O ambiente virtual segue regras do mundo “real”. As medidas punitivas só podem ser aplicadas posteriormente a um acontecido, e servem basicamente para criar um exemplo que tem potencial para evitar que outros repitam o processo. Isso responde a pergunta que alguns amantes da ordem fazem continuamente: como impedir que uma pessoa assassine outra? Ou que um grupo toque o caos no meio da cidade? Resposta simples: a não ser que se instale um aparato de “inteligência” extremamente rigoroso e criminoso, você não impede. Tem que investir em educação e igualdade social para manter a população com a cuca longe dos crimes.
E sim, nossas leis devem continuar com a suposição que todos são inocentes e não irão cometer crimes, pois do contrário está aberta a instituição de um Estado policial e paranóico, como várias décadas do regime soviético, ou os anos do Macarthismo.
Mas isso não impede alguém de se proteger, principalmente se viver num canto meio perigoso do planeta. E exatamente aí está a diferença entre a internet e o mundo “real”: no ambiente online TODO canto é perigoso, pois qualquer um pode alcançar qualquer um. Isso significa que, se alguém invadiu a estrutura da PlayStation Network, pode invadir a Xbox LIVE também, não existem limitações geográficas ou outro tipo de barreira. É algo óbvio, um alerta pra outros se protegerem, e não foi bem isso que rolou.
Quem começou com a história de forma mainstream foi o Anonymous, que misturou crackerismo com ativismo e reforçou que o ambiente virtual poderia ser palco de mini-revoluções muito mais impactantes do que os críticos do ciberespaço poderiam prever. Além disso, mostrou também que a tal Geração Y, Pós-Moderna ou qualquer rótulo que se invente, é realmente uma geração sem identidade ou sem causa, sob muitos aspectos.
E isso ficou mais patente com o aparecimento do grupo Lulz Security - LulzSec, pra facilitar. Bem mais agressivo e destrutivo que o Anonymous, o grupo mostrou que seu nome muito tinha a ver com seu modus operandi: era tudo em nome da diversão, sem qualquer preocupação ativista.
Mostra disso rolou na terça-feira (15), chamada #TitanicTakeoverTuesday. Resumidamente, foi o dia de inutilizar através de ataques distribuídos de negação de serviço (DDoS) diversos sites de jogos massivos, como Minecraft e EVE Online, o que não deve ter agradado os milhões de jogadores que jogam os games. Quatro dias antes disso, o site da revista The Escapist rodou sem fazer barulho - o Lulz disse que usou apenas o,4% de seu poder de fogo pra tirar o site do ar. League of Legends foi outro jogo que teve seus servidores arregando.
Agora a pergunta: Por que? Pela diversão, respondem eles. Pela falta de aparentes padrões e critérios nos ataques, isso poderia realmente ser verdade, embora não seja fácil de acreditar que pessoas coloquem em risco - de forma meio remota, é verdade - suas liberdades somente pela diversão (ou pra se sentirem parte de algo, nunca se sabe). Ou quem sabe, mostrar que efetivamente nada ou ninguém está a salvo na selva da internet.
Pois bem, a audácia do grupo não parou por aí. Após ser desafiado no Twitter com a frase “vocês só pegam peixe pequeno”, eles resolveram dar um passo além… e tiraram do ar o site da CIA, a tal agência de “inteligência” americana”. Não foi nada estrondoso e durou poucos minutos, mas se levarmos em conta que eles também derrubaram o site do Senado americano e de uma firma de segurança digital, parece que o poder do Lulz realmente não é tão desprezível assim.
Horas depois, eles vazaram mais de 60 mil senhas de sites que não divulgaram, para pânico geral. O Hackers News divulgou que eram senhas da rede social para leitores Writespace.com, mas como medida de segurança, o Gizmodo US criou um esquema pra você consultar a lista de emails vazados e saber se o seu tá na roda.
Uma coisa é ainda mais importante nesse monte de histórias: assim como o Anonymous, ninguém sabe de aonde vieram ou o que pretendem os Lulz. Alguns dizem que são dissidentes da board /b/, do 4Chan, enquanto outros afirmam ser eles uma invenção da própria CIA, para fazer todo o ficar com medo e aceitar mais facilmente as leis que castram a liberdade na internet. Eu só sei que não duvido de nada.
Uma coisa é certa: ninguém que usa a internet tá a salvo nessa história.
[Via MeioBit]
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