Sabe aquele som que parece que os únicos que vão gostar são aqueles que o fizeram?
Pois é. A primeira impressão que o The Mars Volta passa é justamente essa. Mas
ouvindo com mais calma percebe-se a (grande) qualidade musical da banda.
Quando o At The Drive-In acabou, a reação geral foi de comoção, pois perdia-se ali
um grande expoente do rock, mas só o simples fato do The Mars Volta ter surgido de
suas cinzas já tornou tudo válido. Com uma sonoridade estranha de início, com
músicas de treze minutos entre outras de sete, que em muitos casos estão
completamente interligadas, o álbum fala basicamente do mesmo tema.
Classificar o som do Mars Volta é quase impossível, é igual querer dizer qual o
gênero de Matrix. O caldeirão de influências é tão vasto e infindável, misturando
jazz, eletrônico, ritmos latinos e, claro, um hardcore pesado, que ao final da
experiência fica difícil dizer o que você acabou de ouvir, ou o que mais gostou.
A loucura é o principal tema de Frances Mute que aborda uma família dissecada por um
dos integrantes por meio da lobotomia. A loucura na verdade na verdade é o tema
principal dos outros discos (que em breve também serão resenhados aqui) do Mars
Volta.
Enfim um disco com esse tipo de som não é dos mais fáceis de serem ouvidos, exigindo
tempo (o disco tem quase uma hora e meia, com duas canções de treze minutos) e
atenção para captar todas as nuanças e influências que o som, que acaba lembrando um
pouco uma mistura de System of a Down com Rage Against the Machine, deles exige.
Alguns fãs descreveram como uma viagem de ácidos.
Bom, a única coisa que se pode ter certeza sobre The Mars Volta é que estamos diante
de uma banda sem nenhum compromisso com amarras comerciais (a única música mais ou
menos normal do álbum é a ótima "The Window"), que sente-se livre para faze as
músicas que gostam.
Altamente recomendável por esse Blogueiro, mas não diga que eu não avisei, o disco é uma viagem longa e que você provavelmente jamais experimentou.
Curiosidade: Embora a banda tenha integrantes fixos (Cedric Bixler, nos vocais, e
Omar Rodriguez-Lopez, na guitarra; os prioncipais cérebros do The Mars Volta e Jon
Theo-dore, na bateria, Ralph Jasso, no baixo, e Linda Good nos teclados), vários
artistas passaram pela banda e ajudaram na construção dos acordes, sendo os
principais Flea e Jonh Frusciante, do Red Hot Chilli Pepers. Mais um fator pra
sonoridade "liquidificador" do The Mars Volta.
Nota: 8,5
Top 3 do álbum: Não me faz pergunta de vestibular não.
FiliPêra
1 comentário
incrivel como ninguem comentou por aki. Brilhantes....a musica frances the mute foi a que me chamou atenção á banda. Legal o trocadilho entre 'musicas de 13 minutos entre outras de 7' e 'musicas de 7 minutos entre outras de 13' com a postagem de Bedlam in the Goliath :_)
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