quinta-feira, 11 de setembro de 2008

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Máquina do Fim do Mundo foi ligada... e não causou nada: FAIL

 

 lhc

 

Por FiliPêra

 

Um dos fatos científicos mais hypados dos últimos tempos, o início dos testes com o acelerador de partículas denominado LHC (Grande Colisor de Hádrons), gerou especulações das mais apocalípticas. Mas acabou por não provocar efetivamente nada, certo? Errado... bem, mais ou menos. O Apocalipse não veio, mas tem gente que está muito feliz com o fato de moléculas se chocarem, à velocidades próximas a da luz.

Antes, vamos aos fatos. O LHC é o maior e o mais potente experimentos científico já criado pelo homem. Basicamente ele é um túnel circular de 27 quilômetros de comprimento, que fica na fronteira da França e da Suíça. Está situado a uma pronfudidade de 50 a 120 metros e levou 20 anos para ser concebido - 14 só na construção. Quando estiver operando em força total, o LHC vai consumir 200 megawats/hora, o mesmo que uma cidade como Curitiba. Além disso seus tubos, precisam ser resfriados a -271°C (nem o espaço chega a isso) para melhorar a condução das partículas que serão colididas e evitar a perda de energia.

Os físicos do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN), que estão no comando dessa máquina de 8 bilhões de dólares, esperam reproduzir um mini Big Bang, acontecimento que supostamente deu origem ao universo. E é aí que entra o Apocalipse. Muitos temem e pregam, para os outros temerem também, que reproduzir um pequeno Big Bang traria fim a vida na Terra. Não tente entende-los, o médico mandou não contrariar. Ocorreu coisa parecida quando o cometa Halley passou por aqui, e teve gente querendo pegar carona em sua cauda e se matou.

Mas, o lance é que tem gente que acredita. E é fanática ao ponto de cometer burradas. Um dos primeiros que sofreu com isso foi Frank Wilczek, físico do MIT (um dos mais importantes centros de tecnologia do mundo) e ganhador do prêmio Nobel. O cara recebeu ameaças de morte, sabe Deus de quem, e passou a ficar esperto, tendo inclusive pedido ajuda da polícia do campus. Tudo porque ele fez parte, durante seis anos, do projeto de construção do LHC. Deve ser coisa de americano sem dinheiro para ir à Europa ameaçar as pessoas que trabalham no LHC efetivamente, e ficaram com a prata da casa.

Mas, fazer ameaças não é nada, frente ao que uma adolescente indiana de 16 anos fez. Amedrontada com o que seria o fim do mundo, largamente proclamado em jornais do país, ela se matou. Dessa vez você pode colocar a culpa na mídia, por pregar (sim, pregar) o fim do mundo sem qualquer base científica. Na parte leste boa parte da população está indo para os templos, para pedir clemência dos deuses.

Do lado de cá do planeta, a galera está mais tranquila, e chega a fazer brincadeiras com o fato. Um nerd mais bem humorado, registrou o domínio (se prepare que é grande e significa: Será que o LHC já destruiu o mundo?) hasthelargehadroncolliderdestroyedtheworldyet.com. Ao acessar o site, ele te passa, em tempo real e em letras mamutescas, a resposta para a pergunta!

 

imagem

 

Podem dormir tranquilos que o mundo não acaba dessa vez. Não antes de Eu dar um beijo bem molhado na Megan Fox (entrou na minha lista de coisas para se fazer antes de morrer, que Eu criei ainda adolescente; inspirado em Os Simpsons)!

 

Fontes: G1 e Geek

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