Se você é um dos que usam Twitter, sabe que um a das funções da rede (ou sei lá o que é aquilo) é a reclamação. Hoje, com falhas no Gmail, não foi diferente. A reclamação foi geral, como era de se esperar. Quem tentava acessar sua caixa de entrada de emails do Google, iria para uma página que informava que o serviço passava por instabilidades e estava indisponível para vários usuários. O bizarro é que essa hecatombe reclamatória toda ocorreu em tempos de web 2.0, em que nossa vida online transcende, e muito, apenas nossa caixa de emails. Hoje temos diversas ferramentas de socialização, que tornam meio antiquado o uso de emails para vários casos.
Além de expor a nossa dependência de uma única empresa, esse fato reacende (ao menos para mim) conceitos que sempre falo sobre computação na nuvem: é legal? É, mas é perigoso, e deve ser usada com moderação.
É uma maravilha que nossas coisas estejam nos servidores seguros de empresas muito respeitáveis da internet, como o Google, mas eles falham, e nós não podemos fazer nada. Basicamente a computação na nuvem prega (em voz alta) que todos nossos aplicativos importantes e menos pesados podem ser transferidos para similares, que rodem em servidores de empresas especialistas nisso. Basicamente é como abandonar seu Word e passar a usar Google Docs.
Para mim isso parece ilógico, já que hoje processamento, memória e HD são muitíssimo menos dispendiosos que conexões com a internet. Fora que falhas no seu HD podem ser revertidos, o que não posso afirmar de problemas em serviços web, que em sua maioria são beta e grátis.
Ao ouvir cloud computing minha paranóia apita também, afinal diversas coisas importantes nossas ficam guardadas em servidores… que estão sempre sujeitos a perda de dados, falhas nos complexos códigos que mantém tudo funcionando, ou picos de energia, incêndios e tudo o mais. Muitos dizem que sou mané, mas confio mais no meu HD, onde todos os dados estão atualizados e todos a mão para o bom e velho backup.
Casos de falhas em serviços considerados seguros já viraram folclore. Quem nunca ouviu falar de perda de fotos no Flickr, as próprias falhas no Gmail ou exposição de dados no Twitter? E isso com a cloud apenas em sua fase de implantação.
Por isso, com o tempo, passei a tomar medidas para evitar esse tipo de situação. As principais são com relação aos emails e meus textos no NSN. Antes tinha a rotina de escrever artigos importantes no Google Docs, e só depois de pronto passa-lo para o Live Writer. Isso se deve principalmente ao fato de escrever de vários computadores e limitar meus textos a um só, se mostrou um problema. Mesmo com o Docs nunca falhando, usei uma solução melhor: o Evernote. Basicamente ele tem a vantagem de sincronizar o que você faz usando o site dele, com o aplicativo instalado no seu PC, deixando tudo em segurança. Quando formatei minha máquina, não necessitei de backups de nada do Evernote, já que quando terminei de reinstala-lo, ele re-sincronizou tudo e foi como se nunca tivesse o desinstalado.
Outro aplicativo louvável, e que passei a usar em definitivo faz pouco tempo (graças ao fanboyzismo, às vezes, útil do FiliPêra) é o Opera, que ontem ganhou sua décima versão. Ele basicamente traz o melhor do dois mundos, tanto online, quanto offline: sincroniza praticamente tudo, e isso é ótimo.
Ele armazena online coisas como histórico, seus favoritos e feeds, deixando você livre para sincronizar diversos Operas que você use, bastando logar na sua conta. Ao ter que formatar a sua máquina o processo é o mesmo do Evernote: basta alguns segundos e seu navegador é praticamente o mesmo de antes.
Fora que ele tem o Opera Mail, que resolve momentos de crise como o de hoje. É bastante simples configura-lo, bastando você habilitar IMAP ao seu email, e colocar nome e senha da sua conta no navegador. Em segundos todos os seus emails estarão na sua máquina, ficando totalmente offline após a primeira leitura. E tudo integrado ao navegador, que avisa com uma plaquinha (não a Vani, como diria a Jenny Taylor) quando tem mensagem nova.
Com medidas simples como essa, você somente irá rir de chorões reclamando de quedas do Gmail, assim como eu fiz…
7 Comentaram...
O negócio é fazer como Mino Carta fazia em seu blog: datilografava os posts em sua Olivetti antes de manda-los para o blog. Isso sim é redundância de backup.
Eu uso muito o gmail e não acho obsoleto o uso de e-mail, principalmente no meu trabalho. Falo com muita gente por e-mail ainda.
É, não podemos simplesmente ficar na dependência dos serviços na internet. Todos meus arquivos importantes estão no pc, se eu precisar me locomover para outro, o pen drive e o dvd-r dão conta do recado.
O gmail da problema na mesma quantidade que um hd.
Ri da galera também. Onde moro o Google nunca deu problema em nenhum dos seus serviços.
Cara, sofri com esse problema ontem (precisei de uns dados que tenho guardados no Gmail) no então esse é um problema que tanto pode ocorrer em seu HD quanto nesses programas que gerenciam e-mails. Antigamente usava o Thunderbird com o Yahoo e desisti depois que esse também deu pau e parou de atualizar novos e-mails.
Ou seja, não dá pra confiar 100% em nada!!!
Não uso o gmail, na verdade não uso o google para nada além de buscas. Sou muito desconfiado dessa comunidade de informação.Nuvem pra mim, nem pensar.Só confio em mim mesmo e no meu hd. Meu navegador principal é o Safari, uso o opera como alternativa, mas de fato, quanto mais eu uso o opera, mais eu gosto. Só não entendo o que aconteceu com a instalação do Unite, que sumiu do meu opera.
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