quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

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Destaque HQ








Por FiliPêra






Warren Ellis começa a romper todas as barreiras da série e nos entrega verdadeiros clássicos instantâneos a cada edição de Planetary. Francamente é realmente difícil ter que esperar um mês para ler a próxima edição de Planetary (nos EUA, a série, com suas 26 edições demorou quase 7 anos para ficar pronta). Um detalhe interessante é que o autor começa a realmente viajar nos temas cada vez mais, ou seja, é preciso que o leitor tenha cada vez mais a mente aberta a novos parâmetros e disposição para ir fazer pesquisas para ampliar seus conhecimentos sobre o tema abordado (assim com a série Os Invisíveis, já citada na Destaque HQ anterior). Assuntos como cultura aborígene, gênese e constituição do universo, além de civilizações perdidas e outras raças espaciais, são apenas alguns temas jogados na mesa pelo autor.E lembrando que essas resenhas estão realmente muito longe de serem definitivas, dependendo muito mais da curiosidade e audácia do leitor para pesquisar os assuntos e ir atrás de referências.


Nº13 - Novo Século
Começamos com uma prévia do Guia Planetary escrito anualmente por Elijah Snow, antes de perder a memória. Ele narra sua aventura até a descoberta do castelo do Dr. Frankestein, que trazia pessoas mortas de volta à vida. Após embates com vários zumbis resultantes ele descobre um mapa mundial secreto, que lhe dá a localização do escritório de Sherlock Holmes (hoje todos sabem que fica na rua Baker, rsrsrsrs). No processo ele ainda recebe um curso intensivo de investigação e conhece o Conde Drácula, além de receber a missão de conservar o mundo como está.As referências literárias abordadas aqui são de fácil assimilação e de amplo conhecimento por quase todos. Afinal, quem não conhece Sherlock Holmes, o maior detetive do mundo; o Conde Drácula, que teve sua mais famosa versão pelas mãos de Bram Stocker; ou ainda Frankestein (não estamos falando da idiotice, mesmo que divertida, de Van Helsing). E com o fim desta edição ganhamos mais uma peça do quebra-cabeça Planetary, e isso não é pouco!!!






Nº14 - Ponto Zero
Mais uma edição fantástica e recheada de ação de Planetary, com uma coisa especial: um confronto, em algum lugar do passado, com integrantes dos Quatro (e com o time completo, tendo inclusive a presença de Ambrose). Somos também apresentados a coleção de armas e artefatos dos Quatro. Todas as armas, reunidas ao longo dos anos, foram armazenadas em um mundo destruído pelo quarteto de vilões e pode ser aberto de utilizado um cajado, que na verdade é uma referência ao martelo de Thor.A parte misteriosa fica para o final, com o flashback (já apresentado) do momento do bloqueio de memória de Elijah, pelo Dr. Downling. Ficamos também com a melhor frase da série até aqui: "Faça seus bloqueios bem-feitos, ou Eu volto e mato vocês, um por um."






Nº15 - Canções da Criação
Aqui conhecemos como se deu a criação do mundo de acordo com a religião aborígene. Mas antes disso conhecemos a viúva de Ambrose Chase. Elijah a contacta para se desculpar e dar as devidas indenizações a ela. Curiosidade: Ellis abre a possibilidade de que a filha de Ambrose, Angelica também possuir poderes, já que a mãe fala que ela tem necessidades especiais e pelo fato de uma boneca chegar ao nariz de Snow, sem nós vermos como ela foi parar lá.E é num pequeno diálogo (importantíssimo) que reside o maior mistério da edição: Snow conversa com Jim Wilder, ex-investigador de Anna Hark, que tem sua vida mudada após entrar numa nave espacial (edição 4). Axel Brass volta a dar as caras e parece que vai participar da batalha final contra os Quatro, cada vez mais iminente. Mas do meio da edição pra lá é que as coisa começam a ficar ainda melhores, com a ida da equipe Planetary até a Austrália, mais precisamente na Rocha Ayres, bastante conhecida e tida como mistíca. Aqui na série ela serve como passagem entre a nossa realidade e o mundo dos sonhos, e como não poderia deixar de ser os Quatro estão tentando abrir o portal.Em seguida começa um embate espetacular e inteligente (acredite, nada de sopapos por aqui).Quanto à arte: Eu vou até parar de cita-la, pois jamais houve qualquer deslize por parte de John Cassaday aqui em Planetary!!!






Nº16 - Hark
Elijah Snow vai em busca de um aliado(a) poderoso(a) na sua batalha contra os Quatro, trata-se de Anna Hark, que tem parte de seu passado desnudado nessa edição. Belíssimas referências aos filmes de kung-fu wuxia têm lugar aqui, nas primeiras páginas da revista. E ao final a consegue como aliada, após usar de sutilezas para com ela, tendo inclusive a ameaçado, quebrando uma flor, após congela-la. Mas o ponto final na história foi o retorno de Jim Wilder, em sua forma "salvador". Mas antes do fim, mais do passado de jakita Wagner nos é dito, após inúmeras especulações. Aguarde os próximos números...






Nº17 - Opak-Re
Nessa edição ficamos conhecendo como foi a aventura de Snow em Opak-Re, já citada em outras edições, inclusive em um diálogo com Axel Brass. E a origem de Jakita Wagner finalmente nos é apresentada. Opak-Re nada mais é do que ua civilização perdida na selva africana, que apesar de ser pacífica com os estrangeiros impede que eles se reproduzam com as mulheres locais. Lá Snow conhece Blackstock (uma explícita referência a Tarzan), um aventureiro que está em Opak-Re a alguns anos. Ele também acaba por conhecer Anaykah, uma linda nativa que se apaixona por ele, amor esse logo correspondido por ele. Os dois acabam por se amarem, mas Snow, movido pelo seu espírito aventureiro se vai, e quando volta fica sabendo que Anaykah teve um filho de Blackstock, e que a menina foi deixada para morrer. À pedido de Anaykah ele adota a menina, mas ela, dizendo que pertence a Opak-Re acaba por ficar por lá. O nome da menina: Jakita!!!



Nº18 - O Clube da Arma
Mais referências continuam a abundar em Planetary. Desta vez o foco principal é Da Terra à Lua, de Julio Verne. Li apenas um preview do livro e achei super bem sacada as referências usadas por Ellis. Mas toda a história do Clube da Arma e o objeto que vaga no espaço por décadas, é só uma forma de atrair, muito inteligentemente mais um membro dos Quatro.E quando o combate parece que vai pegar fogo, Snow simplesmente prefere usar de armas mais "espertas" para com esse poderoso membro do quarteto (com a qual ele já entrou em combate na edição 6), que acaba totalmente neutralizado.



Warren Ellis


Nota: 10

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