A guerra off-line de Halo 3

 

Jogar online é quase estar em outro mundo. É a maior reinvenção do multiplayer desde Goldeneye 007, que me proporcionou incontáveis horas de batalhas com mais dois ou três amigos, regadas a muitos berros, palavrões, Coca-Cola e diversão. E com o combate online isso foi potencializado. Nada de mais três amigos ao seu lado; o lance é ter mais cinquenta na roda e partir para o arranque de cabeças usando as armas mais destrutivas inventadas pelo homem (no caso de Halo podem ser armas de ET’s), com a única desvantagem de não poder lançar aquela arma disfarçada de joystick do Nintendo 64 no seu amigo que lhe mandou um rocket bem no meio da fuça.

Mas, o que era para ser uma brincadeira, e se limitar ao mundo online, acaba por virar algo mais sério (tá bom, não tão sério assim). E não importa o quanto você seja sinistro e traiçoeiro com aquele sniper e as granadas de plasma, o lance é que provavelmente não vai escapar da galera do Bio Zombie, se enerva-los da forma errada. A treta é que existem vários programas grátis na internet (o Bio Zombie é só o mais famoso deles) que permitem aos jogadores da Live descobrirem o IP de seus oponentes, e, com a ajuda de uma rede botnet mandar uma enxurrada de requisições de DoS (negação de serviço), colocarem seus adversários para pastarem pelo resto da noite da forma mais inglória possível.

Essa muda começou tranquila, somente nos recônditos mais escuros e nos jogos mais estranhos é que haviam essas criaturas controladoras de zumbis (que eu chamo de Klarion, em homenagem ao personagem bruxo de Os Sete Soldados da Vitória). Agora as redes botnet e os ataques de DoS estão se tornando mais baratos e mais frequentes. Com US$ você consegue um PC zumbificado. O ideal para um ataque DoS demolidor contra um Xbox 360 são 40 a 60 PC’s. Nada que um verme endinheirado que ficou nas aulas de balé, ao invés de jogar Halo não possa pagar!

 

[Via Threat Level]