domingo, 18 de novembro de 2007

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Destaque HQ


100 Balas - Atire Primeiro, Pergunte Depois
(100 Balas 1 a 5)





Por FiliPêra

Uma das séries mais importantes do cultuado selo Vertigo, que ainda por cima lançou a
estratosfera os nomes de Brian Azzarelo e Eduardo Risso, ambos com extrema competência no que fazem. A HQ carrega tudo o que tornou o já citado selo Vertigo num dos mais amados pelos leitores adultos, apesar de fazer parte das HQ's mainstream americanas; roteiro denso e coeso, uma narrativa artística perfeita, personagens complexos, tramas bem amarradas, entre muitas outras coisas.A história já é bastante conhecida, e brilhante: um homem misterioso oferece uma nova oportunidade para pessoas sem sorte, na forma de uma maleta com uma arma e cem balas
irrastráveis, que tornariam impossível a identificação do responsável pelas mortes que aquela
arma e aquelas balas causariam. Aos poucos o que parecia uma ajuda descompromissada de uma pessoa com senso de justiça, vai se tornando um complicado jogo com ligações cada vez mais profundas na história.Nós aqui do NSN começamos a acompanhar a HQ com o primeiro arco "Atire Primeiro, Pergunte Depois". A minha versão é a lançada pela Opera Graphica, encadernada, que reúne as cinco primeiras edições (a série já está no número 51 e pode ser encontrada no Blog Vertigem, devidamente traduzida e escaneada).
Recentemente a Pixel Media adquiriu os direitos sobre a publicação (e sobre todo o selo Vertigo e Wildstorm) e começou a lançar a obra, que adquiriu uma boa qualidade (a versão da Opera Graphica tinha qualidade "demais") e um preço mais em conta.Quanto à arte, apesar de parecer estranha à primeira vista, possui umas das melhores narrativas já feitas em uma revista em Quadrinhos. Ponto para o excelente Eduardo Risso.Mas a nossa resenha visa acompanhar todo o desenrolar da história, começando pelos dois primeiros arcos (uma cobertura parecida com a que estamos fazendo com Sete Soldados da Vitória, que inclusive já está na sua reta final).




O já citado primeiro arco (essa edição na verdade reúne os dois primeiros) de histórias serve
muito bem para ambientar o leitor e coloca-lo no mundo do sujo e corrupto de 100 Balas; que
inclusive guarda muitas semelhanças com Sin City, mas sem as muitas estilizações da série de
Frank Miller.É nos apresentado Dizzy, uma "chicana" que foi para cadeia, por causa de uma série de acontecimentos estranhos. Assim que sai da cadeia ela recebe a visita do Agente Graves, que diz a ela que na verdade ela foi presa por causa de uma armação que dois tiras corruptos fizeram para ela. Ele entrega a ela uma maleta com provas do que ele está dizendo, e uma arma e cem balas irrastreáveis; tudo com apenas uma condição: ninguém deve saber que ela recebeu a maleta!Começa então uma jornada psicológica de Dizzy, querendo saber se acredita ou não nas palavras do misterioso homem.Destaque também para os diálogos muito bem articulados dos chicanos.Já no segunda arco é nos mostrado o que parece que serão os vilões da série, como a empresária Dietrich, que aparenta ter ligações passadas com Graves.O personagem principal desse arco é Lee, que teve sua vida destruída após agentes federais



descobrirem em seu computador, fotos de pedofilia. Após a sua pena acabar ele recebe a visita de Graves, que oferece, novamente, provas irrefutáveis e as cem balas. Cabe a Lee decidir se leva adiante a empreitada ou se vai desistir.Os dois arcos parecem não ter nenhuma ligação entre si, mas cumprem muito bem o papel de apresentar o universo da série, e alguns personagens também, como é o caso de Graves e Dietrich, que com certeza terão um papel importante no decorrer da HQ.


Nota: 9,0
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Editorial NSN

Após um longo período sem postar devido a problemas com a minha internet e com o meu PC (que acabou resultando numa formatação) estou de volta. E com uma coluna nova, para dividir espaço com a HyperEspaço, que semana que vem está de volta. A nova coluna se chamará Destaque HQ, e será para apresentar uma HQ que iremos acompanhar desde o início, como estamos fazendo com Sete Soldados da Vitória. Ela não terá periodicidade definida, pois não sei com que frequência começaremos a acompanhar uma HQ do início ao fim.

E a primeira a entrar na berlinda é 100 Balas, premiadíssima HQ de Brian Azzarelo e Eduardo Risso. Futuramente também chegará por aqui Fábulas, DMZ, Os Invisíveis, Preacher e muitas outras.

É NOZES!!!


FiliPêra

Editor 01

sábado, 10 de novembro de 2007

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Os Supremos Vol. 2




Sim, os Supremos foi uma das melhores reformulações já vistas, e continua muito boa nesse Vol. 2, mas começa a dar sinais de um pouco de desgaste em sua fórmula vencedora. Mas continua como uma das melhores HQ's mainstream lançadas na atualidade e a melhor coisa da Marvel em anos.
Nesse Vol. 2 o enfoque maior não fica no heroísmo do grupo, muito pelo contrário, vai pra suas falhas e problemas. Com tramas intricadas, mas, em parte, previsíveis. Os conflitos internos são tantos, que às vezes fica difícil saber quem tá do lado de quem.
Começa com o descobrimento pela imprensa de Hulk ter sido responsável pelo massacre em Manhatan, que ocorreu no Vol. 1. Começa então um julgamento, que terá consequências imprevisíveis. Some a isso a chegada de equipes de heróis da Europa ao grupo, e o uso deles em missões no Terceiro Mundo; além da presença de um traidor no grupo, e começa a se formar um caldeirão prestes a explodir.
É dado um grande destaque a Thor aqui também, que por vezes chega a ser o centro da trama, mas metáforas dele com Jesus Cristo, que chega a render bons momentos, soa forçada e descartável. Mas como não poderia deixar de ser, HQ está recheada de bons momentos, como o que Gavião Arqueiro mata os invasores da sua casa com utensílios de cozinha, e logo depois com as próprias unhas (!).
A arte de Bryan Hitch continua perfeita, apostando no realismo mais uma vez, e conseguindo excelentes resultados. Ele também mostra bastante perícia em desenhar as cenas de ação exigentes que o roteirista Mark Millar escreve.



Apesar de não um clássico do porte do volume antecessor, essa continuação continua bastante acima da média. E quanto ao final, que todos dizem não passar de uma "pisada na bola de Mark Millar"? Eu discordo, gostei do final, apesar de achar que poderia ficar um pouco melhor.
A grande má notícia, na verdade, é a mudança do time criativo da série, que passa para as mãos de Jeph Loeb e Joe Madureira. O volume quatro, que está sendo escrito ao mesmo tempo que o três, contará com os desenhos de Ed McGuiness. Apesar de torcer, fica claro que será difícil a série continuar com a alta qualidade; tanto narrativa, quanto artística.

Nota: 8,5

FiliPêra

domingo, 4 de novembro de 2007

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Lady Vingança




O terceiro filme da trilogia sobre vingança, do coreano Chan-Wook Park, é acima de tudo, outra obra-prima. Comparações com a parte central da trilogia, OldBoy não vão faltar, mas aqui o diretor navegou em águas um pouco diferentes, apesar de usar o mesmo barco para isso.
A história narra o plano de vingança traçado por Lee Geum-ja, que ficou presa por treze anos, acusada do assassinato de uma garotinho de sete anos.
A narrativa é completamente não-linear, com indas e vindas no tempo de forma constante. Isso mostra muito bem as facetas do plano da protagonista, que aos poucos, apesar do quebra-cabeça traçado pelo filme, vai se mostrando apurado.
Mais uma vez Park apostou em boas imagens para dar vida ao filme, com bastante uso de jogos de câmera e outros efeitos de iluminação. Mas desta vez, não vemos ambientes soturnos e texturas carregadas, mas sim uma bela iluminação que combina perfeitamente com a aura angelical da protagonista. Dessa vez também não vemos um personagem em busca de respostas, mas sim basicamente em busca de vingança, com um plano detalhado. O final de virar o estômago, não de forma visceral, como OldBoy, mas de uma forma mais sutil, com toques psicológicos, de uma forma mais inteligente.



É inegável o porquê do diretor ter optado por uma trilogia: cada filme mostra aspectos diferentes do mesmo tema. Resta saber o que nos aguarda em Mr. Vingança, primeiro capítulo, que em muito breve deve aportar por aqui em DVD

Diretor: Chan-Wook Park
Duração: 112 min
Nota: 9,0

FiliPêra
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HyperEspaço n° 8

Notas Salvadoras






















Por FiliPêra



Hoje o assunto principal da nossa coluna é a música, mais especificamente o rock, e ainda mais
especificamente o hype gerado por algumas bandas; especialmente as britânicas.
O hype gerado principalmente por alguns veículos de comunicação geralmente não passa disso> hype.
Quando se analisa mais profundamente as bandas hypadas, dá pra se perceber que não passam de cascas vazias, que se não fosse o comercialismo nem sequer saíriam do nicho a que estavam
destinados. Mas hoje não falaremos da parte ruim dos roqueiros hypados, mas unicamente dos que realmente tinham algo a mostrar.
O principal veículo que mostra os músicos "da hora", com certeza, é o periódico britânico New
Musical Express. Lá foram mostrados até artistas americanos, antes mesmo de eles fazerem sucesso nos EUA; como é o caso dos Strokes e os White Stripes. Eles de lá saíram para a consagração.
Mas a imensa maioria dos lá mostrados são ingleses e geralmente chegam a fazer bastante sucesso. Após isso é que começa a verdadeira dificuldade: o chamado drama do segundo álbum. Alguns não passam bem por ele (The Vines), outros o tiram de letra, sem ligar para os maneirismos do mercado (Arctic Monkeys).

Mas vamos a eles, de forma rápida e objetiva:




Arctic Monkeys - Whatever People Say I am, That's What I'm Not

Saídos do interior da Inglaterra, o Artic Monkeys realmente conseguiu sucesso instantâneo sem
tirar o dedo da música independente. Com uma sonoridade basicamente punk, com acordes possantes e bem feitos, o grupo realmente consegue passar energia, mas ao mesmo tempo mostra uma alma indie intimista.
O disco do quarteto foi o que mais rápido vendeu nas paradas inglesas em toda a história, e por incrível que pareça não dava mostras de que iria realizar tal façanha.
A fórmula do grupo, como já foi dito, é básica, com um punk cru, com pitadas de grunge e de hardcore.
O grupo, um ano depois de lançar esse álbum lançou um segundo, seguindo basicamente a mesma fórmula e alcançou sucesso parecido.

Top 3 do Álbum: The View From The Afternoon, I Bet You Look Good On The Dancefloor e Still Take You Home
Nota: 9





Bloc Party - Silent Army

Eles apontam basicamente para os anos 80, repleto de hits dançantes, mas conseguem se sobressair dos outros que fazem coisa parecida, mesmo que com competência, como o Kaiser Chiefs. Os temas das músicas lidam com temas importantes, trazendo refrões sobre racismo e violência, mas sem nunca tirar o pé da diversão oitentista. São canções desesperadas que tentam entender o significado que pulsa sob os momentos de nosso cotidiano. O resultado vem com tensão, paranóia, tristeza, amor e uma necessidade intensa de entender como a vida urbana tornou-se tão explorada.
Com influências de artistas como Morrissey, as canções lembram U2, trazem a dramaticidade do Radiohead e a grande sensibilidade do Coldplay.




Top 3 do Álbum: Like Eating Glass, Helicopter e This Modern Love
Nota: 8,5





Franz Ferdinand - You Could Have it So Much Better

Se nos outros Eu coloquei os fantásticos álbuns de estréia, com o Franz Ferdinand faremos
diferente, colocaremos o famigerado segundo álbum; onde, de acordo com críticos chatos, os
artistas tem que mostrar que não são puro hype e possuem verdadeira qualidade.
Aqui quarteto de Glasgow realmente mostra que sua qualidade musical, regada a influências de The Smits, Cure e New Order; com canções que falam basicamente de amores perdidos e exaltam os foras que o vocalista Alex Kapranos deu em sua vida. A sonoridade é muito boa, com uma guitarra bem colocada, que realmente lembra The Smits. Mas acima de tudo a banda passa a impressão de querer unicamente divertir e fazer todos dançarem a exaustão.

Top 3 do Álbum: The Fallen, Do You Want To e Walk Away
Nota: 9





The Killers - Hot Fuss

A versão americana do franz Ferdinand, a trupe de Las Vegas simplesmente estourou com esse álbum de estréia. À toa não foi, as músicas equilibravam muito bem uma sonoridade dançante, com uma qualidade musical acima da média; mesmo que o grupo não indicasse que não ficaria relevante após umas quatro audições do álbum. Errado! O álbum tem uma longevidade única, com verdadeiros hinos po grudentos e duradouros. Muito bom!!!

Top 3 do álbum: Indie Rock and Roll, On Top e Somebody Told Me
Nota: 9,0






E ficamos por aqui!!!
É NOZES!!!


domingo, 28 de outubro de 2007

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Stardust - O Mistério da Estrela




Após o Senhor dos Anéis, toda a Hollywood começou a correr atrás da próxima franquia de fantasia bilionária. E muita coisa veio a partir dessa empreitada; nem sempre coisa boa é verdade. Eragon, Crônicas de Nárnia, entre outros além de quererem preencher o vácuo deixado pela Trilogia do Anel, fizeram exatamente o que não deveriam ter feito: apostaram em trilogias. Nada mais de querer lucrar com um filme só. Pra que? Se você pode ganhar com três.
E é aí que surge Stardust, adaptação da obra de Neil Gaiman. Usando um tom e uma abordagem diferente dos seus companheiros cinematográficos de fantasia, esse filme aposta principalmente na fórmula de filmes de fantasia dos anos 80, como A Lenda, O Feitiço de Áquila, entre outros. E faz isso muito bem, sem pretensões de arrecadar bilhões nas bilheterias.
Uma das apostas do filme é no humor, não aquele humor escrachado e corrosivo (que funciona bem em outros tipos de filmes), mas é um humor leve, quase inocente. Destaque para a participação hilariante de Robert DeNiro, em um dos seus melhores papéis dos últimos (e infelizes) tempos. As atuações, apesar de não serem primorosas, não comprometem em nada a diversão e a avetura do filme. Outro destaque vai para os príncipes mortos de Stormhold.
A trama narra a história de Tristan Thorn, um rapaz da cidade de Muralha, que sonha conquistar o coração da menina mais bela da cidade, Vitória (Sienna Miller). Em uma noite ele faz a promessa de buscar uma estrela cadente para provar seu amor por ela. Ela aceita a promessa e assim se inicia a jornada dele além-muro para poder pegar a estrela. Mas consegui-la não será fácil, pois outras forças querem a estrela também; como os príncipes de Stormhold, que pretendem serem reis, e a bruxa Lamia (Michele Pfeifer) que quer reconquistar sua juventude.



Stardust se destaca principalmente por proporcionar entretenimento de boa qualidade, sem a
pretensão de abrir ganchos para continuações. Quanto a fidelidade ao material original,
infelizmente eu não posso opinar pois ainda não conseguir ler a obra de Neil Gaiman.

Diretor: Matthew Vaughn
Duração: 128 min

Nota: 8




FiliPêra
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HyperEspaço n° 7

"EU QUERIA SUSPENSE,PERIGO, CRIMES, MAGIA, FANTASIA, TERROR, ROMANCE E O APOCALIPSE, TUDO EMBALADO EM HISTÓRIAS DE SUPER-HERÓIS VIGOROSAS E IMAGINATIVAS"



Por FiliPêra

Antes de mais nada: explicações. Na semana passada (e retrasada) foi citado uma HyperEspaço com o tema de Tropa de Elite. Mas por inúmeros motivos eu acabei por não assistir a versão de cinema (somente a de camelô) então nada de Tropa de Elite (vou falar sobre ele, quando sair nas locadoras, aproveitando e falando sobre os extras e esse tipo de coisa). O tema dessa semana será a minha atual série de quadrinhos favorita. E não poderia deixa de ser Sete Soldados da Vitória, do gênio maluco Grant Morrison.
A série, ganhadora do prêmio Eisner de Melhor Série (o prêmio é o oscar dos quadrinhos), e Grant Morrison ganhou como Melhor Roteirista. Também pudera, o escocês armou um marcante quebra-cabeça labiríntico com quase 800 páginas, com sete personagens possuidores de sete minisséries completamente diferentes entre si, tanto no tom quanto na abordagem. Apesar desses personagens nem ao menos se conhecerem eles estão combatendo o mesmo mal; uma praga que trará o Apocalipse à Terra.
Se a megassaga cumpre a proposta inicial de atrair novos leitores eu não sei, mas com certeza
atrai os que estavam desanimados com os roteiros fracos que tanto abundam por aí nas HQ's
mainstream; além de ser um delírio para os fãs do estilo caótico e maluco de Morrison.
O negócio é que Morrison aproveitou a oportunidade de ressucitar personagens esquecidos e quase sem importância do Universo DC Comics, para criar um playground perfeito para expor suas teorias e pensamentos. Tudo passa realmente a impressão de servir para mostrar algo maior, apesar de funcionar independentemente. Mas vamos ao que interessa...


Vol. 4



Sinopses
Klarion: Klarion após chegar a superfície e entrar para uma gangue, descobre a traição de
Melmoth.
Cavaleiro Andante: Em meia a muitas batalhas contra os Sheedas (inclusive contra Galahad,
completamente transformado) descobre-se que Justin na verdade é uma mulher.
Zatanna: Misty se revela muito mais do que uma aprendiz!
Guardião: Ed revela ao Guardião o passado da Legião Jovem.
Sim, Sete Soldados da Vitória fica melhor a cada número e esse número quatro mostra isso muito bem, mostrando uma evolução grande na trama armada por Morrison. E cada mini vai jogando pistas e apontando resoluções para para o Apocalipse iminente. Todas as minis até aqui são muito boas, nenhuma delas deixando nada a desejar.
E duas se encerram nessa edição: O Guardião de Manhattan e Cavaleiro Andante. Cada uma revelou uma faceta dos muitos mistérios que a saga tem. O Guardião lançou luz sobre a formação dos Sete Soldados atuais (acredite, existe um bom motivo para eles nunca se encontrarem), enquanto na mini do Cavaleiro Andante, Morrison revela aspectos sobre os métodos e a origem dos Sheedas.
Mas uma coisa em comum com todas elas é o contante clima de "fim do mundo" que todas elas
possuem. No aspecto visual a HQ não fica para trás, com artistas selecionados especialmente para cada mini e desenhando muito bem cada uma delas. Eu ia destacar mais uma vez a mini de Klarion, mas todos os outros artistas se superaram também, entregando momentos inesquecíveis nas várias páginas da revista.



Vol. 5



Sinospses
Klarion: Após voltar para a Cidade-Limbo para salva-la de Melmoth, o Menino percebe que isso vai ser mais difícil do que ele pensa.
Senhor Milagre: Shilo Norman tenta escapar de um buraco negro. Mas o que parecia ser mais um número de escapadas, acaba realizando um encontro dele com os Novos Deuses.
Zatanna: Após ir até o Pântano da Chacina para uma investigação, Zatanna acaba por enfrentar Zor, enquando Misty escapa com Vanguarda, o cavalo alado de Justine.
Projétil: O marido de Alix Harrower queria ser super-herói e desenvolveu a inteliderme, uma pele artificial que torna qualquer pessoa indestrutível. Vítima de sua própria experiência, ele morre, mas sua esposa descobre que pode ser uma heroína.


Essa edição marca um momento chave na série. Enquanto duas minis se encerram, dando contribuições importantes, outras duas estréiam. E também é aqui que passamos da metade de toda a saga.
Dos estreantes se destaca Projétil, que é o mais próximo da normalidade super-heróistica que
Morrison alcançou com essa HQ. Projétil é uma super-heróina com seus problemas (seu marido tinha vício em pornografia, e sonhava em ser famoso e imortal); além de ganhar poderes a contragosto.
Shilo Norman é um grande artista, na verdade um Houdini moderno, milionário. Mas o que parecia ser mais um truque, escapar de um buraco negro gerado artificialmente, acaba por coloca-lo no meio de uma batalha milenar e interplanetária, entre os Novos Deuses e Darkseid.
Zatanna e Klarion se encerram, de forma brilhante, mostrando aspectos até então obscuros da trama (principalmente Zatanna).



Vol. 6



Sinopses
Frankestein: Feioso é um daqueles meninos execréveis que é odiado por todos os colegas. Mas ele tem a habilidade de ler a mente de seus colegas e quando usa seus poderes para controlar a mente de seus colegas, acaba por despertar a ira de Frankestein!
Senhor Milagre: Shilo Norman está com problemas cada vez maiores derivados do seu encontro com os Novos Deuses. E o pior: ele não tem a mínima idéia do que está acontecendo.
Projétil: Alix Harrower, a Projétil, auxilia na investigação da matança que destruiu os Sete
Soldados anteriores.
Frankestein: Frankestein se transporta para Marte, onde continua com o seu embate centenário com Melmoth.


E cada vez mais chegamos a reta final de Sete Soldados da Vitória. E a saga cada vez mais acelera, jogando pistas sobre todos os misterios em aberto na trama. Mas ao mesmo tempo que
pode-se perceber inúmeras soluções, várias ficam sob a superfície, exigindo releituras para serem achadas.
Conhecemos finalmente o último soldado; Frankestein, que conta com duas história (primorosas, por sinal) nessa edição. As duas histórias se conectam diretamente com a trama maior armada por Morrison, jogando-o no planeta Marte e trazendo a Terra o exército do Grupo Vermelho!!!
Projétil também contribui bastante, investigando a matança que ocorreu na Meseta dos Milagres, que foi narrada no primeiro capítulo da saga.
O único destoante é o Senhor Milagre, com uma mini um pouco irregular e que por enquanto não se conectou de forma alguma ao quebra-cabeça; mas é esperar para ver. A impressã que se tem é que a batalha que está acontecendo na Terra (e que está prestes a chegar ao seu final) afetará outros planetas.
Aguarde o fim, o apocalipse de Morrison. Pois ele está chegando.
Em breve aqui os números finais (7 e 8).

Nota: 9,5



***ATENÇÃO***
SE VOCÊ NÃ LEU A OBRA AINDA E NÃO GOSTA DE ESTRAGAR SURPRESAS NÃO LEIA O TEXTO DAQUI PRA FRENTE,

POIS ELE CONTÉM SPOILERS


Guia de Conexões


Edição 4

Pag 27: O Aranha aparece ajudando Gloriana Tenebrae.
Pag 41: Neh-Bu-Loh recupera o Caldeirão Inestinguível.
Pag 51: Esse ônibus é o mesmo que aparece na parte 2 da mini do Cavaleiro Andante. Ali-Ka-Zoom também aparece lá.
Pag 57: O episódio do armário será melhor explicado na pag 91.
Pag 58: As memórias de Ali-Ka-Zoom, e as aventuras da Legião Jovem serão melhor contadas na mini do Guardião.
Pag 60: Zatanna chega a mansão de Don Vincenzo, onde ocorreu a batalha da mini do Cavaleiro
Andante.
Pag 69: Misty lembra do seu passado com os Sheedas.
Pag 80: Don Vincenzo e Ali-Ka-Zoom fizeram parte da Legião Jovem.
Pag 86: O Sheeda no pote é o mesmo da loja de Cassandra, da edição 3, na mini de Zatanna.
Pag 90: A Legião Jovem encontra a mesma casa em que o Aranha sofreu a transformação. A Máquina de Costura aparece de novo. O espelho pronuncia uma profecia que parece falar do final de Sete Soldados da Vitória.
Pag 91: Esse Desconhecido surgirá de novo, mais para frente.
Pag 93: O outro nome de Larry, pai de Carla, é El Mar.

Edição 5

Pag 9: Melmoth revela que é o pai de todos os membros da Cidade-Limbo.
Pag 10: Melmoth diz que faz parte da corte Sheeda.
Pag 16: É finalmente revelado o que é Croatoan. Um par de dados; um está com Klarion e o outro com Misty.
Pag 17: Os Submissionários são robos, criados por Melmoth.
Pag 18: Klarion usa o poder de Horigal e se funde a Teekl.
Pag 27: Esse feito foi anunciado na página 86 da primeira edição.
Pag 30: Após entrar no buraco negro, Senhor Milagre encontra Metron, um dos Novos Deuses.
Pag 35: A história que Metron conta é do Planeta Apokalips.
Pag 42: Vovó Bondade é de Apokalips.
Pag 67: Zor era um dos Sete Desconhecidos, mas desvirtuou e lançou a praga Sheeda sobre a Terra. Ele parece ser o mesmo Desconhecido que a Legião Jovem encontrou no Pântano da Chacina, na edição 4, página 89.

Edição 6

Pag 4: Frankestein enfrenta Melmoth, da corte Sheeda.
Pag 11: Tem um Sheeda controlando Feioso.
Pag 54: Projétil era a sétima integrante dos Sete Soldados que foram destruídos na Meseta dos
Milagres, mas ficou com medo e desistiu.
Pag 57: A agente Helligan foi mordida por Gloriana Tenebrae, na edição 3, página 70.
Pag 60: O episódio narrado por Helligan foi justamente o roubo do veículo subterrâneo pela gangue dos Delinquentes, na mini de Klarion. Edição 4, página 12.
Pag 62: Qual a identidade do sobrinho de Ramon? Ainda não sei...
Pag 87: O portal Erdel, citado por Frankestein, é o mesmo da edição 4, página 20. É usado por
Melmoth para enviar os garotos para Marte, com o intuito de extraírem ouro. Billy Beezer é o
mesmo que foi puxado por Garoto Dourado.


Segundas Impressões

Já dá pra se ter a idéia quase que total da trama labiríntica armada por Grant Morrison. Vamos a ela!
Zor, um dos Sete Desconhecidos, responsável pela costura do tempo, se desvirtua e cria os Sheedas e os lança na Terra, como se fossem uma praga. A cada período de mais ou menos 10 mil anos, eles vêm para a Ceifa dos Homens, com o intuito de pilhar e destruir as civilizações criadas na Terra.
Existe uma profecia que diz que Sete Soldados vão destruí-los, e por isso eles atacam grupamentos de sete, com medo do cumprimento da profecia. Além disso arranjaram aliados na Terra, como Ramon Solomano, que foi um dos responsáveis pela destruição das duas últimas formações dos Sete Soldados da Vitória.
Mas contudo foi formado, sem que quase ninguém soubesse, uma nova encarnação dos Soldados, que não se conhecessem justamente para não atrair a atenção de Neh-Buh-Loh, o principal guerreiro dos Sheedas.
Por algum motivo desconhecido, Melmoth brigou com Gloriana Tenebrae, outra integrante da corte Sheeda, e sua mulher; e ficou a vagar pela Terra desde a queda de Camelot, ou seja por 10 mil anos, e prepara sua vingança contra ela, criando um exército sustentado pelo ouro que ele
encontrou em Marte. Mas Frankestein acabou por frustar seus planos e o transforma em esterco e acaba por levar o seu exército à Terra.
A trama é basicamente essa, mas ainda contem pontos obscuros, como a mini do Senhor Milagre, que de modo algum se conectou ao restante da história. OUtro ponto importante, mas ainda não
totalmente esclarecido é a participação do Aranha, que foi contratado pelos Sete Desconhecidos.
Mas sua missão não foi totalmente esclarecida, embora possa-se se supor que seja se infiltrar no
território inimigo.
A ceifa chegou e todos os soldados estão a postos para impedir o juízo final! Aguarde a matéria
que faremos com os dois os últimos números dessa série.
Até lá!

É NOZES!!!

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Avatar FiliPêra

A Saga do Monstro do Pântano Vol. 1





Quando a DC Comics convidou o então desconhecido Alan Moore para dar continuidade a sua série Monstro do Pântano, não sabia que estava começando duas revoluções ao mesmo tempo. A série, que na época estava no número 19, se encontrava à beira do cancelamento e a editora resolveu chamar alguém do outro lado do oceano para tentar salva-la do ostracismo. Depois da passagem de Moore pelo título nada mais foi o mesmo. Foi ali que praticamente se deu início às HQ's adultas nos EUA (algo que já tinha certo adiantamento na Europa), onde os Quadrinhos não saíam de uma mesmice irritante, com editoras simplesmente repetindo fórmulas com sucesso comprovado. A outra revolução foi que após o sucesso do Monstro do Pântano as grandes editoras passsaram a importar vários talentos ingleses para escreverem e desenharem Quadrinhos nos EUA, episódio que ficou conhecido como Invasão Britânica; nessa leva vieram nomes como os roteiristas Grant Morrison, Neil Gaiman, Warren Ellis, Mark Millar, Garth Ennis (entre outros), e desenhistas como Brian Bolland e Dave Mckean. Esses autores escreveram as melhores HQ's dos anos 90 (e escrevem algumas das melhores de hoje ainda); foram deles as obras máximas Sandman, Homem-Animal, Watchmen, Batman-Asilo Arkham, Batman-A Piada Mortal, Supremos, Os Invisíveis, entre várias outras. Além disso tudo essa fase do personagem pantanoso foi o principal responsável pela criação do selo Vertigo, pela DC Comics, que conta em sua linha títulos adultos, com roteiros mais sofisticados. Se isso tudo não bastasse, foi das páginas do Monstro do Pântano que saiu o personagem Constantine, da série Hellblazer, um dos mais populares do selo Vertigo.Mas, lendo hoje, a obra transparece tanta importância?


COM ABSOLUTA CERTEZA!!!


Se fosse lançada hoje a obra provavelmente causaria revolução semelhante, tirando parte dos Quadrinhos atuais do ostracismo. Esta edição lançada pela Pixel, que sai em cores dessa vez no Brasil, reúne as edições 20 (inédita no Brasil) a 27 do Monstro do Pântano. A editora planeja lançar toda a fase de Moore no Brasil nesse formato, o que é mais que merecido.Tudo na obra é grandioso, e pra isso Moore aposta em temas poéticos (um "herói" em busca de saber sua verdadeira natureza) e intimistas, com personagens densos e marcantes.




Alan Moore


A reformulação de Moore começa quando o Monstro; após um combate com Arcane, seu principal vilão, é baleado e dado como morto. Jason Woodrue, o Homem-Florônico é chamado para fazer a autópsia. Woodrue, que também é híbrido de humano e vegetal, descobre que, ao contrário do que se pensava, o Monstro do Pântano não é humano; Alec Holland (a parte humana do Monstro) na verdade morreu no acidente, mas sua consciência foi assumida por plantas dos pântanos da Louisiana. Essa descoberta abala Woodrue, que acaba por formular um plano para destruir a humanidade e instaurar um reino do verde.


A partir daí começa a agir um renascido Monstro do Pântano. Além da narrativa, que equilibra muito bem momentos de açao com passagens de auto-reflexão, a arte é muito bem feita e elaborada, com diagramações e passagens que ainda soam modernas, apesar dos seus mais de vinte anos. As cores, que ficaram de fora da outra publicação, feita pela Brainstore, dão vida aos personagens criados por Moore.Enfim, essa é uma HQ que deve estar presente em qualquer coleção, quer você goste de Quadrinhos ou não, porque Moore consegue ultrapassar todas as barreiras da nona arte.


Nota: 9,5


FiliPêra

domingo, 21 de outubro de 2007

Avatar FiliPêra

Editorial NSN


Para esse fim de semana estava programado uma HyperEspaço sobre o filme Tropa de Elite, mas nós não conseguimos assisti-lo ainda, o que acontecerá na quinta-feira. Então a coluna sairá, ou na quinta ou na sexta. Também para essa semana aguarde uma continuação da matéria sobre Sete Soldados da Vitória (partes 4, 5 e 6), que cada vez fica melhor. Aguarde para breve também um especial sobre o Monstro do Pântano, a fase de Alan Moore; um marco absoluto das HQ's! E muito mais.

É NOZES!!!

sábado, 20 de outubro de 2007

Avatar FiliPêra

A Voz do Fogo




Que Alan Moore é um gênio indiscutível dos Quadrinhos, todo o mundo já sabe. Mas uma dúvida (que está mais para curiosidade) pairava: como ele se sairia sem o auxílio dos desenhos de quadros?
A resposta está aí, e chama-se A Voz do Fogo.
O autor, logo de cara, mostra, a exemplo do compatriota Neil Gaiman, que é genial em qualquer uma das duas artes (Literatura e Quadrinhos). A sua narrativa detalhada, com adjetivos rebuscados e bem colocados, cai muito bem na literatura e não apenas como indicações para um desenhista. A cabeça do leitor faz muito bem o papel de dar vida ao universo criado (na verdade reproduzido) por Moore.
Toda a história gira em torno do processo de criação e desenvolvimento de Northampton, cidade natal de Moore. Mas isso não é feito de forma comum, e sim através de doze histórias (que
obviamente acontecem todas na cidade), que aos poucos vã ose interligando e mostrando diferentes facetas do lugar. Para se ter uma idéia a primeira (e uma das melhores) história do livro, O porco do bruxo, que se passa 4000 a.c., mostra inclusive uma língua inglesa em processo de formação, de uma forma bem primitiva.
Aos poucos as outras histórias vão se desenvolvendo e avançando no tempo, e o autor vai mostrando outros aspectos da sociedade. E o autor vai criando personagens cada vez mais carismáticos (mas os principais das duas primeiras histórias são os melhores). Mas se tem um personagem no livro (além é claro, da cidade de Northampton) é a magia. O segundo capítulo mostra isso de uma forma clara e bem feita.



Leia, releia e releia de novo. É Moore mostrando que é o um dos maiores narradores de sua geração e dá um sopro de originalidade na literatura (leia o capítulo final e entenda o que eu quero dizer).

Nota: 8,5

FiliPêra

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