Chilton: Crackers, preparem suas cabeças para as bombas dos nossos B-2!
Guerras têm vários níveis, que geralmente não devem invadir uns aos outros. Quem assiste 007 sabe, com toda certeza, que aquele blefe de “a Marinha Britânica na sua costa se eu não contatar meus superiores até amanhã” não rola, é balela pura. A Marinha nem sabe das operações secretas que 007 está fazendo, quanto mais invadir a costa de um país inteiro somente para recuperar um espião que só pensa em traçar a mulherada.
Cyber guerras também deveriam ser assim: ownou os servidores militares de outro país, no máximo a recíproca deveria ser uma invasão vingativa. Quase como uma disputa nerd para ver quem tem o QI hacker mais elevado. Bom, os EUA, lar de vários dos melhores hackers/crackers/ lammers/script_kids que se têm notícia, acaba de levar a cyber-guerra, e a cyber-espionagem a um nível um pouco mais sério.
Acabou aquele papo de invadiu meus PC’s só vai tomar advertência ou ter seus diplomatas expulsos do meu país. O general da Força Aérea americana, Kevin Chilton foi quem deixou claro que os EUA não vão mais tolerar cyber-ataques e vão partir para ignorância para quem tiver a audácia de faze-los. Chilton é lider do Comando Estratégico americano e sabe do que está falando.
“A Lei do Conflito Armado será aplicada a este domínio também”
…teria dito ele, com relação ao assunto. Isso quer dizer que cyber-ataques poderão ser respondidos com força militar física, com bombas e tudo o mais, caso chegue a ordem do presidente ou do Secretário de Defesa. Ele foi ainda mais longe e sugeriu a união das duas força-tarefas que combatem no cyber espaço - Joint Task Force-Global Network Operations (JTF-GNO) e a Joint Functional Component Commander-Network Warfare (JFCC-NW) - sob as ordens de um único comandante, embora elas não sejam militares, trabalhando sob as ordens da Agência de Segurança Nacional (NSA).
Motivos para tamanha bronca com os invasores não são poucos. Todos os dias algum servidor governamental sofre invasões. Terabytes de dados passam para mãos erradas a todo momento, e as invasões, em sua maioria, não partem mais de adolescentes espinhentos em busca de aventura. Grupos de cyber soldados organizados – e, dizem as más línguas, com apoio dos governos – já existem na China, Rússia (conhece o Russian Busisness Network ?) e Israel. É nesses que as palavras de Kevin encontra guarita, embora os países sejam poderosos demais para tudo acabar em guerra.
Tudo isso soa mais como um grito desesperado, afinal vão atacar quem a troco de uma invasão via internet? Contrate crackers, ao invés de prende-los e vocês não vão precisar fazer declarações como essa…
[Via Danger Room e Geek]
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