segunda-feira, 27 de abril de 2009

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Adeus Pixel…

 

PixelNAOMAIS

A Pixel não acabou. Ela virou um selo especializado em quadrinhos da Ediouro, mas não lançará mais títulos da DC, explica Fernando Pedroso, diretor-geral da Ediouro. A editora deve continuar com Spawn, cujo contrato foi renovado recentemente. Vale lembrar que outra editora que virou um selo da Ediouro recentemente foi a Desiderata.

O executivo ainda não sabe dizer exatamente que outros materiais continuarão saindo pela Pixel, se nacionais (como O corno que sabia demais e outras aventuras de Zózimo Barbosa e Os inimigos não mandam flores) ou estrangeiros (como Corto Maltese e os álbuns do italiano Guido Crepax).

Indagado sobre a saúde financeira do negócio, Pedroso foi direto: “A operação dava um prejuízo razoável. E em virtude da crise econômica, que gerou uma desvalorização cambial significativa, e dos valores pagos serem altos, tentamos uma renegociação com a DC. Como a editora não demonstrou interesse, chegou-se a um acordo e o contrato foi cancelado”.

Assim, para saber como terminam obras excelentes, como Fábulas, Preacher, Promethea e 100 Balas, o leitor brasileiro terá que torcer, mais uma vez, para que outra editora as conclua.

Nem mesmo Sandman, que havia sido reiniciado após a publicação completa pela Conrad e cujos dois primeiros livros, referentes à saga Prelúdios & Noturnos, figuraram nas listas de mais vendidos após o lançamento, será retomado.

Esta não foi a primeira experiência frustrada da Ediouro com quadrinhos. Ainda nos anos 2000, a editora carioca lançou títulos como Star Wars e os europeus, como Aquablue (que não foi concluído) e Arthur - Uma epopeia celta, mas todos foram de curta duração.

Mesmo assim, Pedroso diz que quadrinhos continuam sendo uma fatia interessante do mercado. “Mas depende muito do produto a ser lançado”, finaliza.

O cancelamento de títulos e a diminuição da presença no mercado de uma editora, seja ela qual for, é sempre uma notícia ruim. Nesses casos, é comum que quem esteja de saída cite as vendas baixas como a única razão para o insucesso, mas é preciso avaliar os próprios erros. A Pixel, por exemplo, nunca teve uma distribuição satisfatória - nem em bancas e nem em livrarias. E seus produtos jamais tiveram qualquer divulgação com o objetivo de ampliar o público leitor.

Trecho retirado do site Universo HQ, a qual Fernando Pedroso concedeu entrevista por telefone.

Triste? Com certeza, mas infelizmente esperado. Quando iniciou sua jornada de negócios, a Pixel contava com gente que sabia o que estava fazendo; Odair Braz Jr, André Forastieri e Cassius Medauar. Mas, aos poucos, o que antes era uma parceria entre a Ediouro e a Futuro Comunicação, foi virando um negócio mal-feito apenas da Ediouro, com a saída deles. O resultado foi esse; o forte do negócio, a publicação exclusiva das revistas dos selos Vertigo e Wildstorm, acabou de ter o contrato cancelado com a DC Comics, detentora deles.

E isso não aconteceu por acaso, faltou a Pixel marketing, mostrar presença e ter uma distribuição satisfatória, coisa que ela nunca teve. O que sobra foi desrespeito, mais uma vez, com os leitores e consumidores, que ficaram com suas edições pela metade (como a minha Monstro do Pântano) e promessas vazias!

Resultado: adeus Pixel, você deixou de ser uma editora de quadrinhos. Agora passei a acreditar exclusivamente na editora que gosto, a Vertigem, capitaneada pelo Von Dews.

 

[Via Multiverso]

1 comentário

Anônimo disse...

Nem Sandman se salvou.

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