segunda-feira, 21 de junho de 2010

Avatar FiliPêra

[E3 2010] A Supremacia Nintendista

 

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A Nintendo fez a segunda conferência, mas deixei o texto dela por último, pois tem muita carga emocional aqui. Depois de conferências marromeno por duas E3 seguidas, com Cammie Dunaway, gente feliz, Vitaly Sensor e tudo o mais… FINALMENTE vi uma apresentação da qual pude me orgulhar totalmente da empresa que me fez ser fã de games. Finalmente a minha teoria de games evoluindo dá as caras integralmente - tinha isso antes, mas numa proporção pequena. Aquele papo de números e games para todos - que todos já conhecem a verdade: tá vendendo pacas, e até a avó da sua empregada vicia - sumiu, e deu lugar a jogos. E somente jogos!

Isso enquanto a Microsoft retrocedeu para 2006 e anunciou um Wii Sports genérico, feito pela (minuto de ironia extrema) Rare, que ainda não mostrou nenhum brilho, e a Sony fez coisa parecida. Já a Nintendo manda uma linha forte de games para seu console, e anuncia o sucessor do videogame de maior sucesso da história: o 3DS. E tudo no melhor estilo Apple, mandando ver nas surpresas e sem precisar de piadas e de espetar a concorrência, afinal, ela vê os outros pelo retrovisor mesmo (essa frase é do Kaz Hirai, mas ele não pode mais pronuncia-la).

 

O show da Nintendo começou com The Legend of Zelda: Skyward Sword, que estranhamente, foi um dos anúncios que menos me arrancaram da cadeira, provavelmente pela exigência que a série exige. O jogo será épico, com certeza, mas faltou aquele a mais que normalmente a série tem. Não tivemos o derretimento cerebral de Ocarina of Time, a inovação perfeita da side history de Majora’s Mask, o furor fanático contra o cel shadding e as mecânicas de navegação de Wind Waker, ou os gráficos realistas de Twilight Princess. Graficamente é uma bela mistura visual dos dois últimos. O problema - pra gente, que só o viu, e não o jogou - é que os segredos inovadores dele estão concentrados na jogabilidade, e numa integração com o MotionPlus, o que dá um aparente upgrade significativo na forma de joga-lo, principalmente com relação ao Twilight Princess. Depois do vídeo acima, o Mestre Miyamoto entra em cena… e tome gafe!

O grilo foi que o controle absoluto de movimento não funcionou no momento, e os dois (Miya e o tradutor dele) ficaram com cara de tacho, culpando ao excesso de hotspots WiFi no lugar. E, amigos, acredito neles. Nunca vi a Nintendo entregar produtos pela metade, nem nos momentos mais desesperadores do GameCube. E parece que não foi o caso dessa vez, já que os que testaram o game no estande da empresa, confirmaram a destreza dos movimentos dele. O ponto forte de Skyward Sword é justamente a fineza e precisão com que os movimentos são realizados, como você pode acompanhar pelo nível de dificuldade aparente de cada um deles. É o fim da mira automática que Ocarina of Time consagrou? Sei lá, parece que sim, e com essa precisão toda ela não é necessária por aqui. Talvez só tenha faltado Eu colocar as mãos nele para realmente pular da minha cadeira. Sai em 2011!

Depois, Reggie Fils-Aime, o presidente da Nintendo of America, voltou ao palco e iniciou um bombardeio de jogos de tirar o fôlego de casuais, hardcore e toda a sorte de gente que já colocou as mãos num joystick. Vamos lá, em ordem mais ou menos crescente!

 

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Mario Sport Mix (Wii), cujo nome já diz tudo, e é uma coletânea com vôlei, hóquei, queimada, basquete e whatever… é divertido, com certeza, te fará suar e fará sua família ficar unida de novo, mas não é o suficiente para valer meu investimento. Wii Party, é um Mario Party sem o bigodudo, no intuito de não mais ficar “gastando” o nome dele; os minigames parecem interessantes, mas é outro para quem tem turma para juntar! Just Dance (Wii)… parece coisa dos anos anteriores, passem por cima e vão dançar com o Move ou no Kinect! Next.

Golden Sun: Dark Dawn (DS) é mais um capítulo da série de RPG que fez bastante sucesso nos portáteis da Nintendo; os gráficos não estão primorosos, mostrando uma certa limitação com o 3D por parte do Nintendo DS. GoldenEye 007, um remake da Actvision do clássico absoluto feito pela Rare para o saudoso N64; aparentemente é fodão, com tudo que tornou Golden um clássico, mas colocar o rosto de Daniel Craig foi bola fora.

Epic Mickey estava entre os anúncios, e mostrou as suas ferramentas de pintura (e de apagar) e um visual retrô, unindo uma jogabilidade bastante consistente, com plataforma 2D e 3D. Eu quero, definitivamente! Metroid: Other M também deu as caras de novo, o que não é nenhuma novidade, já que vários vídeos dele - inclusive do gameplay - já pipocavam pela rede… e bom, ele sai em agosto, amigos, e Eu também quero!

Kirby’s Epic Yarn… não me pergunte por que estou empolgado com um jogo da bola rosa comedora de inimigos, mas estou; e creio que seja culpa desse estilo meio Yoshi Island (que, infelizmente, foram poucas pessoas que o apreciaram) de ser. Foram 10 anos sem dar as caras num console de mesa, e a espera parece ter valido a pena. A Arte do jogo pula nos seus olhos, com toda a constituição dos cenários sendo feita de tecido, inclusive o próprio Kirby. E toda a jogabilidade gira em torno desse conceito. Então, espere zíperes, linhas soltas e agulhas. Cool!

Mas esse Kirby é mais do que isso. É paixão, é inovação no conceito - Kirby não come mais seus inimigos a là Yoshi - e é também uma mostra de que o poder futurista dos games ainda está com os japas. Eles podem lançar coisas esquizofrênicas que só eles gostam, mas ainda têm na cabeça que games precisam de arte, e não somente de músculos. E por uma mudança doida no modo de fazer games dos americanos, os japas estão em crise… que não chega em certos estúdios criativos, pelo visto. Eles são mais Donnie Darko do que Avatar, não precisam bombar orçamentos milionários para mostrar que sabem fazer games. Creio que os dois conceitos de jogos podem coexistir, mas vejo o futuro muito mais na inovação dos japoneses - e dos estúdios indie, tipo o que fez o já clássico Braid ou LostWinds -, que fazem arrasa quarteirões com campanhas de marketing relativamente pequenas e alcançam sucessos inomináveis. Se a onda FPS-games musicais continuar, logo logo rola uma bolha de público no melhor estilo HQs americanas nos anos 90. Se não entendeu nada, imagine que Modern Warfare é uma Ferrari e esse Kirby é um Ovo Fabergé. Os japas são a solução, acredite!

 

[Momentos lágrimas nos olhos à seguir. Leia o anúncio abaixo ouvindo Hot-Head Bop ou Stickerbrush Symphony, ou ainda In a Snow-Bound Land ou se preferir Kannon’s Klaimou qualquer uma das outras canções melancolicamente lindas de uma das melhores trilhas sonoras da história dos games]

 

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A segunda melhor série de plataforma 2D de todos os tempos está de volta, e no melhor estilo, e… bem, com tudo que você podia esperar. É Donkey Kong Country Returns, jogo que desejava desde que zerei os 103% de DKC 3, e que ninguém na face da Terra esperava ser anunciado. E foi anunciado… e ficou lindo, uma daquelas coisas irrepreensíveis, que a gente deveria estar preparado para ver. A jogabilidade acompanha a empolgação, os dois macacos novamente podem ser controlados por um único jogador, ou por dois, sendo que agora é possível o segundo jogador explorar a fase sozinho, ou o Diddy pegar uma ponga nas costas de Donkey. Os gráficos estão uma maravilha (o que foi esse momento dos dois correndo no pôr-do-sol somente com as silhuetas e roupas deles destacadas? Foi uma das coisas mais bonitas dessa E3, só isso! Veja abaixo aí), e o clima é o mesmo festeiro do primeiro DKC (será que vai rolar remake do 2??? EU QUERO!).

A produção é do Retro Studios, responsável pela trilogia Metroid Prime… o que já está começando a fazer alguns (incluso Eu) cogitarem chamar o estúdio de nova Rare. Espero que esteja certo (ou que eles sejam ainda mais fodões)! Obs: Escute a reação dos presentes no vídeo abaixo, ela diz muita coisa. Tenho certeza que muita gente chorou na platéia.

 

E ainda tinha o 3DS… que deve continuar a dominação nintendista incontestável e jamais ameaçada nos portáteis. Teoricamente, é só um DS 3D que não utiliza óculos (aposta quanto que vão copiar?), mas alguns jornalistas importantes o classificaram simplesmente como inacreditável (o link foi do Bracht). E a Nintendo foi além, e nem precisava, podia viver de DS por mais uns dois anos, pelo menos. A linha de games foi uma das mais fortes que já vi para um console ainda nem lançado.

Se segura na cadeira (e segura sua carteira, você vai querer vários desses games aí): Resident Evil, DJ Hero, The Sims, Professor Layton, Ridge Racer, Kingdom Hearts, Dead or Alive, Street Fighter, Splinter Cell, Ghost Recon e… Metal Gear Solid 3. Agora você já sabe porque o PSP tá morrendo de fome e sede.

E isso só das third-parties. Agora vem a Nintendo e termina o serviço: Animal Crossing, KID ICARUS - que não dá as caras desde o NES, e já havia sido taxada de esquecida - Nintendogs (+ Cats!), Paper Mario e Mario Kart. E uns remakes pra deixar o mundo feliz: Star Fox 64 (Eu era viciado nele) e Ocarina of Time. Pra ser perfeito, só faltou Earthbound (se você tem contato com alguém da Nintendo, peça a eles um novo Earthbound!!!).

O único porém no oba-oba generalizado do 3DS foi a falta de dois itens importantes: preço e data de lançamento. Alguns especularam o lançamento para o início de 2011, mas só deve rolar lá pro segundo semestre de 2011, provavelmente; e o DS original ainda tem muita lenha pra queimar… quanto ao preço, deve seguir a linha da Nintendo e não ser nada de outro universo.

 

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Essa é a Nintendo! Agradando casuais e “hardcores”, fazendo gamers old school chorarem como crianças, e ainda apresentar um portátil inovador (mais dele no próximo post), com uma linha matadora de jogos, não só dela, mas de third-parties também. Definitivamente mostrou que está acima, enquanto a concorrência se sacode para movimentar seus jogadores.

 

[De novo: para ver todos os trailers, clique AQUI. E rever a conferência completa, AQUI]

5 Comentaram...

Bruno disse...

A Nintendo teve sim maiores lançamentos que a Sony, mas pra mim, Nintendo ainda se resume a jogos de criança.

Unknown disse...

Acompanhei a conferência inteira pela internet, e na minha opnião, foi uma das melhores de TODOS os tempos. Felizamente a nintendo abandonou as apresentações de números para os acionistas e o blábláblá pro mercado casual e se concentrou em mostrar jogos.

A nintendo jogou a isca do mercado causal, pescou tudo o que podia, agora enquanto sony e MS vão atrás do mesmo mercado ela parte para os jogadores hardcore. Mostra de que em planejamento e consciência de mercado a Nintendo está sempre um passo a frente.

Aleatório disse...

EU QUERO JOGAR DONKEY KONG COUNTRY RETURNS, ficou lindo, perfeito, maravilhoso, tudo de bom *-*

Unknown disse...

Nenhuma outra empresa de games se compara à Nintendo, isso é comprovado, quem é o mais conhecido personagem de video game? quem inventou controle analógico? quem inventou vibração no controle? quais os portáteis mais vendidos no mundo? quem criou os controles de movimento? Quais as franquias de jogos mais vendidas no mundo por uma única produtora? E tudo isso sem criar jogos que apelam prá violência. A Nintendo tá sempre na frente.

Pamela e Saulo disse...

a pessoal, claro que a nintendo não tem o que se comparar com as outras empresas


foi graças a nintendo e seu 'nintendinho', que os games criaram sentido, não só aquelas coisas de ficar acumulando pontos, e jogos infinitos que não tinham fim.

a microsoft com sua 'caixinha x' não tem nem o que falar ¬¬, é com todas as palavras: UM COMPUTADOR COM UM JOYSTICK;
claro que depois desse sensor de movimento que 'criaram',(aperfeiçoaram o sensor de mivimento da nintendo, só que da nintendo era apenas o joystick ¬¬), está ganahando um público maior.

a sony ¬¬, fabrica de pilhas, pra quem não sabe, o PSX era da nintendo e sony, então não tem nem o que falar quem eram os cérebros do projeto né?..., depois que a sega falio, a sony contratou os funcionarios de lá, para produzirem alguns jogos, na minha opinião, a sony é formada por empresa de jogos que sim, formm o nome de sony (tipo telefonica, varias empresas terceirizadas, que formam o 'grupo telefonica'). . .

enfim, a nintendo sempre será a nintendo, e a única empresa real de games no mundo

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