É fato que os americanos temem os hackers desde que eles começaram a pipocar por aí. Imaginar que um Zé-Ninguém pode invadir a rede do Pentágono, ou roubar milhões de números de cartão de crédito (ou grana mesmo) de instituições financeiras toda-poderosas não é algo que eles suportam. E isso rola, com certa frequência, devo dizer.
Mas, se antes os hackers se resumiam a caras legais e audaciosos que queriam apenas se testar em ambientes computacionais realmente hostis, hoje as coisas mudaram. Os cibercrimes em 2008, segundo estimativas de especialistas alemães (desconfie desses números, pois os métodos de mensuração deles não são dos melhores), trouxeram prejuízos na ordem de US$ 100 bilhões, e mesmo assim a coisa parece aumentar, fora que a cada dia surgem grupos como o Russian Business Network (tá bom, nem tanto). O motivo pra esse contínuo aumento é simples: é mais fácil punir (leia-se: empregar) os cibercriminosos do que gastar rios de dinheiro pra proteger os sistemas deles. E isso vale até mesmo para os caras das gangues que não estão nem aí para empregos com salários altos: é melhor cobrir os prejuízos que eles deixam, do que fazer sistemas mais seguros.
Mas a idéia agora é outra, e consiste em achar talentos para proteger os frágeis sistemas de defesas que as empresas possuem - ao mesmo tempo em que atacam outras redes. A idéia foi do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos dos EUA, que colocou tudo em prática no dia 17, quinta passada. O Instituto realizou mais um evento pra revelar talentos hackers (a meta deles é recrutar 10 mil jovens), para que seu conhecimento tenha grande valor à nação, podendo eles serem convocados em ataques cibernéticos contra os EUA.
No evento que rolou semana passada, chamado U.S. Cyber Challenge, o ganhador foi um jovem de 21 anos, chamado Chris Benedict. Os outros ganhadores também são jovens: Matt Bergin, 19, em segundo, e Michael Coppola, 17, terceiro. O mais estranho (ou não, na verdade) é a profissão dos caras, nada que lembre segurança da informação, ou mesmo o ramo de informática: um trabalha numa agência de empregos, outro trabalha num vinhedo, e o outro ainda estuda.
A competição foi simples: todos os PCs eram ligados em rede, e cada hacker deveria invadir o maior número de computares possíveis, assim como defender o seu próprio. No outro dia, um especialista determinava o vencedor.
O resultado são talentos de alto nível mole mole, já que a maioria desses jovens não têm oportunidades de exercer atividades hacker de forma legal, o que eles (supostamente) irão fazer quando precisarem exercer suas habilidades no governo…
[Via Switched]
4 Comentaram...
É. Já que não se pode vence-los, junte-se a eles.
Na verdade o hacker é o cara que invade somente para ver as vulnerabilidades do sistema, quem rouba e faz bagunça são os crakers, trocando em miudos, os hackers são bonzinhos e os crakers que são do mal!
Abrçs
UááááLLL
acho muito legal esse pograma queria participa
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