[Liberdade] vigiada…

 

Olhando o mundo ao seu redor, é fácil encontrar exemplos de violação da liberdade. Seja em lugares próximos a você, com a polícia extorquindo dinheiro alheio, seja no Tibet, com monges massacrados pelo exército chinês; a liberdade, um direito básico do ser humano, é corrompida a todo momento. Hoje, um dos instrumentos mais contraditórios quanto ao assunto é a tecnologia, mais especificamente a internet.

Com a popularização dela como meio (mais importante) de comunicação universal, aliada ao fato de não ser unilateral (existe diálogo na maioria dos sites importantes), foi logo aclamada como ferramenta da liberdade nos meios de comunicação. Pense bem: hoje, com a possibilidade de literalmente qualquer pessoa do mundo conseguir criar gratuitamente um blog, página na internet, flog, ou qualquer coisa que o valha, parece realmente absoluta a presença de liberdade nos meios online. Olhando superficialmente sim.

Olho nosso próprio caso. Falamos sobre o que bem entendemos, da forma que queremos, abrimos diálogo com qualquer pessoa disposta a faze-lo pelos nossos comentários. Até com gente chata irredutível, mas pensante, como o Mauro Tavares. Foi através de uma discussão com ele (e outros) nos comentários DESSE post que me surgiu a idéia dessa série de posts para o fim de semana (e segunda-feira).

Mas, a internet no geral não é livre. Nós estamos hospedados em servidores do Google, que pode limar nossa presença na Web quando bem entender (se não fizer na segunda, com meu post anti-Google, a gente tá livre). Mesmo que usássemos um servidor qualquer, como Bluehost, nada impediria que uma ação na justiça tirasse nosso blog do ar. E não pensem que precisaríamos infringir leis para isso. Atualmente a liberdade de expressão é quase uma infração de lei.

Mas não só na liberdade de expressão que está o cerceamento da internet. Compartilhar o que é seu,  direito essencial de todas pessoas, vem sendo tirado. Associações jurássicas que se acham o centro do poder como RIAA, MPAA e APCM, utilizam ações na justiça, processos, ou outra ferramenta qualquer para tirar a liberdade de compartilhamento dos usuários da internet. Mas eles agem no campo da ilegalidade também: espionagem, subornos, invasões não-autorizadas… tudo isso faz parte da cartilha de ação deles, mostrando que quem está do lado de lá da lei são eles.

Então, hoje, com pouco mais de 20 anos de uma data anti-liberdade – o Massacre da Praça da Paz Celestial – resolvemos fazer um apanhado de como está a liberdade, especialmente a digital, no mundo afora. Aproveite a viagem, que vai durar três dias, em que serei o Editor-Chefe do NSN.

Bem-vindos!