Junkies, Nerds e Serial Killers!

 

Como vocês já sabem (ou ao menos já devem ter percebido), meu forte nunca foi escrever sobre material mainstream. Prefiro mil vezes procurar uma HQs buerosa sobre suicídio em massa, do que escrever sobre algum filme, série, HQ ou livro muito conhecido. Mas, dessa vez abrirei uma exceção, pois estou meio saturado de escrever para "um certo projeto" que dará as caras aqui no NSN em breve (qualquer coisa puxem a orelha do FiliPêra). Sendo assim, vou falar sobre três series excelentes e relativamente conhecidas, que fizeram minha alegria durante as intermináveis horas em cima da malévola esteira ergométrica.

São elas: Californication, protagonizada pelo eterno Fox Mulder, The Big Bang Theory, a primeira série sobre nerds/para nerds, e o conhecidíssimo serial killer de serial killers Dexter, interpretado por Michael C. Hall, que dava ré no quibe na "finada" (sacou o trocadilho?) serie Six Feet Under. Esses três “tv shows” (mais Lost, é claro) resumem praticamente tudo que assisti em relação a séries no ano passado. Por isso, prestem atenção, porque provavelmente não aparecerão mais posts sobre o assunto com meu nome escrito aí em cima.

 

CALIFORNICATION

Vamos começar pela mais controversa, niilista e sexualmente liberal das três. Não poderia ser outra além de Californication. Devo admitir que, inicialmente eu não dava nada por esse programa. Além de um colega meu com o gosto extremamente duvidoso ter elogiado ela, seu plot também não  ajudou em nada. Trata basicamente de relacionamento humano e “problemas de familia". Eu esperava algo como Brothers and Sister com mais putaria.

Ainda bem que estava errado. Sua história gira em torno de Hank Moody (Fox Mul... David Duchovny), um escritor decadente, bêbado, mulherengo e... romântico, por que não? O cara e tão tosco, sarcástico e cínico, que você acaba gostando dele. Pegue o House, tire a hipocondria, a muleta e você tem Californication. Para se ter uma idéia de como a série se apóia nesse personagem, a história não mudou praticamente nada desde a primeira temporada (a segunda terminou no final do ano passado). Continua o mesmo esquema dele fazendo merda enquanto tenta se entender com sua ex-esposa e com a filha gótica. Lógico que o time de coadjuvantes ajuda bastante, com personagens esquisitos em situações ainda mais esquisitas, mas o que segura a série é o personagem principal.

E, apesar de sua história ser contínua e com os relacionamentos evoluindo,  a cada episódio, a série consegue passar um tipo de "mensagem" diferente. Isso faz com que você não fique entediado com o lento desenrolar da trama. Em resumo: uma série muito cativante que te segura pelos personagens, deixando a história em si meio de lado. Pra quem se interessar, um dica: aproveite que só foram feitas duas temporadas e comece a assistir agora, enquanto a terceira ainda não esta no ar.

 

 

THE BIG BANG THEORY

O que falar de Big Bang Theory...? Bom, dizer que ela é a melhor série de humor que eu já vi não serie exagero. Tá certo que ela não é para todo mundo, pois piadas sobre cosplay, MMORPG, 2001: Uma Odisséia no Espaço e o efeito Doppler não são fáceis de se entender. Mas como você está lendo esse texto num blog chamado NERDS SOMOS NOZES creio que essa serie também foi feita para você.

Como a maioria das sitcons, TBBT gira em torno de um grupo de amigos (nesses caso 4 amigos). A diferença aqui é que esses amigos são nerds/geeks! Claro que não podemos esquecer que a vizinha desses caras é uma tremenda gostosa genérica que serve para mostrar o quanto são esquisitas as pessoas não-nerds (rs). Apesar de todos os personagens serem excelentes, o destaque mesmo fica para a dupla Sheldon Cooper e Leonard Leakey, dois "cientistas teóricos" que dividem o apartamento que serve como base para a trupe. Sheldon é extremamente pernóstico, orgulhoso, cínico, irônico e de acordo com seus colegas irá se reproduzir via mitose. Leonard é tímido, prestativo e parece ser o único do grupo que percebe o quão estranhos eles são. Fora eles, temos o "Don Juan" Howard Wolowitz, que ainda mora com a mãe, e Rajesh Koothrappali, um indiano geek que é fisicamente incapaz de falar com uma mulher. Esses quatro, junto com sua vizinha sexualmente atraente Penny, formam o cast de the TBBT. Apesar de eu ainda ter muitas coisas boas para falar da série, vou parar por aqui. Dificilmente eu conseguiria passar neste texto as piadas e citações espalhadas pela série. Então seja um nerd cool e descolado! Baixe agora as duas temporadas e seja feliz!

 

 

DEXTER

Agora sim chegamos na minha série do coração. Como não podia deixar de ser ela é um tanto obscura e violenta. Para os desavisados (shame on you!!!): não se trata de um pequeno cientista e seu laboratório fantástico. O protagonista aqui é um, nada mais nada menos, serial killer de serial killers. Fantástico não!? Nada como matar e esquartejar sem dor na consciência. Seu nome é Dexter Morgan e ele é um "analista forense de padrões de sangue do departamento de polícia do Condado de Miami-Dade" (amém Wikipédia), onde trabalha com sua irmã Debra Morgan, que também e policial.

Desde pequeno Dexter já mostrava características que indicavam um comportamento psicótico; como matar (e esquartejar, porque não?) animais, atração por facas, etc. Seu pai, que era um policial honesto, percebeu isso e o ensinou a conviver com seus instintos assassinos em prol da sociedade. Juntos, eles criaram "o código", basicamente uma lista de regras que devem ser seguidas antes do assassinato em si. Delas, a mais importante é de que a vitima tem que ser absolutamente culpada, sem nenhuma margem de duvidas. Depois da morte de seu pai, Dexter e sua irmã se juntaram “a força", o que facilitou bastante seu acesso a dados criminais, e criou um "disfarce" perfeito para suas incursões noturnas. Apesar de só matar criminosos, Dexter é um sociopata como outro qualquer. Sendo assim, ele não sente nada; nem amor, nem ódio, e por isso seu maior desafio é manter as aparências para a sociedade, sem transparecer seu lado sinistro.

Diferente do que pode parecer, Dexter não é uma série banhada a sangue. Lógico que tem muita violência e tudo mais, porém, se a compararmos a um Hostel (o Albergue) ou SAW (Jogos Mortais) veremos que ela é bem "light". Até porque o que realmente cativa não são as mortes e sanguinolência, é o personagem principal. Ele é tão carismático, que mesmo sabendo de seu "probleminha" você não consegue vê-lo como um vilão, e por incrível que pareça, acompanhar suas dificuldades em se relacionar com as pessoas é mais divertido que as mortes e etc. Às vezes você esta vendo alguma cena tocante ou emocionante e ele pensa, "se eu tivesse um coração ele estaria quebrado agora"; são essas tiradas que enriquecem a série e aprofundam o personagem.

Como a serie já esta na terceira temporada eu não vou me extender muito mais que isso para não correr o risco de soltar algum spoiler. Creio que, pelo texto acima vocês já podem ter uma idéia do que os esperam. Então deixem de ser preguiçosos seus nerds e vão logo baixar essa porra!

obs: pra vocês terem uma idéia de como essa serie é boa, eu gosto mais dela que de Lost! Isso deve valer alguma coisa não!?