quarta-feira, 15 de junho de 2011

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[Resenha] A Batalha do Apocalipse

Por Sayron Schmidt, do World RPG Fest

 

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Sei que quase sempre falo sobre mamilos polêmica por aqui, mas hoje farei minha primeira resenha, que por sinal não tem nada desagradável, como deveria ser toda a primeira resenha dos colaboradores do NSN, tipo Centopéia Humana, Wolverine – Origens ou coisas assim!

Nessa terça saiu nosso NozesCast, depois de alguns séculos parado, agora voltamos com tudo! Novo formato, novos participantes e convencendo o senhor Voz do Além de que gravador MP3 é underground demais e que estava na hora de profissionalizarmos a parada!

Mas vamos lá, enquanto não consigo ser colunista seguimos como colaborador Nerd (Nota do Editor: quando lançarmos a Mob Ground, em agosto, o Sr. Sayron receberá o almejado - por ele - posto de colunista). E hoje resolvi falar sobre um livro que, de inicio, não esperava muito, mas que me surpreendeu positivamente, tanto pela história quanto pela forma como o livro foi escrito.

Estou falando de <jovemnerd> A Batalha do Apocalipse </jovemnerd>!!!

Para começar, vamos desmitificar algumas coisas: O livro não é sobre aquele Apocalipse contado pela Bíblia, é apenas uma visão fantástica de um apocalipse, poderíamos ligá-lo mais ao Supernatural ou a Constantine do que qualquer outra história. Então não esperem passagens bíblicas fiéis.

Pronto, aviso dado. Vamos à resenha.

Livro foi escrito por Eduardo Spohr e teve um forte apoio por parte da galera do Jovem Nerd e que hoje está pelo selo da Versus Editora, atualmente é um livro muito vendido e conta com uma edição especial em capa dura. Li diversas opiniões sobre o livro antes de comprá-lo, tanto boas quanto ruins. Quando comprei e vi aquele baita livrão achei que, se caso fosse ruim, não conseguiria ler com a devida atenção que qualquer livro merece, mas posso dizer que me surpreendi bastante.

O inicio do livro nos mostra algumas coisas que estariam por vir, mas que não são bem explicadas e acabam caindo no esquecimento ou te deixam tão curioso para entender que terminam por te dispersar no decorrer da história, senti que essa parte ficou um pouco fora do contexto, mas que não estragou o que veio depois.

A segunda parte já temos o personagem principal, Ablon, o Anjo Renegado, aparecendo e eis que a história começa a ficar interessante. Pois praticamente todo o livro é construído em flashbacks, então vagamos mundo afora acompanhando as peripécias dele e de sua peguete amiga humana Shamira. Isso torna o livro uma experiência única, ainda mais quando vemos a alternância da narração da terceira para a primeira pessoa, pouca autores conseguem fazer isso sem causar confusão no leitor e Eduardo Spohr conseguiu bem.

As descrições são para pessoas perfeccionistas, e chegam ao ponto de soar um pouco chato devido a tamanho detalhamento que ele faz. Vou ser sincero, eu gosto desse tipo de descrição, pois ele consegue te convencer do lugar onde os personagens estão, e mostra um alto grau de pesquisa.

O ponto forte do livro é o mesmo onde ele peca. Flashbacks. Muitos dos existentes são imprescindíveis para entender alguns pontos da história, mas outros acabam ficando um pouco fora da proposta, e parecem mais um enche-linguiça ou uma grande vontade de criar altos níveis de intimidade entre o leitor e os personagens desnecessários, já que, tanto protagonistas, antagonistas e coadjuvantes são, na sua maioria, muito carismáticos e marcantes. Não sei explicar qual foi o intuito, mas é desagradável em alguns momentos.

Algumas lutas são épicas, como o primeiro duelo entre Ablon e Apollyon é sensacional, e deixam o leitor ávido por mais e mais lutas. Mas algumas possuem descrições tão simplistas e bobas que cortam a emoção das cenas. Isso é corrigido nas páginas finais do livro, onde as lutas (que me lembram muitos porradeiros de mangás e animes) são descritas com uma precisão impressionante, além de nos deixar ansiosos pelos desfechos que cada uma tem.

Por falar em final, nos últimos capítulos queremos devorar cada capítulo para ver o desfecho de tudo e ver o resultado do apocalipse. Vou deixar claro que eu esperava mais, não sei se criei expectativas demais sobre o fim, devido ao resto do livro, ou se realmente foi um final forçado e com poucas explicações. Pareceu-me que o autor resolveu dar uma acelerada no capítulo final devido as mais de 500 páginas que o livro já possuía. Eu esperava um pouco mais, mas isso não significa que o final seja ruim, ele apenas é rápido demais e deixa algumas coisas vagas.

Galera, acho que isso, tomei o maior cuidado para não dar spoilers por aqui e prejudicar uma futura leitura de vocês! Recomendo a todos, pode ser que esse seja o primeiro bom livro de um escritor promissor nas terras tupiniquins.

 

A Batalha do Apocalipse

Autor: Eduardo Spohr

Editora: Versus

Páginas: 586

Nota: 7,5

7 Comentaram...

Guten disse...

Eu gostei bastante d'A Batalha do Apocalipse, e tenho tanto uma das primeiras edições (que comprei ainda sob o selo NerdBooks) quanto uma da atual, da Verus (quando um bom amigo viu o livro, achou que era o tipo de coisa que eu gostava e me presenteou com ele). O roteiro é excelente, os persoangens bem construídos, e aprecio bastante o nível de detalhes. O que me incomodou, no entanto, foi uma tendência no estilo do autor de, às vezes, tentar impor uma aura de epicidade na narrativa. Não sei se isso foi mudado na nova edição (visto que ainda não a li), mas essa questão de estilo, por vezes, me perturbava.

Paulo Roberto [Em Paralello] disse...

Eu nunca comprei este livro justamente pela divergencia de opinioes gerada em torno dele. Contudo apos ler a sua resenha meu caro amigo vou adiquirir um exemplar. Excelente resenha, abraco! (a pontuacao esta um merda pois estou escrevendo do celular #tenso).

Unknown disse...

Comentário genérico:

Esses caras que compram IPhone e não conseguem usa-lo direito viu...

Beatriz disse...

Gostei bastante do livro, concordo qdo vc fala do final, eu esperava mto mais realmente, mas a leitura foi ótima! Só acho que merecia 8,5 ;)

Anônimo disse...

Isso é uma resenha? N

Marcelo Soares disse...

Olha, foi uma das poucas opiniões que vi coerentes, que elogia e critica onde deve. A maioria das pessoas é entusiasta demais e deixa isso influenciar.

Unknown disse...

Oi adorei sua resenha...mas vc já leu o livro reverso escrito pelo autor Darlei... se trata de um livro arrebatador...ele coloca em cheque os maiores dogmas religiosos de todos os tempos.....e ainda inverte de forma brutal as teorias cientificas usando dilemas fantásticos..acesse o link..www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?nitem.

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