sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Avatar Beatriz Paz

Querido e Devotado Dexter

 

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Olá meus queridos! Após o meu pequeno hiato devido a uma urucubaca digital prontamente notificada pelo meu chefinho lindo Filipêra, euzinha aqui, a mascote que você secretamente adora, Beatriz Paz, estou de volta com mais uma resenha sobre o serial killer que, segundo a Publishers Weekly: “É o serial killer mais sombriamente encantador e cativante desde Hannibal Lecter.”

Pra você que pegou o bonde andando e não sabe quem é Dexter Morgan e nem o que ele é, dá uma passadinha nesse post aqui que você vai entender tudinho. Agora, se você já leu a resenha do primeiro livro e está se coçando pra ler a segunda, seus problemas acabaram. Uma coisa que o leitor Chaves Papel comentou no post sobre o primeiro livro: sim, a primeira temporada da série Dexter é baseada no primeiro volume. Já a segunda temporada é completamente diferente, o que não tem impede em nada de tanto devorar o livro e virar a noite assistindo a série. Eu recomendo as duas opções.

Miami continua a mesma, seu trânsito caótico cheio de motoristas refinados e educados na Inglaterra, calor infernal, roupas curtas e muito trabalho para Dexter Morgan. E quando eu digo que o nosso serial killer favorito vai suar a camisa eu não estou fazendo um trocadilho infame. Além do seu trabalho rotineiro como perito em borrifos de sangue na polícia forense de Miami, Dexter tem que se preocupar em alimentar o seu Passageiro das Trevas periodicamente e conseguir concatenar suas atividades superficiais com as que realmente importam, tendo o Sargento Doakes o vigiando 24 horas por dia, e isso está o deixando maluco.

Se você lembra do final do primeiro livro, então vai entender perfeitamente o motivo pelo qual Doakes faz o que faz, e também vai ter muito mais motivos para querer esfregar a cara dele contra o asfalto. Eu tive. Para se manter fiel ao Código de Harry, Dexter precisa fazer o Sargento acreditar que ele é um homem normal, nem que isso signifique passar quase todas as noites de sexta feira tomando cerveja na casa de sua namorada Rita. Sim, Dexter arranjou uma namorada e, para manter o seu disfarce fiel começa a se portar cada vez mais como um humano:

 

“Era isso ser humano? As pessoas eram mesmo tão miseráveis e estúpidas a ponto de desejar isto: passar a noite de sexta-feira, um tempo precioso longe da escravidão em troca de um salário, sentado diante de uma tevê com uma lata de cerveja? Era um entorpecimento imbecil, e, para meu horror, descobri que estava me acostumando a isso.”

Em Querido e Devotado Dexter, Jeff Lindsay explora a descoberta de Morgan a respeito dos seus sentimentos - sim, ele os possui, só opta por não senti-los, é uma coisa meio Vulcan que ele tem – sem deixar de lado o humor negro e ácido que tanto me fez rir sozinha no trem lotado. O fato de ter que se aproximar cada vez mais de uma vida normal para que Doakes não descubra a sua verdadeira identidade, faz com que Dexter veja lados de si mesmo que ele não conhecia e coloca suas habilidades de adaptação em sociedade ao máximo. Sim, o Doakes é um cara MUITO chato, mas sem ele não teria história.

Por culpa da vigilância do Sargento, Dexter precisa parar sua caçada no meio. Logo no começo do livro o protagonista coloca as mãos em mais um pedófilo e precisa ir atrás de seu assistente para que o serviço fique completo. Vou explicar melhor: imagine que você esteja comendo a primeira de duas barras do seu chocolate favorito escondido, ninguém pode saber que você está as devorando, e alguém aparece e você não pode comer a segunda barra mesmo sabendo que ela está pertinho de você. Sentiu a possível agonia? Sentiu o possível desespero gradativo? Agora substitua o ato de comer pelo ato de matar. Bem vindo ao desespero de Dexter.

E pra melhorar tudo, um novo serial killer está na cidade, ele é conhecido pelo nome de Dr. Danco e seu Modus Operandi é no mínimo chocante e intimidador:

 

“Todas as partes do corpo tinham sido removidas, absolutamente todas. Nada restara, a não ser uma cabeça escalpelada e sem rosto pregada a um corpo desmembrado. Não conseguia imaginar como fora possível fazer isso sem matar o paciente. Revelava uma crueldade que fazia pensar se o Universo era mesmo uma boa idéia. (...) Fazia o que o Passageiro das Trevas considerava necessário a alguém que na verdade o merecia, e sempre acabava em morte – algo que, com certeza, a coisa sobre a mesa teria achado uma bênção. (...) Podia sentir um assombro subindo das profundezas, como se pela primeira vez meu Passageiro das Trevas se sentisse um tanto insignificante.”

Devido a gravidade do crime, o FBI entra na jogada e Dexter, além de ter que fugir de Doakes, é escoltado pelo chefe da investigação e agora namorado da irmã de Morgan, Agente Chutsky, para que os ajude a capturar Danco. Tudo isso devido ao fato do protagonista ter um “sexto sentid0” quando o caso envolve assassinos em série. É preciso ser um monstro para entender um, não é mesmo?

O que acontece é que o perito está igualmente interessado em pôr suas mãos no Dr., no entanto não pode deixar seu disfarce ir por água a baixo. Então começa um jogo de gato e rato no mínimo interessante, que resulta num acidente de carro após uma perseguição no melhor estilo filme de ação e no ataque de um pavão furioso que, se não fosse narrado pela ironia e sarcasmo de Dexter, não teria a mesma graça.

 

Como eu já disse na primeira resenha, falar sobre Dexter sem soltar nenhum spoiler da trama é difícil, são detalhes que podem revelar toda uma série de fatos que, por fim, relatam a trama inteira. No entanto, o que eu gostei bastante dessa edição foi que, por culpa de várias coisas acontecendo ao mesmo tempo, você também se sente pressionado com Morgan. Ele tem que pegar um assassino em série, ser um namorado e profissional exemplar, enganar o sargento mais habilidoso da sua unidade e ainda matar um fotógrafo pedófilo. Tudo ao mesmo tempo.

Se afeiçoar por Dexter não é difícil, por ele não possuir os sentimentos tão a flor da pele como as pessoas normais. Morgan – e por que não dizer Lindsay, afinal ele é quem dá vida ao Dexter - apresenta uma visão crítica e fria da sociedade e de seus componentes, mas isso não o impede de ser curioso e ácido. Comentários como “E por que tantas mulheres gordas acham que ficam bem com a barriga de fora?” ou “Eu nada sabia sobre amor, e jamais saberia. Não me fazia muita falta, mas me dificultava entender a música popular.” Te fazem se apaixonar mais por Dexter a cada linha.

Isso faz com que o leitor se apaixone cada vez mais por ele, e releve cada vez mais o fato de que ele precisa matar pessoas periodicamente para conseguir ficar em paz consigo mesmo e com o seu Passageiro das Trevas. Quem viu o final da primeira temporada da série entende perfeitamente o que eu estou falando.

Além de deixar de lado a característica neural de Morgan, você passa a torcer por ele, se angustiar cada vez mais por ele estar sofrendo com a ausência de matança e ri das situações em que ele se mete para que tudo não saia dos eixos. Vide a festa da despedida de solteiro (se eu contar mais vai ser spoiler, desculpem.) ou como a mesma teve origem, é uma coisa que beira o episódio do cubículo com LaGuerta no primeiro livro.

Porém, nem tudo é pressão ou gente sendo encontrada como a coisa que eu peguei a descrição do livro alguns parágrafos acima. Um segundo Evento Traumático ocorre e Dexter percebe que daqui a pouco tempo terá que passar a frente todo o seu código de conduta e que possivelmente terá companhia no seu passatempo favorito. Mais um amigo para o monstro que não sabe sentir. Pra variar Jeff Lindsay nos dá uma trama extremamente viciante e bem elaborada, com piadas de humor obscuro, personagens que têm seu brilho próprio, mesmo aqueles que já estão mortos, e um protagonista que seria o genro predileto de qualquer mãe se não fosse pelo seu segredinho sujo.

Jeff Lindsay trata mais do convívio social de Morgan com aqueles que o circundam do que no primeiro volume onde o foco está em seu passado e no seu outro Eu. Se você leu o primeiro livro e, assim como eu, não descansou até por suas mãos no segundo volume da série prepare-se, você vai matar pelo terceiro.

Querido e Devotado Dexter é mais uma prova de que existe vida inteligente na literatura, numa época em que brilhar te dá status de best seller.

 

Título: Querido e devotado Dexter (Dearly Devoted Dexter)

Autor: Jeff Lindsay

Páginas: 268

Nota: Fucking 10 (Já que o Filipêra é o dono do 11, criei a minha própria nota)

Avatar Felipe

Star Wars Uncut finalizado

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Provavelmente vocês não lembram, mas no ano passado postei aqui sobre o projeto Star Wars Uncut, que consistia em uma refilmagem de Uma Nova Esperança, feita pelos fãs. Cada um escolhia 15 segundos de alguma cena e filmava do jeito que quisesse, depois as mais votadas seriam editadas para formar o filme. Quando eu achava que essa parada já tinha ido pro buraco, eis que finalmente está tudo pronto. Tem de tudo, desde cenas com efeitos especiais bastante decentes, action figures e garrafas de bebidas vazias. Para assistir, basta clicar nesse link e se divertir com tanta tosqueira junta.

Claro que nem tudo é perfeito, meus 15 segundos não foram escolhidos para entrar na edição final (malditos hipopótamos do Kinder Ovo). Mas não se desesperem, aqui embaixo eu coloco a cena que gravei pra vocês assistirem.

 

Link do filme | Minha cena | Link do post no NSN

Avatar FiliPêra

Conta-mortes em pôster alternativo de Os Mercenários

 

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Os Mercenários estreou na sexta e Eu (nem ninguém aqui do NSN) ainda não vi. Mas o pôster acima é motivo suficiente para mais um post sobre o filme. Ele foi feito pelo povo do Term Life Insurance e mostrou uma coisa que provavelmente ninguém conhecia: Dolph Lundgren é o cara do elenco, se formos contar quem matou mais! E Jet Li matou mais que Bruce Willis!

 

[Via Judão]

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Avatar Voz do Além

Um adeus formal a privacidade: acabaram de se inspirar em Minority Report

 

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Ficção Científica nunca é tão viajante assim. Julio Verne, por exemplo, antecipou algumas invenções bastante interessantes, e já dava certos detalhes sobre viagens espaciais, antes de Konstantin Tsiolkovsky dar o pontapé inicial para a corrida rumo ao espaço. Quando melhor concebida, a Ficção Científica consegue antecipar modos de vida e o funcionamento da sociedade de forma brilhante, como os pioneiros do cyberpunk. De certa forma, é natural que certas coisas que a nós pareçam impossíveis e surgem em filmes, já estarem sendo matutadas por cientistas mais doidões.

Parece ser o caso dos cientistas por trás da Global Rainmakers Inc, que está instalando scanners de íris em tempo real na cidade de Leon, no México, no melhor estilo Minority Report. Alguns scanners têm a capacidade de identificar cerca de 50 pessoas por minuto - pessoas em movimento, tudo em tempo real - enquanto modelos menores conseguem capturar de 15 a 30 íris por minuto. A idéia dos políticos que aprovaram a adoção do sistema - e da empresa, que está usando Leon, uma das maiores cidades do México, com mais de um milhão de  habitantes, como cobaia - é criar a “cidade mais segura do mundo”. Sim, tá todo o mundo achando isso lindo, como se fosse a oitava maravilha do mundo. “No futuro, vai ser possível abrir a casa, o carro, obter receitas médicas e baixar seu registro médico usando uma única chave: a íris”, diz um Jeff Carter, diretor da Global Rainmakers, aparentemente exultante. E ele completa: "Cada pessoa, lugar e coisa sobre este planeta estará conectado [ao] do sistema de íris dentro dos próximos 10 anos".

 

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A Global Rainmakers deixa claro que Leon é apenas um primeiro passo, um teste, e o objetivo é encher o mundo de sensores e bancos de dados globais de íris, que teriam criminosos e a população - a direção da empresa fala em opção de entrada no banco, mas duvido muito - bem registrados dentro dele. As aplicações para esse tipo de sistema são ilimitadas e complexas, e inclui colocar identificação por íris em terminais rodoviários, bancos, lojas, aeroportos, hospitais, e toda a sorte de lugar que possa receber um sistema de registro.

Carter ainda faz questão de dar um ar sem falhas ao sistema dele:

 

Nem mesmo os olhos mortos vistos em Minority Report podem enganar o Sistema. Se você tiver sido condenado por um crime, na sua essência, este funcionará como uma letra escarlate digital. Se você é um ladrão conhecido, por exemplo, você não será capaz de ir a uma loja sem ser identificado. Para outros, embarcar num avião será impossível. "

Os que testaram o sistema comprovaram sua veracidade e rapidez, além de afirmaram que essa gana de Carter por registrar todo o mundo é genuína. O engraçado é que o próprio Carter tenta justificar a intromissão compulsiva de sua criação, apontando ainda mais intromissão já existente, como a dos bancos: "Os bancos já sabem mais sobre o que fazemos em nossa vida diária - eles sabem o que nós comemos, quando nós vamos, o que comprar - os nossos segredos mais profundos. Nós não estamos falando de algo diferente aqui - apenas um sistema que é bom para todos nós."

 

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Claro que o potencial publicitário tão intensamente ressaltado em Minority não ficaria de fora do leque de ação desses scanners.

 

"Em dez anos, você pode apenas ter um sensor que é literalmente capaz de identificar centenas de pessoas em movimento a distância e determinar a sua geo-localização e as suas intenções - você será capaz de ver como tantos olhos olharam um outdoor. Você pode começar a trilha a partir do ponto que uma pessoa está navegando no Google e encontra algo que quer comprar, até o ponto que cruzar o limiar de um Target ou Walmart e realmente fazer a compra. Você começa a ver o ciclo de vida dos marketing.

Lógico que com a popularização desses dispositivos, eles ficarão baratos, e milhões de bancos de dados de íris poderão ser criados por aí, tirando as coisas do controle para sempre. A previsão de Carter é que eles custem cerca de US$ 50 a US$ 100 num futuro não muito distante, e que sejam vendidos bilhões dele para qualquer pessoa. Pensou num futuro assim? Imaginou também uma casa no meio das montanhas, calma tranquila e cheia de livros e sem scanners? Eu também…

 

George Orwell, você errou por bem pouco, acredite!

[Fast Company via Gizmodo]

Avatar Murilo

Jonah Hex - Marcado pela Violência

 

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O ano era 1972. Na publicação All-Star Western #10 surge a história de um pistoleiro diferente de tudo o que já havia sido visto pelos leitores. Ela poderia ter se tornado apenas mais uma das muita publicadas na All-Star, mas não foi isso o que aconteceu. Jonah Hex se tornou o grande chamariz, a ponto de ganhar sua própria revista. Depois disso, o personagem passou por várias publicações até retornar em uma série em 2006.

Com o lançamento da adaptação cinematográfica das histórias do pistoleiro Jonah Hex a Panini resolveu pegar carona e compilar as seis primeiras histórias da série Jonah Hex, publicadas entre janeiro e junho de 2006. O engraçado disso tudo é que o filme foi um fracasso de bilheteria enorme e nem tão fiel aos quadrinhos. E a Panini ainda estampa na capa do gibi a frase: "A HQ que inspirou o filme!" Fail. Tal quadrinho não poderia ser mais diferente de sua adaptação. São apenas 6 contos fechados de faroeste, sem ligação alguma entre si, daquelas que você não precisa se preocupar em continuar comprando ou se aprofundar muito para conhecer o personagem.

Eu não sei explicar direito porque comprei Jonah Hex - Marcado pela Violência. Nunca gostei de histórias de Velho Oeste. Tanto que nunca li uma edição sequer de TEX e passo longe de filmes do gênero. Talvez tenha sido pela fama do personagem. Ou pelo preço mais em conta. O fato é que fui lá e comprei. E não me arrependi.

As histórias são escritas por Justin Grey e Jimmy Palmiotti que fizeram uma decisão acertada em preservar as origens e o conceito de Jonah Hex. A arte ficou excelente, trabalho competente do brasileiro Luke Ross em cinco das seis histórias. O traço realista e cinematográfico dele dá o tom adequado às tramas. Alguns quadros sem diálogos chegam a ser belos de tão bem feitos. O interessante é que ele buscou referências em atores famosos para caracterizar seus personagens. Dão as caras Clint Eastwood no filme O Homem Sem Nome, Lima Duarte, Paulo Goulart e outros. Não deixa de ser engraçado ver um Matheus Nachtergale perder a orelha direita com um tiro. A outra história, Natal com os Foras-da-Lei, é ilustrada por um dos criadores de Jonah Hex, o desenhista Tony DeZuñiga, dono de um traço sensacional.

 

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Jonah Hex é um pistoleiro de rosto deformado que ganha a vida entregando à Justiça bandidos procurados para receber sua recompensa. Famoso e temido em todo o Velho Oeste, ele tem um senso particular de Justiça. Não tem amigos, apenas dois companheiros. A morte e o odor de fumaça do seu revólver. As seis histórias conseguem apresentar muito bem o personagem aos novos leitores como eu. Um homem comum, sem os exageros que tanto aparecem em alguns comics, usando da astúcia e habilidade para sair vivo de diversas situações. O único problema é que por serem histórias curtas, elas muitas vezes acabam bruscamente, sem maiores dificuldades. Fora isso, são bem executadas, cheias de momentos e frases marcantes, como quando Jonah Hex despenca de uma queda d'água amarrado e preso dentro de um caixão.

A edição da Panini é bem simples, com capa cartonada, permitindo que custasse R$ 14,90. Se fosse mais caro que isso eu não compraria. No final da revista há um texto sobre Jonah Hex que explica muito da trajetória do personagem para os leitores que ainda não conheciam. Isso não funciona muito bem comigo. É como filme que te contam a história, mas você não assistiu. Mas como eu já disse, não é necessário ter muito conhecimento sobre Jonah Hex para aproveitar o material, são apenas histórias isoladas.

 

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Não é preciso dizer que Jonah Hex é mais indicado para amantes de Faroeste, mas também é uma boa diversão para quem nunca foi fã do gênero. Agora é torcer para que Jonah Hex - Marcado pela Violência venda bem por aqui e a Panini resolva trazer mais histórias do caçador de recompensas da "marca do demônio" ao Brasil, publicadas nos Estados Unidos até hoje.

 

Autores: Justin Gray, Jimmy Palmiotti

Arte: Luke Ross (arte), Jason Keith, Rob Schwager (cores) e Frank Quitely (capa)

Páginas: 144

Preço: R$ 14,90

Nota: 7,5

Avatar Colaborador Nerd

Salt

Por Paulo Roberto, do Em Paralello 

 

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Ao contrário do que muitos estejam pensando, não fui levado a assistir esse filme simplesmente pelo fato de Angelina “Boca de Travesseiro” Jolie ser a protagonista, mas por gostar de filmes de espionagem. É claro que a protagonista sendo quem é ajudou bastante na minha escolha, não só pela sua beleza e sexy appeal, mas por seu passado em filmes de ação como Tomb Raider, por exemplo.

Embora o filme tenha sido dirigido por Phillip Noyce, de O Colecionador de Ossos, o mesmo não passa de mais uma péssima produção de Hollywood e uma medíocre imitação da Trilogia Bourne e tão ruim quanto Missão Impossível (o primeiro).

A sucessão de erros começa pelo roteiro de Kurt Wimmer (do perfeito Código de Conduta), extremamente clichê. O filme se inicia na Coréia do Norte, onde Salt está presa e sendo torturada a todo o momento para fornecer informações confidenciais e confessar que é espiã. Mas, a cada bofetada, ela continua jurando de pés juntos que não estava espionando e que trabalha simplesmente para uma empresa atuante na área petrolífera. É claro que os vilãos torturadores não acreditam. Após seu namorado e futuro marido ter movido céu e inferno para retirá-la da prisão, Salt é trocada por um preso norte coreano e se vê livre de seus algozes.

Já casada, Salt, após mais um dia de trabalho, é chamada juntamente com seu amigo (Liev Schreiber, o Dente de Sabre de X-Men) para interrogarem um desertor russo que jura pela própria mãe que possui informações cruciais que evitarão o assassinato do presidente russo, que está em solo americano para o enterro do vice-presidente (o mesmo era quase um irmão para ele). O grande problema é que no momento do interrogatório ele acaba acusando Salt de ser a espiã infiltrada por trás de tudo isso. Preocupada com o marido, Salt foge em busca de sua inocência, de salvar seu grande amor e ao mesmo tempo lutar com os quais eram seus colegas de trabalho.

 

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Não preciso nem dizer quais os clichês que encontraremos nessa história, que tem como vilões os norte coreanos e os russos, bem como um agente a serviço do “Tio Sam” salvando mais uma vez seu país e honrando seu juramento de dar a sua própria vida se preciso por sua pátria, mesmo que eles a estejam caçando. Ridículo! O grande problema é que as bizarrices do filme não param por aí. Se já não bastasse esse roteiro clichê ao extremo, temos cenas mal construídas com efeitos especiais absurdos, que fogem de qualquer senso lógico possível: tipo saltar de um helicóptero, cair dentro de um rio praticamente congelado e sair correndo pela relva em pleno inverno americano. Sem comentários.

Eu poderia elencar inúmeras estranhezas deste filme, mas o que realmente não colou foi a Angelina Jolie com sua magreza anoréxica encher de porrada brutamontes de dois metros de altura a torto e à direito, e ainda sair tranquilamente pela rua como se nada tivesse acontecido. Vale ressaltar também a cena ao estilo Resident Evil, onde Salt usa a parede como trampolim para dar um chute no estilo Dragão Branco em um agente secreto já dentro da Casa Branca. Só me restou morrer de rir.

A título de curiosidade, o protagonista original do filme seria Tom Cruise (meu deus!), mas, por achar o roteiro muito parecido com Missão Impossível, ele acabou desistindo do projeto, e convenhamos, ainda bem.

Se você não tem nada para fazer nesta semana fria e não tem pretensão alguma de ver um bom filme, querendo apenas distrair, assista a esse filme, pois irá ele atender aos seus anseios. Contudo, se você espera um filme de espionagem inteligente, bem construído, com cenas de tirar o fôlego, desista, pois irá se decepcionar amargamente. A minha grande tristeza é que o final do filme coloca uma deixa nos informando que terá uma continuação, nem me darei ao trabalho de comentar isso.

 

Filme: Salt

Diretor: Phillip Noyce

Gênero: Ação

Duração: 100 min.

Nota: 2 (só pela boca da Angelina Jolie)

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Avatar FiliPêra

Trailer de Black Swan, novo de Darren Aronofsky

 

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Darren Aronofsky é um dos meus diretores favoritos. Seus dois primeiros filmes - Pi e Réquiem Para um Sonho - são clássicos modernos. Fonte da Vida é igualmente bom, mas bem subestimado. Seu quarto filme, O Lutador, é fantástico e me surpreendeu bastante, pois não achei que seria grande coisa, depois de ler a história. Após esses quatro acertos, ele passou pra minha lista de diretores-que-têm-minha-total-confiança - junto com David Fincher (sim, verei o filme do Facebook), Quentin Tarantino, Christopher Nolan, David Lynch e Martin Scorcese (tem outros também, antes que perguntem).

Então, nada mais natural que divulgar aqui o trailer do seu novo filme: Black Swan. De início, ao ler sobre o filme pela primeira vez, experimentei o mesmo efeito xiii, será que presta? da impressão inicial de O Lutador, mas esse trailer dissipou qualquer desconfiança que tinha pelo filme. Natalie Portman é uma bailarina de sucesso… mas que começa a ser incomodada por uma rival, Mila Kunis. O lance é que ela não sabe ao certo se a rival existe de fato, se é um fantasma ou algo assim, ou simplesmente é fruto da imaginação. Para os taradinhos, saibam que no filme rolam cenas de pegação entre as duas, inclusive beijos e uma cena promissora dentro de um carro em movimento. Junto de tudo isso existe um clima de suspense e paranóia de primeira, que me lembram um pouco o filmaço A Ilha do Medo - ou o confronto de O Grande Truque!

Vejam aí… pra mim, sendo de Aronofsky, até que se prove o contrário, é um filmaço!

 

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[Via Omelete]

Avatar José Renato

Problemas da versão PT-BR de Starcraft II

 

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Amigos nerds do NSN!

Bom, tenho algumas novidades para o pessoal ligado nos games. A primeira grande novidade que mandarei logo é uma resenha COMPLETA de Starcraft II. Isso mesmo, completa, com as partes single e multiplayer, já que consegui uma cópia original do game, cortesia da namorada (own...).

Infelizmente, o propósito deste post não é falar mil maravilhas da Blizzard. A empresa abriu (ou abrirá, não consegui achar uma notícia pra confirmar isso) um escritório aqui em terras tupiniquins, e como consequência, no dia 27 de julho, foi lançada uma versão de Starcraft II totalmente em português, incluindo todos os textos, dublagens, sincronia labial das cutscenes e tudo o mais.

Não quero falar mal da dublagem nem nada assim, afinal de contas, ela não está necessariamente ruim. De fato, até fazem sentido, como na fala do Marine ao ser treinado, “You want a piece of me, boy?”, que foi traduzida para “Tá afim de treta, moleque?”. Já algumas unidades tiveram seus nomes traduzidos de jeitos meio bizarros. Alguns exemplos são o Baneling que virou Tatu-Bomba, o Stalker que virou Tormento, e os Zealots que viraram FanáticUs (cus? CUS? FanátiCU de CU é rola), mas no total a dublagem e tradução não estão ruins, e devemos tirar o chapéu para a Blizzard por gastar mais grana com o nosso querido país.

Os problemas da tradução são coisas mais funcionais. O primeiro problema é que por algum motivo a Blizzard impediu os consumidores brasileiros de usarem o client (o programa do jogo) em inglês do game para entrar nos servidores Latino Americanos da Battle.Net. E o pior, a América Latina é a única região do mundo que não possui acesso à uma versão em inglês, seja a americana ou a britânica. Tá certo, quem quer jogar em português poder jogar em português, mas... hey Blizzard, nós temos filmes dublados e legendados há muito tempo! Não é todo mundo que quer perder o som original das dublagens, eu sei que não sou o único.

O outro grande problema da versão PT-BR é que todas as hotkeys foram trocadas de lugar. Elas não estão mais agrupadas perto das teclas E, W, Q, R, A, S, D, enfim, por ali. E algumas das habilidades estão mapeadas para a mesma tecla em certas unidades. Isso foi simplesmente ridículo da parte da Blizzard! E ainda bem que os coitados dos brasileiros sacaneados não podem jogar com os jogadores norte-americanos e coreanos. Seríamos trucidados porquê nossas hotkeys estão todas distantes. Por que colocar o atalho conforme a língua? Na versão americana a tecla “A” também não tem nada a ver com Marine, mas está lá por conveniência e facilidade de acesso. Desta maneira, a interface da versão brasileira fica um pouco comprometida.

Eu sei que vai ter um pessoal que vai ter um problema com esse meu post, já que um tópico lá no fórum da Battle.Net chegou a 42 páginas de gente se xingando sobre as vantagens e desvantagens dessa versão brasileira, e até cheguei a ver no Orkut um tópico dizendo “Vocês não são patriotas porquê não querem jogar em português, blá blá blá” que foi absurdo. Quero deixar claro que reconheço os esforços da Blizzard Entertainment em traduzir o jogo completamente para o português. Eu só gostaria que nos dessem a opção de usar o client em inglês, como todas as outras regiões do mundo.

Resolvi fazer essas reclamações fora da resenha de Starcraft II, pois nada disso diminui o nível de vício no qual me encontro. Não se preocupem, senhores, Starcraft II é bom. Assim que eu terminar a campanha, farei a resenha completa do game. Para quem tem a versão brasileira e quer jogar em inglês, recomendo que procurem no Google por “GSC Relocalizer v0.7”, um programinha feito por terceiros (gringos) que modifica uma instalação em inglês para jogar nos servidores brazucas. Infelizmente, esse programinha ainda não traduz totalmente o jogo, principalmente na campanha. Mas o multiplayer fica top e com as hotkeys perfeitas. E se alguém quiser trocar uma idéia e jogar umas partidas (ou tiver vontade de me encher de porrada no jogo) sinta-se à vontade para adicionar como amigo na Battle.Net, JRFSkrEEmeR, código 543.

Logo a resenha completa, fiquem ligados!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Avatar Beatriz Paz

Derby Girl – Patins e Punk Rock de saias

 

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Imagine viver numa cidade onde a principal atração é uma fábrica de sorvete, onde usar chapéus de cowboy e ouvir música country te fazem ser legal e onde namorar uma líder de torcida te promove automaticamente a “O cara mais fodão do colégio todo”. Imaginou? Viu o mundo desabar na sua frente? Bem vindo ao pesadelo de Babe Ruthless.

Bliss Cavendar tem 16 anos, é fã de indie rock, usa camisetas de bandas de Heavy Metal cristão, gosta de Velvet Underground, Hot Hot Heat e Weezer. Tem o cabelo tingido de azul, adora comprar roupas em brechós e esta a ponto de cometer suicídio se não encontrar um jeito de sair da sua cidade natal, Bodeen, Texas, onde simplesmente nada parece acontecer. E, como se tudo isso não fosse o suficiente, sua mãe, Brooke Cavendar, ainda a obriga a participar de concursos de beleza para tentar reviver na filha os seus antigos dias de glória como Miss Bodeen.

Essa é a heroína de Derby Girl, livro escrito em 2007 por Shauna Cross – ou como é mais conhecida nas pistas, Maggie Mayhem. Você vai entender mais pra frente – e que virou filme (muito bom por sinal, a trilha sonora é fantástica e a cena da guerra de comida é memorável) em 2009, estrelado por Ellen Page, Juliette Lewis e pela também diretora do longa Drew Barrymore.

Bliss tenta de qualquer jeito burlar a chatice de Bodeen e do seu emprego como garçonete na lanchonete Oink Joint. Para isso, conta com a companhia de sua também alternativa melhor amiga, a indiana Pash Amini. Juntas, as duas fazem de números musicais trash parodiando “Somewhere over the rainbow”, e até roubam roupa íntima num Wall-Mart, pequenas diversões ilegais para quem nem ir a shows de rock consegue.

Antes que você comece a pensar que o livro é um dramalhão adolescente no melhor estilo Malhação, espere. Sim, Derby Girl lida de questões como sexualidade e descobrimento da própria identidade, mas tudo isso regado ao humor ácido, sarcástico, irônico e satisfatório de uma garota que não suporta mais ver líderes de torcida felizes e pessoas se afundando na própria mediocridade. Quem já se sentiu um peixe fora d’agua alguma vez na vida, seja num colégio novo, seja numa festa ou evento, vai se identificar com a garota na certa.

Ao fazer compras com sua mãe em Austin, o que equivale a Nova York do Texas para Bliss, a garota afana um flyer a respeito de uma competição de Roller Derby, onde uma patinadora durona ilustra o mesmo. É o evento dos sonhos de Cavendar, a luz alternativa e descolada no fim do túnel country e maçante da sua vida. Após mentir para os pais, Bliss e Pash vão para a competição de Roller Derby, que nas palavras de Cavendar, se resume a garotos lindos, música de excelente qualidade, pessoas estilosas e tatuadas, garotas de cabelos coloridos e o jogo em si:

 

“Honestamente, nem tenho certeza de quais são as regras do roller derby, mas do primeiro ao ultimo apito, a noite é um borrão de patinação em altíssima velocidade e manobras de tirar o fôlego. (...) É um paraíso de filme B dos anos 70.”

Se você não entendeu direito, eu te ajudo: o Roller Derby foi criado nos anos 30 e é um esporte misto. No entanto, com o passar dos anos a mulherada começou a dominar os patins – mais de 500 ligas femininas em 16 países - mas isso não significa que os homens pararam de praticar, não, eles até tem uma liga, a Coalizão Masculina de Derby. Basicamente são cinco patinadoras de cada time, que competem por pontos numa pista oval, são elas as três bloqueadoras, um pivô – que fica na linha da defesa – e uma marcadora. O Roller Derby usa da política e da atitude punk rock DIY (Do It Yourself - Ou Faça Você Mesmo), e os uniformes, nomes de time como “Night of the Rolling Dead” – referência ao excelente filme de Romero Night of the Living Dead - e codinomes das jogadoras são um show a parte. Abusam de meias arrastão, tatuagens, maquiagem e os nomes de guerra que sempre são trocadilhos com palavras, conotações sexuais ou referências de cultura pop – como Skid’n Nancy (Sid and Nancy) – só fazem do Roller Derby o paraíso descrito por Bliss para garotas de atitude e que curtem um espetáculo em alta velocidade, banhado a música de qualidade e diversão garantida.

E se vocês acham que as beldades brasileiras ficaram de fora se enganaram! As “Ladies of Hell Town”, são a única liga brazuca de Roller Derby reconhecida internacionalmente.

Embriagada pelo jogo e por Dinah Might, a Marcadora das Holly Rollers e o líder no ranking de Derby, Bliss tenta a sorte grande levando consigo as palavras de incentivo de Malice no País das Maravilhas: “Então leva essa sua bunda pra pista e faça acontecer.” Cavendar então descobre que por mais que sua mãe a matasse quando descobrisse, aquela era a sua chance de viver uma vida só dela, com as pessoas que ela sempre desejou conhecer e fazendo uma coisa que ela adorava.

Aí entra aquilo que eu disse sobre descobrir a própria identidade e a si mesmo: Bliss estava trancada numa prisão monótona chamada de Bodeen e vê no Roller Derby o seu porto seguro, onde ela pode ser ela mesma sem ser julgada pelos demais, onde seu gosto musical é apreciado, onde ninguém é obrigada a participar de concursos de beleza e onde ela pode empurrar garotas em patins sem levar advertências para casa ou ser presa por agressão.

No entanto, nem tudo são rosas: Bliss - ou Babe Ruthless, a nova celebridade e marcadora das Hurl Scouts - começa a levar uma vida dupla, alternando treinos de Derby com concursos da sua mãe, e aos poucos as coisas vão desmoronando. O lado positivo é que ela finalmente consegue arranjar um namorado roqueiro e que gosta de Indie. Mas isso não ajuda muito quando a sua melhor e única amiga não quer te ver nem pintada de dourado.

Se você é uma garota que já teve - ou tem - dezesseis anos, então Bliss Cavendar vai ser sua heroína por um bom tempo. Eu particularmente me identifiquei muito com essa personagem, não pelo fato dela ser praticante de Roller Derby, e sim pelos seus pontos de vista, seu estilo de vida, opiniões sarcásticas sobre o mundo e sobre as pessoas ao seu redor e por estar na busca de ser alguém. Você she-nerd deve entender perfeitamente o que eu estou falando.

Derby Girl é um livro leve, de linguagem rápida e cheia de gírias, afinal a narradora tem 16 anos, é bem negra e acidamente humorado, e com certeza vai te prender até a última página. É o tipo de livro que você devora em um dia e ainda fica com gostinho de quero mais. Eu li em três, devido a duas coisinhas chamadas de Faculdade e Emprego. Tenho certeza de que muitas garotas se enxergarão na pele de Bliss em alguma situação apresentada, ou pensarão seriamente em usar novamente aqueles patins empoeirados que ficaram em cima do jogados no armário por anos.

Se você se interessou por Roller Derby ou pelas Ladies of Hell Town, segue no fim do post todos os links que você precisa para entrar em contato com elas e comparecer nos treinos, (sim! Você pode ser Babe Ruthless por uma noite!) além de ver um pouco de como elas são. Quanto ao filme Whip It!, traduzido nas terras de Brasil como “Garota fantástica”, se você quer pular a parte legal de ler o livro – coisa totalmente NÃO recomendada por mim, acredite – e partir para a adaptação cinematográfica, eu sinto lhe dizer que, como na maioria dos casos de filmes legais, Whip It! Saiu direto em DVD em Abril desse ano.

Agora você pensa, como é que uma mulher conseguiu entrar tão bem na cabeça bagunçada de uma adolescente alternativa e praticante de Roller Derby? Simples, a autora do livro e responsável pela adaptação do roteiro de Whip It!, Shauna Cross, foi essa adolescente. Ela usou suas experiências de Roller Derby da época em que patinava para as TXRD Lone Star Rollergirls, seu nome de guerra nas pistas é Maggie Mayhem e ela atualmente patina para as Los Angeles Derby Dolls. Pra você ver que garotas duronas também podem ser escritoras excelentes.

Título: Derby Girl

Autora: Shauna Cross

Nº de Páginas: 238 (Quem pensar duas vezes antes de ler o livro por causa do número de páginas vai levar um tapa)

Nota: 10

 

Flickr das LHT | Blog das Moçoilas

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Avatar FiliPêra

Cena perdida de O Retorno de Jedi

 

Eu não vou dizer NADA. Só assista e veja a reação do público que assistiu essa cena perdida e inédita de O Retorno de Jedi num evento da LucasFilm. Só digo que envolve o sabre de luz verde do Luke…

PS: Por que o puto do George Lucas nunca colocou essas cenas numa das milhares de milhões de edições de Star Wars?

 

[Via Shuffle]


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