Um russo é acusado de hackear a bolsa de valores

 

A coluna Capetalismo ainda não chegou no assunto, mas creio que sacar o básico de Bolsa de Valores não é um bicho de nove cabeças. É gente comprando e vendendo pedaços de empresa pra cima e pra baixo, com o objetivo de conseguir lucro. A chave para tudo funcionar à contento é a capa de dinamismo que todas as operações parecem ter. Os caras que negociam não podem ter informações privilegiadas, baseando as negociações unicamente na suposta capacidade deles de investir.

Tudo funciona há umas boas décadas dessa maneira… até que um russo chamado Valery Maltsev teve a brilhante idéia de controlar preços de ações para ficar um pouco mais rico. Nada demais, só o método russo de ver as coisas. O tal russo é dono da Broco Investiments, baseada em São Petersburgo, e adquiriu carteiras de investimentos falsas da empresa Scottrade, para poder negociar na Bolsa de Valores de NY e na Nasdaq com mais de uma identidade. Ele então comprava ações de sua própria empresa - ou de outra, que queria aumentar o preço - e as vendia por preços artificialmente inflacionados. O ganho era duplo: as da venda para outras empresas, e o próprio valor inflacionado.

Dessa maneira, e utilizando micro-operações para não chamar a atenção, Valery negociou ações de 38 empresas, e entrou para a lista dos caras que fraudam utilizando esse método, chamado de hack, pump and dump.

Segundo investigações da Comissão de Valores Imobiliários americana, Maltsev se deu bem. Ele arrecadou US$ 255 mil dólares em meio dia de trabalho fraudulento - US$ 140 mil deles em cerca de 15 minutos. E o esquema se seguiu por alguns meses antes da desconfiança e posterior descoberta, a exemplo do que aconteceu com outros dois presos pelo mesmo crime. Ao saber do esquema, a CVM tratou de bloquear os bens da Broco que estavam disponíveis, mas Valery não foi encontrado ainda.

 

[Via Wired Threat Level]