segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Avatar FiliPêra

Primeiras notícias do reboot da DC fazem a editora sorrir

 

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Vocês devem saber que a DC rebootou todas as suas histórias, mandou toda a sua emaranhada cronologia pra vala e começou tudo do zero, por uma série de motivos, que inclui renovar e atrair mais público - e dinheiro, claro. É aquela velha coisa do mercado precisar se renovar: os velhos odeiam, os novos gostam, e no fim muita gente sai feliz. Encare o reboot como um Wii dos quadrinhos, uma espécie de necessidade de ruptura periódica. O conceito parece bem ruim, mas tudo depende como os produtores/escritores tratarão o material - e temos Grant Morrison a frente de Action Comics, o que já é alguma coisa. Eu vejo com descrédito, mas como uma coisa relativamente necessária, visto o fato da cronologia DC ser uma bagunça completa (e continuará a ser, mesmo com o reboot, pelo que vi), inclusive após as diversas Crises cronológicas que tiveram como missão justamente ajustar as bagunças “multiversais”. Ou seja: quem sabe as histórias não sejam boas?

E mesmo com meio mundo de fãs esperneando, os primeiros números de vendas de pelo menos um dos títulos é espetacular, embora seja meio cedo ainda. Explico: o mercado americano tem uma diferença bem básica em relação ao brasileiro; lá não existe encalhe, ou bancas, as vendas são feitas via Comic Shops, que fazem encomendas e efetivamente compram as revistas que encomendaram. Em outras palavras, os donos de comic shops precisam estar confiantes com as vendas, para fazer encomendas gordas e fazer propagandas para o público.

Agora a bomba (no melhor dos sentidos): Justice League #1, de Geoff Johns, teve 200 mil exemplares vendidos para comic shops, o que pros tempos atuais é um feito e tanto. Pra você ter uma idéia, esse ano tivemos meses que nenhum título passou dos 100 mil exemplares. E não é só o reinício de Liga da Justiça que começou bem, outros seis títulos passaram da barreira mágica dos 100 mil exemplares, e só se está contando as encomendas pra comic shops em formato físico: os gibis da DC agora serão vendidos em formato digital ao mesmo tempo que forem lançados nos comic shops.

É coisa pra caramba, estima-se que só o número 1 da Liga da Justiça venda em torno de 300 mil exemplares - o que o torna facilmente o título mais vendido do ano.

Em outras palavras: você pode ter achado o reboot uma grande merda, mas tem muita gente colocando toda a fé nele. Agora é saber se o público está com esse entusiasmo todo, ou se ele durará por mais de seis meses.

 

PS: Já gravamos um NozesCast sobre o tema, aguardem um pouco que ele será lançado!

[Hero Complex via Judão]

2 Comentaram...

Anônimo disse...

Sim, as vendas foram grandes mesmo, mas a política para essas primeiras edições garante a devolução do dinheiro se encalhar, o que é um grande incentivo a fazer pedidos maiores que o necessário. Vai ser um boost nas vendas mas, o DC, VTNC, reboot DE NOVO!!!!!

Panthro Samah disse...

Bom, eles têm duas coisas a favor deles: São edições número um que vendem bem desde a onda especulatória criada pela Wizard e que quase acarretou o fim dos quadrinhos nos anos 90; e o fato de ser uma novidade completa, o que atrai a atenção.

Se as histórias forem ruins, entretanto, as pessoas vão parar de ler. É simples assim. Se a história é boa, as pessoas gostam. Se é ruim, não gostam. O Universo Ultimate da Marvel começou cercado de rumores que iria substituir o original e encontrou bastante resistência entre os fãs mais hardcore, mas era muito bom e conseguiu se tornar referência. Até as histórias irem pro saco e criarem Ultimatum e outras tosquices.

Não adianta fazer uma coisa meia-boca pra chamar a atenção por um ou dois gibis, porque você só vai vender um ou dois gibis. É a qualidade a longo prazo que segura o leitor. Taí Heroes que não me deixa mentir.

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