Por Jenny Taylor
Teoricamente eu sou jovem, não jovenzinha, apenas jovem. Quando tu passa dos 25, tu te sente velho, e quanto mais às portas dos 30 (28 para os leigo) pior. Trinta anos é muita coisa, ainda mais quando tu passou infância, adolescência e início da vida adulta num país que mudou tanto quanto o Brasil.
Analisem comigo, quando eu nasci, ainda estávamos na ditadura, depois vieram as primeiras eleições livres, tivemos a belíssima era Collor com aquela linda da Zélia Cardoso. Quando eu era bem juvenil, a gente trabalhava com uma inflação anual média de mais de 700% (casos que tu ia no mercado, o feijão custava um preço de manhã, a tarde quando tu voltava era outro maior), depois veio Itamarzinho que começou a desenhar uma mudança com sua equipe econômica, pra culminar no Real de FHC. Foi meio loucura, de repente a moeda do país valia um dólar. UM REAL UM DÓLAR. De repente a gente ia no cinema e custava 4 reais (inteira, no final de semana no shopping), o ônibus custava 45 centavos, o cigarro 1,50 e a gente passou a usar moedas novamente. Puta mudança radical. Daê veio o Lulinha Paz e Amor, o tiozão tirou uma pá de gente da pobreza, criou a nova classe média e colocou muita gente pra consumir. Mais gente consumindo, mais investimento, economia sólida e em franco crescimento. É onde a gente se encontra agora.
Pra que essa conversa toda? Pra mostrar, pra você, que é realmente ~~~~jovenzinho~ como as coisas eram mais difíceis antes. E não só na economia. Quando eu era criança e adolescente não existia internet, aliás, eram poucas as pessoas que tinham computador em casa. Lembro que um primo meu mais velho tinha, e aquilo era muito mágico, mas nem servia pra muita coisa. Meu irmão uma vez ganhou aquele computador que na verdade era um teclado que tu ligava na televisão, meio nadavê. O máximo era ter um Pense Bem (versão 80’s dos laptops do Ben 10 de hoje em dia). Telefone era só fixo (na verdade isso pra mim valeu até meus 25 anos. Detesto celular).
Também não era bonito ser nerd. A bem da verdade, nerd era aquele cara espinhento que sentava na primeira fileira e só tirava notão. Ninguém gostava dele, ele não era cool, não era descolado, era só um loser (que entrou na faculdade, ficou rico e agora ri de todo mundo. Por isso estudem, crianças).
Gibi era coisa de criança. Quem lia gibi era estigmatizado. Era estranho, era fora do mundinho. Pra vocês terem uma idéia, quando eu comecei a ler gibi de heróis, por que eu sempre li Mônica, Asterix e Garfield, aliás, Garfield saía nuns gibis que tinham formato de caderno de caligrafia, foi uma surpresa sem tamanho achar aquele A Última Caçada de Kraven (lançado no país pela Abril em 1991). Era grande, o papel brilhava, diferente dos formatinhos de papel jornal. E pasmem, tinha uma guria quase sendo estuprada. SHOCKE né, afinal gibi era pra gurizada.
Nessa época tenra e saudosa, meu irmão assinava o pacote Abril com Marvel e DC, e depois de ler aquele gibi diferente eu abri o armário dele e comecei a ler tudo. Chegava o pacote, ele lia e eu ficava esperando pra ler também. Eram anos que separavam nossa cronologia da gringa. Eram cortes, remendos, mudanças de desenho, de texto, nome de personagem, que a Abril fazia para adaptar as histórias. Como lançavam muito pouco aqui, algumas coisas simplesmente ficariam sem sentido.
Por muito tempo, muito tempo mesmo, amarguei traduções de Jotapê Martins e adjacências colocando nomes de amigos nos figurantes ou então créditos de colorização: Flora, Carmem (pergunte pra qualquer leitor de gibi com mais de 25 anos e eles lembrarão das coloristas de um nome só da Abril).
Gibi era relativamente barato, e muito sucateado, apesar de ter muito mais anunciante que hoje. Anunciantes esses que eram todos de produtos infantis, como Neston, um sacolé vagabundo que tinha uma menina loira que parecia o capeta, Doriana (que inclusive fez uma promoção dos heróis na embalagem) Ping Pong e o imortal Instituto Universal Brasileiro. Propaganda essa que revelava outra faceta dos leitores de gibis, se não era criança, era jovem com pouca educação que faria um supletivo ou curso técnico por correspondência. Só para fazer um paralelo para que nunca comprou gibi gringo, os anunciantes lá são lâminas de barbear, carros e o Exército Americano.
Se já era difícil pra guri, imagina pra mim, menina, que além de ler gibi, curtia futebol (e futebol era coisa exclusiva de homem ou lésbica caminhoneira). Eu fui taxada de tudo por que não era modinha beijar as amigas. E pior, eu sempre curti caras, mas os meninos do colégio só gostavam de mim por que eu tinha videogame. A maioria hoje, se me encontrar rasgará o cu de raiva por que fiquei gata (risos).
Falando em videogame... eu tive Atari (tenho foto minha de fralda do lado de um). Depois implorei por meses por um Master, joguei muito aquele joguinho de atirar nos patos, Double Dragon, Alex Kidd etc etc etc. Depois implorei mais umas horas por um Mega Drive... CARALHO UM MEGA, SONHO DE CONSUMO. Muito Sonic (uoooopa nas fases de água, diz aí), Mortal Kombat com Sonia e sua chave de buceta, e doses diárias e intermináveis de Super Mônaco GP. Depois disso meu pai me achou velha demais para ganhar ~~~~joguinhos~ e tinha que ir na casa dos amigues para curtir um Saturn, o máximo da evolução dos games. ERA UM CD...UM CD, TRI MODERNO!!!. Nintendinho, SNES eu nunca tive, só podia escolher um console por vez (essa sou eu BBB, pobrinha contando as dificuldades), mas sempre dava um jeito de emprestar por uma semana e tals. Quando meu pai casou de novo, o filho da minha madrasta tinha um Nintendo 64. Eu perdi séculos de mi vida jogando Mario Party, 360°, sem falar nos Pokemons que eu jogava no PC ou Tomb Raider (comecei a jogar no primeiro, na época que Lara Croft era quadrada).
Aí veio a internet. Não que ela não existisse. Existia, mas era restrita. Lembro que meu primeiro contato foi na faculdade onde minha irmã estudava, eu devia ter uns 15 anos. Atravessava a cidade toda sexta para poder usar um pouco no laboratório de informática da UFRJ. Depois disso comecei a ir todo final de semana pra firma do meu pai usar, depois ele colocou em casa, mas era discada, só podia usar depois da meia noite e domingo. Mas quando ele viaja eu ficava all day logada naquilo. Usei navegador do AOL, chat do UOL, e-mail do BOL e ICQ era a novidade mais quente. MIRC nunca usei por que nunca entendi (sou burra).
Cada página demorava tipo umas cinco eras geológicas pra carregar, mas mesmo assim era divertido. Conheci muita gente que tenho contato for real até hoje, meio que crescemos juntos. Viramos adultos, casamos, tivemos filhos, nos formamos, abrimos empresas, divorciamos, até morremos, é engraçado.
Coisas que jamais imaginei começaram a acontecer. A Abril numa tentativa desesperada de elitizar seus gibis lançou a linha Premium, em formato americano, papel couché, 100 páginas e custando 10 reais. Foi um chute nos bagos de quem tava acostumado a pagar 3 reais por gibi. Não durou muito.
Chegou a Panini e aconteceu o que aconteceu, mantiveram o formato, baratearam o papel, encheram a banca de mix e fizeram um preço dentro da realidade. E cada vez mais lançamentos... até a época que não valia mais a pena comprar os importados na comic shop (comic shop na época do dólar 1 por 1 era festa, depois veio o dólar livre e virou 1 real – 4 dólares). TPs, títulos que a gente nunca imaginou que veria por aqui.
Começaram a fazer filmes de gibi, filmes bons (na medida do possível, eu sou contra eles. Meu lado Alan Moore diz que gibis foram feitos para serem lidos, não assistidos), as crianças gostam, novos leitores aparecem, gente que me zoava na escola por ler gibi e jogar videogame, hoje, acha tri cool essas coisas. Eu chamo de civil recém-convertido, e funciona como os novos cristãos: na minha Inquisição por quem é tr0o leitor de gibi e gamer, eles não passam. Hoje em dia é bonito perder o dia na internet, ler gibi, jogar, ver filmes de coisas da minha época, tipo Tron (uma merda, filme bom mesmo é Os Heróis Não tem Idade. Quem lembra me add). Viraram modinha.
É bom pra mim? Por um lado. Hoje eu posso ir numa loja de brinquedos e comprar action figures variadas. Na minha época eram ~~~hominhos~ (no máximo bonequinhos) da Gulliver. Posso comprar vários produtos DC e Marvel que seriam impensáveis tempos atrás aqui no país. Mas mesmo assim, eu me sinto um pouco violada. Invadida. Como se bárbaros tivessem tomado conta do meu pacato vilarejo.
PS: quem lê gibi de verdade cheira a revista. É sério.
29 Comentaram...
Concordo com tudo, mas duas coisas foram fodásticas. Primeiro, lembrar que a gente chamava as action figures de "hominhos", hahahaha, fodíssimo! E segundo, quem lê quadrinhos cheira a revista MESMO! rsrsrs
Sensacional!
Contou a história da vida de muita gente, inclusive a minha (tirando a parte sobre lesbianismo, hehehe).
E "Os Heróis Não tem Idade" é e sempreserá mesmo FODA! Tenho ele legendado e dublado (dublagem original da Sessão da Tarde, obviously).
Muito obrigado por essa sessão de nostalgia logo pela manhã. Meu dia vai ser melhor por me lembrar da infância e juventude tão rica em cultura que tive.
Té.
Aew.... nooooooooooooossa, quanto saudosismo... eu mesmo estou a viajar na minha infancia ao ler td isso... lembro das reais sagas dos x-men no brasil... lembro da MINHA PRIMEIRA HQ... ria alto com as propagandas do Instituto Universal, que inclusive tambem passavam antas do Chapolin com aquela musiquinha".. o Instituto Universal vai até você.. com Universal você pode chegar lá..."... sem contar a evolução do games...lembro de endoi dar no Alex Kid...ou de fuder a ponta dos dedos jogando Mortal Kombat... dos "homenzinho"... lembro das figuras de plastico dos herois da DC que vinham nas vendinhas de esquina, que você ganhava ao comprar um caramelo "Zorro" ou outro pirulitinho qualquer...
Sendo o NERD idiota e isolado que a galera estranhava pq ele lia HQs e sabia a origem de cada super heroi que surgia na TV. Apesar de saudoso, sinto falta de quando ser nerd não era cool...
No mais, lembro de chegar na banquinha e pedi pro dono: - Tio ma dá ai a "revistinha" dos x-men."
ai, ai..
Ressaltando o que a nossa amiga falou, que lê quadrinhos, relmente, cheira a revista...
rsrsrsrsrs
"Fuga de Nova Iorque" ou "Aventureiros do bairro proibido"... já pensou se fizerem um remake??? Mudo de planeta, juro.
(cala-te boca, não dá idéia...)
PORZEOS! Morri lendo isso.
Não sou tão velho a ponto de ter convivido com um Atari (eu quero um T-T). Mas atirei muito nos patinhos, joguei muito Mega Drive e SNES.
Quando comecei a comprar quadrinhos eu perambulava pelos sebos da cidade. E olhe que isso não faz muito tempo.(Fazem no máximo uns 5 ou 6 anos)
Não tem coisa melhor que entrar num sebo e procurar aquela edição que faltava para completar a coleção (fiquei mais de 3 anos esperando alguma alma boa se livrar de X-MEN 2099 #18 para mim ter todos. E olhe que nem é tão bom assim #acho).
Desde que me entendo por gente HQ's na banca são mei carinhas. Mas isso não me impediu de comprar algumas preciosas.
E sim, quem realmente lê quadrinhos cheira a revista. (Faço isso com mangás agora -q)
Muito bem posto, dona Jenny, a ruiva mais botafoguense que eu conheço... eu compartilhei de toda vossa angústia (menos a parte do lesbianismo) pois entro na casa dos inta neste ano.
Os computadores nadavê que vc colocava na tv eram vários. Meu pai tinha um MSX, no qual a gente se divertia horrores com joguinhos do Atari (mas com cores mais vivas) e alguns outros. Alguns jogos eram gravados em fitas K-7 (sim, aquelas de música) e demoravam de 30 a 50 minutos para iniciar (se não desse algum pau no meio do caminho). Quando surgiram os disquetes 5''1/4 foram a sensação.
E quanto a cheirar gibi, é inevitável mesmo... me lembro de um grande post do Marcelo Soares (@msoares) no antigo fórum da Panini que fazia menções a estes hábitos gibizísticos.
ACFP Junior (@acfpjr)
O mais foda é a falta e respeito e perspectiva de alguns nerds, que pegaram a coisa pronta e falam merda sem conhecer oque foi a edificaçãao da industria de HQs. Quando eu comecei a ler gibi ninguem conhecia X-men, eram um orgulho encontrar outro fã que colecionava e conhecia o wolverine(pessoalmente meu preferido sempre foi o ciclope) e nisso tava mais ou menos implicito um respeito e uma curiosidade as obras anteriores, todos entendiam que era outros tempos, outra linguagem, outros valores e jeito diferente de fazer as coisas...hoje é comun ler em foruns, uns otarios falando mau de Stan Lee, Jack Kirby, Jonh Byrne, Alan Moore.
Gente criticando Stan Lee porque seus roteiros eram ingenuos?, Jack Kirby porque seus desenhos são quadrados? Byrne e JONH BUSHEMA!! por que eles não são tudo isso e Alan Moore "Ha muito tempo foi superado por outros escritores como Mark Millar."
"Watchmen nem é tão bom assim, muito parado"
Usei esse espaço prum desabafo, porque agora parece que pra ser tu tem de descutir se a mulher-maravilha usa calcinha embaixo do short na ed 547 e qual é o melhor artista da ultima semana; e segmentando os tipo: "eu sou nerd metallica não sou um nerd restart", mas a grande verdade é que pra quem só ouve samba restart e metallica é uma coiisa só(ARGH), mas eu com muito orgulho não sou nerd...sou colecionador de gibi.
ps: Tem de cheirar gibi e gostar de ir em sebo e ficar com as pontas dos dedos coçando de tanta poeira
ps2: Alguem lembra o nome daquele filme que uma babá, ta cuidando de cinco irmãos e resolvem sair de carro pela cidade de madrugada...e eu não lembro mais do enrendo...mas a caçula da familia é fanatica pelo Thor(com direito a chapeu e martelinho de plastico) eles ficam a pé e eles encontram um mecanico com um martelo e a menininha?: -Salve THor o Deus do Trovão!
tu descreveste minha podre e triste infância.
parabéns guria.
quero trocar umas ideias contigo.
@maicongauderio twitter
Nossa! falou tudo! eu não sou muito de HQs... mas com anime e mangá (que são a minha vida!) aconteceu mais ou menos o mesmo... hj é "cool", tá sendo aos poucos popularizado, transformado em produtos pras massas... e se por um lado é bom, como vc disse, por outro me sinto exatamente assim: violada, apreenciva... são pessoas que não entendem a verdadeira paixão por essas coisas...
Nusssa um Pense Bem!?!? Eu não lembrava disso a anos, eu também tinha um! Não peguei grande parte dessas coisas pq sou um pouco mais novo(18 ainda) mas até hoje prefiro jogar meu "meia quatro" ao PS2.
Zé, o filme que tu falou era Uma Noite de Aventuras e ela troca os patins pelos pneus com o Thor mecanico
:~~~~~~~~ tri classico
Muito bom. Também sou do "tempo do formatinho da ABRIL". Embora também tenha baixado scans... Opa! XD
Tenho um amigo que tem (ou tinha), o costume de cheirar revista.
A chave de buceta da Lôra rulava.
Viajei no tempo, que legal, realmente é até chato ver esse tanto de gente invadindo esse mundo que já nos pertence a muito tempo. Dificilmente se lembrarão que criticavam os leitores de quadrinhos.
E os novos leitores e jogadores nunca saberão o quanto era gostoso ler quadrinhos e jogar video game no nosso tempo.
Duas coisas, eu amava garfield formato caligrafia hehehe.
No que diz respeito aos video games, eu parei no atari, pra mim nenhum outro presta e esses joguinhos de internete são um saco, bom mesmo era ficar uma semana com dor no braço de tanto jogar atari!! Amooooo
P.S. Eu ainda escuto músicas no LP, para quem não sabe o que é isso, Longplayer, disco ou bolachão. Ainda bem que esta moda está voltando!
Cara "chave de buceta"! Eu era office-boy e dava uma de migue na hora de fazer serviço de banco, e ficava a tarde toda num fliperama na av São João, jogando TEKKEN, Mortal Kombat2 e Samury Shadow3.
Esses dias eu falei xismen e emeu sobrinho me corrigiu, "é Equismen".;
Chamei ele de noob.
Zé da Fiel, Caralho, Saamurai Shodow era foooda. Eu jogava o 1 no video game, mas gostava mesmo o 2, que vivia nos fliperamas jogando
Poize dona Jenny, tb to quase na sua idade e me lembro de mtas dessas coisas. Com video game comecei cedo, no atari,e até hj tenho trauma pq um vizinho tinha um master system, ficava jogando alex kid e ele nunca me deixou jogar. Imagina a alegria qdo eu ganhei um SNES? kkkkk
Sábados após a escola no fliperama, jogando the king of fighters 94. No domingo, era só R$0.25 a ficha, me tacava proc entro no sol quente pra isso.
Se fizerem um remake de aventureiros do bairro proibido mata o filme. Kurt russel rules.
Nos quadrinhos, lia só disney e turma da mônica, conheci marvel relativamente velho (no ano 2000). Era do apocalipse, ali quer era O poder.
E uma analogia entre quadrinhos e nosso cenário econômico. Um amigo meu tem watchmen de qdo foi lançado no Brasil primeira vez, em cada revista o preço é diferente, na verdade a moeda mudou. Tem cruzeiro, cruzeiro novo e uma terceira que nao me recordo.
Tempos que não voltam mais...
Posso dizer que graças ao meu irmao que me deixou proximo a esse cultura dos games,HQs etc..de certa maneira vivi isso (apesar de ser mais novo 19)...horas jogando street fighter (e claro fazendo bolha nos dedos)rsrsrs
lendo os gibis classicos com todo o cuidado e carinho e medo(meu irmao me emprestava mais sobe varias ameaças,caso acontecesse alguma coisa ne)rsrsrs
De fato quem lê quadrinhos cheira a revista sim...rsrsrss
cara, é sempre bom ler algo que a J.T. escreve.
Recordei boa tarde da minha infância, aprendi a ler mesmo lendo gibis... não de heróis, mas aqueles da disney e do mauricio de souza mesmo...
Agora a evolução dos games, até hoje sou viciadão.
Jenny, vc é foda!!!
Tem cheiro e cheiro de gibi. Cheirar revista "Superamigos" era um ato de heroismo, cheirar os especiais Graphic Novel da Abril era fundamental. Até pq era mais cara.
Gostei bastante do post. Meu impacto foi, em 1987, com Batman - O Cavaleiro das Trevas. Imagina, de "Superamigos" da televisão direto para o Batman cinquentao dando uma porrada no Super-homem (hj Superman por acá).
É a vida!
A ultima caçada de Kraven foi épico, deram uma morte foda prum vilão meio fuleiro, foi o que me fez gostar de quadrinhos
Recordar é viver rs gostei
Que massa seu texto Jenny
Tenho 25 e sua história é muito parecida com a minha, indo de Atari a Xbox 360 hehehe.
Muito legal relembrar, ainda comentei com a minha mãe hoje que gostava de jogar sonic mas achava um inferno aquela fase da agua hahaha.
Vivi e lembro quase tudo o que falei.
Parabens pelo texto
Abraço
"Pense bem" meu primeiro pc....
Nah muito bom teu texto. Eu morro até hoje de ódio por nunca ter tido um vídeo game a não ser comprados com meu dinheiro, diziam que era coisa de menino (meu primo tinha todos não durava mais um ano com um console se sai um mais moderno ele ganhava). Eu cresci no meio dos guris, jogando, dando de sk8, jogando futebol, tanto que hora de jogo do Grêmio eu to na frente da tv! Nunca consegui ler gibi alem dos voltados para gurias (ou quando pegava emprestado dos guris), hoje sou feliz quando as pessoas vão à loucura quando chego c sacolas de gibis hehehe
Adoro teus textos Janny
Bjuh
Post Fodastico!!! Tipo relembrou a minha infância toda "Menos a parte de beijar outras meninas". Única coisa que faltou era lembrar da época que passava CDZ e Yu Yu Hakusho. O pessoal largava a pelada na rua e corria na casa de quem estivesse mais perto. Me lembro uma vez que minha mãe quase me fez eu desligar a tv. Por causa da frase do Saga de Gêmeos: Morrrarr Seiya, vai para o INFERNO!!! Caraca, tinha uns 10 cabeça na minha casa neste dia. O pessoal ia me metar a porrada e me chamar de Shun.
Pois é galera, quem viveu entre 85 e 95, ao meu ver, viuveu épocas de glórias. Claro não tinha internet, mas veja pelo lado bom. Os Vampiros naquela época não brilhavam no sol. Eles morriam mesmo em contato com o sol. Quem viu entrevista com o Vampiro sabe do que estou falando...
Na minha opnião nerd que é nerd mesmo. E quem já ta na casa dos 25 anos em diante. Hj ser nerd é quase moda.
não conheço nada dessas coisas, bom... não conhecia... muito interessante
Adorei o Post e estou achando muito bala os comentários! Muito mais interessante por se tratar do "testemunho" de uma garota. Se naquela época não era fácil ser nerd, imagine para essa menina! Hoje em dia além de ser moda, o pessoal subverteu esse nome para Geek (nerd descolado) mas enfim, vivemos em tempos melhores, bom para os "bárbaros" hehehe
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