terça-feira, 12 de agosto de 2008

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O Urso esmaga a formiga; em todas as frentes

 

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Por A Voz do Além

 

Se não estavam em Marte, ajudando a sonda Phoenix, vocês souberam que a Rússia e a Geórgia se estranharam. E se estranharam pra valer, com tanques, caças e gente morrendo. Quem conhece a Rússia, sabe que eles não entram em uma guerra para brincar (a não ser quando está no poder um presidente como Boris Yeltsin). Pergunte aos chechenos, que viram Grozny, a capital da republiqueta rebelde virar pó e sumir oficialmente do mapa.

O pivô da guerra é outra republiqueta, a Ossétia do Sul. Como vocês aprenderam na escola, quando estudaram Guerra Fria, tudo que é do Sul é do bem, branco; e tudo que é do Norte é do mal, vermelho. Vide os casos do Vietnã e da Coréia. É mais ou menos o que rolou nesse caso. A Ossétia está divida em duas, metade na Rússia, metade na Geórgia. Os sulistas querem a independência e Putin comprou a causa, e alegou o fato de ter muitos cidadãos russos (80% da população Ossetiana é russa) na área. Acusou ainda o governo georgiano de genocídio e limpeza étnica. Ou seja, o vespeiro foi cutucado.

 

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Aqui não deve ter Photoshop...

 

Os georgianos ainda esperavam que os conflitos se limitassem a região, mas quem conhece tática russa sabe que não é por aí. Os caças mandaram bala em oleodutos, estações de energia, estradas e bases militares.  Os blindados atacam posições militares da Geórgia a mais de 70 km da região conflituosa e dão cabo do que sobrou. A Geórgia apela como pode. Chama de volta mil de seus homens que estão no Iraque, ajudando Bush em sua guerra particular. A retirada tem dois motivos claros: reforçar as tropas que estão minguando nas frentes de batalha; e (esse é mais importante) como eles precisam de aviões americanos para transporte, tentar comover os EUA com a sua situação. A resposta americana não poderia ter sido mais... molenga: só falaram para a Rússia abandonar o território georgiano "imediatamente"! Um diplomata russo respondeu na mesma moeda: 'Não nos venham dizer de quem devemos ser amigos e com quem devemos dormir!'. Como a Rússia atualmente fornece energia, petróleo e gás para quase toda a Europa e para os EUA, o tom das "ameaças" não deve subir muito!

Mas o que fez dessa guerra especial (e que me levou a escrever tudo isso aí acima) foi um fator interessante. A Rússia atentou para a informação durante a guerra. Primeiro bombardeou diversas torres de comunicação do país, e depois colocou sua tropa de hackers na guerra. O resultado foi a invasão e retirada do ar de diversos sites governamentais da Geórgia. Entre as páginas com acesso bloqueado, estão a do Ministro da Defesa, do Ministro de Relações Exteriores e do presidente do país, Mikhail Saakashvili. O tráfego desses sites foi direcionado para servidores localizados na Rússia e Turquia. O jeito foi o governo apelar para os poderosos servidores do Google, com seu serviço grátis do Blogger (o mesmo que hospeda o NSN).

Os hackers russos pertencem ao grupo Russian Business Network (RBN), e ainda deixaram algumas páginas no ar, para espalhar scripts maliciosos e malwares e tocar o terror de vez! Ou seja, se quiser saber notícias da guerra, não procure sites georgianos.

Xeque-Mate!

 

PS: Nesse exato momento Israel está se preparando para entrar em guerra com o Irã, e vai faze-lo, mesmo sem a permissão americana. Parece que guerra por esses anos é o que não vai faltar...

 

Fonte: Meio Bit, IDG Now!, e JB Online

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