Por Alessio Esteves
Nomes são títulos, são coisas engraçadas. Às vezes eles não têm nada a ver com objeto nomeado. E foi essa a sensação que tive ao ir no dia 09/07 (último domingo) na RPGCon deste ano.
Explico, fui freqüentador assíduo do extinto Encontro Internacional de RPG (EIRPG). Comecei a ir na terceira edição, em 1995, e fui em praticamente todos até a sua última edição, em 2008. Era um evento realmente grande, tanto em espaço físico quanto em quantidade de pessoas, estandes e atividades. Durava três dias – sexta, sábado e domingo – sendo que o primeiro dia era dedicado a escolas e o fim de semana era para o grande público. Pra mim era um dos eventos mais esperados do ano e eu fazia questão de ir nos três dias e “mestrar” o maior número de vezes possível. Não tava nem aí para os brindes que os mestres ganhavam (apesar de que adorava a camiseta) e curtia muito mais os olhinhos das pessoas na mesa brilhando durante o desenrolar da aventura. Todo mundo na época tinha os “amigos do Encontro”, pessoas que você só via lá e por mais que se esforçasse, não conseguiria ver até o EIRPG do ano que vem.
Eu mestrando no 10° EIRPG
Mas as pessoas crescem, arrumam emprego, casam, têm filhos e o tempo para este tipo de evento começa a ficar escasso, logo o público foi se renovando e os mais velhos começaram a chiar (como sempre) que “era melhor nos velhos tempos”. Mas é fato que, já em 2006, o evento dava sinais de desgaste. Mesmo estando cheio de pessoas, estandes e convidados, a fórmula parecia estar esgotando. E foi com grande pesar que perto da data do evento de 2009, a Devir (empresa que organizava o evento) anunciou que estava passando por uma reestruturação e não faria mais o EIRPG.
De início todos na comunidade RPGista ficaram meio chocados, mas depois se deram conta de que o evento estava ficando chato mesmo e todo mundo deu de ombros. Mas haveriam mais surpresas em 2009...
A Equipe D3 System juntou-se a RAW Soluções, arregaçaram as mangas e realizaram o RPGCon 2009, suprindo assim uma lacuna de encontros anuais de RPG em São Paulo. Não fui nesta edição e nem na de 2010, mas pelo que li em fóruns e revistas do meio o evento, foi bem recebido pelo público-alvo pelo seu caráter mais intimista e com clima dos “velhos tempos”.
Então, neste ano, eu resolvi deixar de ser preguiçoso e comparecer ao evento. Como trabalho sábado e ia pegar uma balada nervosa na sexta, só poderia comparecer domingo. Acessei o site do evento para ver o que iria rolar e achei a coisa toda mal organizada. O site é lindo, mas informações essenciais não constavam lá como a programação completa e horário do evento. Fui me inscrever para “mestrar” e descobri que a área de jogo seria dividida por temas: Fantasia, Ficção Científica/Moderno e Terror/Horror.
Achei interessante e resolvi mestrar duas aventuras minhas clássicas de terror inspiradas em HQ: Os Colecionadores de Cereais, inspirada em uma história do Sandman; e Criaturas das Trevas, Cidade das Trevas!, baseada em uma história do Batman, ambas usando o sistema Storyteller. Após a inscrição recebi um e-mail de confirmação e achei que haveria em algum lugar do site uma espécie de mural para poder ver os jogos que aconteceriam, mas não havia.
No sábado à noite preparei minha bolsa com meus dados multifacetados, o livro básico de Vampiro: a Máscara, o escudo oficial de Vampiro, meu caderno velho e guerra, diversos lápis, borrachas, uma máquina digital e meu Nintendo DS e fui dormir cedo porque estaria em pé as sete da matina para partir para o evento!
(continua...)
sim, eu ia assim nos encontros de RPG
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