quarta-feira, 12 de março de 2008

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Felicidade

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                              happiness

 

Os primeiros filmes que vem a mente quando se termina de assistir à Felicidade são Magnolia e Beleza Americana. Felicidade tem a estrutura narrativa com diversos personagens e situações do primeiro e a temática pesada e catártica do segundo. Mas existe um pequeno detalhe! Ele foi feito antes da obra-prima de Paul Thomas Anderson e do papa-Oscar de Sam Mendes!!!

O filme narra a história de três irmãs: Trish, a mais velha é casada com um teraupeta, tem dois filhos e aparenta ser a mais bem-sucedida; Helen é uma egocêntrica escritora de sucesso; e Joy, a caçula é solitária, além de ser utoddsolondzquenerddocaralhoma fracassada compositora musical. Por fora parecem uma família normal, mas aos poucos o diretor vai mostrando um lado obscuro, não só delas, mas dos vários personagens que transitam ao seu redor.

Grande parte do brilho do filme está em seus personagens coadjuvantes. Philip Seymour Hoffman faz um maluco por sexo, que liga pra números aleatórios na lista telefônica, procurando mulheres pra ouvirem seus pensamentos nada ortodoxos sobre sexo (se masturbando enquanto fala) e  Dylan Baker é um terapeuta pedófilo que tem as conversas mais malucas com o seu esperto filho. Esses são só alguns dos personagens repugnantes (mas absolutamente  verdadeiros) que desfilam pelas lentes de Solondz. O mais interessante é que o diretor consegue dar um tom bem-humorado durante toda a produção, mesmo sem nunca baixar o tom dos temas ali apresentados.                                                           
Prepare-se para encontrar temas-tabu ao cinema americano, como: pedofilia, ninfonismo, incesto, racismo, entre vários outros. Toda essa perversa e sórdida jornada foi empreendida por Todd Solondz, que anos antes havia chocado os EUA com o filme Bem-Vindo a Casa das Bonecas (que Eu espero ver em breve. Na verdade espere por resenhas de toda filmografia do diretor).

            happiness2

 Todo o elenco entrega brilhantes momentos de atuação, assim como o diretor, tecnicamente falando. Ele não chega a realizar um Magnolia, com todos os brilhantismos técnicos; mas compensa com um roteiro mais bem estruturado e centrado nos personagens. E além disso não perde tempo com questões metafísicas (não me entenda mal: Magnolia é uma obra-prima, um dos melhores filmes que Eu já vi. Aguarde por aqui!).

Mas tudo isso tem um preço. O filme, no ano que foi lançado (1998), foi o que teve as maiores taxas de abandono (fênomeno só superado anos depois com Irreversível); e para se ver até o fim exige estômago forte (não pelas imagens, mas pelas palavras e pela própria temática). Mas ao final tudo isso vale a pena!!!

 

Happiness (EUA)

Diretor: Todd Solondz

Duração: 134 min

 

Nota: 9,0

 

FiliPêra

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