Hoje a internet é simplesmente essencial. É como todas as tecnologias importantes se comportam. Não existiam até então, mas, alguns anos depois de serem criadas, tornam-se indispensáveis, fazendo a humanidade depender delas. E a Europa, juntamente com a Ásia e o Oriente Médio estão, parcial, ou completamente sem internet, graças a um conjunto de cabos que se romperam, e interferiram tanto nas conexões desses devidos países, quanto em suas ligações telefônicas (óbvio).
Os dito cujos rompidos são chamados de SEA-ME-WE 3 e SEA-ME-WE 4 e se cortaram (tá parecendo coisa de monge pagando pecados) na altura do Mediterrâneo, entre o Egito e a Itália, e são responsáveis por 90% de todo tráfego internético entre a Europa e a Ásia. No momento, as operadoras responsáveis pelos cabos, entre elas a France Telecom, já despacharam um navio francês para começar os reparos – que estão estimados em duas semanas – e trabalham com duas hipóteses:
“Assumimos duas possibilidades. A primeira é que houve um terremoto submarino. A segunda é que um barco na área cortou o cabo”.
A lista de países afetados (e que não podem fazer nada além de esperar) tem países como Egito, que está praticamente sem internet, Índia, com mais de 80% das suas rotas offline, Ilhas Maldivas, 100% offline, Catar, Djibuti e os Emirados Árabes Unidos, com 70% de sua rede inutilizada, e Arábia Saudita e Paquistão, com metade de seus serviços offline (os outros você encontra AQUI).
Mas, as coisas não param por aí. Mesmo tendo sido já confirmado que uma das linhas foi rompida por uma âncora, as teorias conspiratórias já começam a pular por aí (até a Al-Qaeda foi envolvida). É o mínimo a se pensar quando, no início do ano, mais cinco cabos foram rompidos, entre eles o SEA-ME-WE 4. Mas, na época, o tráfego foi transferido para o SEA-ME-WE 3, que desta vez também foi convenientemente rompido, deixando em torno de meio milhão de internautas a ver navios (ou as pastas offline do computador).
[Via Threat Level]
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