A justiça brasileira é cega; e não sabe o que é internet

 

 

 

Por A Voz do Além

 

Não basta, nós, eleitores e cidadãos (falei bonito agora), sermos obrigados a votar; e a porcaria da propaganda política passar, obrigatoriamente, em todos os canais ao mesmo tempo, não dando opção para o telespectador. Agora a justiça (eleitoral) quer mandar na internet, com a delicadeza de um elefante africano cego pisando em ovos. Primeiramente porque acha que internet é bingo: rolou uma parada errada, fecha geral que resolve. E segundo, que, quando resolve agir, atira no lado errado. Foi o que aconteceu essa semana e vai acontecer até que chegue o fatídico dia da eleição.

Tudo começou quando, em uma atitude cega (pra variar), os juízes   eleitorais decidiram deixar a internet de fora das campanhas. Nada de blogs, de Orkut, Twitter, ou qualquer outro serviço internético para fazer campanha. Até aí tudo bem. O problema é que eles se acharam no direito de excluir qualquer um que faça campanha.

Começando pelo Orkut. Há indícios que o Google deletou perfis de pessoas que apoiaram algum candidato nessas eleições. Como era de se esperar, eles seguiam ordens da Justiça Eleitoral. Nas palavras de Fabiano Morisco, um dos "felizardos-sem-perfis": "Eu tinha apenas o logotipo de um partido em meu álbum de fotos, que estava restrito aos meus amigos. Minha intenção ao divulgar a imagem era me posicionar e exercer a liberdade de expressão. Foi um ato abusivo, inclusive porque ninguém foi avisado sobre essa possibilidade de exclusão".

O Google tratou logo de se explicar, através de seu diretor de comunicação, Félix Ximenes. Ele disse que a empresa atua mediante denúncias, e que já recebeu ordens de juízes eleitorais para deletar perfis do Orkut. A idéia da Justiça Eleitoral é que "a propaganda eleitoral na internet somente será permitida na página do candidato destinada exclusivamente à campanha eleitoral" (contrariando decisões que ela própria havia tomado anteriormente, mas deixa pra lá).

 

Cópia do processo. Clique para ver maior...

 

Após fazer suas lambanças no Orkut, o próximo passo foi castrar o Twitter. E fizeram mais burrada. A justiça eleitoral do Ceará recebeu uma denúncia da candidata à prefeitura de Fortaleza, Luizianne de Oliveira Lins, de que ESTE perfil (que tinha o nome dela) no Twitter era falso. O juiz que recebeu o caso achou procedente e resolveu que colocaria as manguinhas de fora e tiraria o serviço do ar. Nada mais digno para mostrar poder. Mas, como era de se esperar, o tiro saiu pela culatra e, ao invés de tirarem o verdadeiro Twitter do ar, cortaram a cabeça do blog Twitter Brasil, que não tem absolutamente nada a ver com o serviço de microblogging. E fizeram à moda antiga, sem mandar qualquer aviso ao dono do blog.

Mas, como eu sou lerdo e gosto de apurar as coisas, a justiça teve tempo de dar pra trás (sim, é isso que você está pensando) e o Twitter Brasil voltou ao ar. Agora era a hora de ele entrar com um processo na justiça. Se fosse com o NSN a gente faria isso...

 

Fonte: GuraveHaato desu ka? [Via Mundo Tecno]

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Ah! lembra da Luizianne 13, aquele perfil fake debochado, que foi o pivô de toda essa burrice confusão? Ele tá lá, vivo e forte e ainda debochado. Inclusive linkou a burrada...

Se quiser apedrejar falar com a verdadeira Luizianne, clique AQUI.

 

Aviso: Se o NSN sair do ar nos próximos dias é um complô da CIA com a justiça eleitoral brasileira!