sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Avatar Voz do Além

Gambiarras atrás das grades

 

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Como vivemos num país em que as mazelas da vida na cadeia são amplamente mostradas, conhecemos um pouco como os presos se viram pra arrumar gadgets. Celulares, radiotransmissores, armas improvisadas… parece que a ociosidade é uma arma poderosa mesmo - o que me leva a pensar na ociosidade dos pesquisadores… e também me traz uma certa vontade de me tornar um. Nos EUA não é diferente, uma montanha de gadgets são proibidos nas cadeias de lá, o que leva os presos a improvisarem coisas.

Uma das armas preferidas deles é a lança de jornal molhado. Achou graça? Um carcereiro de San Quentin esfaqueado - e morto - com uma lança dessas por um detento, em 1985, não deve ter achado. Esse é só um exemplo, já que eles montam todo um aparato para que obter essas coisas. Essas idéias dos presos, naturalmente, surgem para burlar toda uma poderosa indústria de gadgets para cadeias, que faz tudo em plástico transparente e rígido, visando impedir o contrabando e facilitar as inspeções de celas. Ao invés de MP3 Players, por exemplo, os presos usam DiscMans transparentes, com CDs comprados por eles - cheios de músicas a gosto do preso comprador, que desembolsa US$ 20. Ao invés de TVs normais, aparelhos transparentes que transmitem a programação selecionada pela direção da cadeia.

Computadores? Não, máquinas de escrever de plástico, onde os encarcerados - inclusive os que aguardam uma injeção letal - externam suas reclamações, frustrações e todo o tipo de sentimento possível. Através de escritos como esse, é possível saber, por exemplo, que Paul Willis, interno de San Quentin, é um ex-Pantera Negra que se considera injustamente condenado. Ele também despeja nos papéis, supostas provas de que o promotor do seu caso agiu sob irregularidades graves.

A música impera em algumas celas. O prisioneiro Blue, por exemplo, diz ter tocado guitarra juntamente com a banda psico-roqueira Blue Cheer - vai ver é daí que ele tirou o nome dele mesmo. Presos compõe, cantam, e ainda usam suas obras como trilha para vídeos feitos na cadeia.

E esse é o tema dessa interessante matéria do RAW File, o blog fotográfico da Wired. Leia o restante da matéria, clicando AQUI. Vale a pena.

 

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[Via Tiago Doria]

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