Confesso que não me empolguei muito quando saíram as primeiras informações sobre a adaptação de Scott Pilgrim. Não sou muito fã de mangás, então passava batido pelas notícias sobre o filme, mas ao assistir o primeiro trailer eu fiquei maluco. A comparação imediata foi com Speed Racer, um filme que chuta a realidade de escanteio em nome da diversão. E para os nerds gamemaníacos (principalmente os que cresceram na era 8bits), Scott Pilgrim Contra o Mundo é diversão garantida.
Na história do filme, Scott Pilgrim é baixista de uma banda, a Sex Bob-Omb (sacou a referência?), e acaba se apaixonando por uma garota que aparece nos sonhos dele, Ramona Flowers. O problema é que, ao conhecê-la no mundo real, Scott descobre que deve derrotar os sete ex-namorados do mal da garota, para que possam viver felizes para sempre. A partir daí, a vida de Scott Pilgrim se transforma em um videogame, onde os chefes de fase vão ficando cada vez mais difíceis, até chegar ao chefão final.
O filme já deixa sua proposta bem clara desde o começo, com o logotipo da Universal feito com gráficos de Nintendinho. Além disso, a música tema da Universal é tocada no estilo dos games em 8 bits, tudo ajudando para que o espectador já entre no clima da história. Sem contar que, em certos momentos podemos escutar efeitos sonoros saídos diretamente de clássicos dos games, como Mario e Zelda. A trilha sonora também é muito maneira, sempre recheada de rock’n’roll. As histórias em quadrinhos, mídia onde Scott Pilgrim surgiu, também não foram esquecidas e o filme é cheio de onomatopéias o tempo todo. Um telefone toca e lá está o “barulho” do telefone escrito na tela.
Scott Pilgrim Contra o Mundo é um filme onde o mais importante é curtir todo o visual criado para ele. É sensacional, por exemplo, ver as ondas sonoras da Sex Bob-Omb sendo projetadas pelo ar, principalmente na batalha de amplificadores. Quando Scott começa a lutar contra um dos ex-namorados, aparece escrito na tela coisas como “vs”, “reversal” ou “combo”, todos termos usados em jogos de luta. O chefe final possui até uma barra de energia que começa a encher quando Scott chega para a luta. Outra coisa bem legal é que quando um inimigo é derrotado ele se transforma em um monte de moedas no chão, explicando de onde surge o dinheiro nos games.
Infelizmente, Scott Pilgrim Contra o Mundo não é um filme para todos os públicos, o que acabou fazendo com que não estreasse no país todo. Esse é um daqueles filmes para os que gostam de ver coisas diferentes no cinema, que gostam de apreciar um visual diferente. À primeira vista, esse pode até parecer um filme infantil, mas para quem estiver disposto a dar uma chance à produção, a diversão é garantida. Principalmente se você cresceu jogando Nintendinho.
Scott Pilgrim versus the World (EUA, 2010)
Diretor: Edgar Wright
Duração: 112 min
Nota: 10
8 Comentaram...
Antes de ler a resenha eu não tinha a mínima vontade de assistir esse filme, agora...agora eu continuo na mesma! hahahaha
Brincadeira, o filme pareceu ser bem divertido!
Eu achei esse filme incrível, pois ODEIO mangás então esperava algo bem pior, sou tioziho chato mesmo freak 80's, então pra mim o filme não tinha um comparativo com o mangá, era apenas um filme que me falaram ser interessante, adaptação de hq e topei assitir, achei sensacionalllllllll a forma que foi "contado" o filme, efeitos visuais, como designer e fotógrafo além de gostar do enredo não poderia fiquei babando nos efeitos, sonoplastia, direção de arte e fotografia.... quem olha pensa "é um filme sem pé nem cabeça" literalmente, bem cara de japonês ... quem busca filme hollywoodiano desista de já em assistir.
Uma pena filmes como esse não emplacar em grandes bilheteria, muitos odiarão, irão dizer "que coisa tosca, sem roteiro, infantil" principalmente por não entender a proposta do filme principalmente sendo uma adaptação.
Eu achei incrível os cortes, simplesmente se está em uma cena a câmera vai pra um detalhe e quando volta é outro lugar, a banda está ensaiando já.... sem contar a batalha épica do macaco contra o dragão (SPOILER rs), clááááááássiiico de mangás ao estilo Pokemon e Yu-Gi-Oh além da famosa disputa pela mulher como em todos os filmes.
O filme já vale por "Michael Cera" esse cara é muito bom pra mim, parece um desenho ambulante, sarcástico além da gata Alison Pill e a musa Mary Elizabeth Winstead já vale a pena só por esta última hehehe
Preciso descobrir a OST desse filme.... muito foda as músicas
"Esse é um daqueles filmes para os que gostam de ver coisas diferentes no cinema, que gostam de apreciar um visual diferente."
De diferente não tem nada. Ele apenas recicla tudo o que a gente já viu sobre games e cultura pop.
Mesmo assim é um bom filme, não é revolucionário e nem épico. É um bom filme que em um futuro não muito distante irá passar nas "Telas Quentes" e "Sessão da Tarde" da vida
O filme é otimo!!!Recomendo para quem gosta de videogames e musica.
Bom, eu to do lado da minoria que não curtiu o filme. Já nem queria ver, mas esses dias fui obrigado a ver com uns colegas, e definitivamente não é o tipo de filme que eu curto.
An epic of epic epicness.
:)
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