Por Leandro Sherman
Nostálgico, surpreendente e fantástico. Esses são os adjetivos que eu, Sherman, posso falar do gigante esmeralda. Começando pela cor, que não é esmeralda. Agora o Hulk é sujo, violento e brutal, como tem que ser.
O filme começa mostrando, logo nos primeiros cinco minutos, as experiências de Bruce e Betty com os raios gama, que, como todos já sabem, acabam transformando o cientista num monstro. Logo depois somos jogados na favela da Rocinha, onde Bruce se esconde dos militares. Mas a paz não dura muito e Bruce logo é descoberto pelo general Ross, que comanda um esquadrão especial, que tem a liderança de Emil Blonsky (Tim Roth, ameaçador). Mas o plano de pega-lo dá todo errado e dá início a uma grande perseguição.
Os atores de O Incrível Hulk são uma atração à parte. Edward Norton está perfeito, como em tudo que faz, mas William Hurt, como o general Ross e Tim Roth, como o vilão que logo se transformaria em o Abominável estão perfeitos também, com atuações incrivéis. O nível de ação é muito bom, como bem indicam as perseguições pela Rocinha, os ataques dos militares com Bruce já transformado em Hulk, e é claro; a luta de Hulk contra Abominável...que é trincar os dentes.
O filme tem diversas homenagens. A primeira é ao seriado Hulk, que estava no ar nas décadas de 70 e 80. Desde a abertura do filme, passando pelos olhos em foco, até o tema solitário do seriado toca em alguns momentos do filme (sem falar em Lou Ferrigno, que faz a voz de Hulk). Também rola referências ao Universo Marvel (uma das coisas mais legais que a Marvel está fazendo é aos poucos construir um universo em seus filmes também), como a aparição do soro do super- soldado (aquele que dá força ao Capitão América, lembra?), além de Tony Stark também dar as caras.
O filme é pura aventura, do jeito que a gente gosta, sem cair na mesmice do filme de Ang Lee. Esse que havia dado a Hulk apenas lembranças, que tornou Bruce muito parecido com um adolescente angustiado. E pior, em certas partes do filme, Ang Lee, Banner achava que estava dormindo ou sonhando, quando transformado em Hulk, o que estava errado. A vida dele é um pesadelo vivo. Uma explosão de raiva e dor que só...Hulk esmaga.
The Incredible Hulk (EUA, 2008)
Diretor: Louis Leterrier
Duração: 114 min
Nota: 9,0
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