Segundo o Kopimi, todas as verdades podem ser resumidas numa única frase: “A Internet está sempre certa.”
Com origens pré-históricas, o Kopimi tende para o futuro, agregando em si uma vibrante avalanche de conhecimento, criando os fundamentos para uma discussão livre das mudanças do tempo e do espaço. Um tumulto onde não existe razão em permanecer calado, tens que comunicar com toda a gente.
(…)
Este livro é um projeto em forma de enxame e cardume organizado de uma forma espontânea que tem uma única intenção - intensificar, multiplicar e condensar o Kopimi. Queremos ir mais ao fundo de nós próprios e do Kopimi. Queremos atingir-vos a vocês e ao futuro.
Ao mesmo tempo, as nossas palavras irão soar como doideras às orelhas moucas e carícias deliciosas para aqueles que querem ver e ouvir, mas acima de tudo: elas permanecerão convosco, com vocês em particular e com as vossas mães. Este é um livro para vocês que vivem no momento mas procuram olhar em frente no tempo.
(…)
Na sombra da crise definitiva da indústria cultural no século XXI, surge um horizonte mais vasto de powehr, bróculos e Kopimi. Cada passo nos fracassos do setor cultural é seguido por atemorizadores sucessos e disseminação estrutural de uma elite da Internet, um pouco por todo o mundo. O livro que estão a ler não possui nem autor, nem designer nem tipógrafo nem meio de distribuição. E no entanto está mesmo à vossa frente. Como é que isto é possível?
Leiam as instruções assustadoras que um núcleo de peritos em TIs vagamente ligados entre si implantou na existência em rede de uma geração insuspeita de jovens e sobre como o grupo roubou os ovos, os dólares e os jpegs, mesmo debaixo dos olhos do establishment e de poderosos interesses financeiros. Leiam sobre como servidores, trackers, emails, contratos empresariais, investidores estrangeiros, a mesada do Ikko, anúncios escandalosos, links e motores de busca infiltraram e arruinaram um mundo que não tinha ninguém com quem contar, ninguém a quem pedir conselhos e ninguém em quem confiar…
A máquina que funciona abaixo das frequências dos radares move-se livremente desde as selvas do Camboja até à dissoluta São Francisco, pelas praias vazias de Tel Aviv e até às ligações de Internet das pessoas comuns dos subúrbios de Jönköping ou até ao porto de Gotenburgo. Toca em tudo o que passa e destroi tudo o que está ao seu alcance. Tecnicamente superior e fisicamente independente, ela transforma-se, metamorfoseia-se e reaparece continuamente, em encarnações permanentes e sob diferentes nomes de código. Enquanto estrangula os seus opositores ela permanece inalterável e ainda mais - incompreensível.
Foi dito que esta é a primeira vez que o Kopimi liberta o mundo mas podemos estar certos de que não será a última.
Esses são fragmentos (a introdução e a conclusão, para ser mais exato) da obra Kopimi (Copia-me), uma compilação de 100 princípios do estilo de vida dos integrantes do Pirate Bay, com tradução para português do Miguel Caetano, do excelente blog Remixtures. Como de praxe, a obra é gratuita, e pode ser encontrada na própria Baía dos Piratas, que nesse instante, tem seus membros sentados no banco dos réus de um tribunal sueco e está massacrando a promotoria.
AQUI (e AQUI) a obra pode ser encontrada em inglês, devidamente traduzida do rarefeito sueco por um usuário Pirate Bay. Caso você leia, perceberá como se dá o pensamento dos piratas mais famosos do mundo. A conclusão parece bizarra; as frases mais se assemelham a uma espécie de Fitter Happier (música do Radiohead em que Thom York imita um robô recitando um monte de mantras motivacionais tirados de anúncios publicitários) falada por um robô em curto circuito, ou um ser humano em uma viagem lisérgica. Ou ainda uma versão 2.0 de Technologic, música viajandona do Daft Punk.
Para um executivo que bate cartão numa RIAA da vida (ou qualquer dessas siglas genéricas dessa sopa de letrinhas, que acham que estão com a razão sobre alguma coisa), nada disso fará sentido. Será simplesmente um amontoado de palavras desconexas, soando como maluquice. Mas, para qualquer um que respira e vive internet, e tá de saco cheio de ações judiciais idiotas, de gente que só quer garantir a integridade da própria bunda, tudo faz sentido, mesmo que a pessoa não concorde com uma letra do que eles dizem. Chute o status quo… e seja feliz!
Simples assim!
PS: Se alguém me der uma camisa original do Pirate Bay, eu revelo a minha identidade.
[Via Remixtures]
3 Comentaram...
Qual modelo e tamanho?!
É só mandar o link!
O link é esse, e o tamanho é XL.
http://www.bytelove.com/partners/kopimi-/-tpb/the-pirate-bay-premium-bamboo/prod_56.html
Boa sorte e obrigado! Pode deixar que mando uma foto (ou publico) minha usando a camisa!
Opa, opa... manda né!!!!
Não pode publicar!!!!! Só eu vou poder saber, hauhahuhuahuahuahu
E depois, quem quiser fazer uma vaquinha, eu tô aceitando ;)
Pagar em euros é foda...
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