Por Luke*
Vilões são geralmente tão conhecidos quanto heróis, afinal de contas, eles são a outra parte da história. O outro lado da moeda. O outro gume da faca. Tidos como “ruins”, “malfeitores”, a maioria destes antagonistas destacou traços de sua personalidade que marcaram o público. A presença assustadora de Freddy Krueger, pronto para invadir seus sonhos, a dialética plenamente convincente e sedutora de Al Pacino em O Advogado do Diabo, a onipotência de Darth Vader… Até em animações os vilões são lembrados. São poucos aqueles que não se deliciam com o cinismo apresentado por Jeremy Irons para encarnar Scar, em O Rei Leão.
Todos esses vilões – e a maioria de todos eles – tem algo em comum: uma motivação. Seja por uma série de traumas, por dinheiro, por poder; todas suas ‘maldades’ são feitas em prol de um objetivo que lhes interessa. Como, então, combater um inimigo que não tem objetivo algum, senão a auto-destruição? Depois desta breve introdução, senhoras e senhores, convido-lhes a discorrer sobre aquele que, para mim, caracteriza um dos melhores vilões de todos os tempos – seja nas HQs ou no cinema: o Coringa.
Segure-se, leitor(a), e… Why so serious?
Batman: A Piada Mortal
Aviso: Deste ponto em diante, o artigo está sujeito a spoilers. Se você não leu A Piada Mortal, recomendo que compre uma edição ou simplesmente baixe da internet; esta não é simplesmente uma história em quadrinhos. É uma obra prima. O faça antes ou depois dessa leitura. Considerem-se avisados.
Nessa, que é considerada uma das melhores histórias em quadrinhos de todos os tempos, o Coringa foge do Asilo Arkham e decide mostrar ao Homem-Morcego que basta um dia ruim para que uma pessoa normal enlouqueça. E ele decide testar essa hipótese justamente no Comissário Gordon. O Coringa vai até a casa dele, e atira em sua filha – Bárbara Gordon, até então a Batgirl. Em seguida, nos é sugerido de maneira subjetiva que ele a violenta sexualmente, documentando o ocorrido em fotografias.
Gordon é levado até um parque de diversões, torturado psicologicamente pelo Coringa que chega a colocá-lo em uma montanha russa, exibindo durante o percurso as fotos que tirou da própria filha de Jim. Quando Batman chega, encontra Gordon miraculosamente são. Ele decide, então, ir atrás do Coringa, para captura-lo.
A história termina de uma maneira genial: o Coringa conta uma piada sobre dois loucos que desejavam fugir do manicômio; eles sobem no telhado da instituição e vêem outro prédio próximo. Um deles pula, e consegue escapar. O outro, porém, fica com medo de cair. Seu amigo diz: “Ei! Eu tenho uma lanterna aqui. Vamos fazer assim: Eu a ligo, e você vem até aqui caminhando pelo facho de luz”. No que o outro responde, depois de balançar negativamente a cabeça: “Eu não! Acha que eu sou louco? Você vai desligar a lanterna no meio do caminho!”.
O Coringa começa a rir. Batman começa a rir. Os dois se aproximam, rindo muito… E a história acaba. Isto coloca em xeque toda a credibilidade do Homem-Morcego. Esse final genial, criado por Alan Moore, nos faz pensar: Batman é um herói, sim. Ele luta pelo crime. Mas é tão louco quanto o Coringa… afinal de contas, o homem veste uma fantasia de morcego e sai por aí combatendo marginais. Será que ele e o seu arque-inimigo são tão diferentes assim?
Essa questão é levantada no filme que, para mim, é o melhor de 2008. Numa das melhores adaptações de super-herói para a tela do cinema (na minha opinião, perdendo apenas para Watchmen). O filme imortalizou Heath Ledger e enterrou de vez os videoclipes de Joel Schumacher (que eu me recuso a sequer proferir os títulos). Falaremos, a seguir, de: Batman: O Cavaleiro das Trevas. E o melhor Coringa de todos os tempos.
Batman sempre esteve acostumado a lidar com bandidos. Mafiosos. Pessoas que, por algum evento ou série de acontecimentos, só deseja – e só quer fazer – o mal à todos. Para eles, basta alguns socos e o Asilo Arkham – ou a cadeia.
No final de Batman Begins, porém, o Comissário Gordon entregou uma carta para Batman que fez todos os fãs ficarem com a sobrancelha erguida e o coração acelerado: a carta do Coringa. Durante anos, ficamos com a eterna dúvida: Seria outro fiasco à la Joel Schumacher, ou dessa vez teríamos o filme de ação definitivo? Afinal de contas, se em Begins – que conseguiu, com maestria, contar a história do Batman – já tivemos alguns vilões… seria essa a hora de meter o pé na porta, para cravar à ferro e fogo o “filme definitivo e insuperável do homem-morcego”?
Graças à Deus, para todos os fãs de cinema… Sim. E, como fã, não digo que a atuação de Christian Bale foi excepcional. Tiro aqui meu chapéu para Gary Oldman, Morgan Freeman e Michael Caine. Tiro todos os meus valores morais e possibilidades de respeito, porém, para apenas um ator: Heath Ledger. Heath Ledger fez o que, por muito tempo, soou como dúvida para fãs e críticos. Fez algo inimaginável. Indescritível. Insuperável. Heath Ledger nos trouxe o mesmo Coringa maníaco que pudemos observar em A Piada Mortal. Duvidam? Mergulhemos uma vez mais, então.
Pulemos para a cena do interrogatório (o que é uma lástima, pois eu adoraria comentar a mágica do lápis, mas…): o Coringa foi preso. Está na sala de interrogatório. Comissário Gordon entra lá e é recebido com um educado “Boa noite, Comissário” (dito de uma maneira tão macabra que me faria, no lugar do Comissário, dar um “boa noite” de volta e sair dali naquele instante). Apesar das perguntas de Gordon, o Coringa mantém-se irrefutável. Cínico. Medonho. O Comissário sai de cena e, nesse instante, se inicia um dos meus momentos favoritos do filme. Batman e o Coringa, frente a frente.
Bruce está nervoso. Quer respostas. Quer agilidade. O Coringa parece desfrutar, com prazer, de cada instante perto do Batman. O humor frio e real não vai embora. Enquanto Batman mantém-se direto e rápido, o Coringa analisa a situação como um todo. Mostrar-lhes-ei um pedaço desse diálogo; um dos diálogos que me lembraram muito de A Piada Mortal:
- Por que você quer me matar?
- AhAhAHAHAhA! Eu não quero matá-lo! O que eu faria sem você? Voltar a roubar mafiosos? Não, não… Você… Você me completa.
Batman não passa do criador do Coringa. Se o homem vestido de morcego não existisse, o palhaço não existiria também. Talvez ele não aparecesse em Gotham. Se no filme a única exigência do Coringa é que o Batman revele sua verdadeira identidade… se ele não existisse, em primeiro lugar, nada disso aconteceria. Se este morresse, à essa altura do campeonato, nada mais faria sentido para o palhaço.
A cena que se segue mostra o Coringa denotando sua primeira faceta anarquista: ele deseja que Batman quebre sua única regra, que consiste em não matar. Para encerrar esta cena, irei apenas ressaltar seu grand finale: após revelar que Rachel também foi seqüestrada, Bruce perde a paciência e começa a agredir mais seriamente o Coringa. Ele ri. Ri gostosamente, enquanto tenta explicar que o Homem-Morcego terá que escolher apenas uma vida para salvar. Ao levar outro soco, ele ri de uma maneira que arrepia o espectador. Uma das minhas frases favoritas de todo o filme:
-Você não tem nada… Nada que possa usar para me ameaçar. Nada a fazer com toda sua força.
Batman decide ir buscar Rachel. Gordon vai atrás de Dent. Os lugares, como vocês sabem, foram dados em sua ordem contrária pelo Coringa. Agora, porém, avancemos para o instante primordial do filme: A cena do hospital.
Vestido de enfermeira, o Coringa mata um dos policiais que entra na sala e então vira-se para Dent, que acorda lentamente. O palhaço tenta convence-lo que a morte de Rachel não fora sua culpa. Que, enquanto tudo acontecia, ele estava preso na sala do interrogatório. Percebemos suas reais intenções no seguinte diálogo:
- Seus homens. Seus planos.
- Eu pareço mesmo um cara com um plano? Sabe o que eu sou? Sou um cachorro perseguindo um carro. Eu não sei o que faria com um, se o pegasse! A máfia tem planos. Os policiais têm planos. Gordon tem planos. Eles são planejadores. Planejadores tentando controlar seus pequenos mundinhos. Eu não sou um planejador. Eu tento mostra-los quão patéticas suas tentativas de controlar as coisas realmente são. Então… Quando eu digo – venha aqui – que você e sua namorada não foram nada pessoal… Você sabe que eu estou falando a verdade. São os planejadores que o colocaram onde você está. Você era um planejador… Você tinha planos… E, bem… Olhe onde isso te levou!
Acham que acaba por aqui? Não… Ele vai mais longe.
- Eu só fiz o que faço de melhor. Eu peguei seu planozinho e o virei contra você! Olha o que eu fiz com essa cidade, apenas com alguns galões de gasolina e umas balas. Hm? Sabe… Ninguém se apavora se tudo acontece como o planejado. Mesmo se o plano for aterrorizante! Se amanhã eu falar à imprensa que um caminhão cheio de soldados explodirá, ninguém se aterroriza. Porque é tudo parte do plano. Se eu disser, porém, que um prefeitozinho velho vai morrer… Todo mundo perde a razão! Introduza um pouquinho de anarquia… Mude a ordem pré-estabelecida, e tudo se torna… Caos. Eu sou um agente do caos. E sabe a coisa boa dele? É justo.
Muitos devem ter perguntado-se: Qual a ligação do Coringa d’A Piada Mortal com o d’O Cavaleiro das Trevas? E aqui está a minha visão:
N’A Piada Mortal Coringa tenta mostrar ao Batman que basta um dia ruim para levar um homem aos seus instintos mais primários. Nesse caso, ele usa Gordon, o Comissário de Polícia. No filme, o Coringa leva Dent, o cavaleiro branco de Gotham, para o nível mais baixo: o nível de um vilão. Ao mesmo tempo, tenta utilizar dois grupos de pessoas e coloca-los em confronto, com a premissa que, para sobreviverem, teriam que assassinar muitos outros.
O que somos nós, senão o contrário do Coringa? Metidos em nossas vidas com rotina e planos. Sabemos tudo o que faremos durante a semana, talvez até durante todo o mês. E, se algo sai fora do planejado, enlouquecemos. Ficamos nervosos, ansiosos, quase loucos. Um mundo de regras inventadas por nós mesmos. Regras que aparentam não poderem ser quebradas, mas… Fomos nós que as inventamos. Somos nós que podemos destruí-las. Da mesma maneira que todos nós temos um Tyler Durden dentro de nossos corpos (tema para outro post tão extenso quanto este, aliás), todos também carregamos um Coringa, e, no fundo, estamos loucos para liberta-lo.
Não o faça agora. Não o faça do nada. Não o faça completa e inteiramente. Mas saiba que ele está aí. Rindo. Sem poder acreditar em como você consegue fingir que tudo vai ficar bem só porque você acha que amanhã vai fazer o que acha que vai fazer. E, toda vez que você se deita, ele pergunta em voz baixa: Why so serious?
E então, eu te pergunto: Por que tão sério?
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*Luke Baranyi é nerd, cinéfilo, filósofo de boteco e dono do O Questionador
23 Comentaram...
As adaptações do Nolan do personagem Batman são as que eu acho menos fiéis aos detalhes do personagem dos quadrinhos, porém conseguiram captar a essência dos personagens. E o Coringa é o próprio Arauto do Caos. E o Moore deve ter "aproveitado" um pouco dessa visão de mundo para compor o Comediante, de "Watchmen". Ótimo contraponto entre duas obras-primas, parabéns ao autor do texto.
Meus parabens ao autor do post. Foi lindo e tive um imenso prazer em ler.
EXCELENTE TEXTO!
o que Nolan fez com TDK foi perfeito, falo isto como um cinéfilo que acompanha a carreira do diretor. ele fez um filme irretocável, que respeita os personagens das HQs e ao mesmo tempo os adequa perfeitamente ao cinema
TDk não é só uma perfeita adaptação de HQ, é um perfeito filme independente disso
um filme crível até mesmo para quejm nunca ouviu falar do Batman(se bem que isto é impossível)
Watchmen nem se compara a este. Watchmen é uma adaptação burocrática, superficial
o Coringa entrou no cinema em TDK, os personagens de Watchmen só foram imitados
E falando em Batman... essa história da Charlize Teron como mulher-gato é real? =p
Que eu saiba, ela só disse que ficaria feliz em interpretar a personagem, e que não teria como recusar um convite do Nolan. Mas aí a galera distorce tudo. =\
Bom, o texto está realmente excelente, maas...
Você realmente achou Watchmen uma tão boa adaptação?
Eu, que sempre achei os detalhes da história (como a banca, a reação do psiquiatra à segunda seção do Rorschach, enfim...) o grande diferencial, achei o filme cheio de furos. Eles cortaram muita coisa pra deixar o filme menor, parece, e acabou tirando um pouco da essência da coisa...
Mas como isso aqui é sobre o Coringa, meus parabéns!
Ficou realmente excelente!
eu li a piada mortal depois de assistir TDK(e confesso que antes de ver TDk eu não tinha lido quase nenhuma HQ do Batman)
realmente eu vi uma ligação muito forte de ambos os coringas, principalmente nas falas finais "do bobo" na HQ
Acho que são poucas as pessoas que realmente ASSITEM esse filme e conseguem captar a essência que há por trás de cada ato, frase e gesto do coringa! Essa foi, sem dúvida nenhuma, a melhor adaptação de quadrinhos para o cinema. Uma obra de arte!
Amei as suas colocações. Parece que estou vendo o meu namorado viciado (em HQ) em cada frase neste texto!
Beijos e parabéns!
Acho que são poucas as pessoas que realmente ASSITEM esse filme e conseguem captar a essência que há por trás de cada ato, frase e gesto do coringa! Essa foi, sem dúvida nenhuma, a melhor adaptação de quadrinhos para o cinema. Uma obra de arte!
Amei as suas colocações. Parece que estou vendo o meu namorado viciado (em HQ) em cada frase neste texto!
Beijos e parabéns!
Metidos em nossas vidas com rotina e planos. Sabemos tudo o que faremos durante a semana, talvez até durante todo o mês. E, se algo sai fora do planejado, enlouquecemos.
Como diz Espinosa "Toda coisa se esforça enquanto está em si, por perseverar em seu ser"
Ótimo post, mas discordando do Jonathan Rodrigues e de J.Brizzi, prefiro Watchmen, eu acho que o TDK só teve o coringa de bom (ótimo na verdade) o filme predominou em temperatura ambiente e o roteiro atropelado não me impressionou, Watchmen tem suas falhas claro como todo filme tem (com exceção de Lord of the rings)mas o Rorsharch e o comediante sem contar a trilha sorora brutalesca, valeram o filme. E outra, qualquer coringa depois do Jack Nicholson tem que ser ótimo, senão não se iguala ao clássico do mestre
Cada vez que vejo uma imagem desse filme outra vez, principalmente esta do Morcegao atrás do coringa eu me sinto Mais infantil e mais logrado. Claro, essa percepcao só veio depois de encontrar em uma papelaria cadernos infantis de escola com a ilustracao do Dark Knight, ou seja, batman nao deixou de ser uma coisa de crianca. Todo mundo fica muito impressionado com o tom Dark e a profundidade filosofica (sic) do filme, mas no fundo; é tudo coisa de crianca mal crescida. da uma olhada nessa foto de novo; é um maldito palhaco vestido de homem-morcego, quanto mais ridiculo isso pode ficar?
Suas Palavras foram geniais...eu tmb percebi com o tempo q existem sim coringas dentro de nos,... e tmb axo q o melhor vilao pra mim foi o coringa de ledger..sem duvida..!!
e por favor faça mas pesquisas sobre o coringa, e outros viloes..pq o mundo naum so tem herois...
vlws!!
parabens pelo site..!
"Caroline disse...
Acho que são poucas as pessoas que realmente ASSITEM esse filme e conseguem captar a essência que há por trás de cada ato, frase e gesto do coringa! Essa foi, sem dúvida nenhuma, a melhor adaptação de quadrinhos para o cinema. Uma obra de arte!"
Perfeito. Falo tudo.
caraleo, o melhor texto sobre o coringa que eu jah li! simplesmente a cara de caos!
Parabens!!
Gostei muito da forma como escreveu,as relacoes que fez. Acrescentou muito a minha admiração ao Coringa, e reforçou meus questionamentos qto as ações do Batman.
Mas acima de tudo gostei da forma como tratou o Coringa como um personagem anarquico, que apesar d enao ter nada a perder, tem todo um controle em suas mãos, exatamente por estudar os mecanismos da ordem vigente, sem aderir a ela, eacima de tudo, brincar com as possibilidades do caos.
Parabens!
Cara, Meus Parabens Pelo Post..Muito Bonito
Li cada palavra, e fiquei com pena de ter terminado,
Meus parabens mesmo.
Otima Materia.
Eu nunca comentei por aqui apesar de acompanhar o NSN tem algum tempo...
Olha, eu nunca tinha lido um texto tão bom por aqui... Não q os outros não tenham sido, mas para mim esse foi uma obra-prima. A partir de um tema bobo talvez, nos faz pensar.
Parabéns! ^^-
incrivel
Profundo, definitivo, claro e incisivo.
permite ver o coringa e a nós mesmos de forma nunca vista, em um modo inesperado através de análises de várias versões de dois ou três personagens (filmes e HQ)
Parabéns!
Um dos melhores post que já vi nesse site. Adoro quando começam a estudar os personagens de quadrinhos e livros psicologicamente... e vc colocou tudo muito corretamente, as relações, as análises. Realmente um post muito bom.
Ps: Baseado nessa teoria de "todos temos um Coringa dentro de nós, e só basta nada sair como planejado para se manifestar" eu fico imaginando como eu seria se algo assim acontecesse comigo... eu ficaria completamente insana.
Só faltou citar aquele curta "DEAD END".
De alguma forma me pareceu que era bem fiel representando o Joker, e que me pareceu influenciar um pouco o filme do Ledger. mas é só uma opinião ...
Obrigado pelos excelente posts de sempre ...
Há um tempo andei pensando sobre o Coringa.. Eu vi uma grande mudança de exibição do personagem nas telas (TV e cinema). Nos desenhos, ele era um vilão que me fazia pensar: Por que o Batman tem tanto medo dele? Ele era um vilão ridículo. Ou melhor, ele é retratado dessa forma.
No entanto já vi um desenho longa-metragem, onde ele era um vilão bem mais respeitável. E o filme com Heath Leader é o máximo da personalidade do Coringa. Agora ele é quem eu sempre achei que um rival do Batman deveria ser.
Considero o Batman um dos maiores heróis, porque ele é um dos poucos que não tem poderes, é humano. Dá uma sensação de que qualquer um pode ser ele, é só querer. Pra mim, um cara desse precisava de um vilão que fosse igual (extremamente inteligente) ou o oposto dele. E no entanto, o que eu percebo depois de ler seu texto é que o Coringa é e não é o oposto do Batman ao mesmo tempo, ou seja, supri as duas necessidades que citei acima. Sendo assim, é um vilão perfeito para seu respectivo herói.
Cara,vivo no mundo dos quadrinhos(profundamente)levando até parte da minha vida a desenhá-los.Temos um comentário sobre o Morcego,o Super,o Aranha e cia:"o heroi é o cara que escreve o roteiro".O "heroi" não tem um "perfil psicológico" definido,consequentemente, o vilão também não.O verdadeiro "heroi" é aquele que se recicla.O "heroi" que não o faz simplismente desaparece.O maior arauto disso é o "Capitão América".Atualmente, o público pede(consciente ou não)por "desordem",como,há decadas atrás o público pedia por "proteção"(e assim foram criados os "herois" modernos).As opiniões de todos aqui não estão erradas e nem tão pouco contraditórias,sou super fã do Morcego e adorei o palhaço do filme,mas suponho que,quando nós estivermos com nossos 60 anos,talvez não aceitamos essas obras como "máximas" sobre o Morcego.Ou você acha(de nerd pra nerd)que Alan Moore tava mesmo preocupado com anarquia quando escreveu Watchman,A piada ou V de Vendetta?
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