Os soldados-robôs estão se tornando reais

 

Sempre digo que a ficção-científica é uma forma que gênios acharam para falar do presente contando o futuro. Esse é o mote das melhores obras do gênero, como Blade Runner e Matrix. Mais no presente temos Filhos da Esperança e, o ainda vindouro, District 9, que elegantemente se põe a narrar problemas sociais do mundo de hoje.

Mas tudo do gênero sci-fi também serve para a humanidade falar do futuro propriamente dito, apresentar tendências e conceitos que facilmente se diluiriam se fossem lançados com um rótulo diferente de “ficção-cientifica”. Imagine um filme ou livro “normal” trazendo robôs assassinos do futuro com uma mensagem apocalíptica junto. Não ia dar certo.

Mas saiba que esse tipo de robô pode estar cada vez mais próximo da realidade. Máquinas com inteligência artificial e liberdade para atacar as bundas que bem entenderem estão nos planos maquiavélicos dos chefes militares preguiçosos (geralmente ocidentais, já que russos e chineses gostam de usar inimigos do estado nas linhas de frente, e robôs tornariam isso injustificável).

Não se engane, robôs-matadores já existem, principalmente os que voam. A linha Predator é largamente conhecida e está sendo usada constantemente desde a Guerra do Golfo, tanto pelas forças militares americanas quanto pela CIA. Esses aviões são, geralmente, muito precisos - mesmo sendo alvos fáceis para caças - e não tem custo elevado. A diferença deles para a próxima geração de robôs é uma única: o controle humano sobre eles.

Os Predators são como aviões tripulados, pois são diretamente controlados por humanos, ex-pilotos de caça experientes em sua maioria. Os soldados-máquinas do futuro vão ser praticamente autômatos. Um único humano pode controla um exército inteiro de destruidores com articulações de ferro contra um alvo. Todas as decisões a níveis intermediários seriam tomados por programas de inteligência artificial. Cada máquina terá um computador que hospedará o programa, que receberá ordens de um grande sistema de inteligência artificial que controlará as atividades globalmente.

Aí é que reside o problema. Máquinas, por mais capacidade de processamento, de vitórias contra campeões de xadrez e todos esses feitos que os babacas usam para torna-las supostamente mais inteligentes que homens… são apenas máquinas. Elas não conseguem distinguir com 100% de certeza um branquelo do Arkansas de um talibã fortemente armado. Ou ainda pior: alvos militares humanos de civis.

Experiências com robôs já foram feitas, usando como cobaias, paquistaneses. Foram usados 60 robôs, que mataram 14 supostos integrantes da Al-Qaeda… e 607 civis. Nem um piloto da OTAN dos mais ceguetas teria uma taxa tão pífia de erros desses (a não ser, é claro, que o erro fosse proposital, o que é bem provável).

Mas, como burrice é uma lei no Pentágono - e usando a máxima que visa preservar vidas, como se isso fosse objetivo do Exército - serão investidos US$ 5,5 bilhões na criação de robôs-assassinos mais “evoluídos”, quer o mundo goste ou não…

 

[Via Geek]