terça-feira, 20 de setembro de 2011

Avatar Voz do Além

Mapa mostra os caminhos que levam pornografia até você

 

image

As coisas ficaram modernas… MUITO modernas, mas o transporte de dados da Internet ainda é baseado em cabos submarinos - alguns deles capazes de transportar cerca de 10 terabits por segundo, mesmo com uma espessura que não vai além de mangueiras comuns. Ou seja: esqueça aquele papo de via satélite ou similares, o principal meio de transporte de bytes é a fibra ótica mesmo, e todo a infra-estrutura é administrada por empresas privadas.

Até pouco tempo, a localização desses cabos era mantida em relativo sigilo, já que a informação é considerada sensível, obviamente. Agora, a Telegeography, empresa que entregava mapas com a localização dos cabos por US$ 250, via correio, criou um mapa online e interativo com essas informações.

O motivo é garantir que empresas possam construir cabos em localizações estratégicas e garantir a esperada redundância, que evita o Caos completo se um cabo for detonado por submarino apresentar problemas. E obter isso envolve construir cabos com rotas de transmissão similares aos principais usados pelos gigantes da banda, como Amazon, Facebook e outros. Claro que a informação continua com limitações, já que o zoom com a localização dos cabos não é completo, mas é o ideal para o que as empresas precisam saber.

Só clicar no LINK ou na imagem e ser feliz sabendo quais são as vias que te conectam ao RedTube.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Avatar FiliPêra

10 minutos de de Zelda: Skyward Sword pra ajudar a esperar até novembro

 

image

Você já sabe que The Legend of Zelda: Skyward Sword será lançado em 20 de novembro e que ele será o mais longo da série, com 50 a 100 horas de jogatina, o que não é pouca coisa. Enquanto você espera, assista os dois vídeos da conferência da Nintendo na Tokyo Game Show desse ano, com mostras da jogatina do novo título da franquia, e um sistema de upgrade de armas, similar aquele lance de melhorar sua espada em Majora’s Mask, mas que rolava só uma vez, após você vencer a corrida Goron - corrida maldita aquela, viu.

Como destaque dos vídeos fica a melhora na precisão, proporcionada pelo acessório Motion Plus, e aparentes novidades de jogabilidade, tanto através de itens, quanto por inserções como o próprio sistema de evoluções de armas.

 

É fato que a fórmula da série Zelda está parcialmente estagnada - da mesma forma que a fórmula de diversos jogos, principalmente os atuais jogos de tiro. Mas já é possível ver diversas mudanças incorporadas a série. Uma delas são nos combates, muito mais envolventes desde Wind Waker, que misturou técnicas e o aprendizado de golpes novos - que ficaram bem poderosos e intuitivos em Twilight Princess, que dispensou o uso de botões de ação e utilizou combinações de movimentos, algo bastante bem-vindo.

O número de sidequests e a liberdade proporcionada pelos mapas também melhorou bastante desde Wind Waker, que teve um mundo semi-aberto de ilhas, embora ainda um pouco carente de conteúdo extra. Por isso considero Twilight Princess um jogo tão bom, semi-perfeito: por utilizar elementos de jogos passados, investir em história (tá longe do ideal ainda, mas melhorou) e proporcionar um clima mais épico de fantasia. O mundo é gigante, a narrativa é épica (você vai ver se jogar), as cutscenes valem a pena, as interações entre personagens são de primeira. Só faltou alguma adição a mecânica tão boa quanto a insanidade de Majora’s Mask - lamento, mas jogar como o lobo só fica bom pouco antes da metade do jogo - e um nível de dificuldade maior.

Acho que Skyward Sword tem tudo para ser o jogo que continuará levando Zelda rumo a evolução - quem diz que não evoluiu, é porque não joga a série há certo tempo, digo o mesmo de Mario. E os vídeos mostram isso. Mas só em novembro pra sabermos com certeza.

 

 

Avatar FiliPêra

Florence and The Machine lança duas novas músicas e… bom, ouça aí que vale a pena

 

image

Depois de fazer sucesso com o ótimo álbum Lungs, Florence Welch, vocalista da banda Florence and The Machine, lançou dois singles do novo álbum do grupo, chamado Ceremonials. Se for tão bom quanto Lungs, uma mistura explosiva da voz de Florence, com sons cadenciados, com muita percussão, vocais líricos e essas coisas que levaram a classificar a artista de “alternativa”, vai render um discão.

E pelas duas músicas divulgadas - What the Water Gave Me e Shake It Out -, a artista vai manter a escrita. O único ponto negativo é capa de Ceremonials, que achei fraca, mesmo sendo uma referência as antigas atrizes atrizes de Hollywood, da década de 1920.

Ceremonials será lançado em 31 de outubro Dia das Bruxas nos EUA.

 

image

 

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Avatar Colaborador Nerd

[Pipoca e Nanquim] Oceano

Por Pipoca e Nanquim 

 

86 - Oceano - Pipoca e Nanquim por pipocaenanquim no Videolog.tv.

Olá, camaradas!

Como todos vocês devem saber, sexta-feira é dia de…ir pro bar! E também do videocast Pipoca e Nanquim, claro! O negócio é seguinte: desde tempos imemoriais os oceanos despertam a curiosidade e imaginação de todos os povos, isso sempre gerou histórias fabulosas, seja tratando de mitos submarinos, criaturas apavorantes até competições subaquáticas e piratas aventureiros.

Esse novo programa traz exatamente isso a vocês, dicas de obras sensacionais na literatura, cinema e quadrinhos que tem o reino de Poseidon e lar de Iemanjá como principal foco.

Embarque com a gente nessa aventura e mandem noticiais!

Câmbio, desligo.

 

QUADRINHOS INDICADOS

Namor: As Profundezas (Panini)
DC Especial #07 – Aquaman: a Reconquista da Atlântida (Abril)
Corto Maltese – 5 Volumes (Pixel)
Corto Maltese: A Juventude (Nemo)
Isaac: o Pirata (Conrad)
Classics Illustrated #01 – Moby Dick (Abril)
Abe Sapien: Os Afogados (Mythos)
Café Espacial (Independente)
John Constantine, Hellblazer: Origens – Vol.01 (Panini)
Lex Luthor: Homem de Aço (Panini)
Batman/Deathblow (Panini)

FILMES INDICADOS

Imensidão Azul (Le grand bleu – 1988)
Esfera (Sphere – 1998)
O Segredo do Abismo (The Abyss – 1989)
A Vida Marinha com Steve Zissou (The Life Aquatic with Steve Zissou – 2004)
Perigo em Alto Mar (The Reef – 2010)
Waterworld – O Segredo das Águas (Waterworld – 1995)
Tubarão (Jaws – 1975)
Medo Profundo (Black Water – 2007)

LIVROS INDICADO

O Velho e o Mar (Bertrand Brasil – 1952/2009)
Vinte Mil Léguas Submarinas (Martin Claret – 1870/2003)
Moby Dick (Cosac Naify – 1851/2008)

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Avatar Colaborador Nerd

[Pipoca e Nanquim] Grant Morrison

Por Pipoca e Nanquim 

 

85 - Grant Morrison - Pipoca e Nanquim por pipocaenanquim no Videolog.tv.

 

Fala, galera! Sejam bem vindos a mais um videocast do Pipoca & Nanquim.

Faz tempo que não falávamos sobre um criador em particular e sua obra, então decidimos retomar o tema. Nossa escolha da vez é um dos mais controversos escritores do universo de HQs, Grant Morrison. Ame-o ou deixe-o, a verdade é essa. Muita gente reclama das coisas incompreensíveis que o escritor criou (Os Invisíveis, alguém?), mas poucos se atrevem a contestar sua genialidade. No mundo dos super-heróis, poucos escritores foram tão influentes nos últimos anos.

Morrison trabalhou com X-Men e Liga da Justiça; teve passagens memoráveis em títulos obscuros os quais transformou em campeões de vendas, como Homem-Animal e Patrulha do Destino; fez o Coringa dar uma apertadinha no popô do Batman, mostrou que a Era de Prata pode ser legal com Grandes Astros Superman, baniu Bruce Wayne sem deixar a peteca cair, isso entre outras coisas.

Se o nome dele não é tão reconhecível quanto o de outros medalhões como Gaiman e Moore, talvez seja por conta de sua inabilidade de fazer marketing pessoal, já que dizem que ele prefere passar todo seu tempo livre tomando cerveja (he-he-he). Bem, seja como for, fica aqui nossa justa homenagem a este que é um dos grandes nomes dos quadrinhos da atualidade.

Grande abraço a todos e até a semana que vem!

QUADRINHOS INDICADOS

Zenith – Fase Um (Pandora Books)
Zenith – Fase Dois (Pandora Books)
Zenith – Fase Três (Pandora Books)
DC 2000 #03-36 – Homem-Animal (Abril)
Mistério Divino (Tudo em Quadrinhos)
Kid Eternidade (Metal Pesado)
Como Matar seu Namorado (Tudo em Quadrinhos)
Batman: Asilo Arkham (Panini)
Um Conto de Batman: Gothic (Abril)
Os Invisíveis: Revolução (Pixel)
Liga da Justiça por Grant Morrison: Vol. 1 (Panini)
Novos X-men – E de Extinção (Panini)
Novos X-men – Imperial (Panini)
Novos X-men – Novos Mundos (Panini)
Novos X-men – Rebelião no Instituto Xavier (Panini)
X-men Widescreen (Panini)
Grandes Astros: Superman (Panini)
7 Soldados da Vitória (Panini)
WE3 – Instinto de Sobrevivência (Panini)
Birds (Independente)
Gen, Pés Descalços Vol.2 (Conrad)
Encruzilhada (Leya/Barba Negra)
Pequeno Pirata (Leya/Barba Negra)
Crypta Vol.2 (Mythos)

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Avatar FiliPêra

Pausa

 

image

Como escrevi no meu texto do aniversário de 4 anos do blog, estou viajando ao mesmo tempo que escrevo minha Monografia. Já escrevi 15 páginas - a Introdução e o primeiro capítulo, que é a única parte que é avaliada antes da defesa perante a banca. Não posso dizer que estou atrasado, muito pelo contrário, estou adiantado umas duas semanas do meu prazo, mas preciso correr, principalmente graças a alguns contratempos relacionados aos arquivos de notícias que preciso ter acesso para coletar minhas fontes primárias.

E outro problema se somou a esse: desemprego. No meio da viagem, me relembraram um aviso de umas semanas atrás que envolvia fins de contrato e certos problemas financeiros da minha empregadora. Nada de grave, e nada por minha culpa, mas ocorreu, e preciso correr atrás de outra coisa. Como vocês provavelmente sabiam, Eu trabalhava em casa, na hora que queria e com o que gostava. Não pagava muito, mas era divertido e perfeito pra quem tinha horários incertos com relação a faculdade.

Agora acabou. Posso dizer que acabou na hora certa, pois agora posso arrumar um emprego em tempo integral e estou praticamente formado, o que melhora minhas chances e aumenta meu salário - não que a área jornalística ajude muito. Mas, infelizmente, com essa multidão de coisa acontecendo, meu tempo para escrever como gosto é naturalmente prejudicado. E muito! E pela quantidade de posts que já fiz explicando uma possível falta de tempo nesses quatro anos, vocês já devem ter entendido que dou muito valor a regularidade do que sai por aqui.

Bom, que fique claro, que essa é uma pausa exclusivamente minha, sou Eu que não posso mais escrever até mais ou menos o dia 20 de setembro, mas todos que enviarem posts serão devidamente publicados sem problema algum, separo umas horas antes de dormir para isso.

É basicamente isso que queria dizer. Tenho um texto sobre Pornografia para terminar, outro gigante (provavelmente o maior texto que já escrevi) sobre o meu assunto preferido: Pirataria, e trechos da minha Monografia já prontos, que não demoro e publico por aqui. Revire nossos arquivos e divirta-se, abaixo tem uns meta posts com indicações de nossos textos preferidos!

 

[Aniversário] Maior, Melhor e Sem Cortes

[Aniversário] Para o Além e avante!

[Aniversário] Três anos e Slow Blogging

Dica de Leitura na Web: artigos e resenhas do Nerds Somos Nozes

Tamanho pode ser documento! Ou: os maiores textos da história do NSN

 

Até mais, logo estarei de volta.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Avatar Colaborador Nerd

[Pipoca e Nanquim] Preacher

Por Pipoca e Nanquim

 

84 - Preacher - Pipoca e Nanquim por pipocaenanquim no Videolog.tv.

E é o fim da maldição!!! Ou quem sabe o começo (hua-hua-hua). Pois é, pessimistas, após anos na pole position, sinto dizer mas vocês foram ultrapassados pelo bom trabalho que a Panini vem fazendo com a Vertigo no Brasil. O resultado? O Álamo não só é publicado no Brasil, como sai em uma edição capa dura e primorosa. Resta a torcida para saber se os volumes anteriores também serão publicados.

O Pipoca & Nanquim esperava ansiosamente por este programa, pois Preacher é uma de nossas obras favoritas e apesar de a termos citado em diversas ocasiões, foi sempre de forma superficial, tentando guardar o melhor para o programa especial.

Resistimos a tentação de contar cenas e historinhas e tentamos nos concentrar nos motivos que levam esta história maluca e estranha à condição de obra prima - esperamos ter obtido sucesso. Ficamos agora no aguardo de seus comentários para apontar tudo aquilo que deixamos passar. Um grande abraço a todos e até a semana que vem.

QUADRINHOS INDICADOS

Preacher - A caminho do Texas (Devir)
Preacher - Até o Fim do Mundo (Devir)
Preacher - Orgulho Americano (Devir)
Preacher - Rumo ao Sul (Pixel)
Preacher - Guerra ao Sol (Pixel)
Preacher - Salvação (Panini)
Preacher - Às Portas do Inferno (Panini)
Preacher - Álamo (Panini)

Especiais:

O Cavaleiro Altivo e A História de Você-Sabe-Quem (Pixel)
Cassidy: Sangue & Uísque (Pixel)
O Homem da Guerra (Brainstore)
Os Bons Companheiros (Brainstore)
Santo dos Assassinos (Abril)

Avatar Felipe

A nova DC Smallville Style

 

image

As primeiras informações que surgiram a respeito do mais novo reboot da DC Comics já foram preocupantes. Eram coisas como super-heróis mais jovens e em início de carreira, ainda sendo temidos pela sociedade. Mas o que mais me chamou atenção na época foi a notícia que dizia que o Superman não seria mais casado com Lois Lane. Não apenas isso, segundo boatos, ele vai ter um caso com a Mulher-Maravilha. Depois de ler isso eu tive a certeza de que esse reboot não era algo apenas para consertar furos na cronologia e atrair novos leitores, mas sim um novo Universo DC feito para os fãs de Smallville. E hoje, depois de ter lido a primeira edição da nova Liga da Justiça, percebo que eu tinha razão.

O roteiro dessa primeira edição é simplesmente babaca e poderia perfeitamente se encaixar em algum episódio de Smallville. E olha que ele foi escrito pelo Geoff Johns, um dos maiorais dentro da DC atualmente. A história começa cinco anos no passado, época em que os heróis começaram a surgir de acordo com a Nova DC. Ela mostra Batman caçando uma criatura pelos telhados de Gotham, enquanto ele próprio é perseguido pela polícia. Não demora muito e surge o Lanterna Verde (Hal Jordan) dizendo que está atrás de um alienígena ilegal na Terra. E é aí que se percebe que esse é um gibi feito para crianças e adolescentes.

A primeira coisa que os dois heróis fazem é discutir e ficar se exibindo, principalmente o Lanterna, que faz questão de afirmar o tempo inteiro que seu anel energético pode fazer qualquer coisa. Sem contar que sobrou para o pobre Hal Jordan o papel de leitor novato, sempre afirmando coisas que todo fã de quadrinhos sabe, como o fato do Batman não ter super poderes ou a existência da Tropa dos Lanternas Verdes. E assim segue a relação do Batman com o Lanterna, um querendo aparecer mais do que o outro.

Mas quando parece que as coisas não podem piorar, eis que nas duas últimas páginas surge o Superman, com uniforme novo sem cueca vermelha por cima da calça. E a primeira coisa que ele faz é levar o Lanterna Verde a nocaute e desafiar o Batman pra porrada com uma frase de efeito: “Eu não sou fácil de lidar. O que você pode fazer?”. E pelos previews da segunda edição, eles vão realmente sair na mão. Porra, o Superman que eu conheço evitaria uma briga até mesmo se o Batman cuspisse na cara dele. Imagina se ele ia puxar briga simplesmente porque o homem-morcego e Hal Jordan estavam procurando por ele.

O tipo de atitude que os heróis mostram nessa primeira edição de Liga da Justiça é aquele que era visto em Smallville, quando Clark sempre brigava com algum novo herói antes de se tornarem amiguinhos e irem caçar o vilão do episódio. Infelizmente, leitores das antigas, que acompanham quadrinhos há mais de vinte ou trinta anos não são o público alvo da nova estratégia da DC. Ao invés de tentar a criação de um universo alternativo como a Marvel fez com o Ultimate, a DC simplesmente resolveu ignorar os fãs e focar na molecada com menos de 13 anos.

E nesse sentido, eles realmente podem obter sucesso, principalmente com a arte de Jim Lee, que desenha cenas de ação muito bacanas. Só não sei se os executivos já se tocaram que um dia esses novos leitores vão crescer. O fato é que, infelizmente, a julgar por essa primeira edição, parece que a DC será a nova Image: desenhos maneiros, repletos de pancadaria, mas com roteiros abaixo da média.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Avatar FiliPêra

[Aniversário] 4 anos…

 

image

Já rolaram quatro anos desde o dia em que quatro amigos fundaram o que hoje vocês conhecem como Nerds Somos Nozes. Nesse ponto dá pra dizer que não mais parece que foi ontem. O quarto ano deve ser tipo aquele período mais complicado, em que se decide se para por aqui ou continua com o lance até o fim da vida. Se o primeiro ano é meio desanimador pela falta de resultados a curto prazo e o segundo e terceiro ano são adrenalina pura, o quarto é mais como uma meditação prolongada. Deve ser a diferença entre atirar com um AK-47 e um rifle Dragunov SVU-A.

Bom, ao menos pra mim. Estou no último semestre da minha faculdade de Jornalismo, com planos de mudar de estado, semi-desempregado (como quase sempre) e, sem o fôlego de antes. Até tive um problema recente no dedão da mão direita (justamente o que menos uso no dia-a-dia) e ele ainda dói ao fazer alguns movimentos. Ou seja: não posso mais me dedicar como antes, principalmente pelo fato de não ter cuidado devidamente de uma estrutura comercial do blog como deveria - e hoje vejo blogs com metade da audiência do NSN conseguir, ao menos, dar algum tipo de retorno financeiro aos seus autores. Então, por mais que não considere o dinheiro o centro de tudo, não tem como mais investir boa parte do meu tempo em atividades que não tragam um retorno claro, financeiro e imediato a minha carreira profissional.

Obviamente que devo muito ao NSN: conheci um monte de gente, um monte de contatos, e até consegui um emprego legal que curto muito. Mas acho que boa parte dessa época ficará para trás. Ficarei as próximas duas semanas em São Paulo, e usarei os momentos de folga para refletir e escrever minha Monografia. Quando voltar pra casa, a não ser que algo ocorra até lá, abandonarei a ideia de só trabalhar em casa - coisa que faço há mais de um ano. E, caso tudo ocorra como desejo, sinceramente não sei como as coisas ficarão para o NSN, ao menos até o fim do ano.

Ontem, enquanto voava num avião que passava no meio de uma turbulência brava, pensei pela primeira vez como seria o fim do NSN. Porque, infelizmente, não vejo possibilidade de passar o cetro pra outra pessoa caso decida que não rola mais. Nesses quatro anos conheci uma penca de autores e colaboradores, alguns muito bons, outros precisando de umas lições a mais. Porém, infelizmente, não vi alguém que pudesse tomar as rédeas do blog caso Eu decida sair fora por um tempo, ou deixar de ser o Editor-Chefe. Muito por minha culpa: centralizo as decisões, só Eu tenho acesso aos emails, Eu faço os contatos, todos os textos precisam passar pelo meu crivo antes de serem publicados… e assim vai, embora mantenha um ambiente praticamente sem regras e pressões pra cima de quem escreve por aqui.

E aí entra o assunto principal do texto… a quase lendária (por razões não tão admiráveis) Mob Ground. Bom, tivemos um novo atraso de ordem técnica, oriundo da nossa vontade de fazer tudo certo dessa vez, de ver o site decolar de verdade. Por isso não temos pressa de lança-lo, e só fixamos datas em nome de protocolos - ajuda o projeto ser bem DIY e não envolver qualquer tipo de contratação ou transação financeira em sua parte inicial. Bom, a atual data é… BREVE, embora Eu tenha plena consciência de que esses sucessivos atrasos diminua a confiança de todos no projeto. Mas, tenho consciência de outra coisa: vai valer a pena quando tiver pronto, e por pronto, entenda uns seis meses depois que ele estiver no ar.

Com a Mob Ground quero finalmente adotar soluções e dar uma estrutura mais profissional ao que hoje é o NSN, sempre mantendo e melhorando nossa qualidade editorial. É um pulo no abismo, porque se não der certo, vai tudo pro ralo, já que o projeto consumirá mais tempo, recursos e precisará dar retornos. Ou seja: pode ser um acerto triunfante, ou uma morte prematura, pois simplesmente não quero voltar a ser como está, já que, pra mim, o NSN é praticamente o mesmo do que era há dois anos, não vi grande evolução no que faço aqui. E a Mob é o nosso salto quântico. Se vai dar certo, não sei… mas depois que tudo for lançado, não tem mais volta.

Mas chega desse papo melancólico e estranho - além de similar a uma reflexão de Hunter Thompson sobre a carreira dele, publicado em O Reino do Medo - e vamos ao nosso tradicional apanhado dos meus textos preferidos. Não fizemos post para anunciar, mas passamos dos 3 mil textos em nossos arquivos, o que considero uma marca e tanto, mesmo que esse ano tenha sido o que menos publicamos, com 303 textos até o momento.

Mas quando fui fazer uma seleção do que melhor escrevi nos 365 dias, me surpreendi, pois achava que não passaria dos 10, e consegui selecionar quase 30 artigos.

Bom, eles estão abaixo, sem ordem de preferência ou similares. No mais, agradeço aos amigos, leitores fiéis, colaboradores, autores, e toda essa raça que mantém o NSN de pé, porque se estou de madrugada morrendo de sono e ainda escrevendo, não é somente para alimentar meu ego.

 

[HyperEspaço #20] “O Novo Jornalismo”, segundo Carlos Cardoso

[HyperEspaço #20] A bizarra celeuma pra cima da capa de abril da Wired

[HyperEspaço #21] A morte de Osama e a noite em que o 4Chan chutou a bunda preguiçosa da mídia

[HyperEspaço #22] Como nasce uma resenha

[HyperEspaço #23] Por que não defendo minorias

Tiros e Gás na Marcha da Maconha de São Paulo

Pedaços fantásticos de Jornalismo

Décadas de 40 a 60: a época de êxtase dos testes nucleares

O cartucho amaldiçoado de Majora’s Mask. Ou: o ARG de videogames mais assustador de todos os tempos

[Listas] Os 10 Melhores Filmes de 2010

[#CPBR4] A Campus B

A Anatel, a surra nos consumidores e a defesa dos direitos corporativos

The Legend of Zelda: 25 anos da maior lenda do mundo dos games

LSD e Wikileaks

Wikileaks contra o Mundo e algumas lições sobre Liberdade

Fragmentos da História da Repressão Político-Estatal

A guerra contra o Irã pode ter começado… na fronteira dos bytes

V de Vingança e Os Invisíveis

A Teoria da Comunicação como nunca te ensinarão na Academia

 

Resenhas de filmes

Tropa de Elite 2

Mr. Nobody

Império dos Sonhos

Cisne Negro

Enter the Void

[Capetalismo Addendum #3] Trabalho Interno

É isso aí, que venha o quinto ano!

Avatar Felipe

Planeta dos Macacos: A Origem

 

image

A série Planeta dos Macacos sempre mostrou a violência e intolerância humana com espécies inferiores ou diferentes colocando os próprios humanos como inferiores aos macacos, que de alguma forma adquiriram inteligência e dominaram o planeta. Apesar disso, eu nunca conseguia deixar de ter uma raiva tremenda daqueles malditos macacos que tratavam a humanidade como escravos. Para aqueles que também pensavam da mesma forma, Planeta dos Macacos: A Origem chegou para deixar bem claro que a humanidade merece o tratamento dado a ela em uma sociedade dominada por primatas evoluídos.

O filme começa mostrando uma cena onde vários macacos são perseguidos com extrema violência em uma floresta. Quando os perseguidores conseguem capturá-los, eles são simplesmente jogados de qualquer maneira nas gaiolas e caminhões, sem a menor preocupação com o bem estar dos animais. Logo nesse começo já é possível ficar admirado com a qualidade dos efeitos especiais utilizados para criar os macacos, que são todos digitais. É impossível não se comover com um dos macacos que grita desesperado dentro da jaula, como se pedisse ajuda para um outro que conseguiu escapar.

Logo depois desse começo, vemos que o destino da maioria desses macacos é um laboratório de pesquisas, onde o cientista Will (James Franco) trabalha em uma cura para o Mal de Alzheimer, já que seu pai sofre dessa doença. Após alguns acontecimentos, surge o verdadeiro protagonista do filme: o macaco Cesar, interpretado pelo sempre competente Andy “Gollum” Serkis.

A captura de movimentos e das expressões faciais de Serkis é impressionante e proporciona cenas emocionantes, como a preocupação de Cesar com o pai de Will quando ele é atacado, ou quando ele implora para voltar para casa após ir para um abrigo de animais. A cena em que Cesar enfrenta o personagem de Tom Felton e diz um sonoro “NÃO” é de fazer qualquer um vibrar no cinema.

 

image

Enquanto vários filmes não gostam de mostrar de perto criaturas em CG para que as imperfeições não sejam notadas, em Planeta dos Macacos: A Origem acontece justamente o contrário. Algumas das melhores cenas são as que mostram o rosto de Cesar em close, sempre cheio de expressões que dizem muito sem uma única palavra e sempre fazendo com que o público acredite que está realmente vendo um macaco treinado.

Se o filme tem uma falha grave é que os personagens humanos não têm o mesmo carisma que os macacos. Will, por exemplo, é o típico cientista que faz de tudo para achar uma cura para o pai, mas acaba se apegando a uma de suas cobaias. O dono da empresa onde Will trabalha é aquele tipo que só pensa em lucros a qualquer custo e acaba fazendo várias cagadas. Não faltam também os funcionários de um centro de animais que não dão a mínima para os bichos, sempre os tratando com crueldade. Enfim, são personagens genéricos que poderiam aparecer em qualquer filme.

O ritmo do filme é muito bom, conseguindo com algumas poucas cenas mostrar coisas complexas, como o drama de Cesar fazer parte de dois mundos e ao mesmo tempo não pertencer a nenhum: apesar da inteligência, para os humanos ele não passa de um animal, e para os macacos normais ele é muito inteligente para ser aceito. A falha realmente grave do filme fica por conta do personagem de David Hewlett, que começa como um vizinho briguento, mas acaba se tornando uma espécie de alívio cômico quando o filme chega em sua parte mais dramática.

O longa metragem apresenta ainda cenas de ação sensacionais, com os macacos atacando a cidade de modo extremamente organizado e com armas improvisadas, mostrando aos poucos a evolução intelectual deles. Impossível não se empolgar com a grande cena de batalha que acontece na ponte Golden Gate, que conta com Cesar montado em um cavalo liderando seu exército, como um típico general.

 

image

Planeta dos Macacos: A Origem traz ainda alguns easter eggs para os fãs de longa data da série, como a notícia de que os astronautas estão prestes a viajar para marte, ou um jornal que tem estampada na capa a manchete “Perdido no Espaço”. Mas, felizmente, o filme consegue divertir mesmo aqueles que nunca assistiram a nenhum filme da série. E como eu já havia escrito na resenha sobre X-Men – Primeira Classe, ponto para a Fox mais uma vez neste ano.

 

Rise of the Planet of the Apes (EUA, 2011)

Diretor: Rupert Wyatt

Duração: 105 min

Nota: 8,5


Layout UsuárioCompulsivo