terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Avatar Voz do Além

Está aberta a estação da colisão

 

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Meu pai vive dizendo que tudo que é feito pelo homem falha. Por melhor que o produto seja, ele não é a prova de falhas. Eu não levo lá muita fé, mesmo tendo diversas evidências contrárias, mas o mês de fevereiro realmente colocou minhas convicções por terra, e decidi compartilhar das mesmas idéias do meu pai nesse sentido. Por que? Vamos lá… em menos de sete dias dois dos setores da sociedade humana que mais prezam pela exatidão protagonizaram dois acidentes bizarros e (para a não-surpresa do meu pai)… inéditos.

O primeiro, que ocorreu no dia 10 desse mês, ficou mundialmente famoso como a primeira colisão de grandes proporções entre dois objetos espaciais. Para ajudar os mais paranóicos, a colisão ocorreu entre um satélite russo e um americano. Convenientemente o russo, que era militar, não estava funcionando, portanto não se tinha mais controle sobre o mesmo (para mim era o teste de uma arma anti-satélite, muito comentada durante a Guerra Fria, mas nunca posta em ação). O mesmo não se pode dizer do satélite americano que era componente da rede de espionagem comunicações Iridium, com alcance mundial, e se esfacelou em centenas de pedacinhos, cada um valendo muitos milhares de dólares.

O que parece apenas um caso isolado, e inédito, nesses mais de 50 anos de corrida espacial, pode se tornar mais comum, a medida que mais detritos e objetos ganham o espaço. No momento, mais de 18.000 pedaços dessa porcaria que flutua no espaço, gerados pelos malditos homens e suas malditas inovações tecnológicas, estão em órbita da Terra, tornando essa porcariada toda um problema cada vez maior. E o resultado de uma explosão (explosão entre aspas, já que no espaço não rolam explosões como as conhecemos por aqui), é o surgimento de mais detritos, que, como são menores, são mais rápidos, e causam mais dano. Apesar de teorias como a minha (russos treinando guerra espacial… Putin tem dinheiro, ora bolas) estarem fazendo a festa por aí, uma fonte anônima da força aérea americana afirmou que não existem indícios de que essa colisão tenha sido intencional.

 

A outra colisão foi entre dois submarinos nucleares, um francês e outro britânico. O choque ocorreu no dia 4 desse mês de fevereiro e danificou seriamente as duas embarcações; as duas carregando armas-do-fim-do-mundo (ou nucleares, caso você não esteja seguindo minha linha de pensamento). Os dois governos responsáveis pelos submarinos trapalhões logo afirmaram que não se tratava de nada hostil, mas de burrice mesmo, e que estavam investigando o ocorrido. Mas, ainda bem, as armas (cada submarino levava 16 mísseis balísticos, cada um com 35 megatons – use o Google para saber o poder disso – com alcance de mais de 8 mil quilômetros) ficaram na mais completa paz.

A dúvida aqui é a mesma de um treinador que tem um goleiro no time que defende todas as cobranças de pênaltis: são os sonares que são ruins e não detectam nem uma baleia azul prenha de um ano, ou são os submarinos que são silenciosos demais e possuem um excelente camuflagem sonora (para saber a dúvida do técnico, substitua os sonares por jogadores e os submarinos por goleiros… é mais ou menos isso)?

Em todo o caso, tome cuidado, mais colisões ocorrerão (torça para que meteoros e extinção da raça humana estejam fora disso)!

 

[Via HypeScience e G1]

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