Roteirista: Peter Milligan
Artista: Duncan Fegredo
Por sugestão do próprio Dews (o Von, do Blog Vertigem) Eu resolvi ler essa HQ. E qual não foi minha alegria ao constatar que se tratava de mais um belo trabalho para o selo Vertigo, que tanto traz novidades à indústria (alguns reclamam que atualmente ele não esteja mais naqueles tempos, mas Eu discordo; muitas obras boas continuam saido para o selo ainda).
A história gira em torno de Simone Cundy, que vive num mundo onde a realidade se confunde com as alucinações que sua mente produz (ou não!). O autor usa esse argumento, aparentemente simples, para mostrar um mundo podre, com várias distorções para o que se considera uma vivência comum, com casa, emprego, família estruturada, etc. O mundo de Simone é bem diferente, com assassinatos, drogas, relações incestuosas e autoridades; basicamente a face da sociedade que todos sabem que existem, mas preferem fingir que não sabem. É aí que está o grande diferencial dessa obra (e de basicamente todo o selo Vertigo): fugir do lugar-comum, dos clichês tão largamente usados por toda a indústria de quadrinhos (e por todas as outras mídias de entretenimento).
A partir do momento que os relatos da vida de Simone vão se aprofundando (e usando títulos de capítulo apropriados para cada momento em que ela está vivendo), pode-se facilmente concluir aonde o autor quis chegar. Basta dizer para isso que ele (Peter Milligan, o autor), torna em alguns momentos, sua obra parecida com a obra-prima Como Matar seu Namorado (sabendo como Eu gosto de Morrison, autor da obra, isso foi um grande elogio e tanto).
Nota: 8,5
FiliPêra
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