"A cada avanço tecnológico, a pornografia prolifera-se e perde qualidade. Hoje, o pornô está em todos os lugares, mas onde está a arte? 25,000 Years of Erotic Freedom analisa a história da pornografia e defende que o sucesso e a vitalidade de uma sociedade depende de sua permissividade em questões sexuais.
Esta história da arte erótica reúne algumas da ilustrações mais provocantes já publicadas, apresentando a evolução da pornografia em diversas culturas da pré-história até hoje. Iniciando com a Vênus de Willendorf, criada entre 24.000 e 22.000 a.C., e finalizando com a fotografia contemporânea, também contém uma linha do tempo que destaca as maiores obras eróticas de diversas culturas. 25,000 Years of Erotic Freedom captura o antigo e irreprimível motor criativo do espírito sexual, o que o torna um tratado sobre a arte erótica."
Aaaaah, o bom e velho (semi-deus barbudo) Moore resolveu colocar seus neurônios acesos por haxixe para trabalhar em prol da pornografia de novo. Após cair de cabeça sobre a magia – especialmente a Kaballah – para poder curar sua crise de meia idade, e no fim da jornada nos ter entregue o sublime e psicodélico Promethea; ele escreveu Lost Girls.
Infelizmente ainda não li a obra das meninas travessas que nos mostram todas as metáforas sexuais das fábulas, mas creio ser algo transcendental. Ainda mais se tratando de pornografia, algo que gosto muito, e não somente com intenções punheteiras. E 25,000 Years of Erotic Freedom (25.000 Anos de Liberdade Erótica) é justamente o “ir além” de Moore. Ele analisa o impacto da pornografia nas sociedades e a relação dela com o sucesso.
O bizarro é seu reduzido número de páginas, 96, poucas, ainda mais se considerarmos que será um daqueles livros ilustrados (a capa é do fuderoso J. H. Williams III, que fez a arte de Promethea). Mas como estamos falando de Moore, vem coisa de excelente qualidade por por aí (aposto uma marretada na língua grande do Voz do Além nisso).
Não se convenceu? Leia a frase que ele usa como abertura e se convença!
“Culturas sexualmente avançadas nos deram a literatura, filosofia, civilização e todo o resto, enquanto as sexualmente retrógradas nos trouxeram a Idade das Trevas e o Holocausto”
[Via Ambrosia]
11 Comentaram...
Não tiro sua razão em postar aqui sobre esta obra de Moore, entretanto, enquanto historiadora não posso deixar passar. Se Moore acha tão importante a "literatura, filosofia, civilização e todo o resto", que inclui sem dúvida a História enquanto conhecimento e ciência, ele devia ter prestado mais atenção no erro mais banal que se comete ao falar de história: ainda usar o termo Idade das Trevas. Totalmente inapropriado. Vide Jacques Le Goff.
da arte classica, ao scat.
Foda, quero ler isso logo!
pena que não tem o livro traduzido aqui, gostaria de ler!
Gabriel
eu já li isso, tem de graça na internet (só ñ me lembro aonde...)
“Culturas sexualmente avançadas nos deram a literatura, filosofia, civilização e todo o resto, enquanto as sexualmente retrógradas nos trouxeram a Idade das Trevas e o Holocausto”
o velho bruxo barbudo é tão inteligente que sabe ate ganhar dinheiro, o que ele não ganha com filmes estupidos que destroem suas obras ele ganha explorando os pseudo intelectuais que agora se acham inteligentes babando em cima de tudo que tem a marca Alan Moore.
belissimo sofisma !!
mas se pensarmos no brasil, esta nossa sociedade tao permissiva e tão evoluida ...
mas enfim, Alan Moore ganhando dinheiro não deixa de ser Alan Moore!!!
Que semi deu o que
Ele é Deus
Bradka, fala q ñ foi idade das trevas p/ quem foi morto. Teve alguns avanços e claro, criações artísticas, mas foi característico pelo terror...trevas
Lucas, se está tão preocupado com as mortes deveria prestar mais atenção aos índices contemporâneos. Terror por terror cada época tem o seu, e o medieval, já muito discutido pelos melhores historiadores, não faz jus à denominação Idade das Trevas. Dentre as mortes, batalhas, etc, também houveram os avanços nas mais variadas áreas. Entretanto, não posso exigir que você compreenda este argumento. Eu, enquanto historiadora e, baseada na minha carga de pesquisa, fiz questão de inserir este comentário em prol de chamar a atenção daqueles que se interessam pelo assunto. Quem quiser compreender a questão da utilização desta nomeação tem inúmeros livros acadêmicos que elucidam bastante esta questão.
Se existe uma 'Idade das Trevas' é essa que estamos vivendo agora, a terrível: "Era da Infornografia".
Não quero defender cegamente (nem babar cegamente em) Mr. Moore, afinal, nem li a obra, ainda, mas...
Bradka,
Que eu saiba, Alan Moore não é historiador e, provavelmente, não pretende ser rigoroso no seu ensaio. Aliás, é capaz até de ele utilizar certos termos mesmo sabendo-os "inapropriados" só para causar impacto! É um estilo... Nós que estamos por dentro das mais modernas nomenclaturas utilizadas no estudo de história não seremos desinformados, mas sim poderemos ver graça no uso proposital de tão obsoleto termo.
Mauro Tavares,
Será mesmo sofisma? Pelo que entendi, o autor não defende a pornografia da maneira como tem sido conduzida na civilização atual. Propõe, de fato, um paralelo provocador - liberação sexual e desenvolvimento cultural - para causar impacto (vide o comentado acima) mas o que realmente tenciona é a evolução da pornografia para mais uma expressão artística. O lixo pornográfico que grassa nas medias hoje em dia é, ainda, uma característica nossa de atraso. Não somos tão "retrógrados sexualmente" quanto na "Idade das Travas" (perdoe-me o termo, Bradka), mas ainda temos muito que avançar.
Viva a pornografia bem feita!!
Postar um comentário
Mostre que é nerd e faça um comentário inteligente!
-Spams e links não relacionados ao assunto do post serão deletados;
-Caso queira deixar a URL do seu blog comente no modo OpenID (coloque a URL correta);
-Ataques pessoais de qualquer espécie não serão tolerados.
-Comentários não são para pedir parceria. Nos mande um email, caso essa seja sua intenção. Comentários pedindo parcerias serão deletados.
-Não são permitidos comentários anônimos.