segunda-feira, 24 de novembro de 2008

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Games e quadrinhos ainda não sabem o que é crise

 

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Por FiliPêra

 

O mundo está em crise financeira, e tudo se originou nos EUA.  Enquanto bancos e grandes empresas beijam a lona, fazendo pessoas, antes endinheiradas, dormirem em carros; a indústria de quadrinhos e a de games só têm a comemorar. Principalmente a de games, alavancada pela impressora de dinheiro chamada Wii.

Esse ano a indústria de games cresceu em torno de 19%, deixando para trás qualquer hipótese de crise no setor. E o futuro é ainda mais promissor. Segundo estudos do NPD Group, as vendas de games devem aumentar 21% ano que vem, movimentando cerca de US$ 57 bilhões. Não é pouca coisa, e deve colocar o entretenimento eletrônico à frente das indústria musical e de cinema… JUNTAS. Somente no Reino Unido, para você ter uma idéia, as vendas de games e consoles cresceram em torno de 42%. A explicação dos especialistas é que, com a crise, as pessoas preferem ficar e se divertir em casa, o que favorece ainda mais o consumo de jogos eletrônicos.

Os quadrinhos, por sua vez, não ficam para trás, mas por motivos diferentes. O ICV2, que acompanha as vendas de quadrinhos, registrou alta nas vendas de HQ, na ordem de 9%, no mês de outubro, exato mês em que a crise explodiu. O irônico é que esse, além de janeiro, foi o único mês de crescimento na indústria no ano de 2008.

E o que é ainda mais irônico é que o último crescimento expressivo foi nos primeiros cinco anos dos anos 80, um período de, adivinhe… crise econômica. E motivos para isso nunca não faltam: os gibis sempre tiveram a capacidade de, à sua maneira, refletir a realidade em que os EUA vivem, e muitas vezes servindo como uma das principais fontes de escapismo. Os preços também são outro fator de ajuda; mais baratos que cinema, música e games.

Como visto, crise econômica, somente nos nossos bolsos mesmo!

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