que eu sabia que dominava, os RPGs. E o meu escolhido foi o Legend of The Five Rings.

E não é que meu texto foi publicado? Fiquei feliz ao ver o texto publicado na primeira página do NSN. Não somente por ter escrito algo e aparecer na internet, pois eu já fazia isso em meu próprio blog, mas sim aquela sensação de lhe darem a oportunidade de mostrar algo novo. E ao ver o primeiro comentário então? Sensacional!

E assim foi até hoje, escrevendo artigos polêmicos e que geraram muita dor de cabeça ao FiliPêra, escrevendo outros com um pouco de humor acido. Expondo minha revolta com determinados assuntos.

Tenho de confessar que o vinculo de amizade que criei com esse bando de doidos daqui foi muito maior do que eu esperava. Seja tomando xingão do Murilo Andrade por pentelhar ele atrás de Mangas para downloads, ou pela minha querida amiga Dolphin brigando comigo por conta de meus artigos, ou pedindo para o grande Voz do Além (vulgo Filipêra, cujo fato demorei a descobrir!) fazer uma parceria bacana com um de meus blogs ou, ainda, transmitindo vírus da gripe via Twitter para essa galerinha (era Vírus Man, né Robertto?!), só quero dizer:

PARABÉNS PELOS 3 ANOS DE NERDS SOMOS NOZES!

E que esse blog continue evoluindo da melhor forma possível e que eu ainda possa escrever por aqui depois de tudo isso que escrevi por aqui! Sei que não sou dos colaboradores mais assíduos, mas estou tentando melhorar (rsrsrsrsrs)!!!

Agora, que venham muitos outros anos pela frente!

Um beijo para as meninas que dão um ar mais belo nesse blog cheio de rapazes feios, nerds e desengonçados. E um forte abraço para essa rapaziada!!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Avatar FiliPêra

[Aniversário] Três anos e Slow Blogging

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Anteontem o NSN fez três anos. Me sinto muito feliz de ter chegado tão longe nesse mundo efêmero da internet, à frente de uma equipe cada vez melhor e de leitores igualmente superlativos. Sem o NSN creio que minha visão de mundo seria bem diferente, tanto pelo que me cobro para escrever em cada texto, quanto pela liberdade que tenho. Foi com o NSN - que foi fundado antes que Eu entrasse no curso de Jornalismo - que aprendi a escrever de modo minimamente aceitável e crítico, assim como aprendi como é deixar os leitores livres para falar o que pensam dos seus textos - coisa que os jornais odeiam, diga-se de passagem. Aprendi também como deve agir um Editor de verdade - incentivando a criatividade e não cortando textos. Sem ele não iria na Campus Party e na Erotika Fair e conhecido pessoas maravilhosas. Se voltasse três anos no tempo faria tudo de novo, dedicaria todas as madrugadas que dediquei, escreveria todas as linhas que escrevi e twittaria todas as tranqueiras que twittei. Eu sei, vocês já leram esse papo, mas realmente não me canso de repeti-lo.

Nesse meio tempo nossa equipe cresceu (só com contas oficiais aqui no blog, temos 10 pessoas, fora os colaboradores esporádicos), nosso número de leitores cresceu (hoje temos uma média de 10 mil pageviews por dia, sem precisar de capas do Yahoo!) e creio que mantivemos nossa qualidade. Fico mais feliz pelo fato de que o NSN depende menos de mim agora. Lógico que ainda escrevo boa parte do que está aqui, mas vários colaboradores enviam textos e sugestões de textos, e com isso posso me dedicar também a outros projetos. Definitivamente, esse não é mais o blog do FiliPêra/Voz do Além, e é era exatamente isso que buscava desde início. Acredito administrar esse espaço da forma mais anárquica possível, de forma que todos são iguais, e mesmo que isso já tenha trago certos problemas, não saberia fazer de forma diferente.

Nesse momento talvez você esteja questionando o que será do NSN após o surgimento da Mob Ground. Não mentirei, nossa frequência de postagens naturalmente diminuirá - como já diminuiu, no segundo ano tivemos 1172 posts e nesse terceiro 941. E Eu busco isso a certo tempo. Sou extremamente lerdo na construção de um texto e, de uns tempos para cá, estou incomodado com a escrita diária. Para escrever e revisar um texto simples, de uns dois mil caracteres, gasto uma meia hora e pesquiso duas ou três fontes (aquela fonte no fim do texto, é só a principal, sempre procuro corroborar as informações caçando-as em outros cantos). Então, imagine quanto gasto para escrever um texto razoavelmente longo e complexo… com exceção dos essencialmente opinativos, como as resenhas (principalmente de filmes) e os textos da HyperEspaço, gasto bastante tempo, geralmente mais de uma tarde. E ter que vencer uma obrigação auto-imposta de obrigatoriamente postar três textos diariamente atrapalha o processo de escrever algo mais longo e reflexivo, justamente meus textos preferidos.

Na verdade, odeio o conceito de tempo e me pus a refletir sobre isso ontem - prazos já odeio de longa data, e todo o mundo sabe disso. Dividir o dia mecanicamente em tarefas - ler, almoçar, escrever, trabalhar - é algo que soterra qualquer possibilidade de se fazer algo criativo. Por isso evito cair em rotinas no processo de escrita, como escrevi num email para a equipe da revista - um dia torno aqueles emails públicos. E ter que entregar três textos diários é uma armadilha criativa, embora vocês com certeza já perceberam que não estamos mais escrevendo com essa frequência, principalmente Eu.

E no quarto ano farei o possível para manter a frequência diária - ao menos dois textos, menos nos finais de semana - mesmo que meu tempo provavelmente será ainda mais escasso. Estou em fase de conclusão da faculdade, indo pro meu último ano em 2011, e preciso fazer meu TCC - que provavelmente terá o tema relacionado a Pirataria/ Compartilhamento, graças a um texto gigantesco que estou concluindo pra revista. Como odeio trabalhar e quero evitar empregos convencionais a todo custo, tenho dois caminhos à frente após a conclusão dos curso de Jornalismo: mestrado em Comunicação ou graduação em Filosofia - conseguindo uma bolsa de incentivo a pesquisa em qualquer um dos casos. Não sou o maior fã da Academia, é um ambiente fechado e recheado de egos inchados, além de possuir uma série de ferramentas castradoras. Mas entre ela e um emprego convencional(a não ser que uma das minhas revistas preferidas me dêem emprego depois de receberem meu currículo), prefiro ela, é mais propícia a criação. E pra prosseguir nela, preciso me preparar, lendo e lendo bastante. Já passei por muita coisa com relação a disponibilidade de tempo - estudei de manhã e a noite, trabalhando a tarde; já fui demitido sumariamente por causa de Twitter - e mantive o NSN a todo vapor, mas sinto que agora a mudança está partindo de mim. Aquele surto doido de escrever sobre tudo o mais rápido possível está acabando, estou me tornando cada vez mais reflexivo e cético. Não significa que estou cansando do modo de fazer blogs, como muitos blogueiros por aí. Não, acho que é a maneira perfeita de se desenvolver as coisas da forma que gosto e só perde pra revistas em questão de formato de mídia jornalística.

O ano de 2010 até aqui foi o que menos li livros - nove, ao todo - desde a 4º série, acho. Mesmo que tenha lido montanhas de textos na internet, e dúzias de trabalhos acadêmicos e ensaios de autores importantes - principalmente teóricos -, sou retrô o bastante para contar minha leitura em livros. Obviamente que considero o ano proveitoso, li bastante coisa importante, mas sinto ser menos do que preciso.

Mas, uma coisa é certa: o NSN não acabará tão cedo (renovei os direitos sobre nosso domínio por mais um ano poucas horas atrás), nem se tornará um daqueles blogs com textos a cada um mês que vão morrendo aos poucos. Manteremos nossa regularidade diária, mas num ritmo menor.

Agora, meus textos preferidos, sem qualquer ordem ou critério de classificação (e são muitos)…

 

FiliPêra

[Resenhas de filmes]

A Origem

Apenas o Fim

Kick-Ass: Quebrando Tudo

Primer

Avatar - 2D

(500) Days of Summer

O Terror no Afeganistão na Tela Grande

[Maratona] Trilogia do Anel - Versão Estendida

[Capetalismo Addendum #2] Uma História de Amor

Os 22 melhores finais da história do cinema

[Outras Matérias]

O Jornalismo Rock ‘n Roll

[HyperEspaço #19] Os Sofistas e o estiloso chute nos bagos da Verdade Universal

[HyperEspaço #18] Arte x Entretenimento

[Lost] A Saída do Careca e a Síndrome de Shyamalan  / Lost e uma importante lição: leia quadrinhos!

[#ErotikaFair] A perfeição das Fetish Dolls / [#ErotikaFair] Qual é a salvação do pornô?

O Evangelho Segundo o Opera: O Caminho | A Verdade | A Vida

A Imprensa capixaba é livre… mas aparentemente tem o rabo preso

O que está acontecendo com Hollywood?

O Guia do Game Designer de Bons Costumes

Os mais terríveis instrumentos de tortura usados pela Inquisição em nome da religião

Série Hunter Thompson: Parte 1 | Parte 2 | Parte 3

O Vaticano que acoberta sua própria sujeira

Disney compra a Marvel… ou o Mickey pode começar a soltar teias

A declaração de amor mais linda de todos os tempos

Voz do Além

[Resenhas de filmes]

Five Hot Stories For Her e a Pornografia Feminina

(Crepúsculo) Lua Nova / Eclipse

Onde Vivem os Monstros

Moon

Distrito 9

Zombieland

[Outras matérias]

Acho que o verdadeiro motivo da Guerra do Afeganistão apareceu: 1 trilhão em minerais

Glaspost #9 - A Fortaleza Vermelha

[Blog Action Day] Paul Watson - O Ecopirata

Espiões (russos) na América! Relembrando os velhos tempos

A Chacina Colateral e o dia de tablóide da Wired

Mais um “missão cumprida” no sangrento currículo israelense / A Imprensa e os Crimes de Israel

Glaspost #8 - Os Senhores da Guerra

Harry Potter vs Crepúsculo: o Embate Definitivo (esse é recorde de comentários na história do NSN)

 

Black Hole - Esse texto não é meu, mas realmente o recomendo!

 

Não é porque os textos são meus, mas recomendo que os leia. Tenho certeza que as melhores coisas que escrevi na vida estão no NSN, onde não recebi qualquer incentivo financeiro (onde trabalhava anteriormente, recebia muito bem, mas nunca escrevi nada de que gostasse) ou de qualquer outra espécie. Acho que isso quebra um pouco a Teoria do Behaviorismo, proposta dor Ivan Pavlov, que dizia que cães (e seres humanos) tinham seus comportamentos guiados por punições e recompensas físicas (biscoitos pros cachorros e dinheiro pra gente, por exemplo). Tudo bem que essa teoria é considerada ultrapassada, mas só queria citá-la para vocês saberem (ou lembrarem) como cientistas já interpretaram coisas como paixão e força de vontade sem limites.

Enfim, que venha o quarto ano. Continuamos sem qualquer planejamento, mas tenho certeza que será ótimo. Agradeço profundamente a todos vocês por sempre estarem aqui, nos prestigiando, comentando, retwittando, criticando, questionando e espalhando nossa mensagem corrosiva por aí. Indiquem algum texto que vocês gostem aí nos comentários, e se os outros autores quiserem postar links dos textos preferidos escritos por eles, a hora é essa!

Ah, semana que vem teremos uma promoção: sortearemos um pôster exclusivo feito da primeira capa da Mob Ground.

 

Abraços

É NOZES!

Avatar FiliPêra

FARRAZINE #17

NÃO esqueçam: votem no NSN no prêmio BlogBooks!

 

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Depois de um certo período de férias, o Farrazine está de volta. Um pouco menos robusto, mas de volta, em sua 17º edição.  As matérias são as seguintes:

 

Apresentamos as HQ's
JUSTIÇA 40º por Brenno Dias e Denis Mello e
LONG PLAY por Megaron Xavier

E mais:

O Nascimento da Era de Prata
• A Laranja Mágica
• Quebra-Quebra no Tróia’s Bar
• Os Kana: Katakana

• por Hiro

Quadrinhos Gonzo
• por Jacarandá

Anarquia nos Quadrinhos: A Máscara do Riso
• por FiliPêra

Nostalgia
• Biografia: J. J. Abrams
• Blues - parte 3

• por Snuckbinks

Contos:
• Uma Manhã
• A Armadilha
InVinoVeritas

O Poeta
Marcelo Soares

A Sua Cor
Agente Dias

VERSÃO .RAR - 4SHARED 31,2 MB | VERSÃO .PDF - 4SHARED 26,4 Mb | FARRAZINE NO ORKUT | FARRAZINE NO ISSUU

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

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Alucinação e Febre - uma resenha intimista sobre Fever Ray

Por Synthzoid, do Nerdexploitation, Geekeria, Alucinação Coletiva

 

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Estou acessando o youtube The Knife – Silent Shout, um show, filmado da platéia, através de um celular, uma dupla, no distante palco, se apresentam, suas silhuetas são idênticas, estatura mediana, trajavam uma capa preta e uma daquelas máscaras, um sintetizador começa a tocar, um show de luzes, uma viagem lisérgica ruim, o refrão sob uma voz feminina, fantástica: “a cracked smile and a silent shout”, um deja vu sinistro. Algum tempo atrás, hit de verão, What Else Is There?, não fazia idéia de quem era aquela voz, perene em frente inúmeros remixes, quem era ela? Qual seriam suas inspirações? O que faz dela uma cantora tão especial?

Fui descobrir tempos depois, quase por acaso, durante uma conversa despretensiosa com uma amiga, ela falou: “Escuta isso, Roberto, acho que você vai gostar”, e um link do youtube se abriu, o título? Fever Ray – When I Grow Up.

 

Explicar aquele clipe, de início, foi complicado, quase platônico, aquela moça, vestida como uma xamã urbana, cheia de penduricalhos, em um desolador quintal de casa americana, na beirada de um trampolim, dançando um butô crescente, conforme a música chega a seu ápice. A sensação foi muito próxima do ápice de uma brisa narcótica, foi mesmerizante, em nível técnico e intimo, sexual, esotérico, estava acostumado com boa música, mas a mensagem do clipe me atingiu de forma hipodérmica, clara e sincera, naquele dia, eu me lembro de ter revisto mais duas vezes.

Só depois fui descobrir que tal clipe nem era o single do EP de nome homônimo, e que a idealizadora do projeto, a sueca Karin Dreijer Andersson, era a responsável pela voz que me encantava tanto.

Não demorou muito pra eu achar um torrent e baixar o EP completo, e outra surpresa veio dali, a arte da capa, toda escura, com vegetações distorcidas e uma caricatura de Karin, uma referência ao traço de Charles Burns, autor da inquietante HQ Black Hole.

 

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Inquietante, talvez seja esse o termo que defina o feeling do álbum, canções como If i had a Heart e Keep the Streets Empty for Me trazem uma dicotomia entre o conforto e o desespero, aconchego e insegurança. Outras faixas, refletem muito a inspiração artística de Karin, como o cover de Stranger Than Kindness, originalmente composto por Nick Cave & The Bad Seeds e o novo single Mercy Street, de Peter Gabriel.

Certa vez, um entrevistador da Trip Wire questionou-a sobre o clima pesado em suas músicas, se a inspiração seria derivada de alguma tristeza ou melancolia. Karin afirmou o contrário, que a construção de suas músicas vinha de um ato de sinceridade. Mãe de dois filhos saudáveis, afirmou que uma de suas experiências mais marcantes é pegar uma lancha e ficar em alto mar, em plena noite, contemplando a paisagem.

 

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Gosto de compartilhar experiências, principalmente aquelas que proporcionam um baita mindfuck e que, de um jeito ou outro, despertam novos níveis de sensibilidade em mim, no caso de Fever Ray, não seria diferente. Compartilhem, criem torrents, exibam vídeos, toquem remixes em boates, fãs de Portishead, fãs de Charles Burns, fãs de Synth-Pop, todos vão gostar do feeling que Karin trás para seu trabalho.

Se você se interessou, pode acessar os seguintes links:

MySpace | Site Oficial | Torrent para download do EP

Avatar Murilo

Who Fighter & O Coração das Trevas

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Existem mangás famosos pela estranheza, confusão e perplexidade que causam em seus leitores. As histórias presentes em Who Fighter podem não ser tão insanas quanto as de outros mangás, mas tem seus méritos. O gibi é uma antologia de três histórias de guerra de Seiho Takizawa, mangaká pouco conhecido no Brasil. E não havia melhor maneira de apresentá-lo do que com contos isolados, sem a obrigação de ter que comprar vários volumes. A edição da HQM Editora impressiona à primeira vista. A capa linda, a impressão muito superior às de outras editoras de mangás brasileiras e um papel de alta qualidade. Mas lendo o material com mais cuidado se percebe alguns erros graves. Balões de personagens diferentes algumas vezes aparecem ligados como se fossem uma fala só. Não chega a atrapalhar a leitura, mas é um problema. A edição também traz o posfácio do autor. É interessante ver como esses artistas tiram idéias para novos quadrinhos.

 

Who Fighter

Houve anos em que choveram relatos de aparições de objetos voadores não identificados. Particularmente, durante a Segunda Guerra Mundial, vários pilotos afirmaram terem visto bolas de fogo sobrevoando os céus. Na época, forma apelidados como Foo Fighters e nunca se soube o que eram exatamente. Takizawa resolveu mostrar o acontecimento em Who Fighter, servindo-se dele como pano de fundo para mostrar toda paranóia e medo que acometem os soldados durante uma guerra.

Kitayama é um piloto japonês que se depara com uma bola de fogo enquanto testa um interceptador noturno. Ele ataca a bola, que cai formando uma cratera em uma extensão de 400 metros. Logo, é procurado por Ozaki, do centro de pesquisas do nono exército japonês, que quer saber tudo sobre o que ele viu. Então, começam as suposições. Será uma bomba sendo testada pelos americanos? Uma arma de ondas de rádio? Ou terá sido tudo uma alucinação causada pelo stress da guerra? Os Estados Unidos estariam capturando soldados japoneses para conseguir informações e depois fazendo lavagem cerebral neles para que não se lembrassem mais de terem vazado informações? Sim, os Estados Unidos devem estar envolvidos. Afinal, os japoneses estavam perdendo a guerra para eles e ninguém sabia do que mais eles seriam capazes de fazer.

Kitayama começa a ter alucinações e a questionar sua sanidade. Será ele um espião infiltrado no exército japonês sem saber? O leitor é jogado no clima da guerra e só sabe que há algo errado, muito errado acontecendo. Mas o quê? E por quê? Não espere resposta fáceis aqui, cada um pode ter uma interpretação diferente.

Takizawa tem um traço detalhado e realista, diferente do que se convencionou como mangá. Os personagens não têm olhos grandes, são anatômicos, como japoneses e americanos. Merece também atenção a riqueza de detalhes nos cenários, nas armas, aviões, carros e tanques de guerra. Um dos poucos defeitos são as constantes pausas na história para explicações sobre a Segunda Guerra. Não vejo isso como uma boa solução narrativa.

 

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Mas Who Fighter não é para todos os gostos. Nem todo mundo aceita histórias onde as respostas não são mastigadas exaustivamente. Entretanto, para quem não se incomoda com isso e curte suspense, conspirações e guerras, deve encontrar uma boa diversão com esta história.

Nota: 8

 

O Coração das Trevas

Aqui Takizawa se baseia no romance homônimo de Joseph Conrad, livro que inspirou um dos melhores filmes de guerra de todos os tempos, Apocalipse Now. Maruo é um primeiro-tenente incumbido de assassinar o Coronel Kurutsu, um soldado brilhante que já ganhou inúmeras medalhas e condecorações, que ao estar um dia no comando de um regimento de soldados, deserta e leva todo o regimento com ele. Como último registro dele, consta um telegrama onde diz que planejava se ocultar em um lugar distante da civilização, o coração das trevas, e criar uma sociedade utópica com seus homens.

O Coração das Trevas não é sobre uma mera missão de assassinato. É sobre os sacrifícios que os soldados são obrigados a fazes para cumprir suas missões, correndo risco de morrerem sem suprimentos e munições, e sem saber se o objetivo da missão é correto ou não. Isso é claro aqui, os personagens dão suas vidas pela missão, mesmo quando não têm mais obrigação alguma de cumpri-las, sabem que ela é praticamente sinônimo de suicídio ou têm sérias dúvidas sobre o objetivo dela. Aqui também temos uma dose de humor rápida que não caberia em Who Fighter. Nada exagerado ou que quebre o clima da história, mas breve. O bastante para dar um tom mais leve à história e fazer você simpatizar com os personagens.

Tanto nesta história como nas outras duas, o elenco de personagens é composto praticamente só de homens. Pelo menos só me recordo de ter visto uma mulher em cena e como figurante ainda. Me refiro desta forma como se falasse de um filme, porque alguns personagens de O Coração das Trevas são extremamente parecidos com uns de Who Fighter. Talvez isso seja falta de imaginação, talvez não, mas por vezes fica a impressão de que são atores interpretando papeis diferentes em um outro filme do mesmo diretor.

Em O Coração das Trevas nem tudo é explicado, mas isso não atrapalha a mensagem que Seiho Takizawa queria passar com sua história.

Nota: 7

 

Tanques

Eu sou capaz de compreender que o Takizawa queria passar uma mensagem aqui, de que as guerras vão durar enquanto existirem armas no mundo. Embora, eu preferisse que Takizawa criasse uma história mais complexa como as duas anteriores para demonstrar isso e não curtas 8 páginas. Mas como leitura em uma antologia fecha bem o gibi.

Nota: 6

 

Autor: Seiho Takizawa

Páginas: 218 páginas

Editora: HQM

Preço: R$ 14,90

domingo, 22 de agosto de 2010

Avatar Voz do Além

Huxley, você venceu

A sempre inteligente Thahy traduziu uma das tirinhas mais interessantes dos últimos tempos, daquelas de fazer fãs de sci-fi pularem das cadeiras. Ela traça um paralelo entre as distopias apresentadas por George Orwell e Aldous Huxley, em suas obras mais conhecidas - 1984 e Admirável Mundo Novo. Enquanto Orwell via um futuro repleto de aparelhos repressivos, Huxley via algo mais profundo e perigoso, onde toda a nossa capacidade de resistência seria aos poucos minada e soterrada. Embora ferramentas de controle estejam sendo criadas, o futuro de Huxley já até deixou de ser futuro, ele é o presente.

 

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[Leiam o restante no Intensidade, vale muito a pena]

sábado, 21 de agosto de 2010

Avatar Voz do Além

Os céus de Chernobyl

Uma viagem fotográfica por um dos lugares mais mortos e assolados por nossa civilização industrial. Apesar da bela aparência, os arredores de Chernobyl permanecem inabitáveis para a esmagadora maioria dos seres vivos.

 

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[Via English Russia]

[Chernobyl foi tema de um dos meus posts favoritos: Stop, Radioactivity]

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Avatar FiliPêra

[Pipoca e Nanquim] Vertigo

 

 

Nessa semana, no Pipoca e Nanquim, vocês acompanham o programa que, com certeza Eu gostaria de ter participado, que discorreu sobre o melhor selo de quadrinhos da história: Vertigo, que sozinho seria uma das melhores editoras de todos os tempos. Só assim pra definir a casa que reuniu alguns dos melhores trabalhos de Alan Moore, Grant Morrison, Neil Gaiman, Warren Ellis, Garth Ennis, Jamie Delano e vários outros.

Espere ouvir sobre obras fantásticas, como Fábulas, Sandman, Os Invisíveis, Preacher, Transmetropolitan (quero ser o Spider Jerusalem quando crescer), e Monstro do Pântano. Enfim, sobre as principais obras que definiram o conceito de quadrinho adulto mainstream nos EUA. Curta a viagem e se prepare, pois terá vontade de comprar absolutamente tudo!

E um abraço pro Bruno Zago, Alexandre Callari (sou teu fã) e Daniel Lopes, belíssimo programa!


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