terça-feira, 21 de setembro de 2010

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Defensores da Luz Maskman: ótima ideia, mas com execução ruim

Por Felipe Camargo

 

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Maskman foi uma dessas séries que passaram pouco na Manchete (uma ou duas vezes, não me lembro), e por isso tinha uma visão romântica sobre ela: tinha qualidade, uma boa história, boas lutas etc. Depois pesquisando sobre o tokusatsu, percebi que outros tinham essa mesma visão, talvez por uma resenha favorável na revista Herói. E por isso quem se arriscava a assisti-la acabava se decepcionando.

Pois bem, quis correr o risco. Baixei aos trancos e barrancos, junto com Gundam 00, e assisti aos episódios. Deixo claro que vi a série antes de ler sobre ela, embora minha opinião concorde com a de alguns por aí. A série em si não é ruim. A história é boa, veja só: um império subterrâneo quer dominar a Terra, mas conta com a resistência de um grupo de jovens lutadores que são orientados por um chefe místico. O império em questão é o Tuve, liderado pelo Sr. Zehba, que tomou o trono do imperador, mas mantém as princesas como servas. Já o grupo é Maskman, liderado pelo Chefe Sugata, e composto pelos membros clássicos dos Super Sentai – Red Mask, Black Mask, Blue Mask, Yellow Mask e Pink Mask. Cada um tem uma arma específica e um veículo que, unidos, formam o robô (ou mecha, como quiserem), o poderoso Great Five.

A série também concentra em um pseudo-triângulo amoroso. Nele, a princesa Ian, que foi congelada no primeiro episódio ao avisar seu amado (Red Mask) da invasão de Tuve, é motivo de disputa entre o líder dos Maskman e do vilão Kiroz. No mais, a fórmula dos episódios é a mesma dos demais Super Sentai. Muitas lutas, pouco enredo, tudo para distrair os espectadores. Mas eu me lembrava mais do lado dramático e da relação magia-tecnologia (presente em várias séries, como Dragon Ball e até Lost), que poderia render bons roteiros.

Por isso um pouco da decepção ao assistir a série depois de 18 anos. As expectativas eram de uma grande produção, com atuações excelentes, foco nos personagens, na descoberta da magia e a interação da mesma com as máquinas (a figura do Buda metade humano metade robô, atrás de Sugata quando medita, é um dos exemplos). Só que um tokusatsu não tem isso. Se tivesse, não seria sucesso entre a garotada, que quer porrada e mais porrada – eu pelo menos queria. Ao assistir novamente, achei que os melhores momentos da séria estavam no início: como a descoberta do segundo robô e o mistério em relação à verdadeira identidade do Sr. Zehba. Todos com episódios com continuação. Os demais poderiam ser classificados como “encher linguiça”, pois não fogem do padrão tokusatsu.

Por fim, minha avaliação é positiva (darei uma nota 7). Principalmente pela produção. Vale lembrar que ela foi produzida em 1987, e a tecnologia da época é bem usada, fazendo o expectador visualizar bem o que o diretor queria passar. Claro que existem melhores (Flashman e Changeman, por exemplo), mas teria sido o melhor seriado Super Sentai se fosse mais vanguardista e fugisse do convencional. Ainda assim não me arrependo de ter assistido.

4 Comentaram...

Michele disse...

Putz, só pelo enredo ainda prefiro Changeman e Flashman (que eu assistia por conta do Pégasus), mas desses seriados "japaman" o imbatível pra mim é o Jaspion, de longe o melhor enredo, luta e efeito especial. O Ninja Jiraya não era tão bom quanto, mas assistia tb. Agora, o Maskman nunca assisti. Vcs poderiam disponibilizar o link? Vlw.

Michele disse...

E sem querer mudar o assunto...eu tinha visto que lançariam um box do Jaspion com 46 histórias em DVD em 2009, mas até hoje não achei. Alguém sabe onde achar??

Scarecrow disse...

Jaspion era muito bom!! É verdade que tinha lá os seus defeitos, mas não estragavam a essência das histórias, que misturava magia e ficção científica. Mas dizem que lá no Japão o pessoal não achava isso tudo, não.

Michele disse...

É uma pena não reconhecerem! Agora olha se o Jaspion não é a cara do Jackie Chan mais novo: http://www.youtube.com/watch?v=9VBhVWQF2gg
Pra época que foi feito...acho que 86(caramba a idade chega), é muito massa. E já descobri quem fez o DVD, foi o Focus Filmes!!

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