Geralmente quando um gênero musical alcança o estrelato, ele começa a seguir certas regras da cambaleante-mas-ainda-viva indústria fonográfica. Os artistas passam a ficar bem parecidos, tornando aquele gênero uma massa falida criativamente; onde, quando um faz sucesso, aparecem imitadores aos montes, procurando a fórmula do sucesso – e geralmente o obtendo.
Foi mais ou menos o que aconteceu com a black music, especialmente no início dos anos 2000. O estilo musical, famoso nos guetos americanos, ganhou o mundo, com artistas multimilionários, com talento musical duvidoso. Mas antes é preciso, ao menos tentar, explicar o que é hip-hop. Primeiramente hip-hop não é unicamente um gênero musical. É, acima de tudo, um movimento cultural composto de quatro vertentes: os MC's, que são os que animam as festas com suas rimas improvisadas e poesia ritmada; o som dos Dj's, que muitas vezes servem como elemento sonoro às rimas dos MC's; a dança Break, conhecida de todos; e o grafite, a manifestação artística visual do hip-hop. Também não se deve confundir o rap com a música hip-hop em si. O hip-hop diz respeito principalmente a instrumentação utilizada, enquanto o rap se refere ao estilo vocal dos MC’s. Por esse motivo existem artistas que cantam rap, mas não se enquadram no estilo do hip-hop; caso de Eminem e Racionais MC's (ou Gabriel, o Pensador), por exemplo.
Admito que nunca fui nada fã do gênero, mas alguns (poucos) artistas sempre me cativaram. E desafiei a mim mesmo em ouvir vários dos famosos rappers - que na música "Hey Fuck You", do Beastie Boys, não passam de lixeiros - para ver se, na MINHA opinião algum artista se salvava. Pode ter certeza, foi uma dura jornada, de mais de dois meses; praticamente só ouvindo Hip Hop, dando uma respirada de vez em quando para voltar ao meu estado normal.
Procurei selecionar os mais "importantes" artistas do gênero para poder não deixar ninguém de fora. Mas dentre os tais importantes, coloquei alguns, também conhecidos, porém, à margem dos grandes circuitos de black music. E, é claro, incluí também os artistas que já gostava para poder falar bem de alguém (e deixei outros de fora, se não a lista ficaria muito grande). Resolvi que, se tivesse menos de três artistas que realmente gostasse, dedicaria esse post a falar mal do gênero, destacando os piores. Se passasse de três, escolheria os que gostei e falaria bem deles. E olha que ouvi álbuns de mais de 10 artistas (mais abaixo a lista).
Por sorte, ou por meu apurado senso de escolha, consegui REALMENTE achar quatro músicos de verdade nesse meio, e não simplesmente imitações, como Snoop Dog, Chris Brown, Nelly e uma infinidade. Uma pequena observação é que excluí Eminem da lista por ser hour concours. Os quatro são: M.I.A., Gnarls Barkley, Kanye West e N.E.R.D. (sim, só ouvi black music internacional). Seus estilos são completamente diferentes, além de terem influências das mais diversas.
Antes que os fãs de hip hop já se dirigem aos comentários, e me crucifiquem, vou deixar bem claro que essa é a MINHA OPINIÃO sobre o gênero. Eu sei que deve (ênfase no DEVE) estar cheio de bons artistas de hip hop por aí, mas me fixei no que estava por cima, afinal não queria passar o resto da vida ouvindo hip hop, ou fazer um mestrado no gênero. Esclarecidos esses pontos, continuemos com nossa programação normal.
A lista dos artistas (e seus respectivos álbuns) que ouvi, para não vencer meus preconceitos foi a seguinte: Snoop Dog - The Best of Snoop Dogg, Nelly - Sweatsuit, Chris Brown - Exclusive, 50 Cent - The Massacre, Ne-Yo - Because of You e Fugees - The Score (os álbuns dos artistas que gostei, estão resenhados abaixo. Corram dos que estão listados aí em cima).
Como dá para perceber pela lista também peguei o que achei de pior no gênero, e acabei por confirmar isso ao ouvir esses álbuns. Houveram, é claro, menções honrosas. Gente que já conhecia há certo tempo, que não selecionei, pois me concentrei no que NÃO conhecia anteriormente, ou conhecia superficialmente. Dentre os que ficaram de fora, encontram-se: Outkast e The Neptunes e Eminem. Bom, abaixo estão os achados durante a minha jornada (levemente bipolar, caminhando por dois opostos do mesmo ritmo). Se não gostar de quem está aí em baixo, você provavelmente não gosta de hip hop.
N.E.R.D. - Seeing Sounds
Geralmente projetos paralelos, feitos por grupos de amigos, todos já artistas, tendem a soltar as amarras e produzir coisas interessantes. Vide os inúmeros trabalhos de Dave Grohl; o Foxboro Hot Tubs, banda paralela dos integrantes do Green Day; e o The Raconteurs, de Jack White. O NERD segue mais ou menos a mesma cartilha.
O grupo NERD é a união dos talentosos produtores Pharrel Williams e Chad Hugo, da excelente dupla de black music The Neptunes, com o cantor Shae Haley. O clima do CD é de festa e de mistura. Vemos funk, hip hop, rock alternativo; e o resultado disso é de qualidade, mas deixa o grupo sem uma identidade definida. Isso pode ser uma vantagem ao colocar Seeing Sounds para tocar naquela festinha animada, mas pode ser uma desvantagem para os audiófilos de plantão.
Mas, esqueça tudo isso e coloque o CD para tocar. Comece por Everyone Nose, que traz uma mensagem de duplo sentido, com meninas cheirando cocaína na fila de um banheiro. "All the girls standing in the line for the Bathroom!", canta diversas vezes um coro durante a música. Logo, logo surge o rock bem feito de Happy, que apesar de bem calma, e contrastar com o clima do restante do álbum é uma boa música. Mas prepare-se para o clássico instantâneo de Anti Matter. Sério. A música é um hip hop misturado com fortes pegadas de electro, com uma pegajosa voz andrógina comandando os vocais ao fundo. É para ouvir até sair fumaça pelo ouvido.
O álbum perde força lá pela segunda metade, mais precisamente após Laugh About It; e dá lugar a músicas menos agitadas, mas legais (e apenas isso) para se ouvir enquanto navega pela internet. É o caso de Love Bomb e Sooner or Later.
Seeing Sounds - o nome surgiu após Pharrel assistir um documentário sobre sinestesia - é o sucessor de dois álbuns de grande sucesso. In Search of... e Fly or Die, os primeiros trabalhos do NERD elevaram o nome do grupo a um nível estratosférico, os colocando em uma posição de destaque frente a black music, coisa que os três já tinham, mas produzindo, ao invés de cantando. E eles confirmam isso tudo com uma mão nas costas, mesmo não alcançando a qualidade dos trabalhos anteriores. Mas, ainda assim, o resultado é inovador e divertido.
Top 3 do Álbum: Anti Matter, Happy e Spaz
Nota: 8,0
Gnarls Barkley - The Odd Couple
Nenhum habitante parcialmente antenado da face da Terra conseguiu, em 2006, passar incólume ao sucesso de Crazy, tanto em sua versão musical, como em seu clipe artisticamente perfeito. A dupla, formada pelo produtor Danger Mouse e pelo cantor Cee-Lo Green, ganhou o mundo após o sucesso avassalador do hit. De troco, as vendas de seu debut, St. Elsewhere, como eram de se esperar, foram fortemente alavancadas pelo hit, chegando a impressionante (nos dias atuais) cifra de um milhão de cópias vendidas.
Também se esperava que, com tamanho peso nas costas, as coisas desandassem para o lado da dupla no apertado segundo álbum. Afinal a pressão aumenta, principalmente do lado dos engravatados que querem encher os bolsos de grana. Ledo engano. A mistura perfeita de blues, surf music, música psicodélica dos anos 60 e pegadas de funk; continua perfeitamente dosada em Odd Couple, e com a adição de uma coesão que ficou pela metade no trabalho anterior. Eles não parecem mais dois caras atirando (com qualidade) para todos os lados. Agora dão a impressão de estarem plenamente conscientes do caminho a trilhar. Também pudera, Mouse e Cee-Lo mudaram a cara do pop.
O playlist de The Odd Couple é muito bem dosado. Tanto que fica até difícil escolher alguma música preferida. Mesmo com essa indecisão, de cara pode-se perceber qual é o hit desse novo CD: Run. Ritmo acelerado, misturado com um brado paranóico para a juventude: corram! / corram! / corram crianças! / corram por suas vidas! Mas, logo antes dela tem outra música que deve fazer a alegria das pistas de dança. Trata-se de Going On, grudenta até a última batida.
Danger Mouse e Cee-lo: os melhores artistas para tirar fotos que conheço…
Se quiser continuar na psicodelia pule para Open Book, arrastada e urgente, tudo ao mesmo tempo, e que se dá ao luxo de ter uma bateria nervosa completamente fora do ritmo. E logo depois Wathever dá o tom, abrindo caminho para a parte final do disco, igualmente genial.
O Gnarls Barkley representa o melhor da black music, passeando tranquilamente por diversos ritmos que, antes deles, eram tidos como intangíveis. É o fazem com uma segurança impressionante, mesmo se permitindo ousar. Ouça sem parar, cada vez mais faz um sentido maior ainda.
Top 3 do Álbum: Run, Going On e Open Book
Nota: 9,5
M.I.A. – Kala
Fiquei uns bons dois dias ouvindo atentamente Kala e o álbum anterior da cantora M.I.A., simplesmente para decidir se ele deveria entrar nessa lista. Explico: o som de Maya (verdadeiro nome da cantora. M.I.A. significa missing in action, ou desaparecido em combate) é tão diferente que, rotula-lo é tarefa das mais árduas. Mas, como fora do rock não tenho tantos conhecimentos assim, acabei por deixa-lo por aqui, mesmo o disco tendo tantos elementos de eletrônicos, quanto de rap, funk e infindos ritmos indianos e africanos.
E por conter referências tão diversas, e por vezes tão próximas, M.I.A. soa tão diferente – e superior – ao que está sendo feito no gênero. Até seu visual é bizarro, e lembra a maluquice da época áurea das raves (que voltou, com a new rave, capitaneada por gente como The Klaxons). Se no álbum anterior, Arular, M.I.A. soava como uma versão de luxo e com qualidade do funk carioca, mostrando como o gênero poderia ser bom (e ela é quase uma santa por isso), em Kala ela abriu seus horizontes e influências e tornou o álbum quase obrigatório. Ou você acha que é todo o dia que você vai ouvir uma referência a Where’s My Mind, do Pixies, num álbum de hip hop?
Mas, para entender a música de M.I.A. é preciso entende-la primeiro. E para entende-la é preciso entender o Sri Lanka, país onde ela nasceu. Há mais de 35 anos os cingaleses sofrem, graças à conflitos separatistas que já custaram a vida de mais de 60 mil pessoas. Seus dois discos fizeram homenagem aos seus pais, Arular é o codinome que seu pai (que ela não vê desde 95) usa como integrante de uma organização separatista, enquanto Kala é o nome de sua mãe. E todo esse cenário está presente em Kala, de modo muito mais pertinente e consistente que Arular, que mais soava como um desabafo.
A abertura de Kala, Bamboo Banga parece um hino de aviso à entrada em uma zona de guerra, e é mais ou menos isso que é o álbum: uma (animada) zona de guerra. Logo depois começa Bird Flu, que não teme em tocar a ferida de questões pesadas como imigração e abuso de autoridade. Paper Planes, que é quase uma continuação de Bird Flu, e pega fundo na questão do terrorismo e a violência dos traficantes - não esquecendo de incluir sons e referências pouco usuais na música, como a junção de bombas e caixas registradoras batendo - para rapper baleado e mainstream nenhum botar defeito. Até as músicas mais leves são, como Jimmy, um “remake” de uma canção de Bollywood… não pegam leve.
Porém, mesmo que você não ligue para as questões abordadas por M.I.A. em suas músicas, não vai deixar de gostar de Kala. O álbum é presença fácil em qualquer pista de dança mais alternativa (nem tão alternativa assim, já que ela chegou ao topo das paradas eletrônicas da Billboard). Músicas como World Town, com suas batidas pop e inconfundíveis sons de armas sendo engatilhadas; aparecem livres. Outra para fazer a alegria dos que gostam de se movimentar é XR2, que começa quase como um mantra, até a entrada de um funk que vai lhe lembrar (vagamente) os morros cariocas.
Ao fim vem a participação do onipresente-produtor-black Timbaland. Pensei em colocar a música como ponto fraco do CD, mas não consegui. Sim, nem Timbaland (ele faz coisas boas quando quer) conseguiu macular a obra-prima que é Kala. Só resta saber para onde M.I.A. vai apontar no próximo disco…
Top 3 do Álbum: Hussel, 20 Dollar e XR2
Nota: 9,0
Kanye West – Late Registration
Kanye West é o mais próximo do hip hop mainstream que constou nessa matéria. Eu mesmo fiquei pensando em como ele pode ser parecido com um gênero que desgosto tanto, e mesmo assim não paro de ouvi-lo. Inicialmente achava que era devido aos seus clipes, que não contam unicamente com mulheres rebolando (têm também), Rolls Royces super caros, e jóias à vontade; mas trazem temáticas mais pertinentes às bases do que é o hip hop, e ainda são mais elaborados (taí o fodástico Stronger, com o duo Daft Punk, que não me deixa mentir). Não! Não é só por isso. É por muito mais…
Mesmo não tendo o alcance vocal que outros representantes do rap, Kanye West faz muito mais pelo gênero do que os multimilionários, mas falidos criativamente, rappers dos dias de hoje. É claro que ele terminou por alcançar o sucesso, e virou quase uma unanimidade crítica, além de ter causada inveja de certo rapper baleado, que não vale nem o nome que tem (musicalmente falando), que declarou que se vendesse menos que West ele se aposentaria; ele perdeu (logicamente), mas não livrou o mundo dos seus sussurros que parecem sair de uma máquina de lavar quebrada.
Mas voltando a Kanye, mais especialmente a Late Registration (se você é bom reparador, percebeu que todos os álbuns aqui resenhados foram o segundo trabalho do respectivo artista), a música que realmente me levou a gostar de Kanye West, e desse álbum de quebra, foi Gold Digger, que conta com os vocais arrojados de Jamie Foxx (quase uma segunda encarnação de Ray Charles). Ela é uma perfeita mostra do que é o álbum: pop, mas sem negar às raízes; evolucionários, sem esquecer as origens.
Kanye West, Jammie Foxx, Ray Charles - Gold Digger
E Gold Digger foi apenas o início. Touch the Sky, a música anterior é bela e, não sei porque, me lembra os anos 70. Se não está satisfeito (ainda), pule para Drive Slow, que carrega influências musico-religiosas, que nos embalam por um passeio pelos bares do Mississipi. Todo o resto do disco, como as maravilhosas Roses, Diamonds from Serra Leoa (que ensina a fazer protesto sem soar como um gângster) e Bring me Down, mostra a melhor característica de West: ele não se parece com rappers (não canso de falar isso) que você conhece. Nada de cuecas à mostra, lenços na cabeça, carros tunados e jóias nos dentes (PS: o clipe – e a própria música – de Grillz, de Nelly é uma das coisas mais enojantes que já vi). Ele não precisa se vestir de estereótipos para fazer sucesso; tem seu talento, o que é mais que suficiente.
E ele faz mais do que simplesmente cantar. As participações especiais de seus álbuns também são memoráveis. Para isso, basta dizer que Adam Levine, do Maroon 5, se encaixou numa canção de rap, como bem atesta a música Heard’em Say. Em outros momentos surge Jay-Z, remixando a já citada Diamonds from Serra Leoa. E até em momentos de fraqueza, onde expõe seus defeitos, como em Crack Music (em que declara ser o rap a nova droga americana), ele foge dos clichês tão irritantes do gênero.
Mas chega! Se quer no mundo hip hop pela porta da frente, e não estiver a fim de ficar traumatizado, comece com Kanye West. Se não gostar, esqueça, nada mais o agradará…
Top 3 do Álbum: Gold Digger, Touch the Sky e Bring me Down
Nota: 8,5
8 Comentaram...
Essses 5 artistas realmente fazem uma musica diferente da mesmice do "Rap Gangster". Mas tem uns artistas muito bom no Old School Hip-Hop como, Run DMC, Public Enemy, Grandmaster Flash, Afrika Bambaataa e De la Soul.
O Nerdcore também tem umas musicas bem legais!
E ai, legal o blog, já que tu curtiu alguns hip hops internacionais..porque não escutar os bons nacionais...Kamau, Slim Rimografia, De Leve, Quinto Andar...tem muita coisa boa por aqui tambem! Abraços
The Roots, Jurassic 5, Delated People, Kamal, Black Alien entre outros, merecem serem ouvidos gastando seu presssssssssiooooooossso tempo. Se tiver uma sobrinha ouça lá.Beija Flor e Carcará. Letra e musica no www.myspace.com/dokttorbhueshabe.Abraço.
Caro Filipe,
Muito bom o post e as críticas bem construídas!
Com certeza vou ouvir o álbum da M.I.A. e do NERD que não ouvi ainda.
Mas, outra artista do hip hop realmente muuuuuuito boa é a Alicia Keys, que mistura música clássico com boas bases e letras bacanas. Fica aí minha sugestão.
Abraços
Boas escolhas e criticas bem concisas, mas Gnarls Barkley tá mais para Soul-disco-dance que Hip Hop. Cê poderia ter tentado um cara diferente tipo Mos Def (músicas para iniciar: Sex, Love, Money) que é respeitado e é referência pra muitos caras desses aí. Alguém sugeriu ouvir Black Alien (música para iniciar: Mister Niterói) vai sem freios que a descida é irada. Abç
Reflita sobre a letra do grupo carioca Inumanos "Polegar Opositor" é expetacular (o clipe tb é imperdível, ganhou muitos prêmios e fazer uma relação com a letra e o clipe é uma experiencia muito bacana) ... foi inspiradora para a minha tese e pensar mais na sociedade atual. Na minha opinião o Quinto Andar é um dos melhores grupos de hip hop que já surgiram no Brasil, sugiro que escute todo o cd Piratão, todas as músicas tem letras maravilhosas. Escute tb De Leve e o cd estilo foda-se, esse foi integrante do Quinto Andar, e foi destaque por ter as rimas mais debochadas, atualmente seu rap está partindo pra diversas experimentações mas sem perder o humor. Black Alien o grande poetas das ruas não pode ficar de fora, o cara é um crânio. Dentre os internacionais, pra realmente gostar de hip hop, vc teria q ter escutado todos do Jurassic 5 que por sinal eles fazem até uma base interessante em cima de Canto de Ossanha de Vinícius de Morais, The Pharcyde, De La Soul, Mos Def, The Roots esses são grupos q fazem o verdadeiro hip hop com toda a sua premissa festiva e de diversão com temas inteligentíssimos e tb com experimentações instrumentais e q hoje são considerados alternativos por não estarem na midia por fazer o som mais comercial e acessível as massas.
Creeedo...da pra ver q vc n curte msm Hip-Hop.....n concordo com nada da lista mas respito a opnião....poderia ter perguntado a alguém mais intimo do estilo pra indicar alguma coisa mais old school pra melhorar o padrão neh n...abs
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