segunda-feira, 11 de abril de 2011

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Hackeando o Facebook em nome da Arte

 

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Com as facilidades que os apps para Twitter, Google e Facebook trouxeram, simples cliques permitem que aplicativos externos se conectem a API da página e acesse dados de sua conta… às vezes perigosamente. Com essa facilidade vem o engano da segurança. Hoje é cada vez mais difícil saber o que é seguro ou não (Segurança na internet é sinônimo de menos risco), e na dúvida as pessoas prosseguem, às vezes colocando em risco suas contas nesses sites por besteiras sem tamanho.

Os artistas Paolo Cirio e Alessandro Ludovico resolveram se aproveitar dessa facilidade na manipulação de dados, e através de uma série de hacks embutidos em apps para o Google, Amazon e Facebook, jogaram na cara dessas corporações como a segurança delas é falha. Com o  Google Will Eat Itself eles roubaram dados através de cliques no AdSense, e com o Amazon Noir cataram ebooks inteiros e distribuíram em PDF. Os métodos me lembram um pouco as loucuras feitas pela dupla Yes Men, mas no mundo digital.

Agora eles lançaram o Face to Facebook, que como vocês devem estar imaginando, roubou 1 milhão de perfis na rede social do Zuckerberg. Após o roubo, eles filtraram os rostos da galera usando um software e postaram tudo num site de relacionamento inventado por eles. Creio que isso seja uma referência ao início do filme A Rede Social, onde Mark faz uma manobra bem parecida na criação do Facebook. Os projetos fazem parte da trilogia The Hacking Monopolism Trilogy, que tem o objetivo de “virar os dados e informações roubados contra as respectivas corporações”.

Os próprios criadores descrevem o projeto:

Em uma tentativa de liberar dados pessoais que são tratados com propriedade exclusiva do Facebook, passamos alguns meses baixando informações públicas de um milhão de perfis (inclusive fotos). Submergir na base de dados resultante foi uma experiência alucinante, já que mergulhamos em centenas de milhares de fotos de perfil e acabamos intoxicados com os sorrisos inacabáveis, olhares e as comuns expressões de soslaio.

Nossa missão era dar um novo lugar a essas identidades virtuais, quebrando as limitações do Facebook e suas regras chatas. Então estabelecemos um novo site (lovely‐faces.com) para dar a eles a possibilidade de ficarem face a face com alguém que se interesse por suas expressões faciais e dados relacionados.

Os autores ainda fizeram uma exposição física de sua obra de arte em Berlim, no Transmediale.11.

 

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[Via Creators Project]

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