Obra de Artur Omar - Premiado na 8ª edição do Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia
Prêmios são coisas legais que todos gostam de ganhar, afinal todos gostam de receber o devido reconhecimento por um trabalho bem feito. Se não for o Prêmio de Maior Mico do Bairro melhor ainda… E o Brasil carece de prêmios legais. Eu mesmo conheço poucos, e se tirarmos o bizarro e retrógrado Troféu Imprensa, não fica nada muito significativo (tá bom, apelei, mas é por aí).
E desde que bati os olhos no release enviado ao NSN com informações sobre o Prêmio Sergio Motta, vi que ele se encaixa fácil na descrição de premiações cool. Basicamente o Sergio Motta é um prêmio dedicado a cultura, arte e tecnologia (então, esqueça coisas como VMB e Prêmio Brasil de Medicina), está na sua oitava edição no momento, e integra um conjunto de ações do Instituto que dá nome ao prêmio.
Com diretoria artística da pesquisadora, curadora e artista Giselle Beiguelman, o Prêmio Sergio Motta se dirige a criadores que trabalham na confluência de arte, ciência e tecnologia. Em quase dez anos, contemplou mais de 50 artistas e distribuiu R$ 1 milhão em prêmios.
Esse ano o critério para seleção privilegiou os artistas que vislumbraram de forma interessante o uso da tecnologia e a sua democratização na sociedade. O Júri da premiação foi composto de críticos de arte, professores da área tecnológica, e até artistas (como Fernanda Takai).
A entrega do prêmio será nos dias 3 e 4 de novembro, durante o Fórum A&T | Perspectivas Críticas em Arte e Tecnologia, em São Paulo.
Abaixo vão algumas informações sobre os ganhadores, bem como links para suas obras - afinal, é sempre bom conhecer novos artistas brasileiros!
Prêmio Hors Concours
Carlos Fadon Vicente (São Paulo, 1945)
Arte eletrônica e fotografia são as vertentes de pesquisa e criação do artista, que começou criando ensaios fotográficos sobre a paisagem urbana, na década de 70, e foi pioneiro no uso da computação gráfica como sistema de construção e manipulação de imagens, nos anos 80.
Categoria Meio de Carreira
Prêmio 1
Arthur Omar (Poços de Caldas, MG, 1948)
Formado em antropologia e etnografia, desenvolveu novos métodos de antropologia visual em documentários epistemológicos, instalações e livros em que trata de temas como Carnaval, Amazônia e manifestações religiosas no Afeganistão.
Prêmio 2
Gisela Motta e Leandro Lima (São Paulo, 1976)
Experimentações com a percepção tempo-espaço e conflitos que surgem não apenas da transição real-digital como do próprio processo de criação em conjunto marcam as propostas da dupla de artistas, que trabalha sobretudo com vídeo e meios eletrônicos.
Prêmio 3
Rejane Cantoni (São Paulo, 1959)
As limitações técnicas no processo de tradução de pensamentos desafiam a artista. Pós-doutora em Cinema, Rádio e Televisão pela USP e mestre em Visualização e Comunicação Infográficas pela Universidade de Genebra, ela vem se dedicando a experimentar com interfaces áudio-tátil-visuais.
Prêmio 4, dividido entre os artistas:
Camila Sposati (São Paulo, 1972)
A energia é o combustível do trabalho da artista, mestre em Belas Artes pela Goldsmiths College of London, pós-graduada em fotografia pelo Centro di Ricerca de la Fotografia em Pordenone, Itália, e formada em história pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC).
Fernando Velázquez (Montevidéu, 1970)
Estruturas invisíveis do cotidiano ganham forma em pintura, instalação, objeto, vídeo e programações off-line e online pelas mãos do artista uruguaio, que vive no Brasil desde 1997.
Categoria Início de Carreira
Prêmio 1
Fernando Rabelo (Belo Horizonte, 1975)
Animação, ilustração, projetos educativos, instalação, intervenção e vídeo se articulam na obra do artista, que gosta de recriar possibilidades tecnológicas de forma propositiva e irônica.
Prêmio 2
Jarbas Jácome (Natal, 1982)
Compositor, guitarrista, programador e pesquisador, mestre em ciência da computação pelo Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco, usa linguagens de computação para expôr os limites da representação no mundo digital.
2 Comentaram...
UM monte de porcaria moderninha, isso é arte de fã de Radiohead-morde-fronha-que-anda-de-allstar-e-passa-o-dia-no-twitter, estão jogando dinheiro fora.
Prefiro o grafitti selvagem da zona leste.
Eita! Discordo completamente com o tal Mauro Tavares, qualquer pessoa que tenha a mínima sencibilidade artística (e isso inclui conan o bárbaro, Átila o ulno,Hagar o horrível entre outros)sabe admirar a arte presente nessas obras e mesmo que o estilo não o agrade o respeito é fundamental. Não me fodo preo seu grafitti selvagem ams respeito, pois tem uns poucos que sabem o qeu estão fazendo e não fazem uso de seu talento pra fazer merda como a maioria dos caras que acha que a arte moderna é um monte de porcaria moderninha.
Postar um comentário
Mostre que é nerd e faça um comentário inteligente!
-Spams e links não relacionados ao assunto do post serão deletados;
-Caso queira deixar a URL do seu blog comente no modo OpenID (coloque a URL correta);
-Ataques pessoais de qualquer espécie não serão tolerados.
-Comentários não são para pedir parceria. Nos mande um email, caso essa seja sua intenção. Comentários pedindo parcerias serão deletados.
-Não são permitidos comentários anônimos.