sexta-feira, 29 de abril de 2011

Avatar Colaborador Nerd

[Pipoca e Nanquim] O Caçador de Pipas

Por Pipoca e Nanquim 

 

66- Literatura em Quadrinhos: O Caçador de Pipas - Pipoca e Nanquim - Cinema e HQs por pipocaenanquim no Videolog.tv.

Olá, pessoal! Seu videocast preferido está de volta! Aaaaeeee!

Poxa vida, achávamos que ficaríamos um mês inteiro descansando de férias, mas não completaram nem duas semanas e já voltamos. Fazer o quê? A saudade e vontade de apresentar foram tanta que não teve jeito.

Após duas semanas em pausa, trouxemos algumas novidades para esse programa. Mudamos o fundo do cenário (o próximo passo é a mobília) e estamos com um bloco a mais! Isso mesmo, o programa ficou maior, atendendo a vários pedidos! O terceiro bloco ficou reservado para a leitura dos seus emails e comentários, portanto agora não tem desculpa: você precisa participar!! Envie críticas, sugestões de tema, elogios, desenhos, presentes, enfim, aguardamos para ler sua mensagem no ar (pipocaenanquim[at]gmail.com)! Também teremos um quadro de checklist, em que separamos o joio do trigo falando alguns quadrinhos que realmente valem o investimento.

Nesse início da “segunda temporada” falamos sobre O Caçador de Pipas. O famoso livro que arrancou lágrimas até dos mais marmanjos, alguns anos atrás ganhou sua versão em Quadrinhos, que acaba de chegar ao Brasil pela Editora Nova Fronteira.

Pensamos em fazer um programa sobre Literatura em Quadrinhos, mas percebemos que seria uma pauta gigantesca, então foi decidido que nos concentraríamos em apenas uma obra por vez. Assim, vamos sempre explorar uma adaptação especifica com mais apuro e profundidade (aguardamos sugestões para a próxima).

Hoje discutimos minuciosamente essa HQ, lembrando também do livro e do filme. Falamos sobre os personagens, pano de fundo histórico, cenas marcantes, autores, etc. Tentando inovar um pouco mais e ir ao infinito e além nesse assunto, pela primeira vez reunimos videocast e podcast, portanto segunda-feira tem mais sobre O Caçador de Pipas, inclusive com SORTEIO!!

Não perca, trate de assistir e ouvir, e diga o que achou da ideia de integração.

Se ficar com vontade de comprar o quadrinho nós facilitamos a vida de vocês, separamos um link com desconto, é só clicar AQUI.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Avatar Felipe

Resident Evil 5

 

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Desde que a Capcom lançou Resident Evil 4 com aquele novo esquema de controle, eu digo que a série se tornou um jogo de ação e não de terror. Então, quando vi que RE 5 teria o retorno de personagens clássicos, como Chris e Wesker, achei que a série voltaria às origens. Nada disso, o quinto jogo descarta o pouco de horror que ainda existia no 4 e foca apenas na ação desenfreada.

Infelizmente, toda essa busca por ação frenética faz com que o jogador não se importe tanto com os personagens e menos ainda com os pobres cidadãos infectados. Nada fica bem explicado durante o game, quem se importa de verdade com a história da série, vai ter que perder algum tempo lendo os textos que ficam na seção Library do menu principal. O jogo se preocupa apenas em jogar hordas de inimigos em cima dos personagens, tela após tela. Infelizmente, às vezes isso é mal executado. No começo do jogo, por exemplo, já aparece um cara com um machado gigante e que é praticamente imortal, sendo quase impossível matar ele com as armas que o jogador tem ali. O mais fácil a se fazer nessa parte é simplesmente ficar correndo em círculos até quem um helicóptero chegue e detone tudo.

A jogabilidade continua a mesma de RE 4, com a câmera por cima do ombro do personagem. Só acho que poderiam ter adicionado certas coisas que aparecem em Dead Space, como o L2 ser o botão de corrida ou o personagem poder se mover mesmo com o menu aberto. Já o sistema de parceria foi uma coisa que me surpreendeu positivamente. Eu nunca gosto quando decidem colocar um parceiro nos games, afinal, você acaba tendo que se preocupar com o seu personagem e com outro que nunca sabe o que faz. Felizmente, a inteligência artificial em RE 5 está muito boa, em diversas partes só percebi que estava prestes a ser atacado porque a Sheva Alomar acertou o monstro antes.

Os gráficos são um show à parte, principalmente os cenários externos que mostram o sol escaldante da África. Os modelos dos personagens estão todos muito bem feitos, com apenas uma exceção: Chris Redfield. Não dá pra entender porque os programadores da Capcom fizeram o personagem principal do jogo com ombros gigantes e cara de macaco.

 

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Uma das maiores diversões da geração atual de consoles é o jogo multiplayer. Em RE 5, além do tradicional modo de história com tela dividida, o jogador também pode ativar uma opção que permite que qualquer outro jogador que esteja online passe a jogar o modo de história com ele. Além disso, o game possui um modo versus para até quatro jogadores, divididos em duplas, que devem se enfrentar e sobreviver às criaturas espalhadas pelo cenário.

Como um jogo de ação, Resident Evil 5 é realmente empolgante. Infelizmente, ele é apenas isso, a história é muito fraca e não faz jus aos melhores momentos da série. A sensação de que falta algo no jogo fica ainda mais evidente depois de jogar o sensacional Dead Space, que possui uma história interessante, sustos e ação na medida certa.

 

(Resident Evil 5, 2009) PlayStation 3 e Xbox 360

Produção/Desenvolvimento: Capcom

Nota: 7,5

Avatar Colaborador Nerd

FARRAZINE #21… Baixem

 

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A novidade é que acaba de sair a edição 21 do Farrazine repleta de personalidades do universo das HQ's! Como a internet faz o mundo ficar pequeno, fomos a Austrália perguntar umas coisinhas ao Ben Templesmith, de 30 Dias de Noite e WormWood... Logo no melhor estilo a volta ao mundo em alguns e-mails, trocamos ideias com o Alberto Montt do Chile, autor das Dosis Diarias.

Não cansados da viagem decidimos perambular com nossas perguntas em território tupiniquim também. Estivemos em Minas Gerais e tivemos uma conversa super agradável com a menina mais simpática dos quadrinhos nacionais (além de uma excelente e sensível desenhista!), Luciana Cafaggi, autora da tirinha Los Pantozelos. Logo, não podiamos esquecer de passar em Sampa e falar com o cartunista Rock'n Roll e sangue "bão", Márcio Baraldi e o chargista "boleiro", Gustavo Duarte.

Há bastante convidados?

Não!

Ainda trouxemos o "irmão gêmeo" da nossa querida Paloma Diniz, o desenhista Jack Herbert, em um bate-papo entre família. E não resistindo ao talento de Geraldo Borges, fizemos uma matéria com um dos figurões de nosso boom nacional de desenhistas no mercado americano.

E como presente especial a nossos colaboradores podcasters, trocamos altos papos com a galera gente boa do Arg!Cast em uma matéria cheia de sinceridade! Falamos até mal do Batman nela... Mas calma, calma foi com carinho...

Também com exclusividade temos a HQ Cidade Nua, com roteiro de Rafael Camargo e arte de Snuckbinks e uma fanart do Justiceiro escrita por Brenno Dias e desenhada por Vinicius Cruz  E ainda há mais contos, resenhas, a coluna Riteando de Rita Maria Félix da Silva, tirinhas, nosso Ombudsman, Bráulio Taumaturgo, criticando tudo e todos e muito, muito mais!

Lançamento 20.04.11 – 72 páginas

Baixe agora mesmo a edição acessando: http://migre.me/4iaqX

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Avatar FiliPêra

O Esquadrão da Morte dos EUA

 

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Desde a Guerra do Vietnã, a sociedade - especialmente a americana - aprendeu que a Imprensa ir a guerra pode ser chocante, e até decisivo. Por mais chocantes que possam ser números de soldados mortos, de gente mutilada e outras atrocidades, sem uma aproximação narrativa quase literária e emocionante pra contar ao menos uma dessas histórias, todo o choque se vai. Em outras palavras: cada história de guerra detalhada é mais importante que todas elas juntas e agrupadas na forma de números indistintos, os jornalistas devem ser como uma lupa ao mostrar aspectos que as próprias forças militares preferem esconder.

Ver a sempre chocante foto de Kim Phuc correndo, nua, fugindo de um bombardeio de napalm, é muito mais impactante do que ler a frase “o exército dos EUA pulverizou uma vila vietnamita com napalm” - frase que provavelmente viria acompanhada de uma tentativa de justifica-la. O mesmo pode ser dito da política. Richard Nixon cometeu crimes muito piores que Watergate, mas foi só quando a história foi detalhada como deveria, que os olhos da sociedade foram abertos.

O problema da relação imprensa-Forças Armadas é que geralmente os jornalistas recebem somente informações do próprio Exército, se tornando quase porta-vozes dos militares. Cobrir guerra é caro, dispendioso, e quando feito de forma independente - sem a logística do exército pagando os custos - exige repórteres quase insanos, como a trupe vista em A Caçada, filmaço com Richard Gere. Fora que se suas reportagens desagradarem os EUA… a sua sede de imprensa pode ser sumariamente bombardeada “acidentalmente” por forças aliadas, como experimentou a Al-Jazeera no Iraque.

 

O último veículo que conseguiu romper  - duplamente - essa relação às vezes incestuosa de imprensa-de-quatro-para-forças-militares foi a revista Rolling Stone, dando mostras que ainda tem fôlego para experimentar o jornalismo contracultural que marcou suas primeiras décadas de vida. Em junho do ano passado a revista publicou o artigo Um general com idéias muito próprias, escrito pelo editor-contribuinte Michael Hastings, que pintou um quadro nada lisonjeiro de Stanley McChrystal, principal general de Obama na terra do Taliban. O resultado é que assim que a matéria foi publicada, McChrystal tomou um pé na bunda e foi substituído por David Petraeus.

Agora o tiro é ainda mais pesado. Chamada Kill Team (escrita por Mark Boal, roteirista de Guerra ao Terror), a nova reportagem da revista não mostra burrices de burocratas e comandantes preguiçosos - como na excelente reportagem Killer Elite, de Evan Wright, também da Rolling Stone -, mas sim um relato detalhado das ações de uma trupe de assassinos que só pretendia achar alguns seres vivos para matar - inimigos ou não. E ao final dos assassinatos, ainda tiravam fotos e mutilavam suas vítimas em busca de troféus.

Todos os episódios descritos na matéria aconteceram nos cinco primeiros meses do ano passado. “O plano era matar pessoas, senhor”, disse o soldado soldado Jeremy Morlock, 22 anos, no início do seu julgamento iniciado no dia 23 de março, acusado de assassinar três civis afegãos que não portavam qualquer arma. Ao fim do julgamento, ele recebeu a sentença de 24 anos de prisão após concordar em testemunhar contra quatro colegas do pelotão - chamado 3º Pelotão da Companhia Bravo - que atuava na província de Kandahar, no Afeganistão. Eles eram conhecido como o Kill Team (Equipe da Morte). Seus superiores alegavam não saber dessas atrocidades, mas a realidade mostrada pela reportagem parece ser outra, com soldados fotografando cada assassinato cometido, e ainda tendo tempo para editar um vídeo em que metralham um afegão com um helicóptero e inserem uma trilha sonora roqueira no meio.

Ao mesmo tempo em que se fazia de desentendido, os militares mais graduados se esforçavam para impedir que o caso chegasse a sociedade, procurando parentes de militares e confiscando câmeras e vídeos. Após a divulgação da revista alemã Der Spiegel, os militares fizeram um pronunciamento, onde afirmaram que as fotos  “são repugnantes para nós enquanto seres humanos e contrárias aos procedimentos e valores dos Estados Unidos”. Imediatamente o coronel Thomas Collins foi nomeado para preparar as cortes militares para julgar os outros envolvidos nas atrocidades.

O maior medo dos americanos é uma nova onda de instabilidade no Afeganistão, onde as fotos devem ter um impacto muito maior quando forem divulgadas por lá, e provavelmente dificultarão ainda mais a continuidade do governo corrupto de Hamid Karzai.

 

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Tudo começou em 15 de janeiro, quando o pelotão saiu de sua base em Ramrod e foi caçar talibans na vila de La Mohammad Kalay, escondida em meio a plantações de ópio. Mas a frustração foi evidente: nada de militantes, só fazendeiros desarmados. Antes, entre conversas e brincadeiras, componentes do pelotão haviam decidido: matariam na próxima incursão do grupo, nem que as vítimas fossem civis.

“Enquanto os oficiais do 3º Pelotão conversavam com um ancião dentro de um armazém, dois soldados [Jeremy Morlock e Andrew Holmes] se distanciaram da unidade até chegar ao extremo da vila. Lá, em uma plantação de ópio, eles começaram a procurar alguém para matar”, afirma a reportagem, com base em dados de investigação das próprias Forças Armadas.

"O consenso geral era que, se nós estamos indo fazer algo realmente louco, não queríamos ninguém por perto para testemunhar isso", relatou mais tarde um dos soldados.

Após algumas andanças tediosas, a dupla escolhe Gul Mudin como alvo, que estava por ali arando a terra, longe da vista de todos. Gul era um adolescente de 15 anos - Morlock tinha 21, e Holmes tinha 19 -, e recebeu a ordem de ficar parado. Ele obedeceu. Os soldados covardemente correram para trás de uma parede de tijolos e jogaram uma granada nele, ao mesmo tempo em que cuspiram uma saraivada de balas com um fuzil M4 e uma metralhadora- padrão das Forças Armadas. Morlock ainda teve o sangue frio de correr e berrar no rádio, simulando um embate genuíno.

“Quando um sargento perguntou aos soldados o que tinha acontecido, Morlock disse que o garoto estava prestes a atacá-los com uma granada”, relata outro trecho da matéria.

A história era tão mal contada - o menino era muito novo, estava sozinho, não tinha armas, o lugar não tinha pontos de esconderijos, talibans geralmente não atacam de dia - que o capitão Patrick Mitchell, que a ouviu, duvidou. "Eu apenas pensei que era estranho que alguém iria vir para cima e jogar uma granada na gente", disse Mitchell depois aos investigadores. Mesmo com a suspeita, Mitchell não ordenou que fosse despendida ajuda ao garoto, mas ao invés disso, emitiu uma ordem ao sargento Kris Sprague para que “se certificasse que ele estava morto”. Sprague armou um rifle e atirou duas vezes na cabeça do menino.

Durante seu julgamento, Morlock afirmou que Gul “não representava nenhuma ameaça”. Antes da chegada dos seus superiores, o soldado ainda teve tempo de fotografa-lo e cortar seu dedo mindinho para levar como recordação. Os outros o seguiram, e tiraram fotografias junto ao corpo, num bizarro ritual de sadismo, que ainda quebrava o protocolo oficial do Exército dos EUA.

A reação dos líderes militares não poderia ser mais padronizada. Morlock não foi punido - guerra é guerra, né… como dizem os ultraconservadores metidos a polícia do mundo - de forma alguma, e o entusiasmo adrenalinesco do episódio acabou dando força para o Kill Team assassinar mais quatro civis nos meses seguintes. A direção do Exército classificou os episódios envolvendo o 3º Pelotão como perpetrados por uma "unidade de malfeitores, operando sem o conhecimento de seus superiores”. Promotores militares estabeleceram um cerco informacional ao redor de toda a Bravo, e seus soldados foram impedidos de dar entrevistas.

Mas, os registros que a Rolling Stone teve acesso, mostravam outra coisa. Dúzias de pequenos grupos formavam outros Kill Teams, “operando abertamente”, com os superiores deles fingindo que nada estava acontecendo. A investigação tratou ainda de confirmar que os soldados efetivamente sabiam que  aquela conduta era ilegal.

 

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Esse é apenas o trecho inicial da reportagem, há muito mais por lá, e Eu recomendo que leiam tudo, caso tenha estômago. Há também diversas fotos e dois vídeos revoltantes, com uma emboscada a um motociclista, e outro com os soldados metralhando dois afegãos num ataque área numa aérea descampada - estômagos AINDA MAIS fortes são exigidos aqui.

É só clicar no link abaixo e conhecer o submundo da guerra que todos sabem que existe, mas poucos têm a coragem de mostrar.

 

[Via Rolling Stone]

Avatar Voz do Além

Feriado e “revirem nossos arquivos”

 

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Bom, indo direto ao assunto sem meias palavras: essa semana o bicho pegou e uma combinação de fatores acabou resultando em poucos textos aqui nesse blog respeitável e de reputação ilibada. Como talvez vocês saibam, entrei na destrutiva rotina de escrever um projeto de Trabalho de Conclusão de Curso, e o preço disso é o fim de toda minha (já pouca)vida social. Minhas baladas agora são ler livros de Lawrence Lessig, Hakim Bey, história dos piratas, trajetória do Pirate Bay, e fazer relações de influências do tema na produção e incentivo da Cultura Livre, e no modo de enxergar o mundo de dois veículos jornalísticos distintos. Coisa “simples”.

Final de semana passado, em especial, tinha como tarefa construir a parte mais importante do pré-projeto: a Fundamentação Teórica, onde devo relacionar a linha de autores em que vou me basear para construir minha argumentação - que segundo exigências, deve se esforçar para conter alguma inovação. Por esse motivo bem sério, acabei saindo da minha rotina e não postei os textos pra semana toda aqui no NSN. E como quando você estiver lendo isso provavelmente estarei em São Paulo, já imaginou aonde quero chegar.

Como consegui explicar toda a treta em dois parágrafos, um recorde histórico no NSN, fica aí o dever de casa com indicações de textos passados para suprir suas necessidades até a normalização das postagens aqui (nem sei quando vai rolar, mas prometo pra semana que vem).

1) O Fator SNAFU - esse está logo aí abaixo, mas se não leu, recomendo que leia.

2) F-15 norte-americano cai na Líbia supostamente por falhas mecânicas

3) [HyperEspaço #21] A bizarra celeuma pra cima da capa de abril da Wired

4) [Capetalismo Addendum #3] Necessidade vs Ganância

5) O cartucho amaldiçoado de Majora’s Mask. Ou: o ARG de videogames mais assustador de todos os tempos

 

E esses são todos dos últimos dois meses. Se revirar ainda mais nosso arquivo, encontra mais coisa boa e as lê enquanto me divirto em São Paulo. Boa leitura e bom feriado, amigos!

 

É NOZES!

terça-feira, 19 de abril de 2011

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A Teoria da Comunicação como nunca te ensinarão na Academia

 

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Tive uma das piores professoras de Teoria da Comunicação possíveis, e só estou aprendendo os fundamentos das principais teorias - que mesmo consideradas ultrapassadas, são fundamentais para embasar um trabalho acadêmico - agora, enquanto escrevo meu Projeto Experimental (projeto de TCC, em bom português de universitário sofredor).

E lendo O Livro dos Illuminatis, de Robert Anton Wilson (não sabe quem é? Google aí e seja feliz) me deparei com a aplicação psicológica de uma teoria da comunicação popular: o Fator SNAFU. Bom, o texto me inspirou e acabou gerando umas 10 páginas de pura maluquice postadas no pior antro de insanidades da Grande Rede Mundial de Computadores: o NerDevils. Os dois primeiros parágrafos estão abaixo, para os olhos corajosos:

 

Um preceito básico que deveria fundamentar todas as teorias da comunicação, diz: Informação e Hierarquia não combinam. Uma transmissão de informações só flui corretamente se não houver nenhuma preocupação hierárquica no sentido de se passar uma mensagem deturpada para agradar alguém. A submissão de uma hierarquia tende a destruir completamente a possibilidade da informação – Informação aqui deve ser entendida aqui como o Fator Surpresa, a carga de novidade, o elemento desconhecido de uma mensagem – não ser editada, alterada ou até mesmo omitida. Se o conceito não está suficientemente claro, imagine a seguinte situação: um soldado raso que está de guarda no quartel de um batalhão e tirou um cochilo acorda de sobressalto avista um grupamento inimigo invadindo a unidade dele, e precisa urgentemente avisar aos seus superiores. Com toda a certeza esse soldado experimentará um momento de indecisão particularmente pavoroso e intenso. Ele não só precisa deixar todos a par da situação, como precisa livrar o próprio cu de ser rifado por seus superiores, tornando a mensagem receptiva para os que têm o poder de dar-lhe um tiro de punição pelo que fez. Em outras palavras: ele provavelmente criará artisticamente uma versão completamente nova dos fatos que ocorreram, deliberadamente desinformando seus superiores para evitar ser punido. E a punição parece tão assombrosa para um soldado que ele põe em risco toda a unidade militar em nome de um propósito taxado de egoísta.

A situação pode ser extrema, distante, devido a rigidez da vida militar, mas não é muito diferente do que acontece diariamente em uma cacetada de empresas. É o tradicional "Deu merda", que qualquer estagiário ou funcionário subalterno certamente já experimentou. Aí entra a hierarquia. Uma hierarquia – incluindo a empresarial, aparentemente inocente – não funciona se o cara que está acima, não tiver algum tipo de poder fatal, comparável ao revólver. Uma frase clássica cunhada por alguém que no momento não recordo o nome, afirma: "O poder político nasce do tambor de um revólver". Não sejam tão apressados em levar o revólver ao pé da letra de forma integral. O poder do revólver está contido na possibilidade estatística do seu portador atirar na pessoa ameaçada (também deve ser levado em conta a possibilidade do disparo não acertar a vítima), o que exclui a necessidade de uma demonstração. O medo de tomar um tiro é o poder por trás do revólver, ele é basicamente um instrumento de ameaça. E alguém superior em uma hierarquia possui algo similar a um revólver. Pode ser um rito carregado de tradições – "Não responda ao seu pai, moleque!" – ou o poder de colocar em xeque a capacidade de sobrevivência de alguém – "Cometa mais uma besteira dessa, seu verme, que te demito sem pensar duas vezes!". Se acha que esses não são revólveres suficientemente persuasivos, ponha-se a pensar em como seu comportamento com quase certeza é radicalmente diferente na frente dos seus pais, especialmente se você tem mais de 25 anos, em que a fase rebelde de um homem adulto geralmente começa a terminar. Pense também em quantas pessoas você mantém laços suficientemente fortes para pedir ajuda caso TODAS as suas fontes de renda sequem de um dia pro outro. Refletiu? Agora imagine os dois revólveres combinados na sua cabeça e entenda como uma arma social e aparentemente inofensiva pode ser bem poderosa. Se esse peso hierárquico é capaz de ameaçar o curso da vida de qualquer um, imagine o quanto não influencia na integridade de uma Onda de Informação.

O resto está no NerDevils, é só clicar AQUI ou na imagem e ser absurdamente feliz!

 

[Agradecimento especial a Carla, meu amorzinho, pela revisão - que deu trabalho porque nunca que perco o hábito de escrever de madrugada]

Avatar Felipe

Red Dead Redemption

 

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É interessante como o Velho Oeste ou Oeste Selvagem, período tão curto na história norte-americana, mexe tanto com a imaginação das pessoas, com vários filmes, séries e jogos sobre o assunto. E se você é daqueles que, ao assistir um filme do gênero, ficava imaginando como seria viver nessa época, Red Dead Redemption é perfeito. O game consegue transmitir toda a sensação de viver no período da conquista do oeste americano, sem deixar de lado toda a emoção dos filmes, com balas voando pra todos os lados.

No game de mundo aberto, o jogador controla John Marston, um ex-criminoso que é obrigado a capturar um velho companheiro quando sua família é ameaçada por agentes federais. A partir dessa premissa simples, o jogo segue a fórmula já conhecida de GTA: cumprir missões para várias pessoas até finalmente poder ir atrás do grande objetivo, com cada missão concluída abrindo novas possibilidades.

Mas o melhor de Red Dead Redemption está no seu vasto mundo a ser explorado e nas missões paralelas que o game possui. Das minhas 20 horas de jogo até agora, mais da metade foi apenas cumprindo missões paralelas. Pra começar, os saloons estão sempre repletos de coisas para fazer, como jogar cartas (passei mais de uma hora jogando pôquer direto), dados ou simplesmente tomar uma bebida no balcão (é extremamente engraçado tentar controlar o personagem bêbado). Algumas dessas missões já estão pré-estabelecidas no jogo, encontre um ponto de interrogação no mapa e é alguém precisando de algum tipo de ajuda, por exemplo. Além disso, cada cidade possui cartazes de procurados, sempre com uma recompensa para que o bandido seja pego vivo ou morto.

Fora essas missões com começo, meio e fim, existem aquelas que aparecem do nada, quando você está cavalgando de uma cidade para outra. O jogo até possui um sistema de viagem instantânea para cidades já visitadas, mas utilizar esse recurso é perder metade da diversão. No meio de alguma viagem, é possível, por exemplo, que você veja alguém sendo roubado e aí cabe ao jogador ajudar os bandidos ou a pobre vítima. Geralmente, essas missões nas estradas requerem uma ação rápida, pois a vida de alguém está em perigo, seja uma jovem pendurada pelo pescoço ou alguém sendo perseguido por coiotes. Mas para sobreviver no Oeste Selvagem é preciso ter muito cuidado, algumas pessoas que pedem ajuda nas estradas podem não ser exatamente o que parecem. Uma jovem precisando de ajuda pode ser uma ladra de cavalos ou servir como isca de uma gangue.

 

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Para completar toda essa ambientação, o jogo conta com gráficos e jogabilidade excelentes. Os modelos dos personagens estão todos muito bem feitos e cheios de detalhes, como sardas, cicatrizes ou dentes faltando. Os cenários estão belíssimos e não existe construção de cenário na frente do personagem, coisa que era comum na época do PS1 e em alguns jogos de PS2. Na verdade, se você estiver no alto de algum morro é possível até avistar ao longe algumas cidades pelas quais você ainda vai passar. Os efeitos climáticos também estão impressionantes, com relâmpagos que parecem verdadeiros, ventos que balançam os cabelos e roupas dos personagens e estradas que vão ficando cheias de poça conforme a chuva vai caindo.

Outra coisa que chama a atenção é a física empregada no jogo. Os personagens se movem com muita naturalidade, o que aumenta o realismo nas cenas de tiroteio. Acerte alguém na mão e veja o infeliz largar a arma morrendo de dor, acerte na perna e o inimigo vai fugir mancando. É divertidíssimo também ver alguém rolando no chão após o cavalo dele ser atingido nas patas. Para aumentar ainda mais a sensação de heroísmo, o jogo conta com o Dead Eye, um comando que deixa tudo em câmera lenta e permite ao jogador escolher facilmente os alvos que quer atingir.

 

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Com tantas missões paralelas e jogos de pôquer me distraindo, ainda deve faltar muito para eu terminar o jogo, mas com certeza já é o suficiente pra dizer que Red Dead Redemption está entre os melhores games de PlayStation 3. Tanto que até já comprei a expansão Undead Nightmare, que traz John Marston enfrentando zumbis no Velho Oeste. Aliás, bem que podiam fazer um filme assim.

 

(Red Dead Redemption, 2010) PlayStation 3

Produção/Desenvolvimento: Rockstar Games, Rockstar San Diego

Nota: 10

sexta-feira, 15 de abril de 2011

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Última chamada para o “World RPG Fest 2011”

 

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O EVENTO:

Curitiba sedia nos dias 14 e 15 de maio o World RPG Fest 2011, maior evento da América do Sul para amantes de RPG e jogos inteligentes. Durante os dois dias de evento, estão programados jogos de RPG, jogos de tabuleiro, campeonatos de card-games e videogames, além de palestras e participações de renomados produtores como Steve Jackson, Chris Pramas e JM Trevisan e do autor literário Talal Husseini.

São esperadas mais de 2 mil pessoas durante os dois dias do World RPG Fest 2011 que contará com uma mega estrutura de mais 1000 m² em um salão de convenções recém-inaugurado e com diversos recursos tecnológicos e acústicos.

Cultura, Inteligência, Diversão

O World RPG Fest 2011 terá como diferencial também sediar o lançamento do livro Paz Guerreira para RPG simultaneamente ao lançamento da obra literária, que tem sido sucesso de vendas no Brasil. Esta iniciativa é inédita e terá a sua conclusão durante o evento pois aqueles que comprarem o Passport* para os dois dias do WRPGF ganharão de brinde o livro para a criação do cenário Paz Guerreira para GURPS e terão seus nomes nos créditos da versão definitiva.

VALORES:
Ingressos: R$10,00 (por dia)

Passaport: R$60,00*

Você pode comprar seus ingressos ou passaport pela internet no site ou no post do World RPG Fest.

Vagas limitadas. Garanta já a sua.

LOCAL:
Espaço Torres

Endereço: Rua Pergentina Silva Soares, 159 – Jardim Botânico (como chegar)
Data: 14 e 15 de maio

Horários:
Dia 14 das 10h às 24h

Dia 15 das 10h às 22h

PALESTRANTES:
Steve Jackson - Um dos maiores game designers da indústria do RPG, Jackson comparece para explicar o futuro da linha de jogos altamente reconhecida de sua empresa, a Steve Jackson Games, e falar sobre jogos e cultura nerd em geral.

Chris Pramas - Game designer da "nova geração" da industria de RPG, Pramas vem conversar sobre a sua nova linha de jogos para mesa, a linha ‘Dragon Age’, adaptada do famoso jogo eletrônico e falar sobre suas novas empreitadas.

JM Trevisan - O autodeclarado escritor, roteirista, publicitário, DJ, letrista, desenhista amador, pseudo-músico, tradutor e gênio do crime nas horas vagas comparece ao evento para uma conversa sobre Tormenta, nas versões RPG e literatura, musica, quadrinhos e cultura pop em geral.

Talal Husseini - Autor do livro Paz Guerreira. Husseini irá fazer um bate-papo com aqueles que já conhecem e querem conhecer a obra de fantasia que tem chamado a atenção dos fãs do gênero épico e que se interessam pelos temas da verdadeira espiritualidade filosófica.

MAIS ATIVIDADES:

Além de poder participar das várias mesas de RPG dos mais diversos sistemas, Card Games, jogos de tabuleiro e campeonatos de vídeogame, os gamers poderão ser incluídos no torneio do aclamado Card Game da Steve Jackson Games, o Munchkin.

INFORMAÇÕES GERAIS

www.worldrpgfest.com.br

[Nota do Editor: falamos um pouco mais do evento AQUI]

quinta-feira, 14 de abril de 2011

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Sasha Grey se aposenta da pornografia. Um minuto de pausa nas atividades manuais, por favor

 

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Depois de protagonizar alguns dos melhores e mais inovadores (se é que dá pra usar esse palavra nesse contexto) filmes pornográficos dos últimos anos - tipo o épico Sasha Grey’s Anatomy, com Faye Reagan como coadjuvante -, povoar mentes em incontáveis punhetas, se tornar símbolo de uma quase extinta intelectualidade entre profissionais de filmes de sexo, além de atriz premiada, Sasha Grey anuncia em seu Facebook que está se aposentando, e deixando um mundo de onanistas sem sua musa inspiradora.

Sasha - ou Marina Ann Hantzis - começou sua carreira de atriz logo aos 18 anos. E começou violentamente, atuando em Fahionistas 2, logo em uma orgia das mais loucas com o poço de insanidade Rocco Siffredi, inclusive berrando por uma porrada no estômago. Com um início assim, aliado a uma beleza meio exótica e distante das plásticas, cabelos loiros e silicone sem limites; sua ascenção na indústria pornô foi meteórica.

Obviamente que alguns detratores apareceram, cuspindo que esse fator intelectual que ela diz possuir não passa de enganação - ela diz que o sobrenome artístico Grey é uma referência a O Retrato de Dorian Gray; além de seu nome anterior, Anna Karina, referenciar a ex-mulher de Jean-Luc Godard -, mas no quesito atuação, creio ser difícil o mercado pornô se recuperar tão cedo de um ícone tão unânime como Sasha.

A saída dela já começava a se configurar após alguns projetos extra-putaria com que ela se envolveu, no estilo de Confissões de uma Garota de Programa.

O anúncio da aposentadoria diz o seguinte [tradução vinda do Cu do Judas]:

Tornou-se evidente que o meu tempo como atriz filmes adultos expirou. Não se preocupem, eu não encontrei Jesus. Uma coisa é certa, tenho orgulho de dizer que eu não tenho arrependimentos, eu realmente sinto que realizei tudo o que podia como artista. Eu era capaz de trabalhar com atores mais profissionais do setor e das empresas, e eu sempre vou valorizar os amigos e relacionamentos que pude construir. Era simplesmente o momento perfeito para eu seguir em frente … enquanto eu estava por cima (trocadilho intencional). A vida às vezes nos leva a uma direção que nunca poderia ter imaginado.

Graças ao meu amigo Brandon Stosuy, na semana passada na Housing Works em NY eu tive um lançamento muito bem sucedido do meu primeiro livro, NEÜ SEX. Tivemos uma enorme afluência de pessoas para a discussão e autógrafos ao mesmo tempo em que apoiamos uma causa! Doei vários exemplares do livro para Housing Works, para que todos que compraram um livro (ou um drink) ajudassem a combater portadores de HIV e os sem-teto. Alguns rostos muito familiares apareceram naquela noite, e estou feliz em ter compartilhado minha emoção com todos eles!

NEÜ SEX, que levou quatro anos para ser terminado, inclui o meu mosaico visual através da fotografia, a minha filosofia sexual, e observações. Eu só gostaria de agradecer a cada pessoa que me apoiou desde o primeiro dia, vocês são realmente o meu céu estrelado.

 

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O livro Neü Sex (que estou me preparando para comprar) é uma espécie de registro dos bastidores do mundo pornô visto pelos olhos de uma de suas maiores estrelas - provavelmente única grande porn star da década passada -, o que ainda deve inclui Sasha Grey na lista de ícones da contracultura desse início de século.

Então, tchau Sasha Grey… não suma, e faça ao menos umas cenas de nudez de vez em quando.

 

PS: Tomara que a Faye Reagan decida se aposentar também e assumir logo que me ama.

[Via Vice Brasil]

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O deserto nuclear de Fukushima

 

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Os caras acima com trajes de proteção contra radiação são policiais que estão em Fukushima, guardando o local onde encontraram um corpo em meio ao deserto. Atualmente existe um perímetro de 20 km ao redor do reator da usina da região que vazou, local que deve permanecer em quarentena por um bom tempo, graças a contaminação radioativa no solo, nas ruínas da cidade e até mesmo no mar.

Outras fotos no link abaixo.

 

[Via The Atlamtic]

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Comunidade Linux considera que venceu a Microsoft

 

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Quando li o título da notícia no Slashdot soltei uma bela risada irônica, mas depois saquei que não é nada engraçado, tem um fundo de verdade bem subjetivo na declaração de vitória exposta no nosso próprio título. A afirmação vitoriosa é de  Jim Zemlin, diretor-executivo da Linux Foundation:

“Eu acho que nós simplesmente não nos importamos mais tanto [com a Microsoft]. Eles costumavam ser nosso grande rival, mas agora [criticar a Microsoft] é como chutar um cachorrinho”

Nada como a ousadia de um desenvolvedor de software livre. Mas ele explica - e bem - o motivo de palavras tão triunfantes.

“Do Android ao Kindle, passando pelos eletrônicos de consumo, os maiores sites do mundo e supercomputadores, o Linux passou a dominar quase todas as categorias da informática, com exceção dos desktops [PCs e notebooks]"

Bom, se levarmos em conta que o Windows é o sistema operacional de nove em cada 10 computadores do planeta, a vitória do pinguim não parece tão grande assim, mas Zemlin crê piamente que com o povo migrando cada vez mais para tablets e smartphones, o Windows tende a ficar cada vez mais em segundo plano.

Faz sentido, mas tenho lá minhas dúvidas.

 

[Via Slashdot]

quarta-feira, 13 de abril de 2011

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Sandman ganha aplicativo interpretador de sonhos

 

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Como forma de divulgação o Volume 2 da edição definitiva de uma das melhores histórias em quadrinhos de todos os tempos, a Panini criou um aplicativo do Facebook muito divertido (e viciante). Trata-se do Mestre dos Sonhos, que como você deve ter imaginado, interpreta seus sonhos apenas de saber os elementos presentes nele.

Como estamos falando de um Perpétuo - um ser acima de todos os deuses -, o aplicativo não exige acesso a sua conta ou algum tipo de tranqueira similar: é só marcar os elementos que estiveram nos seus sonhos que Lorde Morpheus te dá interpretações.

É só clicar na imagem (ou AQUI) para acessar o aplicativo e conhecer mais do mundo dos sonhos.

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Edukators - Os Educadores

Por Marco Aurélio, do Cinemarco Cineclube

[Nota do Editor: Fechamos parceria com o Cinemarco, e de vez em quando as críticas de lá aparecerão por aqui. Nós do NSN estamos muito agradecidos ao Marco Aurélio pela proposta de parceria e aqui vai um parabéns a ele pelo trabalho no Cinemarco]

 

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Em tempos de falta de atitude, a sociedade parece aceitar-se como derrotada dela mesma no jogo de regras falhas que tentara criar para sua própria organização coletiva. Ao mesmo tempo que as imagens mostram uma atitude reacionária, idealista e revolucionária, monta-se um paralelo para despertar e criar ponto-a-ponto o cenário oposto, marcado por inúmeros casos que denotam a falta de atitude, a prisão, o medo e a aceitação sobre a perda, a consciência concreta de uma impotência auto-imposta. Na intensa profundidade e ousadia de Edukators, Os Educadores, um longa independente alemão, a competência deste jogo de cenas é tamanha que os momentos memoráveis tornam-se incontáveis.

A narrativa sustenta-se em diversos pontos de releitura sobre a atitude do homem em seu contexto social de organização contemporâneo, e põe o homem como causador de suas mazelas, das agonias e tristezas causadas pela sua falta de organização. Essa ousadia em contar e relembrar a história recente do homem obriga ao diretor Hans Weingartner atender à algumas ligeiras obrigações em seu roteiro. Suas necessidades não partem, porém, do interesse de relembrar nenhum fato da história de luta, guerra ou batalhas de qualquer origem, sejam trabalhistas, políticas, estudantis, ou qualquer outra, mas da obrigação de "pôr à mesa" algumas perguntas cruciais que botam em xeque o pensamento do próprio espectador. Junto à contradição e ao arriscado interesse final dessa história, todas as situações que parecem confusas, dúbias e interpretativas, resumem, ao fundo, a própria insegurança de cada espectador sobre a certeza se as atitudes apresentadas são corretas, morais, éticas e legais.

Certo é, obviamente, entender este longa como uma leitura à ele mesmo em meio à sociedade que o assiste, ou seja, sua história e sua mensagem partem em busca de um ideal, de um interesse em mexer com a massa, de rever pensamentos, e, consequentemente, atitudes de todos aqueles que mostram-se aceitos pela estrutura de organização social que, certamente, não condiz com justiça. Assim, pode-se definir como fator motivador deste filme, justamente a justiça/injustiça social e, para isso, ele adota uma atitude controversa no intuito de chocar aqueles que estão insatisfatória e inconscientemente aceitos e sem poder de mudança sobre a sociedade. Na trama, Jan (Daniel Brül) e Peter (Stipe Erceg) são dois amigos que possuem um ideal, que refletem sobre o modo de organização da sociedade atual e buscam demonstrar suas visões através do choque e do espanto. Eles querem que seus "alvos" tenham, acima de tudo, a capacidade de conscientizar-se sobre o favorecimento que a política capitalista lhes dá. Jan e Peter cruzam um paralelo sobre o que seria justiça ou, melhor dizendo, o que não seria justiça financeiramente saudável quando se analisa a rentabilidade que o capital favorece a alguns e desfavorece a outros.

Jan e Peter são Os Educadores, um grupo formado para provocar espanto e insegurança social aos ricos. Eles entram em mansões e buscam deixar uma mensagem. Bagunçam os móveis, mas não quebram nada nem roubam, apenas registram sua passagem. Antes de sair, deixam um bilhete, geralmente com a mensagem "Vocês tem dinheiro demais". É provocativo. Muito provocativo. Dentre suas bem-sucedidas invasões, uma, porém, lhes renderia uma situação não esperada. Ao invadir a mansão de um magnata para praticar seus atos, Peter e Jule (Julia Jentsch), a namorada de Jan, são pegos em flagrante pelo dono, e, não sabendo de prontidão qual atitude tomar, decidem sequestrar o cara para uma casa no campo.

Lá se desenvolverão todas as situações mais profundas do longa. Jan, Peter, Jule e Hardenberg, a vítima (nesse ato), terão conversas pacíficas sobre as atitudes idealistas dos rapazes, suas mensagens, seus interesses e suas visões sobre aquilo que os motiva. O homem cria sua estrutura social, mas na visão destes, o modelo deixa de ser democrático para sustentar-se numa ditadura capitalista. Para Hardenberg, ele apenas usufrui e "joga o jogo" da sociedade, faz valer as regras que ele não criou. Essas dúvidas são de todos, e o grupo tem consciência da sua dúvida, afinal, "culpado é quem cria a arma ou quem puxa o gatilho?". Assim, lentamente se constrói conscientemente uma situação de incoerência e egoísmo. Essa sensação individualista apresenta-se influente nas atitudes instintivas de ambos os personagens. O egoísmo, na verdade, propõe que o homem busca, de modo basicamente instintivo, a atender primariamente a seus interesses de conforto, não à provocar sofrimento aos demais. Por fim, o que se lê das atitudes é uma sensação puramente individualista de tudo e de ambas as partes. É onde o longa chega em seu ápice interpretativo, nossas atitudes e buscas por justiças sociais são, primeiramente, uma atitude individualista de interesse de justiça social. Ninguém procura mais o bem do outro do que o próprio, e quando isso não se alcança, regressamos em nossos instintos e contentamo-nos no prazer individualista.

 

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As trocas de informações entre o executivo refém e o grupo rende ainda uma surpresa por parte dos dois. À medida que se conhecem e conversam, percebem os por quês de suas atitudes diferenciadas e, mesmo não concordando com a prática, entendem seus ideais e respeitam as diferenças. Mesmo que inconscientemente, forma-se uma estrutura interessante para tentar justificar a situação. O executivo é apresentado como um ex-revolucionário, que atualmente não desfruta de seu vigor e força em prol de causas sociais. Já os rapazes são jovens com energia, incomodados com as percepções incorretas sobre a sociedade e cheios de vontade de mudar. Essas divergências são interessantes pois, além de tudo, a perceptível diferença de idade entre ambos parece querer responder algumas perguntas. Hardenberg já não tem mais ideologias para aventurar-se nessa mudança, e, como se diz, "algumas pessoas nunca mudam". Já era previsto.

O homem tende a entrar nesse ciclo vicioso de insatisfação com o sistema, sua juventude revolucionária é barrada pela comodidade e falta de esperança dos mais velhos, que funcionam como evento paralisador da mudança. Parece que tudo é apenas uma questão de tempo, esperando apenas as forças cessarem para iniciar-se mais uma rotina viciosa a alimentar o sistema que se autodestrói, e quando as forças individuais não se sobressaem às coletivas, é tempo de parar, de aceitar a ineficiência e começar a jornada individual na busca de uma falsa satisfação solitária.

 

Die Fetten Jahre Sind Vorbei (Alemanha, 2004)

Direção: Hans Weingartner

Duração: 127 min

Definindo-o em uma palavra: Idealista.

Nota: 10

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Microsoft diz NÃO ao Exército americano

 

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Em um belo dia, algum comandante do Exército dos EUA teve a brilhante idéia de abandonar os PCs usados pela corporação no treinamento de soldados, e comprar vários Xbox 360. Plano perfeito… só que a Microsoft não gostou, e recusou a proposta.

Primeiramente, o motivo da troca são vários, começando pelo fato que os soldados estão mais familiarizados com consoles. Consoles também são mais baratos que treinamento ao vivo ou sofisticados programas de computador, principalmente para o Exército e o Corpo de Fuzileiros Navais. Se juntarmos que hoje se joga mais em consoles que em PCs - ao menos jogos em seu conceito mais difundido, games hardcore (termo que Eu acho em desuso, mas isso fica pra outra hora) -, não é difícil imaginar porque os militares preferem um hardware dedicado a jogos.

Os militares também preferem o hardware dos consoles, que com seus controles trazendo a função de rastrear movimentos, facilitam a adoção de um treinamento mais eficiente. O Wii, Kinect e PS Move seriam perfeitos para soldados treinarem a mira, bem como agilidade, com a vantagem de não precisarem de complicadas adaptações de acessórios e drives necessários em PCs - palavras do Exército, não minhas.

Mas os planos dos militares foi frustrado. O responsável por comprar equipamentos de treinamento para o Exército americano, Roger Smith, disse que a empresa de Gates/Ballmer recusou a oferta por três motivos [tradução do Gizmodo]:

  • A Microsoft estava com medo de que o exército iria comprar muitos Xbox 360, mas só compraria um jogo para cada um, então a MS não ganharia muito dinheiro com jogos.
  • Uma compra grande por parte de exército iria causar falta de Xbox 360 [no mercado].
  • Se o Xbox virasse um equipamento de treinamento do exército, isso iria manchar a reputação da Microsoft. A Microsoft estava preocupada: "queremos que o Xbox 360 seja visto como tendo o gosto de uma arma? Queremos um pai e uma mãe sabendo que o filho deles está comprando o mesmo console no qual as forças armadas treinam os SEALs e os Rangers?”

Perguntada sobre a questão, a assessoria da empresa disse que desconhecia a conversa de representantes da Microsoft com o Exército, mandou a declaração abaixo:

"[O Exército] Tem múltiplos caminhos para prosseguir na construção de simulações. Podem juntar-se com desenvolvedores profissionais que trabalham no Xbox 360 que têm a experiência necessária para auxiliá-los com o desenvolvimento de uma simulação complexa.

De fato, o Exército fez isso isso com sucesso no passado, trabalhando com editoras como a Ubisoft (America's Army) e THQ (Full Spectrum Warrior). Ou, se o Exército prefere construir uma simulação sem envolver profissionais de desenvolvimento de jogos, a Microsoft também permite que desenvolvedores independentes criem jogos para o Xbox 360 usando a ferramenta XNA Game Studio (…)".

Uma resposta obviamente evasiva e corporativa, que não explica as questões abordadas pelas declarações de Smith - que mostram respostas embasadas, que parecem realmente partidas da Microsoft, principalmente na parte que fala da Microsoft não querer associar a imagem do console a uma arma de fato.

O caso ainda está em aberto, mas o Exército parece que esfriou em sua vontade de encher seus soldados com horas e horas de jogatinas em Xbox 360. Smith diz "ficaria feliz de retomar estas discussões se a Microsoft estiver interessada em vender esses produtos para nossa comunidade, mas nosso entusiasmo inicial esfriou".

 

[Via Danger Room]

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Nu software

 

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Uma empresa de softwares inglesa resolveu dar uma inovada em seus anúncios de vaga de emprego, acrescentando nas letras miúdas “que as funcionárias devem estar dispostas a trabalhar nuas”. A empresa se chama Nude House (e tem um site bem feio, infelizmente) e possui um ambiente de trabalho “aquecido e privado”, para que as programadoras se sintam a vontade em seu expediente.

Chris Taylor, porta-voz da empresa, disse que a “Nude House é dedicada aos naturistas que querem trabalhar a vontade”, e segundo ele, o primeiro local assim da Inglaterra. Mas Chris ressalta que as funcionárias não tem que fazer sexo entre uma linha de código programada e outra, a nudez serve exclusivamente para que elas mantenham seus costumes naturistas até no trabalho.

A idéia é ótima, com certeza. Os homens pensarão menos em bugs se souberem que o software que travou seu PC foi todo programado por mulheres peladas, mas algo me cheira mal: ou essa foto é pura arte (ou antiga), ou a empresa é pobre e não paga bem, com esses monitores CRT gigantes e um celular Siemens A50 na mesa.

 

[Register via Geek]

terça-feira, 12 de abril de 2011

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Wikileaks: governo americano está influenciando mídia brasileira em questões religiosas

 

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(…) Um esforço para difundir a consciência sobre os danos que podem advir de se proibir a difamação das religiões pode render bons dividendos. Grandes veículos de imprensa, como O Estado de S. Paulo e O Globo, além da revista Veja, podem dedicar-se a informar sobre os riscos que podem advir de punir-se quem difame religiões, sobretudo entre a elite do país.

Essa embaixada tem obtido significativo sucesso em implantar entrevistas encomendadas a jornalistas, com altos funcionários do governo dos EUA e intelectuais respeitados. Visitas ao Brasil, de altos funcionários do governo dos EUA seriam excelente oportunidade para pautar a questão para a imprensa brasileira. Outra vez, especialistas e funcionários de outros governos e países que apóiem nossa posição a favor de não se punir quem difame religiões garantiriam importante ímpeto aos nossos esforços. (…)

O excerto acima faz parte de um documento confidencial da embaixada americana no Brasil vazado pelo Wikileaks. Caso não tenha ficado claro, diz respeito a uma tentativa - descrita como bem sucedida - do governo americano de cultivar uma linha de não recriminação contra "difamação de religião", especialmente contra muçulmanos, na imprensa brasileira.

Duas coisas chamam atenção: os veículos citados - Estadão, O Globo e Revista Veja -, e a aparente facilidade da embaixada ao declarar que está obtendo “significativo sucesso” ao influenciar os maiores veículos midiáticos brasileiros.

Em certo trecho do documento é dito que “Ao abordar os mais altos níveis do Ministério de Relações Exteriores, é essencial persuadir o Brasil a mudar seu voto e a trabalhar conosco a favor da “Difamação de Religiões”, até chegarmos a uma solução de conciliação”.

Fica como aviso quando ler coisas relacionadas ao Islamismo, tipo insinuações como ESSA.

 

[Vi o Mundo via Catatau]

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Primeiro caso judicial de Compartilhamento do mundo ainda não terminou

 

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Às vésperas de completar 5 anos, o primeiro caso envolvendo uma acusação judicial contra um(a) compartilhador(a) ainda não terminou de correr nos tribunais americanos. O processo foi aberto em 19 de abril de 2006, e envolve a indústria fonográfica contra Jammie Thomas-Rasset, residente de Minnesota, acusada de compartilhar 24 músicas - de artistas como Aerosmith , Green Day e Guns N 'Roses - no KaZaA.

Na primeira instância, a ré foi multada em US$ 222 mil, sentença proferida em 2007. Mas em 2008, a multa foi anulada por outro julgamento. Em 2009 a treta piorou, com uma multa de US$ 1,92 milhão sentenciada… e anulada em 2010. A má notícia é que a bola de neve aumentou mais ainda, e uma outra sentença foi expedida no mesmo ano, dessa vez de US$ 1,5 milhão. Nesse exato momento, os dois lados discutem se essa sentença milionária é realmente adequada.

A RIAA - com sua cara-de-pau costumeira - argumenta que a indenização é justa, levando-se em conta as violações de direitos autorais cometidas no crime, e afirma que Jamie parte de uma "violação onipresente praticado por milhões de usuários de peer-to-peer". O problema é que a organização se embola na hora de fundamentar a acusação, dizendo que "se é difícil escolher o dano específico causado pela ré, é só porque a natureza da tecnologia usada dificulta a identificação do crime".

A defesa, por sua vez, afirma que o processo viola a Constituição, e que Jamie “obteve as músicas através de milhares de usuários do serviço de compartilhamento”, e diz que ela está sendo usada de bode expiatório - o que me parece bem lógico -, já que a RIAA viu a impossibilidade de abrir uma ação coletiva, o que as gravadoras negam veementemente.

Para se ter uma idéia, o caso se arrasta há tanto tempo que a RIAA atualmente já mudou de estratégia e desistiu de abrir casos como esse, vendo a inutilidade deles. A organização não revela, mas analistas afirmam que os gastos das gravadoras envolvidas com advogados e declarações já ultrapassou (e muito) a indenização exigida.

Já Jamie disse em entrevista recente que o caso está esgotando seus recursos financeiros e minando sua resistência psicológica, graças a incontáveis audiências e depoimentos prestados, havendo um risco real que ela vá a falência.

 

Mais detalhes do caso, em inglês na Wikipedia.

[Via Ars Technica]

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Russos mostram fotos que parecem de uma “outra Terra”

 

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Os nossos amigos russos da Agência Espacial Federal Russa divulgaram essa bela imagem da Terra, que parece um tanto quanto diferente de imagens feitas pela NASA até hoje. As fotos foram tiradas pelo novíssimo satélite meteorológico Elektro-L, que praticamente uma volta  dos russos a corrida espacial com força total.

Com módicos 1620 kg lançados dia 20 de janeiro, o Elektro-L está numa órbita geoestacionária de 36.000 km em relação a linha do Equador. Segundo o Gizmodo:

No caso do Elektro-L, a carga é uma câmera de resolução “um quilômetro por pixel” para o espectro visível e “quatro quilômetros por pixel” para infravermelho. A nave envia imagens a cada 30 minutos, usando uma conexão de 2,56 a 16,36 Mbits por segundo com o comando terrestre. Em caso de emergência, segundo a agência, eles podem aumentar a frequência para uma imagem a cada 10 minutos.

A primeira coisa que salta aos olhos na imagem é a resolução, aparentemente muito maior do que as imagens divulgadas pelos americanos da NASA (tipo ESSA), o que torna o resultado mais, digamos, palpável. Bom, os americanos logo se apressaram e mandaram um “não é bem assim”, como relata o cientista Robert Simmon:

O Elektro-L é um satélite russo similar ao GOES (que fornece as imagens de nuvens em looping que vemos no noticiário toda noite). As imagens publicadas são uma combinação das larguras de onda visível e próximas de infravermelho, então elas mostram a Terra de um modo não visível ao olho humano (a vegetação fica vermelha, por exemplo). Não são melhores nem piores que as imagens da NASA, mas mostram coisas diferentes.

A questão por trás dessas diferenças envolve espectros de onda de diferentes largura emitidas pela Terra no espaço, o que impede de classificar (segundo os americanos) qualquer das duas imagens de “mais real”.

Só sei que, independente dessas questões, a Terra é bem mais bonita vista de fora.

 

[Mais detalhes no Gizmodo]

segunda-feira, 11 de abril de 2011

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E a segurança dos arquivos RAW pode ter sido passada pra trás

 

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Uma coisa básica que quem saca um pouco mais de fotografia conhece é o arquivo RAW. Apesar da pretensa segurança, o arquivo é pouco usado graças ao seu tamanho imenso e a dificuldade de manipulação. Mas, por via de regra, o arquivo é difundido pela sua segurança, sendo inclusive usado como prova jurídica. É como um negativo digital, que de quebra ainda possui muito mais qualidade visual. Pois bem, parece que o fator segurança já não pode ser considerado… ou ao menos deve-se manter um pé atrás quando se cita isso.

Aparentemente, a empresa russa ElcomSoft descobriu uma maneira de passar por cima da segurança dos arquivos RAW dos aparelhos Canon. O resultado disso é manipular arquivos RAW que podem se passar por originais, como as duas acima, interessantes e contraditórias.

Até agora a ousadia da ElcomSoft não abalou o mundo da forma que se esperava, já que uma série de coisas dependem da autenticidade do RAW, desde concursos de fotografia a julgamentos. Mesmo com mudanças na codificação RAW da Canon, uma série de modelos passados ficam com sua segurança comprometida, dependendo de uma obrigatória troca de firmware, creio Eu, ainda mais se levarmos em conta que o Canon Original Data Security Kit é vendido como o pacote de segurança mais seguro do mundo das máquinas fotográficas. Se levarmos em conta a teoria evolucionária dos Campos Morfogenéticos de Rupert Sheldrake (que a história da ciência corrobora, vide os montes de Prêmios Nobel conjuntos, ganho por cientistas que trabalharam a milhares de quilômetros um do outro), logo veremos outras empresas quebrando outros códigos RAW.

Também pudera, a ElcomSoft é uma empresa especializada em quebrar sistemas, decifrar criptografias e todas essas coisas divertidas que tomam um tempo dos infernos para serem completadas.

 

[Via MeioBit]

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Hackeando o Facebook em nome da Arte

 

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Com as facilidades que os apps para Twitter, Google e Facebook trouxeram, simples cliques permitem que aplicativos externos se conectem a API da página e acesse dados de sua conta… às vezes perigosamente. Com essa facilidade vem o engano da segurança. Hoje é cada vez mais difícil saber o que é seguro ou não (Segurança na internet é sinônimo de menos risco), e na dúvida as pessoas prosseguem, às vezes colocando em risco suas contas nesses sites por besteiras sem tamanho.

Os artistas Paolo Cirio e Alessandro Ludovico resolveram se aproveitar dessa facilidade na manipulação de dados, e através de uma série de hacks embutidos em apps para o Google, Amazon e Facebook, jogaram na cara dessas corporações como a segurança delas é falha. Com o  Google Will Eat Itself eles roubaram dados através de cliques no AdSense, e com o Amazon Noir cataram ebooks inteiros e distribuíram em PDF. Os métodos me lembram um pouco as loucuras feitas pela dupla Yes Men, mas no mundo digital.

Agora eles lançaram o Face to Facebook, que como vocês devem estar imaginando, roubou 1 milhão de perfis na rede social do Zuckerberg. Após o roubo, eles filtraram os rostos da galera usando um software e postaram tudo num site de relacionamento inventado por eles. Creio que isso seja uma referência ao início do filme A Rede Social, onde Mark faz uma manobra bem parecida na criação do Facebook. Os projetos fazem parte da trilogia The Hacking Monopolism Trilogy, que tem o objetivo de “virar os dados e informações roubados contra as respectivas corporações”.

Os próprios criadores descrevem o projeto:

Em uma tentativa de liberar dados pessoais que são tratados com propriedade exclusiva do Facebook, passamos alguns meses baixando informações públicas de um milhão de perfis (inclusive fotos). Submergir na base de dados resultante foi uma experiência alucinante, já que mergulhamos em centenas de milhares de fotos de perfil e acabamos intoxicados com os sorrisos inacabáveis, olhares e as comuns expressões de soslaio.

Nossa missão era dar um novo lugar a essas identidades virtuais, quebrando as limitações do Facebook e suas regras chatas. Então estabelecemos um novo site (lovely‐faces.com) para dar a eles a possibilidade de ficarem face a face com alguém que se interesse por suas expressões faciais e dados relacionados.

Os autores ainda fizeram uma exposição física de sua obra de arte em Berlim, no Transmediale.11.

 

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[Via Creators Project]

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Christopher Poole comenta sobre possível sucessor do 4Chan

 

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Durante o evento indie South by Southwest (SXSW), o criador do 4Chan e homem mais influente do mundo, Christopher Poole, fez comentários sobre seu atual projeto chamado canv.as, que mais parece uma versão 2.0 do 4Chan - o que é ótimo. O canv.as permitirá que seus usuários postem imagens e que outros o modifiquem e repostem… criando basicamente uma fábrica de memes bem promissora. Como melhoria futura está o fato de que a plataforma permitirá que seja postado áudio e vídeo.

 "É o mais puro entretenimento da internet. As pessoas simplesmente passam tempo navegando, isso é um hobby para muita gente", comentou Poole entusiasmado. Ele também acrescenta que “o anonimato prosseguirá, mas a moderação será mais rígida” do que o modelo anarquista ao extremo do 4Chan, que atualmente recebe 12 milhões de visitas diariamente e mais de 800 mil posts.

Para isso, Poole (ou Moot, seu nick) já recebeu US$ 625 mil de investimentos, com acionistas do naipe de Ron Conway, um dos primeiros investidores do Google; Kenneth Lerer, fundador do The Huffington Post; e Joshua Schachter, criador do site de bookmarks Del.icio.us.

Vem coisa boa por aí!

 

[Via Olhar Digital]

sexta-feira, 8 de abril de 2011

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[Pipoca e Nanquim] Mangás parte 2

Por Pipoca e Nanquim 

 

65-Mangás: Parte 2 - Pipoca e Nanquim - Cinema e HQs por pipocaenanquim no Videolog.tv.

Oi! Tudo beleza ai com vocês?

Essa semana continuamos o agradabilíssimo papo com o otaku Mauríco “Zathura” Vasconcelos, iniciado na semana passada (O que? ainda não viu? Putz que vacilo, clique AQUI!). Já que  semana passada fizemos uma boa introdução ao tema, contando o início da publicação de mangás no Brasil até a febre dos dias de hoje, nessa segunda parte começamos direto nas indicações. Mais uma vez, fugimos dos medalhões (Dragon Ball, Cavaleiros do Zodíaco, Naruto, Bleach e outros super conhecidos) e nos concentramos em obras maravilhosas e menos difundidas por aqui.

Relembrem com a gente o delicioso humor de Love Hina, surpreendam-se com a qualidade narrativa de Monster, caiam babando em cima da arte de Appleseed, vejam o que é um vampiro de verdade em Hellsing, enfim, muitas e muitas dicas hoje!

Alguém ai já leu ou assistiu Death Note?? Queremos saber nos comentários o que fariam caso pusessem as mãos no tal caderno.

Abraço a todos!

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Os Trolls

Por Sayron Schmidt, do World RPG Fest

 

Como dito no artigo passado, fiquei devendo esse texto para apresentar o meu conceito sobre trolls, que e para mim é um grande problema que assola a internet hoje. Na verdade, esse texto teve forte influencia de dois tweets, um foi o retweet do amigo @rodolphozippo de uma frase do @erico_borgo:

 

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LINK

E um tweet que soltei logo depois:

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LINK

A partir dai, desenvolvi uma teoria sobre os trolls, pois o termo ficou tão genérico quanto o termo blogueiro.

Qualquer um é ou pode ser, desde que preencha certos requisitos. No primeiro caso, critique uma opinião (assim como nosso amigo @VozdoAlem com o GRANDE @cardoso nesse texto aqui, onde foi, pessoalmente, chamado de “troll” por ele!), apresente a sua e pronto: você é um troll, simples não? E não adianta você ter bons argumentos e tentar usar toda a dialética que pessoas civilizadas utilizariam para ter uma discussão saudável e com um alto nível de conhecimento, eles vão te atacar, agredir verbalmente e, por fim, tentarão, de alguma forma, humilhá-los frente aos espectadores (seguidores!) ávidos por sangue.

Como o Érico Borgo citou em seu tweet, “a internet está formando uma geração de frescos”, que, além de não aceitarem brincadeiras ou qualquer coisa do gênero, ainda se acham os senhores da verdade absoluta e que qualquer outro ser mortal que venha contrapor suas teorias maquiavélicas estará errado, e com isso hordas de soldadinhos (que nada são além disso!) lhes atacarão sem ao menos lerem o que vocês escreveram, porque seu deus assim designou.

Profundo? Ainda não. Podemos ir mais.

Pessoas com egos inflados, mas sem segurança alguma sobre o que falam ou escrevem, são os deuses da verdade no mundo da internet. E não significa que escrever, seja lá quantos livros, vai indicar que você escreve bem, pois veja quantos livros péssimos existem por aí,  foram publicados e ainda permanecem a venda.

Agora pensem no futuro, daqui uns 10 ou 20 anos, teremos uma geração que aprendeu a ser um ser supremo, ficando em seus quartos e escrevendo como se não houvesse amanhã, sendo os gestores de empresas, líderes, mafiosos ou políticos. Teremos um bando de adultos mimados e que não sabem (e não aceitam.) qualquer tipo de crítica ou ajuda. Como eles lidarão com seus funcionários? Como será que vão tratar os clientes e fornecedores?

“Amigo, não gostei da sua opinião, passe no RH e *BANG, está bloquea...quer dizer, demitido!”

Puta merda né?

Fora que só sobreviverão aqueles que bajularão, vulgo puxa-sacos, e isso irá acabar com qualquer possibilidade de continuidade da existência humana. Exagero meu? Pensem em vários seres desse nível gerindo um país, que já não é grande coisa, como o Brasil. Se estamos na merda hoje, pensem em como será daqui a alguns anos!

Pensem neles comandando o exército, a policia ou a padaria da esquina. Imaginem eles formando mais e mais igrejas e blogs, criando a cada dia mais “fiéis”.

Que lugar chato seria.

Você interpõe recurso de uma multa, *BANG, fica sem carteira de motorista e nunca mais poderá tirá-la novamente. Você acusa policiais de abuso de autoridade, literalmente *BANG, você está morto. Você discorda do diagnóstico do médico, *BANG, ele não fará seu tratamento.

E isso é só alguns exemplos. Por isso amigos, fiquem orgulhosos em serem chamados de trolls, ao invés de algo pejorativo o considero como um elogio, significa ter opinião própria e estar aberto a novas possibilidades e não apenas ficar fechado em um mundinho estupido.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

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Steve Jobs é ‘tio espiritual’ de Homer Simpson

 

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O fato é estranho, mas é verossímil.

Como talvez vocês saibam (não era meu caso), Steve Jobs foi colocado pra adoção, sendo seus verdadeiros pais Joanne Carole Schieble e Abdulfattah Jandali, que não eram casados na época e acharam que não conseguiriam criar o filho. Anos mais tarde, já casados, eles tiveram outra criança, Mona Jandali. Mas, Adbulfattah se separou da família quando Mona tinha cinco anos, Joane casou de novo e a filha (Mona) decidiu usar o sobrenome do padrasto, Simpson.

Quando mais velha, Mona cresceu e tornou-se uma escritora de sucesso, com vários romances lançados. Nos anos 1980, ela se casou com Richard Appel, também escritor e produtor que trabalhou no seriado Os Simpsons, batizando a mãe de Homer com o nome da esposa.

Resumindo: Steve Jobs é o irmão biológico da inspiração da mãe de Homer. Ou, o tio dele - em outra categoria de realidade.

Pode falar agora que esse é o post com a cultura inútil mais divertida que já fizemos.

 

[Via Cult of Mac]

Avatar FiliPêra

Onde estão os vilões do mundo, segundo os games

O site Complex fez um levantamento para descobrir de onde saem os maiores vilões do mundo dos FPS recentes - gênero na moda, e (escrevam) com um breve e seguro declínio. Como logo se pode perceber, os países que mais produzem vilões são comunistas, ex-comunistas e países de Terceiro Mundo. Resumindo: tá na hora de alguém mostrar a esses caras que clichês existem para serem quebrados. A única exceção é a Alemanha, que apareceu como vilã em jogos da II Guerra.

Claro que o mapa é meio tendencioso - até para evitar spoilers, como seria caso revelasse que os verdadeiros vilões de Modern Warfare 2 são americanos - e com um número limitado de jogos, mas creio ser possível captar um padrão aí.

 

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[Complex via Kotaku]

quarta-feira, 6 de abril de 2011

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Flickr censura imagens que mostram a identidade de oficiais de inteligência egípcios

 

Mohamed Safwat 04

Uma das fotos reveladas

Hossam el-Hamalawy, fotógrafo egípcio que ficou famoso recentemente ao tirar uma multidão de fotos sobre as revoltas no Egito, durante a invasão a Nasr City encontrou dois DVDs com arquivos que revelavam os rostos e nomes dos principais oficiais da Amn Al-Dawla, serviço de segurança do país, envolvido em torturas, assassinatos e outras coisas nada louváveis (como é comum em todos os serviços de segurança… eles não são secretos à toa). Ele então upou na sua conta do Flickr e as colocou em seu blog.

Mas o povo do Flickr aparentemente não gostou muito do seu conteúdo e se esforçou para enquadrar a foto em alguma infração para tira-las do ar. Restou então a batida “apropriação e uso de material alheio, sem os devidos direitos de imagem”, que foi o suficiente para a direção do serviço de compartilhamento de fotos deleta-las, sem direito a choro. Mas Hossam, logicamente, achou um outro meio de expô-las ao mundo e colocou quase tudo pra baixar no Ge.tt, argumentando que mesmo tendo realmente achado as imagens, a importância da divulgação delas se colocava muitíssimo acima de qualquer propriedade intelectual.

O caso mostra como são diferentes as revoltas de cunho popular, e a de cunho elitista. Enquanto os arquivos da ditadura brasileira permanecem trancadas, constituindo-se praticamente um tabu - mesmo com o país sendo governado há nove anos por esquerdistas perseguidos pelos ditadores -, no Egito, as atrocidades vão sendo expostas, aos poucos, mesmo com corporações americanas se esforçando pra esconder isso.

 

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[Via CrunchGear]

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Porn Wikileaks - o nome já diz tudo

 

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Admito que caço notícias só pra colocar fotos do meu amor platônico Faye Reagan aqui

E Julian Assange já começa a influenciar gente bem estranha e com intenções mais estranhas ainda. O mais novo representante dessa lista é o(s) criadores do Porn Wikileaks, versão-pornô-tosca do site WikiLeaks, que abalou as estruturas dos serviços de inteligência dos mais variados estados nos últimos meses.

O site, criado em dezembro do ano passado, se propõe a expor diversos segredos dos bastidores do mundo pornô. Ele até se esforça, mas ainda não fez grande coisa, e a lentidão associada a interface feiosa não ajudam. Mas a importância das informações começa a aumentar. Recentemente, dados de exames de DST de 12 mil atores pornôs americanos vazaram no site, e revelam um certo descaso por parte dos estúdios em tomar medidas preventivas frente aos resultados dos exames. Os dados viriam de uma fonte interna da AIM Medical Associates, empresa que faz os exames de rotina nos atores, e já está investigando o vazamento.

Outro dado importante (para a imagem do site, porque não creio que seja importante pra alguém fora do mundo pornô) é uma lista de atores gays que são listados como heteros para não serem incluídos na lista de “atores com alto risco de HIV”. Além disso, o site tem informações sobre nomes reais e alguns endereços de atores pornôs.

A navegação do site é bem tosca - mas já tem um banner pedindo doações lá - e as ações dele já suscitam discussões acerca do interesse público de tais informações específicas de uma indústria. Mesmo as informações mais sensíveis (as sobre HIV), na opinião dos que são contra a divulgação do site, não afetariam o público em si, mas somente membros da Indústria pornô, o que tornaria o site de um oportunismo de extremo mal gosto.

Eu sinceramente concordo, não sou do tipo que acha que toda a informação deva ser publicada, ainda mais essas que afetam diretamente a imagem de profissionais que só trabalham para o bem-estar alheio (risos).

 

[NBC via INFO] O link foi do comparsa Torto


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