Meu último post aqui no blog rendeu alguns comentários interessantes o que me levou a parar momentaneamente a minha vida corrida e retornar ao assunto. Entre algumas das coisas das quais tive alguns dedos apontados em minha direção, foram o fato de meu texto ser “retórica pura”, de incentivar a sexualidade em crianças e de ser tão nova e com isso não ter preparo para dar conselhos a um pré-adolescente, no caso em questão meu sobrinho de 13 anos, e muito menos escrever sobre o assunto. E já que a polêmica ficou suspensa no ar, nada como por um pouco mais de lenha na fogueira!
Falar sobre sexo ainda é sem dúvida um problema sério, porque indiscutivelmente ainda temos enormes tabus, mesmo parecendo que não. Quando falo aos leitores do Alma Mater que o estudo da História é primordial para nos entendermos como indivíduo, quero dizer em todos os sentidos, e não só no âmbito político-social. E aqui cabe inserir a sexualidade humana como ponto a ser observado para o entendimento do papel que desenvolvemos; pessoal e coletivo.
Sim, somos antes de qualquer coisa animais, isso é fato. O que nos distingue das outras espécies é principalmente o fato de possuirmos raciocínio lógico e, conforme evoluímos, aprimoramos essa característica; aliada a evolução da linguagem e do corpo. E com isso desenvolvemos, ao longo das eras, regras de comportamento, e nos baseamos nelas para, em tese, vivermos em harmonia. Mas tire tudo isso e o que temos é simplesmente instintos básicos. Todos de sobrevivência e, naturalmente, como em qualquer outra espécie, a reprodução está entre eles.
Mas não é só isso. Alguns velhos mitos andam caindo por terra e hoje a ciência já sabe que o ato de sentir prazer em todos os níveis, inclusive no sexual, não é uma característica apenas nossa. Diversas outras espécies sentem sim tesão e curtem isso!
Como viver então duas situações tão antagônicas? Se por um lado temos naturalmente instintos básicos, por outro temos regras comportamentais ditadas pela sociedade. Enfim, isso é conflitante para qualquer cabeça, principalmente se for uma entrando na puberdade!
O despertar da sexualidade ocorre bem cedo, ainda bebês. Nas palavras da Psicóloga Fernanda Roche:
“O desenvolvimento da sexualidade humana começa com o contato físico, quando os bebês são segurados e acariciados. Os órgãos do sentido têm íntima relação com o centro sexual do cérebro e por isto a sucção ou o contato da pele provocam excitação nas crianças. Isto é necessário e natural que aconteça; não se deve privar o bebê de contatos corporais, o que não prejudicará nem tampouco estimulará inadequadamente a criança. A auto-exploração ou masturbação é outra experiência fundamental para a sexualidade saudável. A criança cedo aprende a brincar e a tirar prazer de seu próprio corpo, e isto faz parte de seu desenvolvimento tanto quanto engatinhar, andar ou falar.”
Isso é instinto básico! Mas conforme crescemos somos condicionados a tratar a nossa sexualidade como algo suspeito e estimulados a inibi-la. Se por um lado temos papai e mamãe chamando a atenção da criança para tirarem a mão de seus órgãos genitais por que “isso é feio” e “não se deve fazer”, do outro temos simples brincadeiras aparentemente inocentes que estimulam inconscientemente o comportamento sexual nas crianças. Um exemplo é o de por uma menininha sentada em uma perna e brincar com ela de “upa, upa cavalinho” achando que aquela gargalhada gostosa é sinal de apenas prazer pela brincadeira. Já se sabe que essa diversão está intimamente ligada ao estímulo do clitóris e a brincadeirinha inocente é uma das portas abertas na psique para o entendimento do prazer sexual. E assim vamos crescendo...
Meu post anterior não foi para incentivar uma liberação sexual, sejamos francos, ela já existe. Deixem a hipocrisia de lado e assumam isso. Se ligo a televisão no fim da tarde me deparo com um bando de adolescentes que bebem suquinhos naturais na novelinha teen, Malhação, porque não é apropriado ao horário incentivar os jovens a ingerirem álcool... mas não nos poupam de cenas de beijos tórridos e pegações normais dessa fase da vida.
A visão é um dos sentidos mais poderoso no estímulo a sexualidade. Podemos nem ouvir o que está sendo dito, mas uma cena de beijo caliente é o suficiente para despertar aquele tal instinto básico que carregamos secretamente em nós. E isso serve para tudo, das mulheres frutas ao tórax desnudo e exuberante de um pseudo-indiano. Estamos cercados de referencias sexuais: o Carnaval, os bailes funks, as bandas de axé e de forró, publicidades de lingeries e de cervejarias entre outras. Filmes, seriados, HQ's e até desenhos animados! O que são aquelas Três Espiãs Demais que não saem da grade da TV Globinho? Três garotas em roupas coladas e de comportamento cool. Entrem no site DeviantArt e vejam como meninos inocentes enxergam o trio!
Como se cresce em um mundo assim? Pais, professores, a sociedade como um todo, dizem que o comportamento sexual tem que fluir naturalmente, que tem hora certa para tudo, que isso não é assunto para criança, pré-adolescente ou adolescente, que todas as fases da vida devem ser vividas adequadamente e que a inocência não deve ser retirada tão cedo. Ok então, retirem tudo o que estimula os instintos sexuais e sentaremos para conversar sobre o que vem depois disso. Oh! Me poupem de tanta falácia!
Vamos ser sinceros aqui, todos nós desde cedo temos interesse sexual. Meninos não mintam, o despertar da sexualidade muitas vezes levam a brincadeiras safadinhas com os amigos, por pura curiosidade, mas depois que crescem não falam disso, como se nunca tivesse acontecido porque podem pensar que vocês possuem “comportamento desviante”.
O mesmo vale para as meninas. Que atire a primeira pedra quem nunca deu um selinho em uma amiguinha ou brincou de casinha com uma conotação mais intensa?! Fora as brincadeiras em grupo, das mais “inocentes” do tipo: Pera, uva ou salada mista? As mais pervertidas: Brincar de médico. É básico e é natural! O mesmo vale quando se pega a Barbie preferida e a põe para dar “aquele” beijo no Ken! Isso me lembra uma boneca que minhas primas quando novas ganharam, era uma boneca grávida que dava para tirar a barriga e pegar um bebê lá de dentro. Enfim, alguém tinha que explicar para elas que cegonhas não traziam ninguém enrolado em fraldas e pendurados no bico! Não me lembro de nenhum adulto da minha família explicando como o bebê ia parar ali...
Sim, eu converso sobre sexualidade com meu sobrinho de 13 anos, ele me pergunta e eu respondo. Se eu não fizer, ele receberá as informações por outras vias e nem sempre boas e confiáveis. E não acho estranho e nem me escandaliza ele me perguntar. Ele vive em um mundo onde a sexualidade está em toda parte, desde cedo as crianças ouvem seus pais perguntarem brincando se a amiguinha da escola é a namorada e isso acontece cada vez mais cedo, já vi pai e mãe fazerem isso em uma festinha de escola de turma do prezinho!
Nem no tempo da minha avó namorar era apenas segurar a mão ou ter uma pessoa da família acompanhando o encontro dos namorados para que não se desvirtuassem, minha avó contava que ela e meu avó sempre davam um jeitinho de burlar a vigilância! Agora me diz o que representa namorar nos dias de hoje?! Se para o pessoal da antiga já existia uma excitação com as “possibilidades”, hoje em dia namorar é sem sombra de dúvidas ter um vida sexual ativa. Ah tá, crianças do prezinho nem sabem o que é “vida sexual ativa”, claro, elas serão crianças para sempre não é?!
O meu post anterior foi para chamar a atenção para algo que vem emergindo: a “descoberta” da sexualidade ocorrendo cada vez mais cedo. É preciso que aja uma abertura maior para o esclarecimento sobre o assunto para que sejam evitadas gravidez indesejável e DST's. Essas mentes tão jovens seguem apenas os instintos, estimulados por tudo o que os rodeiam e isso desde a mais tenra infância. Ah sim! eu estimulei a busca do prazer sexual, reconheço e mantenho minha posição, mas acho engraçado ser apedrejada por isso, as novelas da Globo podem e eu não?! Sinceramente hein!
Temos aqui um caminho sem volta, vivemos em uma sociedade de consumo, tudo é consumível e a sexualidade, a erotização, são produtos que dão excelentes lucros, o capitalismo agradece! Então não se façam de tolos, a realidade está ai para qualquer um ver, não me venham com discursos prontos de perda da inocência e blablabla, isso é papo de pseudo-intelectual que lê a Veja e se escandaliza com a prostituição infantil e usa isso como assunto legal para aquela conversa cabeça na mesa do bar entre uma cerveja e outra, ninguém perde o sono porque crianças perdem suas inocências dessa forma, então deixe o falso moralismo de lado que é de melhor tom...
Continuo proclamando: Meninos e meninas divirtam-se! Usem e abusem de todos os recurso para obter prazer! Pois até o simples fato de apreciar um doce hoje em dia tem toda uma conotação sexual, vide essa campanha da marca de roupa infantil Lilica-Ripilica. Mas não se esqueçam: Cuidem-se sempre!
22 Comentaram...
é isso aê!!!! bom é trepar
uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa. meninos(as) de 13 anos devem bater punheta(siririca), e não sair fazer sexo com os amiguinhos.
Eu concordo que é muito melhor o esclarecimento do que a hipocrisia. Mas fico aqui pensando com meus botões, se muito dessa erotização não seja culpa, ou não seja pela influencia da mídia, que pelos seus exemplos (baile funk, axé, carnaval, forró [o moderno], acrescento o sertanejo e os countries da vida) são de gosto absolutamente duvidoso, ainda mais para os olhos e ouvidos das crianças. Tudo bem,que eu sou totalmente avesso à estes estilos e festas, mas perceba que estou falando realmente do enfoque deste tipo de mídia NÃO voltada ao público infantil (eu sei que é inevitavel que uma criança entre em contato com estas porcarias mercadologicas...).
Não acho que seja necessário repreender, suprimir, coibir, nada relacionado à sexualidade, mas quando dizem por aí que tudo deve ter seu tempo (minha mãe, p ex., e eu acredito na minha mãe xD) é porque realmente não é saudavel para o desenvolvimento do individuo (enquanto psiquê e corpo) desenvolver uma sexualidade explicita precocemente. A sexualidade 'inocente', a que todo ser humano possui, é inato, é diferente da sexualidade explicita, que é de cunho mais ""adulto""; Explico: mesmo que algumas brincadeiras infantis tenham, em ultima instancia, como objetivo a busca do prazer malicioso(sexual), conscientemente é um ato inocente. Nossos prazeres, não importa em relação à que, tem fundo sexual, desde comer chocolate até pular de bungeejump. Agora dizer que uma criança busca o prazer sexual conscientemente é um equivoco (eu acho...).
Falar sobre perder inocencia, sobre perder infancia, sobre coisas tão relativas realmente é papo de pseudo intelectual metido a moralista. No entanto, é um fato que as crianças estão se tornando sexualmente maduras cada vez mais cedo (seja pelo ambiente, alimentação, estimulos diversos). Vai dizer que é normal não bricar de pega-pega, esconde-esconde, mãe-da-rua, mesmo de médico ;), para ficar paquerando, flertando, beijando, ficando para alguém de 8, 9, 10, 11 anos?
Criança é naturalmente curiosa, e a TV é um instrumento poderoso demais! Novelas, programas 'familiares', mesmo noticiários, perderam o senso há muito tempo, mas sem a censura (sou absolutamente contra a censura, mas liberdade deve também ter limites...) tudo ficou muito pior! Não acho que se deva ter vergonha de nenhum assunto, mas esta descoberta precoce desvia o intelecto, exatamente por mexer com os instintos mais primitivos!
Não acho que está agindo de forma errada com seu sobrinho, pelo contrario, a curiosidade deve ser sanada da maneira mais natural possivel e sem alarde (como vc faz), mas penso que dar aval para que continue este processo continuo de sexualização (esta palavra existe?) precoce não seja muito sensato.
Pois que tipo de adultos teremos, quando estas crianças que não sabem brincar crescerem?
Não sou moralista, mas isso não é questão de moral, é uma questão de futuro com pessoas saudáveis, fisica- e psicologicamente.
só por curiosidade...
seu sobrinho te fez alguma pergunta sacana querendo se dar bem em cima de voce?
Sou o cara da "retórica pura." Extremamente conservador quando se trata de meus relacionamentos afetivos, mas, falando de sociedade em si, concordo com você. Realmente, é imbecil essa repressão ao lado instintivo humano, ao tesão, ao desejo e a hipocrisia que costuma seguir.
A questão é que cada um tem uma visão de sociedade e mundo. O texto está outra coisa, mas mesmo assim sempre espere críticas. Do mesmo jeito que autores sérios que estudam a mudança do significado e papel da infância - ou mesmo quem possui interesse pelo assunto - poderiam se ofender com sua afirmação de que são pseudo-intelectualóides que leem veja enchendo a cara em um bar, você tem todo o direito de achar que foi apedrejada pelos leitores. Porém sua proposta e todos seus desdobramentos é que foram execrados. O fato de pessoas se darem o luxo de escreverem críticas e debaterem com você quando poderiam simplesmente ignorar mais um entre milhões de posts por aí deveria ser o suficiente para você perceber que algum impacto possui.
Ainda assim, talvez seja uma boa idéia ler um pouco mais sobre o assunto, olhar os comentários com cuidado e analisar se realmente sua proposta é perfeita. Há consequências positivas e negativas para qualquer coisa, e chama a atenção o fato de você ter sido incapaz de mencionar sequer um contraponto. Aparentemente, livre expressão sexual é a chave da felicidade que, pffff, hipócritas, professores, pais, psicólogos (sexualidade é uma coisa, erotismo outra) e toda a sociedade falham em perceber.
Fora isso, ao falar do DeviantArt, está misturando as coisas. O que motiva a produção de pornografia de basicamente qualquer coisa independe de erotismo imbutido. Você vê pornografia até mesmo de Laboratório de Dexter, com seus personagens bizarros. Regra 34 é auto-suficiente.
Como disse, bem melhor que o texto anterior por possuir uma proposta clara e desenvolvimento
com bases um pouco mais sólidas que pura opinião. É evidente, porém (evidente e "ruim" são termos diferentes, lembra?) que é um texto por uma mulher que é esclarecida e gosta de sexo. Ótimo. Da próxima vez, pesquise melhor antes. Meter pau na TV e na hipocrisia social é senso comum. Livros talvez sejam melhores. Chegou a ver o comentário do Saramago sobre a falta de qualidade em blogs? Pois é.
"Falar sobre sexo ainda é sem dúvida um problema sério"
Então vamos parar de falar e fazer. Sexo não é problema... É solução.
"Sim, somos antes de qualquer coisa animais, isso é fato"
Pau na buceta, buceta no pau. E como diria Alexandre Frota: O negócio é comer cu e buceta"
Das duas uma: Ou eu não entendi o que você quis dizer sobre o lance da prostituição infantil ou você não foi muito claro na explicação.
Até porque, creio que nenhuma pessoa sensata, acharia bacana ver uma mãe cafetinar a própria filha de 10 - 11 anos de idade em postos de caminhoneiros por 10 reais uma rapidinha.
Creio que qualquer pessoa normal se escandalizaria com isso.
Oh não!! vc denovo não!!
Vá bater uma e não enche o saco aki..rs
Cara isso é um puta clichêzão, esses seus textos, completamente ridiculo.
Criança tem que ser incentivada a estudar e não ficar pensando em putaria, vc quer criar uma geração de retardados infelizes sem valores ??
Quanto mais se banaliza as experiencias sexuais mais insatisfeitas as pessoas se tornam, pq elas encaram o sexo como uma coisa e não como uma forma de expressar afeição.
Isso que vc faz é completamente ridiculo, vc deveria escrever na revista Veja, vc esta colaborando pra destruir os ultimos valores que ainda podem construir uma vida digna.
O sexo não pode ser banalizado, ele deve ter uma aura de misterio, toda essa liberação sexual não trouxe nada alem de infelicidade, hedonismo, materialismo, falta de direcionamento na vida.
As pessoas que pregam a liberdade sexual são infelizes em sua maior parte, não conseguem ter um relacionamento fixo, não conseguem ter filhos e ter uma boa relação com eles pois o divorcio se tornou comum, os filhos não veeem valores nos pais mas apenas dois velhos que um dia treparam e não usaram camisinha. É preciso recuperar ois valores antigos que a midia e as pessoas como vc, irresponsaveis que anseiamm por dizer o que os outros querem ouvir e ser elogiada, destruiram.
Hey boys! Passei rapidinho para dar o meu bom dia e agradecer pela participação com os comentários!
Srs. Anônimos, adoraria partir do ponto em que cada um parou e complementar, mas como nunca escrevo pouco, viraria mais um post e por enquanto chega né? Agradar gregos e troianos é mesmo difícil!
Sr. "retórica pura" não fiquei chateada ou qualquer coisa assim, gosto de um bom debate quando ele se mostra saudável! É que tenho mesmo um jeito formal de escrever e acho que acaba aparentando que não gostei dos comentários anteriores, ao contrário, gostei tanto que reconheci que fui rasa e quem sabe, abusei mesmo da retórica?! Dai essa minha continuação! Mas seu cometário em particular foi uma delícia de ler!
Mauro Tavares, querido, te faço um convite e é sério, não leve como sarcasmo ou algo assim. Vamos marcar de ir ao Rio, cidade onde nasci (hoje moro em Sampa), para que eu te apresente algumas comunidades de baixa renda? Falo as de lá pois infelizmente as daqui não conheço, a vida é tão corrida que me impede de fazer o que fazia com prazer lá, trabalhar com comunidades carentes. E se depois que você ver de verdade, de perto e não pela tv ou lendo a Veja, mantiver a sua opinião juro que revejo os meus conceitos! Querido, é fácil todos nós ficarmos aqui debatendo acomodados em nossas confortáveis vidas e sei que essas minhas palavras podem soar pura demagogia, mais a verdade é uma só, encare os fatos, a geração de hoje nem de longe é como a nossa foi! E estou levando em consideração que você tem uma idade aproximada da minha. Não se engane, o que chamamos de crianças deixam de ser crianças bem cedo e não precisam da tia Dolphin dizendo façam, elas fazem sem precisar da opinião de ninguém. E isso não diz respeito só ao sexo, incluo nesse balaio de gato as drogas, o vício do cigarro e as bebidas.
Todos falaram e falaram mais ninguém apontou uma direção, criticar por si só é cair no lugar comum, é o mesmo que um cachorrinho correndo atrás do próprio rabo. Acreditar que tudo voltará a ser como a "infância 80" é mera ilusão, então já que não dá para mudar o rumo das coisas que convenhamos, vem descendo ladeira a baixo faz tempo, pelo menos que os adultos conscientes os oriente a se cuidar. Não gostaria por exemplo de saber que meu sobrinho está com alguma DST ou alguma das minhas sobrinhas em uma gravidez indesejável.
E Mauro concordo que a educação é primordial, preferiria que em vez dessa garotada ficar pensando em sacanagem se preocupasse em ler mais por exemplo. Tai uma coisa que me frustra horrores em meus sobrinhos, todos sem exceção ao contrário da tia, detestam ler.
Mas você sabe né, é mais interessante para os nossos políticos que os futuros eleitores sejam alienados do que cultos e formadores de opinião. Se realmente existisse uma preocupação com a falta de moral, algo já teria sido feito a tempos para pisar no freio, mas a realidade é justamente ao contrário, os exemplos que citei no artigo são a prova disso.
Por enquanto é só!
Beijos à todos!
Poxa, Dolphin, não me leve a mal mas favela no rio de janeiro e uma deturpação criminosa do ser humano. Criminosa, não por parte dos que lá moram, mas da elite de nossa sociedade (historicamente falando) que nunca se preocupou em realmente construir um estado que levasse em conta o bem estar social. É criminoso. E o sexo nas camadas mais pobres é uma meta que se chega mais cedo porque não há mais nada pra se fazer. Nada! As crianças sem espaço/espaço limitado (no passado haviam menos pessoas)tem poucas atividade. Não nego que muitas atividades ludicas são preparações para uma vida adulta. Mas ela se apresenta por representação e um viés intuitivo. Não é direto. Ao se-lo constitui-se em violencia nas crianças, como você demonstra sabe-lo. É de um profundo desconhecimento da realidade destas comunidades que faz você usa-las como exemplo.
Descupe, Dolphin, mil perdoes com o que disse sobre não saber nada sobre favelas, li o texto rapido e não notei que citou sua experiencia pessoal com trabalho comunitario. Mas ainda sim sustento que não deve-se entrar tão direto na vida sexual ativa. Mas concordo que criar uma redoma que nega todo e qualquer conhecimento sobre a sexualidade. Inclusive a sua banalização que a torna trivial e inconsequente.
Gostaria apenas de dizer que gostei muito do texto, apesar de não concordar 100%, prabenizar a autora pela excelente redação e, principalmente, pela elegância com que responde os comentários, dos mais pedantes anônimos aos moralistas pouco esclarecidos.
Dolphin eu morei no rio um bom tempo e trabalhei dando aulas de desenho para crianças pobres por 4 anos, portanto eu conheço bem o que vc fala ai, por isso mesmo eu acho uma lastima essa cultura hedonista de hj pq percebi que isso serve a interesses escussos.
O Estado trabalha cada vez mais para destruir as relações interpessoais, familiares e afetivas, isso é uma forma de destruir a noss individualidade, transformarnos em pessoas insensiveis e quase bichos pára que nosso unico papel na vida seja o trabalho, a produção economica.
Se o sexo, que é uma força poderossissima, perde qualquer qualidade alem de uma função animal, nos perdemos muito de nossa possibilidade de perceber a realidade, nos retornamos mesmoa animalidade.
O sexo pra mim é motor da poesia, da beleza, o ser humano não é apenas um animal, ele é uma criatura espiritual e precisa transcender suas limitações fisicas atraves de uma vida espiritual. Precisamos reconhecer nossas afeições, superar o materialismo que nos oprime atualmente e voltara ter uma concepção de mundo mais ampla.
Não se pode confundir liberdade com libertinagem, o que vc prega é isso. Na epoca de FREUD a sociedade vienense tinha grandes problemas com a repressão, hj o problema é o contrario, é a libertinagem, tudo é permitido, o sexo é incentivado desde a infancia, como já não temos valores morais, nos achamos que podemos fazer tudo e fazemos, mas o que isso nos trouxe ?
Infelicidade, banalização dos costumes, vazio.
É o Admiravel Mundo Novo descrito por Huxley, mas a minha posição é a do Selvagem !
A vida das pessoas se tornou um sem fim de prazeres passageiros que não satisfazem, pq são banais, não trazem nada para alem de si mesmo.As pessoas se gabam de viver num mundo de liberdades, mas precisam de remedios pra dormir.
É necessario resgatar o misterio das coisas, isso não significa que vamos voltar a ser moralistas, significa dar valores as coisas para que elas tenham proposito.
Precisariamos de um novo Freud para resolver essa questao, mas as maiores inteligencias de nossa epoca estão jogando videogame, viraram "merds", é uma lastima o que o mundo se tornou, esse predominio da cultura pop idiotizante, é o fim do mundo.
Como diz Alan Mooore, precisamos reavaliar nossa cultura, se não o que nos resta é o inferno.
Mauro, o mesmo que disse a ela se aplica a você: precisa de melhor embasamento. Vocês estão trazendo dados históricos ou tratando de temas abordados pela psicologia SEM amparo dessas ciências. No artigo anterior da Dolphin, ela havia dito que desde a época do Império Romano não se via o sagrado e o profano tão unidos, mas, usando um exemplo o mais popular o possível: Bórgias. Você, por outro lado, diz que não temos mais valores morais e que isso nos trouxe infelicidade e banalização dos costumes. Prove. Da onde você tirou isso? Sua experiência de vida? Pessoas tem vidas diferentes, o fato de você não se sentir confortável com isso não é o suficiente. Tem quem curta, e isso não faz com que eles sejam "perversos" ou não possuam "valores morais", seja qual for o significado desse conceito pra você.
Honestamente, minha preocupação não é com a questão em si, mas com o modo como está sendo tratada. Afirmações complicadas estão sendo feitas para uma audiência influenciável (como todas as outras), sem bons fundamentos. Estão debatendo sobre suas opiniões ou o assunto? Se for sobre o assunto, tomem cuidado com o que ou como escrevem ou vão contribuir para a manutenção de uma massa ignorante que AMBOS criticam. Galera que vai sair por aí falando "Ah, não temos moral por causa do Estado e da cultura pop" ou "Sabia que desde os romanos a putaria e a religião não se misturam como hoje em dia?" Vocês querem ser responsáveis por conscientização ou retardamento em massa?
Vão debater? Ótimo, mas chega de "eu acho." "Eu acho" é tese, não argumento.
Boa noite rapazes!
É mesmo um prazer ver algo que escrevo render boas contribuições, mas confesso que gostaria de presenciar essa audiência na coluna Alma Mater! Ok, fiz na cara de pau um marketing básico e será que com isso quebrei alguma regra social desse mundo dos blogs? Se sim, me perdoem, sou desconectada para essas coisas...
Vamos as minhas considerações!
Sr. Anônimo que escreveu logo após o meu comentário, entendo perfeitamente o que quis dizer e concordo plenamente mas a questão não é só com as favelas do Rio ou de qualquer outro lugar do país.
Entenda, quando eu escrevo sobre um assunto é porque me considero apta a falar sobre ele; não porque li, ou assisti na tv (que tenho apenas como enfeite em casa), ou bati um bapo cabeça com os meus amigos, mas sim porque vivenciei em algum grau o assunto em questão. Usei como exemplo as camadas menos favorecidas da sociedade porque sinceramente foi a lembrança mais forte que me veio a cabeça naquele momento, mas agora com calma posso te citar outros que estão bem longe da exclusão social de uma favela.
Quando cheguei a São Paulo uma das coisas que mais me fascinou foi a quantidade de Tribos Urbanas que essa cidade insana e que tanto adoro, possui. Sempre tive uma queda para o marginal, e por favor não me interpretem errado, quando digo marginal é porque sempre me senti a vontade ao lado dos que vivem a margem da sociedade, isso vai desde sentar na esquina da rua em que morava em Guarulhos e ficar batendo papo com os travestis que fazem ponto por lá como também parar para bater longos papos com os catadores de lixo do galpão de reciclagem que tem aqui perto de casa. Se existe em mim algum preconceito serei sincera, é mais para a elite do que qualquer outra coisa; já ouvi de alguns amigos que tenho "espírito de pobre" por ser e agir assim, o que me magoou bastante, mas não posso obrigá-los a abraçar meu ponto de vista e não me sinto seduzida pelo o deles, prefiro então em nome da boa convivência deixar bem claro que os espaços individuais devem sempre ser respeitados. Funciona.
Quando comecei a sair a noite para as “baladas” a Tribo Urbana que mais me chamou a atenção foi a dos góticos que me fascinavam por suas roupas negras e exuberantes, suas maquiagens pesadas e seu gosto estranho para o mórbido. Conviver com eles foi um aprendizado! E foi dessa convivência que nasceu a percepção de tudo o que venho falando nos dois últimos posts. Meninos e meninas tão jovens falando e fazendo sexo de uma forma que admito que muitas vezes me fez ficar ruborizada. E quando digo jovens, são jovens mesmo, ok? Na faixa dos 13 anos para frente e vamos combinar, essa garotada de hoje parece que tomou todos os dias Toddinho! Porque você olha e nem de longe diz que possuem 13 anos! Tiro pelo meu sobrinho que além de ser alto pra caramba me fazendo me sentir uma anãzinha perto dele, ainda tem um corpo robusto; essa turminha de hoje passa fácil por mais idade e é o que inevitavelmente acontece. O que vi de carteira de identidade falsificada vocês não iriam acreditar! E pensa que segurança não vê que é falsa? Eles sabem assim como os donos das casas noturnas, alguém preocupado em barrar na entrada? Que nada, são potenciais clientes consumidores de bebidas, lucro certo e garantido...
A convivência com os góticos me levou ao convívio com outras outras Tribos como os Emos, os Punks, e os Skins para citar algumas, vá a Galeria do Rock e vocês entenderão o que quero dizer!
Meus posts foram muito mais pensando nessa geração criada a deus dará e entenda, não são jovens de classes inferiores, põe ai classe C e B com certeza absoluta, a classe A eu via em outros tipos de situação, como baladas alternativa de eletrônico onde drogas sintéticas são literalmente consumidas como “doces” e “balas”. O que os anos 60 e 70 chamaram de sexo, drogas e rock’n’roll hoje em dia soa quase como inocente diante do quadro atual.
Pois é então disso que venho falando. Vocês podem argumentar que Tribos Urbanas não respondem pela maioria, sendo um saldo pequeno quando pensamos no coletivo, mas não é verdade. Citei alguns exemplos de jovens de classes e comportamentos diferenciados, meu sobrinho que é o que se chamaria de normal dentro dos padrões que reconhecemos, as camadas mais pobres e as Tribos Urbanas. Eu poderia passar horas e horas contando muitos outros causos que nada tem a ver com esses três exemplos acima, mas isso aqui já está começando a tomar a proporção de um post e não quero me tornar chata demais.
E só para finalizar, Mauro eu entendo mesmo o que você quer dizer, não pense que por eu defender uma maior liberdade para o sexo e o faço pensando na segurança e bem estar dessa juventude que vive no limite, eu não tenha uma visão parecida com a de todos vocês. Sou romântica o suficiente para dizer que não faço sexo e sim amor, não pulo na cama de um cara só pelo tesão, por sinal inteligencia e cultura são requisitos e obviamente afrodisíacos, mas infelizmente somos os caretas aqui na visão dessa galerinha mais nova. A cultura hoje é outra, eles contabilizam quantas bocas beijaram em uma noite...
Sr. Retórica Pura, eu entendo o que quer dizer sobre a influência de quem lê o que escrevemos, seja o artigo ou as trocas de opiniões, mas concorda comigo que se uma mente jovem chegou até esse ponto da leitura desse saudável debate é porque tem uma percepção forte de tudo o que está sendo dito? Me perdoe o sarcasmo não costuma ser uma característica minha, mas convenhamos, tem coisas demais para serem lidas aqui, as “massas ignorantes” certamente irão preferir navegar em algum outro blog que tenha menos letras e mais imagens. E realmente continuo afirmando que eles não precisam da tia Dolphin e agora do tio Mauro para levantar bandeiras com argumentos infundados, eles fazem isso só de assistir Caminho das Índias!
Rapazes, me perdoem por me estender mas como disse antes não sei escrever pouco, acho que por isso não consigo usar aquela coisa chamada Twitter, como alguém sobrevive com módicos 140 caracteres?!
Beijos e mais uma vez obrigada à todos pela contribuição!
Eu sinto mesmo é que a quem este debate interessa, e a quem as informações seriam realmente proveitosas provavelmente não leria algo tão extenso... Tenho minhas duvidas se chegaria a ler o post inteiro... O que é uma pena!
Dolphin, parabéns pelo post, apesar de discordar em vários pontos, muitos deles já foram discutidos.
Quanto ao embasamento das informações, vivencia ainda é embasamento (teriamos de ter a referencia: Familia et al). As oppiniões devem mesmo divergir, afinal estamos num blog NERD!
Cada dia que passa, percebo que nossa juventude caminha sem lenço e sem documento, a favor de ventos que não rumam à nenhum porto seguro...
No mais, sexo é bom mesmo!!! Proteção sempre!!! ^^
Eu acho legal quando alguém foge do mesmo discurso de sempre, o moralmente correto, e tudo mais.
Concordo em partes com esse texto (ainda que eu não tenha lido o anterior, que gerou esse), mas acho que, aqui, eu vou acrescentar algumas coisas...
Esse tipo de discussão ocorre, e muito, entre psicólogos e educadores, mas eu acho que eles perdem um pouco o ponto. Primeiro porque eles ficam muito presos em entender a mente humana e coisas do tipo, e, no fundo, tudo isso está mais relacionado à um aspecto cultural.
Nos países de religião muçulmana, é muito comum meninas de 11, 12 anos casarem. A lógica deles é a seguinte: mestruou, pode casar.
Isso leva a uma idéia que as pessoas costumam perder: a infância é um conceito inventado recentemente.
A palavra criança surgiu no século XVII, na Inglaterra, com a revolução industrial ("kid"). Ela não existia antes na Europa. Se você parar para ver as pinturas do século 11, 12, você vai reparar que, nos quadros, as crianças tem um corpo de criança mas rostos de adultos. Isso não é porque (como eu já li em trocentos lugares) a arte daquela época era mais primitiva, e blábláblá. É porque eles não visualizavam a infância como nós vemos hoje. Para eles, uma criança era um adulto pequeno, e era tratada como tal. Isso reflete também na sexualidade. Não era comum na Grécia meninos terem sua iniciação sexual aos 11 anos? Porque isso mudaria hoje?
Cultura. Talvez um confronto entre cultura x instinto, não importa. O interessante é perceber o quanto estamos condicionados a achar esse tipo de coisa ruim, quando, na verdade, sempre foi perfeitamente normal. A única sociedade que condena esse tipo de coisa é, curiosamente, a nossa. Mas, mesmo condenando, nós não somos capazes de transformar isso em algo absoluto, vide a televisão e outros meios de mídia espalhados por aí, divulgando o sexo à torto e à direito. As crianças vêem isso, incorporam e reproduzem. E nós ficamos escandalizados, como se fosse algo anormal e completamente absurdo....
Como estudante de antropologia amador nas horas vagas, tenho que desviar ligeiramente do tópico e dizer que... o que diferencia os seres humanos dos animais NÃO é o raciocínio lógico. Os animais tem uma grande capacidade para este. O que nos diferencia é apenas uma linguagem muito mais sofisticada que permite o acúmulo e reprodução de uma quantidade muito maior de conhecimento.
Não consigo lembrar uma página no wikipedia para mostrar meu ponto, porém tem uma que é relevante ao tópico:
http://en.wikipedia.org/wiki/Animal_sexual_behavior
Agora pense um pouco sobre o que essa página do wikipedia tem a dizer e o que isso pode significar sobre os nossos instintos animais...
nossa! incrivel, seu ponto de vista é firme, mas é tambem discutivel. só pq vc consegue dormir a noite não quer dizer que devemos ignorar.mas no final todo mundo ignora! então foda-se, vc ta certo.
acho que não adianta mais negar o que está na nossa cara!
com certeza se as pessoas assumisem o que existe há séculos e todos tentam esconder seria muito mais fácil conscientizar aquelas meninas de menos que 15 anos que engravidam do primeiro namorado por falta de informação, e até mesmo em relação à prostituição infantil.
é fato: sexo é bom, e TODO MUNDO FAZ.
pode matar sim, mas não quando se tem cuidado. e é aí que entra a importância do conhecimento do corpo, que leva à valorização dele e muito provavelmente também leva a pessoa a pensar melhor no que quer pra ela e como previnir o que não seria legal.
hoje tenho 23 anos e tenho certeza absoluta que se o sexo fosse tratado como é falado neste texto hoje eu não teria os traumas que eu tenho, que por enquanto nem terapia foi capaz de curar.
e olha que eu não passei por nada cabuloso.
além de alguns outros 'fatos', o sexo sempre foi 'segregado' aqui em casa por conta da minha mãe ter casado grávida de mim 'e não querer isso pros filhos dela'. isso eu descobri com mais de 10 anos porque fiz as contas. se dependesse dos meus pais acho que eu nunca saberia. essa é a atitude que minha mãe toma em relação à muitas coisas que ela fez de 'errado' e é por isso que eu falo que fingir que nada aconteceu é o pior caminho. só eu sei o que passo aqui, dentro de mim, por causa disso tudo.
hoje tenho uma prima com mais nova que eu, com o primeiro namorado mais sério, e o que eu falo pra ela sobre sexo é como vc diz. eu ouço o que ela tem pra me contar, respondo o que ela tem pra perguntar, conto as minhas experiências, coisas que eu já aprendi e peço pelo amor de Deus pra ela se cuidar sempre.
porque além do fato das doenças, pra mim filho é uma coisa muito séria, um 'brinquedo' que não tem como jogar fora quando enjoamos e não é nada saudável pra qualquer criança nascer e crescer em um ambiente que não está preparado para recebê-la, com pais que não estão prontos para serem pais de verdade. acredito que é porque as pessoas não pensam antes de ter filhos, na responsabilidade que é dar vida à um ser, que o mundo está desgovernado como está hoje.
admiro sua coragem, dolphin, principalmente porque eu ainda não tenho ela pra 'mostrar a minha cara' aqui.
quem não consegue fazer sexo,por se achar incapaz de se relacionar com uma mulher.
-É só se masturbar,vc ejacula em alguns minutos e a sensação é a mesma.....
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